🔴 SAVE THE DATE – 25/11: MOEDA COM POTENCIAL DE 30.000% DE VALORIZAÇÃO SERÁ REVELADA – VEJA COMO ACESSAR

Carolina Gama
Formada em jornalismo pela Cásper Líbero, já trabalhou em redações de economia de jornais como DCI e em agências de tempo real como a CMA. Já passou por rádios populares e ganhou prêmio em Portugal.
O SOL BRILHOU MAIS UMA VEZ

Nuvem carregada? Só se for de dados! Ações da Microsoft e da dona do Google sobem após números do 1T23

O desempenho das big techs teve uma ajudinha da divisão em nuvem, que estava sob olhar de desconfiança do mercado. Junto com os resultados, a Alphabet anunciou uma recompra de ações de US$ 70 bilhões.

Carolina Gama
25 de abril de 2023
17:34 - atualizado às 20:17
Notebook aberto com os logos do Google/Alphabet e da Microsoft na tela
Imagem: Kari Shea/Unsplash; Montagem Seu Dinheiro

Tinha tudo para o tempo fechar para as gigantes da tecnologia dos EUA, mas tanto a Microsoft como a Alphabet holding que controla o Google — conseguiram ver uns raios de sol em meio às condições econômicas mais difíceis e à concorrência acirrada no segmento de inteligência artificial. Tudo graças à divisão em nuvem.

É bem verdade que a dona do Google vinha operando sob um céu bem mais nublado. Com trimestres consecutivos de fraco crescimento de receita, a Alphabet anunciou a primeira grande rodada de cortes de empregos desde sua estreia na bolsa, há quase 19 anos. 

Em janeiro, a empresa disse que estava eliminando 12.000 empregos, representando cerca de 6% de sua força de trabalho, o que custou US$ 2,6 bilhões para a Alphabet, segundo os dados do balanço de hoje.

Em um raro e-mail enviado aos funcionários, a chefe de finanças Ruth Porat chamou os recentes cortes no Google de “grandes esforços em vários anos”.

E os números mostram que esse esforço não foi à toa. No primeiro trimestre de 2023, a Alphabet viu o lucro líquido cair 8,% em base anual, para US$ 15,051 bilhões. Já a receita no período teve um crescimento modesto: de 3% ano a ano, para US$ 69,787 bilhões. 

Mas o mercado olhou para o céu e gostou do que viu. As ações GOOG subiram mais de 4% no after market, em Nova York, apagando as perdas de 2% da negociação regulamentar graças ao desempenho surpreendente da divisão em nuvem da Alphabet.

Leia Também

Pela primeira vez, o segmento conseguiu se tornar lucrativo — uma performance que estava sendo muito aguardada e acompanhada de perto pelos investidores.

A divisão em nuvem da dona do Google gerou US$ 191 milhões em lucro operacional sobre US$ 7,45 bilhões em receita no primeiro trimestre. No mesmo período do ano anterior, a unidade reportou um prejuízo de US$ 706 milhões sobre uma receita de US$ 5,82 bilhões.

"Nos últimos meses, os executivos do Google têm falado abertamente sobre a necessidade da empresa se tornar mais enxuta, menos burocrática e alocar recursos em apostas que realmente estejam ganhando tração", diz Richard Camargo, analista da Empiricus.

  • Ainda tem dúvidas sobre como fazer a declaração do Imposto de Renda 2023? O Seu Dinheiro preparou um guia completo e exclusivo com o passo a passo para que você “se livre” logo dessa obrigação – e sem passar estresse. [BAIXE GRATUITAMENTE AQUI]

A recompra bilionária de ações do Google

Com o temor de uma recessão crescendo desde o ano passado, os anunciantes estão perdendo os orçamentos de marketing on-line, causando estragos em empresas como a Alphabet e o Facebook.

No primeiro trimestre, a receita com publicidade da dona do Google superou as expectativas dos analistas, mas caiu em relação ao ano anterior para US$ 54,55 bilhões.

A receita com anúncios do YouTube veio em linha com as projeções, também caindo em relação ao ano anterior. A receita de buscas e outras do Google chegou a US$ 40,36 bilhões, um pouco acima dos US$ 39,62 bilhões do ano anterior.

A receita em Other Bets, que inclui a unidade de ciências biológicas do Google, a Verily, e a empresa de carros autônomos Waymo, chegou a US$ 288 milhões, uma queda acentuada em relação aos US$ 440 milhões do ano anterior.

Mas nada disso impedirá a Alphabet de fazer uma recompra de ações para lá de bilionária. O conselho de administração da empresa autorizou um programa de US$ 70 bilhões para esse fim.

Se o Google gastar todo esse valor em recompras, dará continuidade ao ritmo do ano passado — em abril de 2022, a Alphabet anunciou os mesmos US$ 70 bilhões em recompras de ações.

O Google e a inteligência artificial

Os cortes de custos da Alphabet aconteceram depois que a empresa aumentou as contratações durante a pandemia de covid-19, mas também foram necessários porque o Google está no centro do universo da tecnologia que está gerando mais empolgação entre os investidores: a inteligência artificial (AI, na sigla em inglês)

No início deste ano, o Google lançou seu produto AI chatbot Bard ao público, depois que o serviço ChatGPT, da OpenAI, tornou-se viral no final de 2022. 

Mas o mergulho da Alphabet nesse segmento se deu envolto em polêmicas — tanto que os funcionários do Google chegaram a criticar o CEO Sundar Pichai pelo anúncio aparentemente “apressado” e “equivocado” em relação ao concorrente ChatGPT.

A Microsoft, que investiu na OpenAI, está integrando a tecnologia da startup em seu mecanismo de busca Bing e outros serviços. 

Pichai disse aos investidores que a Alphabet planeja lançar seu modelo de linguagem LaMDA com componentes de pesquisa “muito em breve”, sugerindo que a pressão está aumentando por parte da Microsoft e da OpenAI.

"Impulsionado pelo sucesso do ChatGPT, a Microsoft fez upgrade em mecanismos de buscas, o Bing, para incorporar a função do chatbot. No mercado, emergiu a narrativa de que o novo concorrente — dá para dizer que é novo mesmo, dado o tamanho da remodelagem no Bing —, seria um detrator importante dos resultados do Google", diz o analista da Empiricus.

Por falar em Microsoft…

... a gigante do software também divulgou os resultados do terceiro trimestre fiscal, encerrado em 31 de março de 2023, e viu o sol raiar mais uma vez. 

Com o investimento plurianual e multibilionário da empresa na OpenAI, a desenvolvedora do ChatGPT, a Microsoft não esconde que a IA será uma fonte importante de seu crescimento futuro — mas foi a divisão em nuvem que deu um empurrãozinho na performance da empresa no trimestre.

Entre janeiro e março, a empresa viu o lucro líquido subir 9% em base anual, para US$ 18,299 bilhões, enquanto a receita somou US$ 52,857 bilhões, um avanço de 7% na comparação ano a ano. 

A receita do segmento de negócios Intelligent Cloud da Microsoft, que inclui a nuvem pública Azure, Enterprise Services, SQL Server e Windows Server, gerou US$ 22,08 bilhões em faturamento — um aumento de 16% e superior ao consenso de US$ 21,94 bilhões entre os analistas consultados pela StreetAccount.

A receita do Azure e outros serviços em nuvem cresceu 27%, em comparação com os 31% no trimestre anterior, mas veio em linha com a estimativa média dos analistas consultados pela StreetAccount.

Assim como aconteceu com o Google, os investidores também gostaram do que viram: as ações da Microsoft subiram mais de 4% no after market em Nova York com a apresentação dos resultados trimestrais da empresa.

O tempo também deu uma nublada para a Microsoft

Se olharmos de perto alguns números da Microsoft, o sol aparece entre nuvens.

Embora o segmento de Produtividade e Processos de Negócios contendo Dynamics, LinkedIn e Office tenha registrado um aumento de 11% da receita, para US$ 17,52 bilhões, o segmento More Personal Computing, com Bing, Windows, Surface e Xbox, rendeu US$ 13,26 bilhões em receita, uma queda de 9%.

As vendas de licenças do sistema operacional Windows para fabricantes de dispositivos também não foram tão bem: caíram 28% — levemente menos do que a empresa de pesquisa Gartner projetava, baixa de 30%, no trimestre.

O mais recente anúncio de demissões é mais um reconhecimento da Microsoft de que seus ganhos estão diminuindo em comparação com o pico e também, de forma mais ampla, de que uma recessão pode ser iminente nos EUA. 

Embora o mercado permaneça amplamente positivo sobre as perspectivas de longo prazo da Microsoft, as preocupações com a inflação, as elevadas taxas de juros e os gastos mais lentos com tecnologia forçaram a empresa a reduzir o número de funcionários globalmente, ao mesmo tempo em que transferiu recursos de áreas não estratégicas.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
PÉ NO ACELERADOR

Localiza: após balanço mais forte que o esperado no 3T24, BTG Pactual eleva preço-alvo para RENT3 e agora vê potencial de alta de 52% para a ação

18 de novembro de 2024 - 13:31

Além dos resultados trimestrais, o banco considerou as tendências recentes do mercado automotivo e novas projeções macroeconômicas; veja a nova estimativa

RESULTADOS FINAIS

Lucro dos bancos avança no 3T24, mas Selic alta traz desafios para os próximos resultados; veja quem brilhou e decepcionou na temporada de balanços 

18 de novembro de 2024 - 6:01

Itaú mais uma vez foi o destaque entre os resultados; Bradesco avança em reestruturação e Nubank ameaça desacelerar, segundo analistas

EM RECUPERAÇÃO JUDICIAL

CEO da AgroGalaxy (AGXY3) entra para o conselho após debandada do alto escalão; empresa chama acionistas para assembleia no mês que vem

15 de novembro de 2024 - 16:16

Além do diretor-presidente, outros dois conselheiros foram nomeados; o trio terá mandato até a AGE marcada para meados de dezembro

O QUE DIZEM OS NÚMEROS

Ações do Alibaba caem 2% em Nova York após melhora dos resultados trimestrais. Por que o mercado torce o nariz para a gigante chinesa?

15 de novembro de 2024 - 14:03

Embora o resultado do grupo tenha crescido em algumas métricas no trimestre encerrado em setembro, ficaram abaixo das projeções do mercado — mas não é só isso que explica a baixa dos ativos

DESAGRADOU (?)

“A bandeira amarela ficou laranja”: Balanço do Banco do Brasil (BBAS3) faz ações caírem mais de 2% na bolsa hoje; entenda o motivo

14 de novembro de 2024 - 15:51

Os analistas destacaram que o aumento das provisões chamou a atenção, ainda que os resultados tenham sido majoritariamente positivos

HERÓIS x VILÕES

Streaming e sucessos de bilheteria salvam o ‘cofre do Tio Patinhas’ e garantem lucro no balanço da Disney

14 de novembro de 2024 - 14:10

Para CFO da empresa, investidores precisam entender “não apenas os resultados atuais do negócio, mas também o retorno dos investimentos”

AGORA É NEUTRA

Acendeu a luz roxa? Ações do Nubank caem forte mesmo depois do bom balanço no 3T24; Itaú BBA rebaixa recomendação

14 de novembro de 2024 - 13:56

Relatório aponta potencial piora do mercado de crédito em 2025, o que pode impactar o custo dos empréstimos feitos pelo banco

DEPOIS DO BALANÇO DO 3T24

Agro é pop, mas também é risco para o Banco do Brasil (BBAS3)? CEO fala de inadimplência, provisões e do futuro do banco

14 de novembro de 2024 - 13:52

Redução no preço das commodities, margens apertadas e os fenômenos climáticos extremos afetam em cheio o principal segmento do BB

DESTAQUES DA BOLSA

A surpresa de um dividendo bilionário: ações da Marfrig (MRFG3) chegam a saltar 8% após lucro acompanhado de distribuição farta ao acionista. Vale a compra?

14 de novembro de 2024 - 13:13

Os papéis lideram a ponta positiva do Ibovespa nesta quinta-feira (14), mas tem bancão cauteloso com o desempenho financeiro da companhia; entenda os motivos

DESTAQUES DA BOLSA

Depois de chegar a valer menos de R$ 0,10 na bolsa, ação da Americanas (AMER3) dispara 175% após balanço do 3T24 — o jogo virou para a varejista?

14 de novembro de 2024 - 13:02

Nos últimos meses, a companhia vinha enfrentando uma sequência de perdas, conforme os balanços de 2023 e do primeiro semestre de 2024, publicados após diversos adiamentos

QUEM ESTÁ COM A RAZÃO?

Menin diz que resultado do grupo MRV no 3T24 deve ser comemorado, mas ações liberam baixas do Ibovespa. Por que MRVE3 cai após o balanço?

14 de novembro de 2024 - 11:41

Os ativos já chegaram a recuar mais de 7% na manhã desta quinta-feira (14); entenda os motivos e saiba o que fazer com os papéis agora

VOANDO EM UM CÉU AZUL

Prejuízo menor já é ‘lucro’? Azul (AZUL4) reduz perdas no 3T24 e mostra recuperação de enchentes no RS; ação sobe 2% na bolsa hoje

14 de novembro de 2024 - 11:15

Companhia aérea espera alcançar EBITDA de R$ 6 bilhões este ano, após registrar recorde histórico no terceiro trimestre

FOCO NO VAREJO

Depois de lucro ‘milagroso’ no 2T24, Casas Bahia (BHIA3) volta ao prejuízo no 3T24 — e não foi por causa das lojas físicas

14 de novembro de 2024 - 7:45

O retorno a uma era de ouro de lucratividade da Casas Bahia parece ainda distante, mesmo depois do breve milagre do trimestre anterior

VAREJISTA NO 3T24

Americanas (AMER3) registra lucro líquido de R$ 10,279 bilhões no 3T24 e reverte prejuízo de R$ 1,6 bilhão; veja os destaques do balanço

13 de novembro de 2024 - 20:51

A CFO da varejista em recuperação judicial, Camille Faria, explicou que o lucro está relacionado ao processo de novação da dívida

TEMPORADA DE RESULTADOS

Banco do Brasil (BBAS3) lucra R$ 9,5 bilhões no 3T24, mas provisões aumentam 34% e instituição ajusta projeções para 2024

13 de novembro de 2024 - 19:30

A linha que contabiliza as projeções de créditos e o guidance para o crescimento de despesas foram alteradas, enquanto as demais perspectivas foram mantidas

BALANÇO DO 3T24

Nubank (ROXO34) supera estimativas e reporta lucro líquido de US$ 553 milhões no 3T24; rentabilidade (ROE) chega aos 30%

13 de novembro de 2024 - 19:22

Inadimplência de curto prazo caiu 0,1 ponto percentual na base trimestral, mas atrasos acima de 90 dias subiram 0,2 p.p. Banco diz que indicador está dentro das estimativas

RUMO POSITIVO

CVC sai da rota do prejuízo com lucro trimestral de R$ 14,4 milhões; Itaú BBA e BTG comentam 

13 de novembro de 2024 - 18:05

Despesas operacionais recorrentes da empresa no terceiro trimestre somaram R$ 239 milhões, valor 30% abaixo do registrado no ano anterior

SD Select

Porto (PSSA3) desbanca BB Seguridade (BBSE3) e Caixa Seguridade (CXSE3) para se tornar a seguradora ‘queridinha’ do mercado em 2024; veja os motivos

13 de novembro de 2024 - 16:11

Porto tem lucro líquido 9% acima da projeção média dos analistas no 3T24 e ações PSSA3 decolam cada vez mais – alta em 2024 é de quase 40%

DESTAQUES DA BOLSA

Hapvida (HAPV3) divulga balanço do 3T24 e ação fica entre as maiores quedas do Ibovespa após conferência de resultados; o que desagradou o mercado?

13 de novembro de 2024 - 15:41

A operadora de saúde anunciou um lucro líquido ajustado de R$ 324,5 milhões, uma alta de 24,3% ante um ano antes; saiba o que fazer com os papéis

REAÇÃO AO RESULTADO

Por que a Oncoclínicas (ONCO3) cai na B3 mesmo depois de finalmente voltar a gerar caixa no 3T24

13 de novembro de 2024 - 14:24

Com lucro em queda, receitas em desaceleração e despesas em alta, nem mesmo a geração de caixa foi capaz de diminuir o peso sobre as ações hoje

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar