Netflix se arrependeu da cobrança do ‘ponto extra’? Você pode até não ter gostado, mas taxa pode ajudar empresa a vencer a guerra do streaming
Segundo a IP Capital, a taxa de compartilhamento de senha e a criação de um plano suportado por anúncios levam a gestora a apostar na ‘Netinha’ como a vencedora

A Netflix causou comoção na internet nos últimos meses com o anúncio da cobrança do ‘ponto extra’, uma taxa sobre o compartilhamento de senhas entre indivíduos de residências diferentes.
A medida foi criticada por diversos usuários na época, levantando até questionamentos sobre a legalidade da cobrança.
Acontece que, segundo a IP Capital, a decisão da gigante do streaming foi acertada. Para Gabriel Raoni, gestor da IP, a medida foi amplamente testada pela companhia, a começar pelos Estados Unidos, maior mercado da gigante do streaming.
De fato, a expectativa dos analistas é que a maioria das pessoas acabe pagando pelo ponto extra, o que deve melhorar os próximos resultados da Netflix.
O gestor da IP também destaca a iniciativa da companhia de criar um plano suportado por anúncios — e esse outro fator que leva a gestora a apostar na empresa como a vencedora da guerra do streaming.
“Você tem que dar mais leque de opções para o cliente que não tem condições de pagar. Ele deveria ter essa chance de pagar menos”, afirma Raoni.
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“A empresa executou isso em seis meses. É muito rápido. Para uma companhia desse tamanho, implementar isso de maneira global e de forma tecnológica, foi um negócio rápido.”
Porém, esse não é o único fator. No episódio #53 do Market Makers, Gabriel Raoni revela os principais pontos da tese de investimento em Netflix.
Você confere tudo isso no podcast. É só dar play aqui:
Netflix no hockey no gelo
Para o executivo, o pioneirismo da empresa na migração das telinhas para o streaming ajudou a companhia a se antecipar na corrida do entretenimento.
O gestor compara o negócio convencional de mídia, baseado na televisão aberta e a cabo, ao futebol de salão. “Isso é um negócio que a gente chama de gelo derretendo ao longo do tempo, eles geram caixa mas não crescem.”
Já o mercado de streaming estaria equiparado ao hockey no gelo.
“Todo mundo sabia jogar futebol de salão bem para caramba naquele universo. Aí chegou a Netflix e inventou uma nova forma de consumir mídia muito mais eficiente que gera muito mais valor ao cliente, que é o mercado streaming.”
Acontece que os grandes players da televisão, como Disney e HBO, patinaram nos gelos do streaming, conta o economista em conversa com os apresentadores Renato Santiago e Thiago Salomão.
“Eles só sabiam jogar futebol de salão. No hockey de gelo, eles estão aprendendo a esquiar ainda, enquanto a Netflix já tem completo domínio desse mercado, de como operar bem e ganhar dinheiro.”
De acordo com Raoni, as empresas já estabelecidas tentaram chegar ao streaming, mas saíram machucadas da migração.
“Os resultados operacionais dessas empresas, de HBO a Disney e Amazon, são medíocres demais e acendem um alerta vermelho dentro dessas companhias.”
Isso porque as incumbentes como a Disney ainda têm parte do resultado apoiada nos negócios de televisão —- seguindo no exemplo da dona do Mickey, a base nos canais NBC, EFX, Disney Junior e Disney Channel.
São esses negócios que “pagam as contas” do streaming. Acontece que, hoje, o streaming gera prejuízos. “O cara tem que mudar ao longo do tempo, sair dessas fontes de receita antiquadas e ir para o futuro, que é o conteúdo sob demanda.”
Por sua vez, a Netflix está num período em que o custo de conteúdo está estável, enquanto a receita por usuário segue em crescimento. Vale lembrar que a empresa divulgará os números referentes ao segundo trimestre de 2023 na próxima quarta-feira (19).
Confira o episódio na íntegra:
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