Incorporadoras aceleram Minha Casa Minha Vida, mas classe média sofre com forte queda nos lançamentos de imóveis
Uma pesquisa da Abrainc mostra que os lançamentos do programa cresceram 17,2% ante o primeiro semestre do ano passado

Implementadas perto do final do semestre, as mudanças no Minha Casa Minha Vida já se refletiram nos números do programa habitacional do governo nos primeiros seis meses de 2023. É o que indica uma pesquisa divulgada nesta terça-feira (26) pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc).
O levantamento, feito em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), mostra que os lançamentos do programa cresceram 17,2% ante o primeiro semestre do ano passado.
Já as vendas de imóveis dentro avançaram 4,2% na mesma base de comparação, mas esse número deve subir com a absorção dos novos empreendimentos.
Para efeito de comparação, o segmento de Médio e Alto Padrão (MAP) registrou um recuo de 59,4% nos lançamentos do período. A forte queda deve-se, entre outros fatores, às altas taxas de juros para os financiamentos do tipo, que não contam com subsídio estatal.
“Imediatamente após o anúncio das mudanças no Minha Casa Minha Vida, houve um aumento de 70% nas simulações de financiamento”, contou a vice-presidente de Habitação da Caixa Econômica Federal, Inês Magalhães, durante o Fórum Brasileiro das Incorporadoras 2023 (Incorpora), evento organizado pela Abrainc.
- Renda fixa “imune” à queda dos juros? Esses títulos premium estão pagando IPCA + 10% e gerando mais de 2% ao mês; acesse
Minha Casa Minha Vida com 2 milhões de unidades até 2026
E o governo deve manter o pé no acelerador do MCMV. Segundo o ministro das Cidades, Jader Filho, a meta é chegar em 2026 com dois milhões de contratações de unidades, sendo um milhão apenas na faixa um do programa — onde não houve contratações nos últimos quatro anos.
Leia Também
“O novo MCMV está de volta muito mais forte, muito mais estruturado e com uma dinâmica de funcionamento muito mais eficiente. Foram entregues 10 mil, retomadas 17 mil e contratadas 300 mil unidades habitacionais até agora”, declarou o ministro no Incorpora.
Outro número importante que demonstra o aquecimento do segmento vem da Caixa. De acordo com Maria Rita Serrano, presidente do banco, o programa já demandou mais de R$ 64 bilhões da instituição financeira até agosto de 2023. A cifra é 56% superior à do mesmo período de 2022.
“O presidente Lula solicitou veementemente que a Caixa voltasse a ser protagonista do desenvolvimento do país. Mais de 670 mil famílias estarão de casa nova até o final de 2023”, afirmou ela também durante a participação no evento da Abrainc.
A DINHEIRISTA – Crise nas Casas Bahia: Estou perdendo rios de dinheiro com ações VIIA3 (que viraram BHIA3). E agora?
Excesso de burocracia é um dos desafios do setor
Para chegar a esse número, uma das apostas do banco é emplacar uma série de medidas — que não foram detalhadas, mas, segundo a presidente da Caixa, serão entregues ao Congresso — para diminuir a burocracia dos financiamentos.
Para Luiz França, presidente da Abrainc, esse é um dos grandes desafios do setor: “A burocracia da construção custou R$ 35 bilhões nos últimos anos. E quem paga a conta é o comprador: na média, 9,5% do preço do imóvel é composto por burocracia.”
França acredita que discutir a inovação no segmento, aprofundar avanços tecnológicos e simplificar processos é essencial para que o mercado tenha ganhos reais de produtividade.
Além de fatores que podem ser trabalhados diretamente pelas empresas, o presidente da associação que reúne algumas das principais incorporadoras do país cita ainda a queda dos juros como um dos itens essenciais para a continuidade da expansão do mercado imobiliário.
“Precisamos que as autoridades monetárias realmente ajam para acelerar a redução da taxa Selic. Os juros de um dígito permitirão que o crescimento econômico não seja como um voo de galinha.”
“Trump vai demorar um pouco mais para entrar em pânico”, prevê gestor — mas isso não é motivo para se desiludir com a bolsa brasileira agora
Para André Lion, sócio e gestor da estratégia de renda variável da Ibiuna Investimentos, não é porque as bolsas globais caíram que Trump voltará atrás na guerra comercial
Taxa sobre taxa: Resposta da China a Trump aprofunda queda das bolsas internacionais em dia de ata do Fed
Xi Jinping reage às sobretaxas norte-americanas enquanto fica cada vez mais claro que o alvo principal de Donald Trump é a China
CEO da Embraer (EMBR3): tarifas de Trump não intimidam planos de US$ 10 bilhões em receita até 2030; empresa também quer listar BDRs da Eve na B3
A projeção da Embraer é de que, apenas neste ano, a receita líquida média atinja US$ 7,3 bilhões — sem considerar a performance da subsidiária Eve
Ação da Vale (VALE3) chega a cair mais de 5% e valor de mercado da mineradora vai ao menor nível em cinco anos
Temor de que a China cresça menos com as tarifas de 104% dos EUA e consuma menos minério de ferro afetou em cheio os papéis da companhia nesta terça-feira (8)
Trump dobra a aposta e anuncia tarifa de 104% sobre a China — mercados reagem à guerra comercial com dólar batendo em R$ 6
Mais cedo, as bolsas mundo afora alcançaram fortes ganhos com a sinalização de negociações entre os EUA e seus parceiros comerciais; mais de 70 países procuraram a Casa Branca, mas a China não é um deles
Prazo de validade: Ibovespa tenta acompanhar correção das bolsas internacionais, mas ainda há um Trump no meio do caminho
Bolsas recuperam-se parcialmente das perdas dos últimos dias, mas ameaça de Trump à China coloca em risco a continuidade desse movimento
Minerva prepara aumento de capital de R$ 2 bilhões de olho na redução da alavancagem. O que muda para quem tem ações BEEF3?
Com a empresa valendo R$ 3,9 bilhões, o aumento de capital vai gerar uma diluição de 65% para os acionistas que ficarem de fora da operação
Para ficar perto de Trump, Zuckerberg paga US$ 23 milhões por mansão em Washington — a terceira maior transação imobiliária história da capital americana
Localizada a menos de 4 km da Casa Branca, a residência permitirá ao dono da Meta uma maior proximidade com presidente norte-americano
Sem medo do efeito Trump: Warren Buffett é o único entre os 10 maiores bilionários do mundo a ganhar dinheiro em 2025
O bilionário engordou seu patrimônio em US$ 12,7 bilhões neste ano, na contramão do desempenho das fortunas dos homens mais ricos do planeta
FII PVBI11 cai mais de 2% na bolsa hoje após bancão chinês encerrar contrato de locação
Inicialmente, o contrato não aplicava multa ao inquilino, um dos quatro maiores bancos da China que operam no Brasil, mas o PVBI11 e a instituição chegaram a um acordo
Sem aversão ao risco? Luiz Barsi aumenta aposta em ação de companhia em recuperação judicial — e papéis sobem forte na B3
Desde o início do ano, essa empresa praticamente dobrou de valor na bolsa, com uma valorização acumulada de 97% no período. Veja qual é o papel
Ibovespa chega a tombar 2% com pressão de Petrobras (PETR4), enquanto dólar sobe a R$ 5,91, seguindo tendência global
O principal motivo da queda generalizada das bolsas de valores mundiais é a retaliação da China ao tarifaço imposto por Donald Trump na semana passada
Como declarar aluguéis pagos e recebidos no imposto de renda 2025
Se você mora de aluguel ou investe em imóveis para renda, não se esqueça de informar os valores pagos ou recebidos pelo imóvel na sua declaração de IR 2025. Confira o passo a passo para declarar aluguéis no imposto de renda
Retaliação da China ao tarifaço de Trump derrete bolsas ao redor do mundo; Hong Kong tem maior queda diária desde 1997
Enquanto as bolsas de valores caem ao redor do mundo, investidores especulam sobre possíveis cortes emergenciais de juros pelo Fed
Os gigantes estão de volta: XP Malls (XPML11) divide o pódio com FII logístico entre os fundos imobiliários preferidos dos analistas para abril
Dois fundos imobiliários ocupam o primeiro lugar no ranking de recomendações para abril. Os FIIs favoritos entre os analistas ainda estão sendo negociados com desconto
“Não vou recuar”, diz Trump depois do caos nos mercados globais
Trump defende que sua guerra tarifária trará empregos de volta para a indústria norte-americana e arrecadará trilhões de dólares para o governo federal
Disputa aquecida na Mobly (MBLY3): Fundadores da Tok&Stok propõem injetar R$ 100 milhões se OPA avançar, mas empresa não está lá animada
Os acionistas Régis, Ghislaine e Paul Dubrule, fundadores da Tok&Stok, se comprometeram a injetar R$ 100 milhões na Mobly, caso a OPA seja bem-sucedida
O agente do caos retruca: Trump diz que China joga errado e que a hora de ficar rico é agora
O presidente norte-americano também comentou sobre dados de emprego, juros, um possível acordo para zerar tarifas do Vietnã e a manutenção do Tik Tok por mais 75 dias nos EUA
A pressão vem de todos os lados: Trump ordena corte de juros, Powell responde e bolsas seguem ladeira abaixo
O presidente do banco central norte-americano enfrenta o republicano e manda recado aos investidores, mas sangria nas bolsas mundo afora continua e dólar dispara
O combo do mal: dólar dispara mais de 3% com guerra comercial e juros nos EUA no radar
Investidores correm para ativos considerados mais seguros e recaculam as apostas de corte de juros nos EUA neste ano