Elon Musk pode processar quem vender o novo Cybertruck da Tesla em menos de um ano
Cláusula do contrato de compra da picape Cybertruck permite que a Tesla peça indenização de US$ 50 mil (R$ 247,8 mil) caso comprador viole os termos de revenda, diz publicação
Elon Musk supostamente quer impedir que os donos da recém-lançada Cybertruck revendam a picape no mercado. E para isso a Tesla pode vir até a processar os compradores de revenderem o veículo durante o primeiro ano da aquisição. O valor da indenização pode chegar a US$ 50 mil (R$ 247,8 mil).
De acordo com a Business Insider, a Tesla voltou a incluir uma cláusula no contrato de compra da Cybertruck que impede a revenda nos primeiros 12 meses de aquisição.
A cláusula já havia aparecido em novembro, em uma sessão adicional intitulada “Apenas para Cybertruck”. Porém, foi retirada do contrato público no mesmo mês. Na época, além do processo e indenização, a Tesla também poderia recusar a venda de veículos futuros para os compradores que violassem a regra.
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E agora? O que diz o novo contrato da Tesla?
No contrato atual, as exigências foram retomadas, segundo um comprador revelou à Business Insider. No entanto, a Tesla também solicita que, antes de tentar revender a picape, os proprietários do Cybertruck ofereçam o carro de volta à companhia por um preço mais baixo.
Caso a Tesla não aceite recuperar o automóvel, a companhia também exige que os Cybertrucks só sejam revendidos para terceiros caso a empresa forneça aos novos proprietários “consentimento por escrito”, ainda de acordo com a publicação.
Se os termos forem violados, a Tesla “pode buscar medida cautelar para evitar a transferência da propriedade do veículo”, diz em contrato.
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Além disso, o valor da indenização pode variar segundo a nova cláusula. A companhia poderá “exigir de você uma indenização por danos no valor de US$ 50 mil ou o valor recebido pela venda ou transferência, o que for maior”.
Em maus lençóis
O anúncio vem em um momento delicado para a Tesla: a empresa está recolhendo mais de dois milhões de carros após um regulador descobrir que o Autopilot, o sistema de assistência ao motorista da Tesla, estava parcialmente com defeito.
O recall se aplica a quase todos os carros da montadora vendidos nos Estados Unidos desde a criação do Autopilot, com recolhimento dos modelos lançados entre 2012 e 2023.
O novo contrato da Tesla não deixa claro se as exigências de revenda dos automóveis serão aplicadas apenas para a picape Cybertruck ou para outros veículos da companhia.
*Com informações da Business Insider