CVC (CVCB3) sob pressão: empresa tem prejuízo de R$ 97 milhões no 4º trimestre — e o endividamento segue em foco
A CVC (CVCB3) ficou no vermelho, tanto nos três últimos meses de 2022 quanto no ano como um todo — mais uma má notícia para a empresa
Quando o assunto é CVC (CVCB3), o mercado parece estar interessado em apenas um tema: o endividamento da companhia — e sua capacidade de honrar os compromissos financeiros. Mas os problemas não vêm só do perfil da dívida; a empresa também traz más notícias do balanço do quarto trimestre, mostrando mais um prejuízo líquido.
Ao todo, as perdas da companhia de viagens nos três últimos meses de 2022 foram de R$ 96,8 milhões. É verdade que a linha não está tão ruim quanto no mesmo período do ano anterior, quando o prejuízo chegou a R$ 145 milhões; ainda assim, considerando que o quarto trimestre é sazonalmente mais forte, não é um dado animador.
No acumulado de 2022, a CVC teve prejuízo líquido de R$ 433,4 milhões — também marcando uma redução em relação às perdas vistas em 2021, quando o resultado foi negativo em R$ 486,6 milhões.
- O Seu Dinheiro acaba de liberar um treinamento exclusivo e completamente gratuito para todos os leitores que buscam receber pagamentos recorrentes de empresas da Bolsa. [LIBERE SEU ACESSO AQUI]
CVC (CVCB3): receita tímida, Ebitda mais robusto
Outras linhas do balanço trimestral da CVC (CVCB3) também não inspiram grande confiança quanto a uma possível reviravolta financeira: a receita líquida, por exemplo, cresceu apenas 2,4% em comparação com o quarto trimestre de 2021, totalizando R$ 321,4 milhões.
Já no lado do lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) — uma métrica que serve como termômetro para a eficiência operacional de uma companhia —, as notícias são melhores. A linha ficou positiva em R$ 83 milhões entre outubro e dezembro; há um ano, estava negativa em R$ 35,4 milhões.
O resultado consolidado de 2022 também traz indícios mais encorajadores. No front da receita líquida, o salto foi de 48%, para R$ 1,22 bilhão; o Ebitda, que fechou 2021 negativo em R$ 235 milhões, terminou o ano passado positivo em R$ 167 milhões.
Leia Também
No lado operacional, tanto as reservas confirmadas quanto as reservas consumidas tiveram melhora, seja no resultado do quarto trimestre ou no consolidado anual — um indicador de que a demanda por viagens na CVC tem melhorado gradativamente, tanto nas agências quanto nos canais online.
Dito isso, houve uma pressão intensa no lado do resultado financeiro: em termos líquidos, a linha ficou negativa em R$ 11,6 milhões no quarto trimestre, apagando eventuais ganhos de eficiência e controles de custos e despesas. No consolidado de 2022, o resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 309,5 milhões.
Gerando caixa, mas...
Por mais que haja bastante a ser analisado no balanço da CVC (CVCB3) no quarto trimestre, fato é que o mercado como um todo vai olhar com atenção especial às métricas de endividamento da companhia, considerando o recente acordo firmado com debenturistas para reperfilamento de parte da dívida líquida.
E há uma primeira boa notícia nos números apresentados nesta terça (14): a CVC gerou R$ 285 milhões em caixa nos três últimos meses do ano, elevando a sua posição total a R$ 687,5 milhões. Ainda assim, vale ressaltar que, em 2022 como um todo, houve queima de R$ 108 milhões em recursos líquidos.
Quanto ao endividamento em si, a CVC fechou o ano com R$ 896,7 milhões de saldo em debêntures, dos quais R$ 665 milhões têm vencimento já no segundo trimestre de 2023 — portanto, falamos de praticamente toda a posição de caixa da companhia.
Com essa situação apertada, a CVC contratou o BR Partners como 'assessor externo' ainda em janeiro; há poucos dias, chegou a um acordo com os debenturistas para rever o cronograma de pagamento desses compromissos — há, no entanto, uma série de condições a serem aceitas pelos detentores desses títulos.
Seja como for, a CVC deu uma prévia de como está o seu perfil de endividamento no momento — e de como ele ficará, caso tudo corra bem no acordo firmado com os debenturistas:
"Com a conclusão desse reperfilamento, a administração entende estar melhor equacionado, pelos próximos anos, os vencimentos da dívida ao seu fluxo de caixa previsto, de forma a não comprometer sua capacidade de crescimento e investimento em suas operações", diz a CVC, no balanço do quarto trimestre e afirmando que continuará avaliando possibilidades para reduções adicionais do endividamento.
O plano de reorganização das dívidas ainda deve ser aprovado em assembleias gerais de debenturistas da CVC — a mais relevante, a de detentores de títulos da quarta emissão da companhia, está marcada para o dia 6 de abril.
CVC (CVCB3): mercado cauteloso
No mercado, o plano apresentado pela CVC para alongar a dívida com os debenturistas foi recebido de maneira cética: no dia 10, data em que foi revelado o acordo com os detentores dos títulos, as ações CVCB3 fecharam em forte queda de mais de 15% — os termos incluem um novo aumento de capital até novembro deste ano.
Nesta terça-feira, os papéis da companhia de turismo tiveram outro tombo, recuando 7,89%, a R$ 3,27; mais cedo, o JP Morgan rebaixou a recomendação para as ações, de 'neutro' para 'venda', e retirou seu preço-alvo, citando a alta alavancagem da companhia e os desafios operacionais a serem enfrentados daqui em diante.
"Apesar de [o acordo] oferecer um alívio de curto prazo em termos de vencimento das dívidas, as tendências de expansão da receita líquida estão ficando aquém do esperado, refletindo o ambiente de consumo mais desafiador, assim como a menor disponibilidade de crédito para o segmento de turismo", diz o banco americano.
Quanto ao lado financeiro, o JP Morgan afirma que, mesmo com o acordo para reperfilamento de dívida, seria necessário um incremento de cerca de R$ 1 bilhão em caixa para dar suporte ao crescimento da CVC, para além do aumento de capital já incluso no plano aprovado com os debenturistas.
Ações da Petrobras (PETR4) saltam até 6% na bolsa e lideram altas do Ibovespa; analistas enxergam espaço para dividendos ainda maiores em novo plano estratégico
O detalhamento do plano estratégico 2025-2029 e um anúncio complementar de R$ 20 bilhões em dividendos extraordinários impulsionam os papéis da petroleira hoje
Por que a JBS (JBSS3) anunciou um plano de investimento de US$ 2,5 bilhões em acordo com a Nigéria — e o que esperar das ações
O objetivo é desenvolver um plano de investimento de pouco mais de R$ 14,5 bilhões em cinco anos para a construção de seis fábricas no país africano
Banco do Brasil (BBAS3): vale a pena investir? Confira opinião dos analistas do BTG Pactual
O Banco do Brasil (BBAS3) foi o último dos “bancões” brasileiros a divulgar seus resultados do 3T24, na noite da última quarta-feira (13). Os números vieram positivos de maneira geral, com destaque para: Apesar dos números não estarem totalmente no vermelho, o mercado mostrou certa apreensão. Os papéis do bancão fecharam o pregão da quinta-feira […]
Angústia da espera: Ibovespa reage a plano estratégico e dividendos da Petrobras (PETR4) enquanto aguarda pacote de Haddad
Pacote fiscal é adiado para o início da semana que vem; ministro da Fazenda antecipa contingenciamento de mais de R$ 5 bilhões
Bolsa caindo à espera do pacote fiscal que nunca chega? Vale a pena manter ações na carteira, mas não qualquer uma
As ações brasileiras estão negociando por múltiplos que não víamos há anos. Isso significa que elas estão baratas, e qualquer anúncio de corte de gastos minimamente satisfatório, que reduza um pouco os riscos, os juros e o dólar, deveria fazer a bolsa engatar um forte rali de fim de ano.
CVC (CVCB3) aprova recompra de até 15,7 milhões de ações; confira os detalhes do programa
A companhia de viagens tem atualmente 522.928.607 ações ordinárias em circulação
Em recuperação judicial, AgroGalaxy (AGXY3) planeja grupamento de ações para deixar de ser ‘penny stock’; saiba como será a operação
Empresa divulgou um cronograma preliminar após questionamentos da B3 no início deste mês sobre o preço das ações ordinárias de emissão da varejista
Vale (VALE3) é a nova queridinha dos dividendos: mineradora supera Petrobras (PETR4) e se torna a maior vaca leiteira do Brasil no 3T24 — mas está longe do pódio mundial
A mineradora brasileira depositou mais de R$ 10 bilhões para os acionistas entre julho e setembro deste ano, de acordo com o relatório da gestora Janus Henderson
‘O rali ainda não acabou’: as ações desta construtora já saltam 35% no ano e podem subir ainda mais antes que 2024 termine, diz Itaú BBA
A performance bate de longe a do Ibovespa, que recua cerca de 4% no acumulado anual, e também supera o desempenho de outras construtoras que atuam no mesmo segmento
Rede D’Or (RDOR3), Odontoprev (ODPV3) ou Blau Farmacêutica (BLAU3)? Após resultados “sem brilho” do setor de saúde no 3T24, BTG elege a ação favorita
Embora as operadoras tenham apresentado resultados fracos ou em linha com as expectativas, as três empresas se destacaram no terceiro trimestre, segundo o banco
“Minha promessa foi de transformar o banco, mas não disse quando”, diz CEO do Bradesco (BBDC4) — e revela o desafio que tem nas mãos daqui para frente
Na agenda de Marcelo Noronha está um objetivo principal: fazer o ROE do bancão voltar a ultrapassar o custo de capital
O Google vai ser obrigado a vender o Chrome? Itaú BBA explica por que medida seria difícil — mas ações caem 5% na bolsa mesmo assim
Essa seria a segunda investida contra monopólios ilegais nos EUA, desde a tentativa fracassada de desmembrar a Microsoft, há 20 anos
Nvidia (NVDC34) vê lucro mais que dobrar no ano — então, por que as ações caem 5% hoje? Entenda o que investidores viram de ruim no balanço
Ainda que as receitas tenham chegado perto dos 100% de crescimento, este foi o primeiro trimestre com ganhos percentuais abaixo de três dígitos na comparação anual
Do pouso forçado às piruetas: Ibovespa volta do feriado com bolsas internacionais em modo de aversão ao risco e expectativa com pacote
Investidores locais aguardam mais detalhes do pacote fiscal agora que a contribuição do Ministério da Defesa para o ajuste é dada como certa
Que crise? Weg (WEGE3) quer investir US$ 62 milhões na China para aumentar capacidade de fábrica
O investimento será realizado nos próximos anos e envolve um plano que inclui a construção de um prédio de 30 mil m², com capacidade para fabricação de motores de alta tensão
Como a Embraer (EMBR3) passou de ameaçada pela Boeing a rival de peso — e o que esperar das ações daqui para frente
Mesmo com a disparada dos papéis em 2024, a perspectiva majoritária do mercado ainda é positiva para a Embraer, diante das avenidas potenciais de crescimento de margens e rentabilidade
Quais os planos da BRF com a compra da fábrica de alimentos na China por US$ 43 milhões
Empresa deve investir outros US$ 36 milhões para dobrar a capacidade da nova unidade, que abre caminho para expansão de oferta
É hora de colocar na carteira um novo papel: Irani (RANI3) pode saltar 45% na B3 — e aqui estão os 3 motivos para comprar a ação, segundo o Itaú BBA
O banco iniciou a cobertura das ações RANI3 com recomendação “outperform”, equivalente a compra, e com preço-alvo de R$ 10,00 para o fim de 2025
Em busca de dividendos? Curadoria seleciona os melhores FIIs e ações da bolsa para os ‘amantes’ de proventos (PETR4, BBAS3 e MXRF11 estão fora)
Money Times, portal parceiro do Seu Dinheiro, liberou acesso gratuito à carteira Double Income, que reúne os melhores FIIs, ações e títulos de renda fixa para quem busca “viver de renda”
R$ 4,1 bilhões em concessões renovadas: Copel (CPLE6) garante energia para o Paraná até 2054 — e esse banco explica por que você deve comprar as ações
Companhia paranaense fechou o contrato de 30 anos referente a concessão de geração das usinas hidrelétricas Foz do Areia, Segredo e Salto Caxias