🔴 SAVE THE DATE – 25/11: MOEDA COM POTENCIAL DE 30.000% DE VALORIZAÇÃO SERÁ REVELADA – VEJA COMO ACESSAR

Camille Lima
Camille Lima
Repórter no Seu Dinheiro. Estudante de Jornalismo na Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS). Já passou pela redação do TradeMap.
ALTA TENSÃO

A Copel (CPLE6) corre o risco de virar uma nova Eletrobras (ELET6)? Saiba o que esperar das ações da ex-estatal na B3 após a privatização

O maior temor é o de que a Copel esteja fadada a percorrer o mesmo caminho da ex-estatal federal, que vem enfrentando uma série de resistências do governo

Camille Lima
Camille Lima
6 de setembro de 2023
6:44 - atualizado às 9:47
Funcionários da Copel
Funcionários da Copel - Imagem: Divulgação

A oferta de ações que tirou a Copel (CPLE3; CPLE6) do controle do governo do Estado do Paraná completa um mês nesta semana. Mas o que deveria ser motivo de euforia no mercado ainda provoca desconfiança em parte dos investidores. E parte da “culpa” é da Eletrobras.

O maior temor é o de que a Copel esteja fadada a percorrer o mesmo caminho da ex-estatal federal, que vem enfrentando uma série de resistências do governo após a eleição do presidente Lula. Como resultado, as ações ELET3 amargam uma queda de mais de 10% desde a privatização, em junho do ano passado.

De fato, a Copel adotou um caminho de privatização semelhante ao da Eletrobras, por meio de uma oferta de ações que movimentou R$ 5,2 bilhões ao todo. Foi a segunda maior operação na B3 neste ano até agora, atrás apenas da captação da BRF.

A oferta de ações diluiu a participação do Estado do Paraná no capital da Copel, de 31% para 15,6% — e de 69,66% para 26,96% do total de ações com direito a voto. Assim, a Copel se tornou uma sociedade com capital disperso e sem acionista controlador, sendo, enfim, privatizada.

Só que a saída do Estado do comando da Copel ainda não empolgou o mercado. As ações da ex-estatal (CPLE3) andam praticamente de lado desde o follow on, embora acumulem ganho de 20% no acumulado do ano, na expectativa da privatização.

Mas por que o mercado está preocupado com o futuro da Copel, já que a privatização correu dentro dos conformes? O Seu Dinheiro conversou na última semana com gestores e analistas e mostra por que o temor de a empresa repetir os “erros” da Eletrobras parece exagerado.

Leia Também

A Copel e a Eletrobras

O principal receio envolvendo a desestatização da Copel recai justamente nos desdobramentos da privatização da Eletrobras — mais especificamente, nos problemas da companhia com o governo, que se mantém como um acionista relevante.

Em março, a União entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para contestar a cláusula no estatuto que limita o poder de voto dos acionistas a 10% do capital.

Se aprovada pelo STF, a reversão da limitação de votos da União na Eletrobras abriria precedentes para que a situação se repetisse para a Copel.

O alerta para a companhia paranaense de energia se acendeu quando, nos “finalmentes” da privatização, o BNDES gerou ruídos no processo de venda da elétrica.

Acionista minoritário da companhia, o banco público fez com que dois itens fossem retirados da pauta da privatização: a conversão de ações preferenciais classes A e B em ações ordinárias e a migração da companhia para o Novo Mercado da B3.

Para aderir ao Novo Mercado, as companhias precisam cumprir uma série de regras rígidas de governança. Entre elas, a conversão de todas as ações em ordinárias (com direito a voto).

Desta vez vai ser diferente

Ainda que parte do mercado tenha receios sobre o futuro da Copel privatizada, quem acompanha a empresa de perto avalia que a companhia elétrica paranaense está mais blindada contra potenciais intervenções governamentais e que não deve repetir os passos da Eletrobras.

Uma das razões é a estrutura de capital da companhia. Ao contrário do que acontece na holding, na qual a União manteve pouco mais de 40% do capital, a participação remanescente do governo paranaense na Copel é menor, o que reduz o risco político caso haja uma mudança na gestão do Estado.

E quanto à presença do BNDES no capital da Copel? Para um gestor de fundos que analisou a companhia, o banco público não deve ser um empecilho para a empresa cumprir os planos da privatização.

Agora fora do ninho do Estado, a Copel ganha maior agilidade na tomada de decisões, incluindo iniciativas de redução de custos e geração de receita. Além disso, o plano de reforço nas linhas de transmissão da Copel e o potencial de dividendos no futuro também atraem os analistas.

Procurada pela reportagem do Seu Dinheiro, a Copel preferiu não comentar sobre os projetos da empresa e os riscos que envolvem o negócio.

De todo modo, a companhia já deu início ao plano de redução de custos operacionais, com o anúncio de um programa de demissão voluntária (PDV) de R$ 300 milhões

A empresa não revelou as estimativas da quantidade de funcionários que devem aderir ao programa nem quanto dinheiro espera economizar a longo prazo com o PDV. 

Afinal, vale a pena comprar as ações?

Apesar da atual desconfiança dos investidores, os analistas que cobrem a Copel estão otimistas com o futuro da empresa privatizada. Tanto que, dos 11 profissionais que cobrem a companhia, 9 recomendam a compra dos papéis CPLE6, de acordo com dados da Bloomberg.

O preço-alvo dos analistas aponta potencial de valorização de 17,9% para as ações, mas os gestores mais otimistas com a empresa falam em potencial para o médio prazo bem maior. Caso a companhia cumpra os planos da privatização, os papéis podem até dobrar de valor, nos cálculos um profissional ouvido pelo Seu Dinheiro.

O Bank of America já possuía recomendação de compra para as ações da Copel, mas ficou ainda mais otimista após a privatização. Os analistas elevaram o preço-alvo das ações CPLE6, de R$ 10,20 para R$ 12, e das units CPLE11, de R$ 51 para R$ 60.

Para o BofA, a ação da Copel está com uma avaliação descontada e possui a relação de risco e retorno mais atraente da cobertura do banco no setor.

Os analistas projetam uma taxa interna de retorno (TIR) real de 11,5% para CPLE6, “assumindo iniciativas de corte de custos de baixo risco e baixa exposição aos preços de energia”.

Depois da privatização, a Copel também se tornou a ação favorita do JP Morgan no setor de energia. Para os analistas, a ex-estatal possui um valuation atrativo com riscos de queda limitados e deve ser uma das companhias mais rentáveis do setor elétrico. 

O banco possui recomendação de compra para os papéis, com preço-alvo de R$ 60 para as units da empresa (CPLE11), equivalente a um potencial de alta de 39% em relação ao último fechamento.

“Nós vemos a Copel (CPLE11) negociando próxima da CPFL Energia (CPFE3), como uma companhia de maior qualidade, diversificada e de crescimento modesto. Esperamos que a Copel continue melhorando a eficiência e lucratividade, agora que é uma corporação privada”, afirma o JPM.

Os analistas enxergam dois principais gatilhos que podem impulsionar as ações da Copel: a alocação de capital, com a venda de ativos e outras medidas de eficiência, e o potencial de dividendos mais elevados.

A projeção se baseia no potencial da paranaense em se tornar “uma verdadeira corporação, com potencial para governança corporativa superior, um mix de negócios mais diversificado e exposição nula ao risco de renovação de concessões nos próximos 5 anos.”

No começo de agosto, o Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou o processo de renovação da concessão de três das principais usinas hidrelétricas da Copel por mais 30 anos.

O valor estabelecido pelo governo no processo foi de R$ 3,719 bilhões, a título de bônus de outorga. Segundo a empresa, parte do dinheiro da privatização será usado no pagamento.

Os riscos de Copel para além do governo Lula

Na visão do JP Morgan, existem três principais riscos para a tese de investimento em Copel — e eles em nada têm a ver com a gestão de Lula. O primeiro remete ao desempenho da empresa após a privatização.

“Já presumimos cortes de custos, maiores eficiências e melhor alocação de capital, mas se a privatização for menos benéfica para a Copel do que esperamos, veríamos um risco negativo para a nossa avaliação e preço-alvo”, afirma o JPM, em relatório.

O banco norte-americano ainda considera outros dois riscos à avaliação da Copel: preços de energia mais baixos para novos contratos de energia e a participação da companhia em novos projetos greenfield com retornos desfavoráveis.

Vale lembrar que a Copel anunciou há dois meses um reajuste das tarifas médias de energia para os consumidores em 10,50%. O percentual deve permanecer em vigor durante um ano, até junho de 2024.

Já em relação aos projetos, desde 2022, a empresa busca oportunidades brownfield e greenfield por meio de leilões no segmento de transmissão. Segundo o CEO da Copel, Daniel Slaviero, a companhia paranaense pretende fazer parcerias para entrar em novos negócios nesse segmento.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
GUERRA DOS MIL DIAS

A arma mais poderosa de Putin (até agora): Rússia cruza linha vermelha contra a Ucrânia e lança míssil com capacidade nuclear

21 de novembro de 2024 - 13:04

No início da semana, Kiev recebeu autorização dos EUA para o uso de mísseis supersônicos; agora foi a vez de Moscou dar uma resposta

FACA NA TECNOLOGIA

O Google vai ser obrigado a vender o Chrome? Itaú BBA explica por que medida seria difícil — mas ações caem 5% na bolsa mesmo assim

21 de novembro de 2024 - 12:48

Essa seria a segunda investida contra monopólios ilegais nos EUA, desde a tentativa fracassada de desmembrar a Microsoft, há 20 anos

BOM, PORÉM…

Nvidia (NVDC34) vê lucro mais que dobrar  no ano — então, por que as ações caem 5% hoje? Entenda o que investidores viram de ruim no balanço

21 de novembro de 2024 - 11:22

Ainda que as receitas tenham chegado perto dos 100% de crescimento, este foi o primeiro trimestre com ganhos percentuais abaixo de três dígitos na comparação anual

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Do pouso forçado às piruetas: Ibovespa volta do feriado com bolsas internacionais em modo de aversão ao risco e expectativa com pacote

21 de novembro de 2024 - 8:23

Investidores locais aguardam mais detalhes do pacote fiscal agora que a contribuição do Ministério da Defesa para o ajuste é dada como certa

FÁBRICA DE BILIONÁRIOS

Que crise? Weg (WEGE3) quer investir US$ 62 milhões na China para aumentar capacidade de fábrica

21 de novembro de 2024 - 8:22

O investimento será realizado nos próximos anos e envolve um plano que inclui a construção de um prédio de 30 mil m², com capacidade para fabricação de motores de alta tensão

DE COADJUVANTE A PROTAGONISTA

Como a Embraer (EMBR3) passou de ameaçada pela Boeing a rival de peso — e o que esperar das ações daqui para frente

21 de novembro de 2024 - 6:09

Mesmo com a disparada dos papéis em 2024, a perspectiva majoritária do mercado ainda é positiva para a Embraer, diante das avenidas potenciais de crescimento de margens e rentabilidade

PAPEL ATRAENTE

É hora de colocar na carteira um novo papel: Irani (RANI3) pode saltar 45% na B3 — e aqui estão os 3 motivos para comprar a ação, segundo o Itaú BBA

19 de novembro de 2024 - 18:17

O banco iniciou a cobertura das ações RANI3 com recomendação “outperform”, equivalente a compra, e com preço-alvo de R$ 10,00 para o fim de 2025

SD Select

Em busca de dividendos? Curadoria seleciona os melhores FIIs e ações da bolsa para os ‘amantes’ de proventos (PETR4, BBAS3 e MXRF11 estão fora)

19 de novembro de 2024 - 15:47

Money Times, portal parceiro do Seu Dinheiro, liberou acesso gratuito à carteira Double Income, que reúne os melhores FIIs, ações e títulos de renda fixa para quem busca “viver de renda”

HIDRELÉTRICAS

R$ 4,1 bilhões em concessões renovadas: Copel (CPLE6) garante energia para o Paraná até 2054 — e esse banco explica por que você deve comprar as ações 

19 de novembro de 2024 - 15:12

Companhia paranaense fechou o contrato de 30 anos referente a concessão de geração das usinas hidrelétricas Foz do Areia, Segredo e Salto Caxias

EM ROTA DE COLISÃO?

Ações da Embraer (EMBR3) chegam a cair mais de 4% e lideram perdas do Ibovespa. UBS BB diz que é hora de desembarcar e Santander segue no voo

19 de novembro de 2024 - 14:28

O banco suíço rebaixou a recomendação para os papéis da Embraer de neutro para venda, enquanto o banco de origem espanhola seguiu com a indicação de compra; entenda por que cada um pegou uma rota diferente

Conteúdo BTG Pactual

Equatorial (EQTL3) tem retorno de inflação +20% ao ano desde 2010 – a gigante de energia pode gerar mais frutos após o 3T24?

19 de novembro de 2024 - 14:00

Ações da Equatorial saltaram na bolsa após resultados fortes do 3º tri; analistas do BTG calculam se papel pode subir mais após disparada nos últimos anos

SD Select

‘Mãe de todos os ralis’ vem aí para a bolsa brasileira? Veja 3 razões para acreditar na disparada das ações, segundo analista

19 de novembro de 2024 - 10:29

Analista vê três fatores que podem “mudar o jogo” para o Ibovespa e a bolsa como um todo após um ano negativo até aqui; saiba mais

ANOTE NO CALENDÁRIO

A B3 vai abrir no dia da Consciência Negra? Confira o funcionamento da bolsa, bancos e Correios na estreia do novo feriado nacional

19 de novembro de 2024 - 7:02

É a primeira vez que o Dia da Consciência Negra consta no calendário dos feriados nacionais. Como de costume, as comemorações devem alterar o funcionamento dos principais serviços públicos

COMPRAR OU VENDER

Grupo Mateus: Santander estabelece novo preço-alvo para GMAT3 e prevê valorização de 33% para as ações em 2025; saiba se é hora de comprar

18 de novembro de 2024 - 17:42

O banco reduziu o preço-alvo para os papéis da varejista de alimentos em relação à 2024, mas mantém otimismo com crescimento e parceria estratégica

O CÉU É O LIMITE?

Rali do Trump Trade acabou? Bitcoin (BTC) se estabiliza, mas analistas apontam eventos-chave para maior criptomoeda do mundo chegar aos US$ 200 mil

18 de novembro de 2024 - 17:16

Mercado de criptomoedas se aproxima de uma encruzilhada: rumo ao topo ou a resultados medianos? Governo Trump pode ter a chave para o desfecho.

PÉ NO ACELERADOR

Localiza: após balanço mais forte que o esperado no 3T24, BTG Pactual eleva preço-alvo para RENT3 e agora vê potencial de alta de 52% para a ação

18 de novembro de 2024 - 13:31

Além dos resultados trimestrais, o banco considerou as tendências recentes do mercado automotivo e novas projeções macroeconômicas; veja a nova estimativa

DESTAQUES DA BOLSA

Ações da Oi (OIBR3) saltam mais de 100% e Americanas (AMER3) dispara 41% na bolsa; veja o que impulsiona os papéis das companhias em recuperação judicial

18 de novembro de 2024 - 12:27

O desempenho robusto da Americanas vem na esteira de um balanço melhor que o esperado, enquanto a Oi recupera fortes perdas registradas na semana passada

EM MINAS GERAIS

Cemig (CMIG4) e Copasa (CSMG3) voltam a ficar no radar das privatizações e analistas dizem qual das duas tem mais chance de brilhar

18 de novembro de 2024 - 10:31

Ambas as empresas já possuem capital aberto na bolsa, mas o governo mineiro é quem detém o controle das empresas como acionista majoritário

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O fim da temporada — ou quase: balanço da Nvidia ainda movimenta semana, que conta com novo feriado no Brasil

18 de novembro de 2024 - 8:07

Enquanto isso, as bolsas internacionais operam sem um sinal único, sofrendo ajustes após o rali do Trump Trade dos últimos dias

RESULTADOS FINAIS

Lucro dos bancos avança no 3T24, mas Selic alta traz desafios para os próximos resultados; veja quem brilhou e decepcionou na temporada de balanços 

18 de novembro de 2024 - 6:01

Itaú mais uma vez foi o destaque entre os resultados; Bradesco avança em reestruturação e Nubank ameaça desacelerar, segundo analistas

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar