Com ‘efeito Americanas’ mitigado, Bradesco (BBDC4) tenta virar a página, mas balanço do 1T23 deve vir fraco
Banco publica resultados de janeiro a março deste ano nesta quinta-feira

A decisão do Bradesco (BBDC4) de provisionar 100% do crédito concedido à Americanas já no balanço do quarto trimestre do ano passado pode ter afetado drasticamente o lucro do banco no período, mas, pelo menos, livrou a instituição de parcelar o impacto ao longo de 2023.
Isto não significa, no entanto, que o Bradesco deve reportar um resultado favorável nos três primeiros meses deste ano. De acordo com o consenso de analistas ouvidos pela Bloomberg, o banco deve registrar queda de 45% no lucro na comparação com o mesmo período de 2022, com o total chegando a R$ 3,748 bilhões. O Bradesco publica seus resultados nesta quinta-feira (4), depois do fechamento do mercado.
Os números devem refletir uma combinação de resultado negativo na tesouraria, menores spreads e aumento da inadimplência. Ou seja, nada de novo sob o sol na Cidade de Deus, pelo menos nesse começo de ano.
O resultado da tesouraria foi afetado pela alta da Selic no ano passado e se tornou negativo a partir do segundo trimestre de 2022. Nos números referentes aos primeiros três meses de 2023, a expectativa de analistas é que haja uma melhora pontual, uma vez que o cenário mudou pouco.
Ao mesmo tempo, como o Bradesco teve de se tornar mais conservador na concessão de crédito devido à deterioração das condições financeiras da população, o ritmo de crescimento da margem com clientes deve desacelerar e afetar o spread.
E tudo isso deve se passar em meio a um novo aumento da inadimplência. No final do ano passado, o CEO do Bradesco, Octavio de Lazari Junior, havia estimado que a deterioração da carteira atingiria o pico entre o primeiro e o segundo trimestres de 2023.
Leia Também
VEJA TAMBÉM - Adeus, Serasa: “se eu deixar de pagar minhas dívidas por 5 anos, elas simplesmente somem e meu nome volta a ficar limpo?”
Descubra a resposta para este e outros problemas envolvendo dinheiro no novo episódio de A Dinheirista, que resolve suas aflições financeiras com bom humor:
Novo Bradesco?
Mais do que analisar o passado, os investidores devem ficar atentos pelo que vem no futuro próximo do Bradesco. O banco disse em abril que decidiu reformular a área de varejo e também sua estratégia digital para deixar a experiência do cliente mais fluida.
Para isso, o banco disse estar investindo numa integração maior entre o mundo físico e o digital. Parte da estratégia consiste em acelerar a transformação de agências em unidades de negócios, que são estruturas sem caixa que auxiliam clientes e ofertam produtos.
A estratégia do Bradesco no varejo, e, em particular, na transformação digital, já vinha sendo alvo de questionamentos no mercado.
No final do ano passado, o Seu Dinheiro publicou uma reportagem destacando quais foram os caminhos escolhidos pelo Bradesco e pelo Itaú (ITUB4) rumo à digitalização e como isso pode ter contribuído para uma disparidade entre as ações. Você pode ler o texto completo aqui.
Com tudo isso em vista, será que é o momento de comprar ações do Bradesco? Confira abaixo a recomendação para os papéis do Bradesco das casas tivemos acesso:
ANALISTA | RECOMENDAÇÃO | PREÇO-ALVO |
ITAÚ BBA | VENDA | R$ 14 |
SANTANDER | VENDA | R$ 14 |
GOLDMAN SACHS | NEUTRA | R$ 14 |
BANK OF AMERICA | NEUTRA | R$ 15 |
BTG PACTUAL | NEUTRA | R$ 16 |
XP | NEUTRA | R$ 18 |
SAFRA | NEUTRA | R$ 19 |
JP MORGAN | COMPRA | R$ 19 |
Google teve semana de más notícias nos EUA e Reino Unido; o que esperar da próxima semana, quando sai seu balanço
Nos EUA, juíza alega que rede de anúncios digitais do Google é monopólio ilegal; no Reino Unido, empresa enfrenta ação coletiva de até 5 bilhões de libras por abuso em publicidade
Que telefone vai tocar primeiro: de Xi ou de Trump? Expectativa mexe com os mercados globais; veja o que esperar desta quinta
Depois do toma lá dá cá tarifário entre EUA e China, começam a crescer as expectativas de que Xi Jinping e Donald Trump possam iniciar negociações. Resta saber qual telefone irá tocar primeiro.
Como fica a bolsa no feriado? Confira o que abre e fecha na Sexta-feira Santa e no Dia de Tiradentes
Fim de semana se une à data religiosa e ao feriado em homenagem ao herói da Inconfidência Mineira para desacelerar o ritmo intenso que tem marcado o mercado financeiro nos últimos dias
Fim da linha para a Vale (VALE3)? Por que o BB BI deixou de recomendar a compra das ações e cortou o preço-alvo
O braço de investimentos do Banco do Brasil vai na contramão da maioria das indicações para o papel da mineradora
Correr da Vale ou para a Vale? VALE3 surge entre as maiores baixas do Ibovespa após dado de produção do 1T25; saiba o que fazer com a ação agora
A mineradora divulgou queda na produção de minério de ferro entre janeiro e março deste ano e o mercado reage mal nesta quarta-feira (16); bancos e corretoras reavaliam recomendação para o papel antes do balanço
CDBs do Banco Master que pagam até 140% do CDI valem o investimento no curto prazo? Títulos seguem “baratos” no mercado secundário
Investidores seguem tentando desovar seus papéis nas plataformas de corretoras como XP e BTG, mas analistas não veem com bons olhos o risco que os títulos representam
Coalizão de bancos flexibiliza metas climáticas diante de ritmo lento da economia real
Aliança global apoiada pela ONU abandona exigência de alinhamento estrito ao limite de 1,5°C e busca atrair mais membros com metas mais amplas
Respira, mas não larga o salva-vidas: Trump continua mexendo com os humores do mercado nesta terça
Além da guerra comercial, investidores também acompanham balanços nos EUA, PIB da China e, por aqui, relatório de produção da Vale (VALE3) no 1T25
Temporada de balanços 1T25: Confira as datas e horários das divulgações e das teleconferências
De volta ao seu ritmo acelerado, a temporada de balanços do 1T25 começa em abril e revela como as empresas brasileiras têm desempenhado na nova era de Donald Trump
Banco do Brasil (BBSA3) pode subir quase 50% e pagar bons dividendos — mesmo que a economia degringole e o agro sofra
A XP reiterou a compra das ações do Banco do Brasil, que se beneficia dos juros elevados no país
Cyrela (CYRE3): Lançamentos disparam mais de 180% (de novo) e dividendos extraordinários entram no radar — mas três bancões enxergam espaço para mais
Apesar da valorização de mais de 46% na bolsa, três bancos avaliam que Cyrela deve subir ainda mais
JP Morgan eleva avaliação do Nubank (ROXO34) e vê benefícios na guerra comercial de Trump — mas corta preço-alvo das ações
Para os analistas do JP Morgan, a mudança na avaliação do Nubank (ROXO34) não foi fácil: o banco digital ainda enfrenta desafios no horizonte
As melhores empresas para crescer na carreira em 2025, segundo o LinkedIn
Setor bancário lidera a seleção do LinkedIn Top Companies 2025, que mede o desenvolvimento profissional dentro das empresas
BRB vai ganhar ou perder com a compra do Master? Depois de S&P e Fitch, Moody’s coloca rating do banco estatal em revisão e questiona a operação
A indefinição da transação entre os bancos faz as agências de classificação de risco colocarem as notas de crédito do BRB em observação até ter mais clareza sobre as mudanças que podem impactar o modelo de negócios
FII PVBI11 cai mais de 2% na bolsa hoje após bancão chinês encerrar contrato de locação
Inicialmente, o contrato não aplicava multa ao inquilino, um dos quatro maiores bancos da China que operam no Brasil, mas o PVBI11 e a instituição chegaram a um acordo
Agenda econômica: IPCA, ata do Fomc e temporada de balanços nos EUA agitam semana pós-tarifaço de Trump
Além de lidar com o novo cenário macroeconômico, investidores devem acompanhar uma série de novos indicadores, incluindo o balanço orçamentário brasileiro, o IBC-Br e o PIB do Reino Unido
Banco Master: Reunião do Banco Central indica soluções para a compra pelo BRB — propostas envolvem o BTG
Apesar do Banco Central ter afirmado que a reunião tratou de “temas atuais”, fontes afirmam que o encontro foi realizado para discutir soluções para o Banco Master
A compra do Banco Master pelo BRB é um bom negócio? Depois da Moody’s, S&P questiona a operação
De acordo com a S&P, pairam dúvidas sobre os aspectos da transação e a estrutura de capital do novo conglomerado, o que torna incerto o impacto que a compra terá para o banco público
Cogna (COGN3) mostra ao investidor que terminou o dever de casa, retoma dividendos e passa a operar sem guidance
Em meio à pandemia, em 2020, empresa anunciou guidances audaciosos para 2024 – que o mercado não comprou muito bem. Agora, chegam os resultados
Lucro do Banco Master, alvo de compra do BRB, dobra e passa de R$ 1 bilhão em 2024
O banco de Daniel Vorcaro divulgou os resultados após o término do prazo oficial para a apresentação de balanços e em meio a um negócio polêmico com o BRB