Do ingresso do show ao PIX, ClearSale (CLSA3) abre novas frentes para compensar e-commerce fraco; prejuízo diminui no 2T23
As promotoras de eventos estão entre os novos clientes da ClearSale após uma grande mudança de estratégia da empresa de sistemas antifraude
Se você comprou ingresso para algum dos grandes shows que acontecem neste ano no país, é possível que os seus dados tenham passado por um dos sistemas da ClearSale (CLSA3).
A empresa especialista em prevenir fraudes em transações online conquistou seis novos clientes no trimestre apenas no negócio de ingressos.
O resultado faz parte de uma ampla mudança de estratégia que a ClearSale adotou após a abertura de capital na B3 — e cujos frutos começam a aparecer.
É verdade que a companhia registrou prejuízo líquido de R$ 1,9 milhão no segundo trimestre deste ano. Mas a perda foi 66% menor na comparação com o mesmo período de 2022.
Além disso, um terço das vendas novas já vem da nova abordagem, que se deu na forma como a empresa oferece seus produtos. No lugar de uma plataforma em que oferece todo o serviço antifraude, os sistemas agora são vendidos em módulos.
Por um lado, esse modelo se traduz em uma receita menor, mas por outro possui margens melhores e a possibilidade de dar maior escala quando o mercado melhorar, disse Eduardo Mônaco, CEO da ClearSale, em entrevista ao Seu Dinheiro.
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Mas essa não é a única novidade da companhia, que também lançou um produto de iniciador de transação de pagamento (ITP), para facilitar as compras online com o uso do PIX.
Outra aposta da empresa é no sistema de score de crédito, que permite a bancos uma análise adicional sobre a capacidade de pagamento de um cliente na hora da concessão de um financiamento.
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ClearSale (CLSA3) sente o baque do e-commerce
Os resultados da ClearSale variam de acordo com o uso da plataforma pelos clientes em busca de possíveis irregularidades em operações como compras online e identificação.
Nesse sentido, a abertura de capital da empresa não poderia ocorrer em um momento mais oportuno. A empresa lançou suas ações na B3 em julho de 2021, no auge da euforia com o comércio eletrônico em meio à pandemia da covid-19.
Só que o início do sonho logo bateu de frente com a combinação de juros altos e a reabertura da economia. Ambos os movimentos estremeceram as varejistas online e, por consequência, os resultados da ClearSale.
Desde o IPO, as ações da companhia acumulam uma perda da ordem de 80%. A empresa conta hoje com aproximadamente 5.800 acionistas.
“A economia é pendular, e nesse processo a companhia se adaptou e passou por uma profunda transformação estratégica”, afirma Mônaco.
Principais números da ClearSale no 2T23 e comparação com o mesmo período do ano passado:
- Prejuízo líquido: R$ 1,9 milhão (queda de 65,7%)
- Ebitda: R$ -3,3 milhões (queda de 77,2%)
- Receita líquida: R$ 126,6 milhões (alta de 2,8%)
- Número de clientes: 7.366 (alta de 9%)
Oi e Americanas atrapalham resultado
O momento ainda fraco do e-commerce se reflete nos resultados, incluindo o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) negativo.
Mas a linha do Ebitda já estaria no azul no segundo trimestre, não fosse a provisão que a empresa precisou fazer para casos como os da recuperação judicial da Oi e da Americanas.
A ClearSale optou por ser conservadora e fez uma provisão 100% para a exposição em ambas as companhias. Mas no caso da Oi, já há uma previsão para o pagamento da dívida em quatro parcelas sem desconto (haircut).
Outro sinal de que a estratégia da companhia está na direção correta é o avanço de 2,8% na receita líquida. E isso mesmo em um cenário ainda difícil para o comércio eletrônico e com o novo foco em produtos que inicialmente geram menos receita.
O CEO da ClearSale destaca ainda a melhora no resultado das operações internacionais. Do total de receitas, pouco mais de 15% vem fora do país, com destaque para Estados Unidos, Canadá e México.
Pés no chão
Nas palavras de Alexandre Mafra, CFO da ClearSale, a mudança pela qual a companhia passou é equivalente a trocar os quatro pneus de um carro a 150 km/h.
Mas, ao ser questionado sobre o que esperar daqui para frente, ele prefere manter os pés no chão. O diretor não estipula um prazo para sair do vermelho, ainda que o quarto trimestre costume ser forte sazonalmente para a companhia.
"O cenário de curto prazo ainda é duro, mas estamos preparados para passar mais tempo debaixo da linha d’água se necessário."
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