A internet vai viver um pesadelo? CEO da Microsoft detona o Google e critica o Bing durante depoimento nos EUA. Confira o que ele disse
Trata-se do maior caso antitruste nos EUA desde o processo da Microsoft, em 1998. Uma das principais questões da disputa contra o Google é o domínio da companhia como mecanismo de busca padrão
O processo dos Estados Unidos contra o Google, que investiga a big tech por práticas anticompetitivas, ganhou um novo capítulo controverso nesta semana: o testemunho do CEO da rival Microsoft, Satya Nadella.
Uma das principais questões da disputa entre o Departamento de Justiça norte-americano e o Google — o maior caso antitruste nos EUA desde que o país processou a Microsoft, em 1998 — é o domínio da companhia como mecanismo de busca padrão em smartphones.
Segundo o presidente-executivo da Microsoft, o Google torna a competição impossível, já que se tornou o mecanismo de busca padrão por quase toda a internet.
Isso porque, como a maioria das pessoas não altera os padrões de fábrica dos celulares ou computadores, elas acabam por manter as buscas no Google.
“Todo mundo fala sobre a web aberta, mas existe realmente a web do Google”, disse o executivo da Microsoft. “Você acorda de manhã, escova os dentes e pesquisa no Google.”
Na visão de Nadella, isso significa que nenhuma outra empresa conseguiria chegar aos usuários e obter os dados de navegação necessários para “criar um ótimo produto” e um concorrente no mesmo nível do Google.
Leia Também
Durante o julgamento, Satya Nadella destacou que a internet viverá um “pesadelo” se Google continuar dominando as buscas online.
- Leia também: Big techs na mira: Google (GOGL34) é multado por União Europeia e Coreia do Sul em bilhões de dólares
Google, Microsoft e a Apple
Os Estados Unidos acusam o Google, que detém aproximadamente 90% do mercado de buscas, de pagar ilegalmente cerca de US$ 10 bilhões ao ano a fabricantes de smartphones como a Apple para se tornar o mecanismo de busca padrão nos dispositivos.
Em testemunho, o diretor-executivo da Microsoft destacou que, ainda que a companhia tenha tentado tornar o Bing o mecanismo de busca padrão nos smartphones da Apple, foi rejeitada.
Segundo Nadella, fechar o acordo com a Apple seria “uma virada de jogo”. A Microsoft estaria preparada para dar à Apple todas as vantagens econômicas e propôs assumir perdas de até US$ 15 bilhões por ano para pagar à dona do iPhone o suficiente no negócio.
Nadella ainda afirmou que estava disposto a “esconder” a marca Bing nos mecanismos de busca dos usuários da Apple e respeitar qualquer questão de privacidade que a empresa da maçã exigisse. Tudo para obter os dados de navegação de usuários e, eventualmente, conseguir melhorar o Bing.
“Os padrões [dos internautas] são a única coisa que importa em termos de mudança de comportamento do usuário”.
O advogado do Google, John Schmidtlein, questionou Satya Nadella sobre situações em que a Microsoft conquistou o status “padrão” em computadores e celulares, mas que os usuários seguiram ignorando o Bing e continuaram a usar o Google.
Um exemplo citado por Schmidtlein foram os telefones Verizon em 2008, e BlackBerry e Nokia em 2011. Mesmo com o Bing como padrão, grande parte dos usuários desses celulares optavam por utilizar o Google.
Por sua vez, nos computadores, a maioria usa sistemas operacionais Microsoft e tem o Bing como mecanismo de busca padrão. Mesmo assim, segundo Nadella, o Bing possui uma participação de mercado inferior a 20%.
O juiz ainda questionou o CEO da Microsoft por que a Apple mudaria de navegador para o Bing, já que o produto possui qualidade inferior — e o próprio Nadella concorda com isso, mas com a justificativa de que o produto seria “pior” devido ao domínio do Google.
Porém, para o advogado do Google, a qualidade — ou falta de, no caso — do Bing era fruto de erros da própria Microsoft.
Segundo Schmidtlein, a Microsoft cometeu diversos erros estratégicos que levaram à incapacidade do Bing de se consolidar, como a falha em investir melhoras no Bing e a demora em enxergar a revolução móvel que estava acontecendo.
- Onde investir em outubro: confira 5 FIIs com até 11,5% de retorno + 20 recomendações gratuitas
A briga entre Google e Microsoft por inteligência artificial
Mas a concorrência entre o Google e a Microsoft não se limita às buscas na internet. Recentemente, as empresas também se tornaram rivais em inteligência artificial: enquanto a Microsoft investiu forte no ChatGPT, da OpenAI, o Google construiu o chatbot Bard AI.
Na visão de Satya Nadella, uma das preocupações no mercado de inteligência artificial é uma consolidação ainda maior do domínio do Google.
O presidente-executivo da Microsoft reclamou, no testemunho, que os acordos “caros e exclusivos” do Google com editoras de conteúdo podem restringir os conteúdos necessários para treinar a inteligência artificial (IA).
Segundo Nadella, a “enorme quantidade de dados de pesquisa” fornecidos ao Google por meio de seus acordos ajudaria a empresa a treinar os modelos de IA para serem melhores do que todos os outros.
Com isso, o Google teria uma “vantagem incontestável” no crescente mercado de IA. “Será ainda mais difícil competir na era da IA com alguém que tem essa vantagem central.”
Sem citar o nome do Google, o executivo da Microsoft disse que seria “problemático” se outras empresas fechassem acordos de exclusividade com grandes fabricantes de conteúdo.
“Quando estou me reunindo com os editores agora, eles dizem que o Google vai assinar esse cheque de exclusividade e que eu teria que igualá-lo”, contou.
*Com informações de The Verge, CNN e Reuters.
A arma mais poderosa de Putin (até agora): Rússia cruza linha vermelha contra a Ucrânia e lança míssil com capacidade nuclear
No início da semana, Kiev recebeu autorização dos EUA para o uso de mísseis supersônicos; agora foi a vez de Moscou dar uma resposta
O Google vai ser obrigado a vender o Chrome? Itaú BBA explica por que medida seria difícil — mas ações caem 5% na bolsa mesmo assim
Essa seria a segunda investida contra monopólios ilegais nos EUA, desde a tentativa fracassada de desmembrar a Microsoft, há 20 anos
Nvidia (NVDC34) vê lucro mais que dobrar no ano — então, por que as ações caem 5% hoje? Entenda o que investidores viram de ruim no balanço
Ainda que as receitas tenham chegado perto dos 100% de crescimento, este foi o primeiro trimestre com ganhos percentuais abaixo de três dígitos na comparação anual
Do pouso forçado às piruetas: Ibovespa volta do feriado com bolsas internacionais em modo de aversão ao risco e expectativa com pacote
Investidores locais aguardam mais detalhes do pacote fiscal agora que a contribuição do Ministério da Defesa para o ajuste é dada como certa
Que crise? Weg (WEGE3) quer investir US$ 62 milhões na China para aumentar capacidade de fábrica
O investimento será realizado nos próximos anos e envolve um plano que inclui a construção de um prédio de 30 mil m², com capacidade para fabricação de motores de alta tensão
Como a Embraer (EMBR3) passou de ameaçada pela Boeing a rival de peso — e o que esperar das ações daqui para frente
Mesmo com a disparada dos papéis em 2024, a perspectiva majoritária do mercado ainda é positiva para a Embraer, diante das avenidas potenciais de crescimento de margens e rentabilidade
É hora de colocar na carteira um novo papel: Irani (RANI3) pode saltar 45% na B3 — e aqui estão os 3 motivos para comprar a ação, segundo o Itaú BBA
O banco iniciou a cobertura das ações RANI3 com recomendação “outperform”, equivalente a compra, e com preço-alvo de R$ 10,00 para o fim de 2025
Em busca de dividendos? Curadoria seleciona os melhores FIIs e ações da bolsa para os ‘amantes’ de proventos (PETR4, BBAS3 e MXRF11 estão fora)
Money Times, portal parceiro do Seu Dinheiro, liberou acesso gratuito à carteira Double Income, que reúne os melhores FIIs, ações e títulos de renda fixa para quem busca “viver de renda”
R$ 4,1 bilhões em concessões renovadas: Copel (CPLE6) garante energia para o Paraná até 2054 — e esse banco explica por que você deve comprar as ações
Companhia paranaense fechou o contrato de 30 anos referente a concessão de geração das usinas hidrelétricas Foz do Areia, Segredo e Salto Caxias
Ações da Embraer (EMBR3) chegam a cair mais de 4% e lideram perdas do Ibovespa. UBS BB diz que é hora de desembarcar e Santander segue no voo
O banco suíço rebaixou a recomendação para os papéis da Embraer de neutro para venda, enquanto o banco de origem espanhola seguiu com a indicação de compra; entenda por que cada um pegou uma rota diferente
Equatorial (EQTL3) tem retorno de inflação +20% ao ano desde 2010 – a gigante de energia pode gerar mais frutos após o 3T24?
Ações da Equatorial saltaram na bolsa após resultados fortes do 3º tri; analistas do BTG calculam se papel pode subir mais após disparada nos últimos anos
‘Mãe de todos os ralis’ vem aí para a bolsa brasileira? Veja 3 razões para acreditar na disparada das ações, segundo analista
Analista vê três fatores que podem “mudar o jogo” para o Ibovespa e a bolsa como um todo após um ano negativo até aqui; saiba mais
Grupo Mateus: Santander estabelece novo preço-alvo para GMAT3 e prevê valorização de 33% para as ações em 2025; saiba se é hora de comprar
O banco reduziu o preço-alvo para os papéis da varejista de alimentos em relação à 2024, mas mantém otimismo com crescimento e parceria estratégica
Rali do Trump Trade acabou? Bitcoin (BTC) se estabiliza, mas analistas apontam eventos-chave para maior criptomoeda do mundo chegar aos US$ 200 mil
Mercado de criptomoedas se aproxima de uma encruzilhada: rumo ao topo ou a resultados medianos? Governo Trump pode ter a chave para o desfecho.
Localiza: após balanço mais forte que o esperado no 3T24, BTG Pactual eleva preço-alvo para RENT3 e agora vê potencial de alta de 52% para a ação
Além dos resultados trimestrais, o banco considerou as tendências recentes do mercado automotivo e novas projeções macroeconômicas; veja a nova estimativa
Ações da Oi (OIBR3) saltam mais de 100% e Americanas (AMER3) dispara 41% na bolsa; veja o que impulsiona os papéis das companhias em recuperação judicial
O desempenho robusto da Americanas vem na esteira de um balanço melhor que o esperado, enquanto a Oi recupera fortes perdas registradas na semana passada
Cemig (CMIG4) e Copasa (CSMG3) voltam a ficar no radar das privatizações e analistas dizem qual das duas tem mais chance de brilhar
Ambas as empresas já possuem capital aberto na bolsa, mas o governo mineiro é quem detém o controle das empresas como acionista majoritário
O fim da temporada — ou quase: balanço da Nvidia ainda movimenta semana, que conta com novo feriado no Brasil
Enquanto isso, as bolsas internacionais operam sem um sinal único, sofrendo ajustes após o rali do Trump Trade dos últimos dias
Lucro dos bancos avança no 3T24, mas Selic alta traz desafios para os próximos resultados; veja quem brilhou e decepcionou na temporada de balanços
Itaú mais uma vez foi o destaque entre os resultados; Bradesco avança em reestruturação e Nubank ameaça desacelerar, segundo analistas
No G20 Social, Lula defende que governos rompam “dissonância” entre as vozes do mercado e das ruas e pede a países ricos que financiem preservação ambiental
Comentários de Lula foram feitos no encerramento do G20 Social, derivação do evento criada pelo governo brasileiro e que antecede reunião de cúpula