BTG Pactual (BPAC11): lucro aumenta 19% no 3T23 e rentabilidade volta a superar a do Itaú
Lucro líquido de R$ 2,734 bilhões do BTG no terceiro trimestre foi mais uma vez recorde; rentabilidade (ROE) atinge 23,2%; veja os números
O BTG Pactual (BPAC11) tem se destacado pela capacidade de entregar resultados mesmo com os ventos contrários do mercado. E não foi diferente no terceiro trimestre de 2023.
O banco de investimentos registrou lucro líquido de R$ 2,734 bilhões, o que representa um avanço de 19% em relação ao mesmo período do ano passado.
O resultado foi novamente recorde para o banco e ficou pouco acima do lucro de R$ 2,719 bilhões esperado pelos analistas, de acordo com a média das expectativas que o Seu Dinheiro compilou.
Com a alta do lucro, a rentabilidade sobre o patrimônio líquido (ROAE) do BTG atingiu 23,2%. Trata-se de um avanço de 1,2 ponto percentual em relação ao indicador do terceiro trimestre de 2022.
Assim como aconteceu no trimestre passado, o ROE do BTG também voltou a superar o do Itaú Unibanco (ITUB4), que já havia divulgado na segunda-feira um resultado considerado positivo pelo mercado.
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Mais crédito, mais tesouraria, mais tudo
Todas as principais linhas de negócio do BTG registraram crescimento em relação ao terceiro trimestre de 2022. No total, as receitas avançaram 19%, para R$ 5,7 bilhões.
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Um dos destaques do período foi o crédito corporativo, cuja receita avançou 41%, para R$ 1,3 bilhão. A carteira de financiamentos do banco atingiu um saldo de R$ 160,6 bilhões, um crescimento de 24% em 12 meses.
O negócio de banco de investimento também reagiu no terceiro trimestre e cresceu 12%, após um primeiro semestre mais fraco, em linha com o desempenho do mercado de capitais.
A retomada das emissões de instrumentos de dívida pelas empresas, incluindo debêntures, contribuiu para a melhora nessa linha.
O resultado da tesouraria do BTG, maior dúvida entre os analistas que cobrem o banco, também não decepcionou. Apesar da turbulência dos mercados entre julho e setembro, a área de sales & trading apresentou receita de R$ 1,456 bilhões, alta de 5,2%.
Por fim, o aumento das receitas teve como contrapartida um avanço de 17% das despesas operacionais, puxadas pelo maior pagamento de bônus pelos resultados.
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BTG: R$ 1,5 trilhão em ativos
Além do lucro recorde, o BTG alcançou outra marca significativa no terceiro trimestre. O total de ativos sob gestão via fundos de investimento, fortunas e da plataforma de investimentos para a pessoa física atingiu R$ 1,5 trilhão.
A captação líquida — ou net new money, no jargão financeiro — foi de R$ 59 bilhões no trimestre e alcançou R$ 231 bilhões nos últimos 12 meses até setembro.
Os ativos da área de gestão de fundos cresceram 21,3% em relação ao terceiro trimestre do ano passado. No período, houve uma maior contribuição dos fundos geridos pelo BTG, especialmente nas estratégias de produtos alternativos e renda fixa, de acordo com o banco.
Enquanto isso, o BTG segue em forte expansão da plataforma de investimentos para os clientes de alta renda, com um crescimento de 30,9% em 12 meses.
O total dos ativos — que inclui também a área de gestão de fortunas — alcançou R$ 665,8 bilhões.
Esse número ainda pode aumentar em R$ 18 bilhões com a aquisição da Órama Investimentos. O banco anunciou a compra da plataforma por R$ 500 milhões em outubro, mas o negócio aguarda a aprovação dos órgãos reguladores.
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