Sentiu o peso da tributação? Prejuízo do Magazine Luiza (MGLU3) dobra no segundo trimestre; saiba o que prejudicou o Magalu dessa vez
O marketplace foi destaque positivo entre abril e junho, mas não conseguiu compensar totalmente outras áreas com desempenho mais fraco no período
As expectativas para o setor de varejo já não eram das mais otimistas para este trimestre. Depois que a Via (VIIA3) reportou um prejuízo de R$ 492 milhões entre abril e junho, agora foi a vez de o Magazine Luiza (MGLU3) publicar o seu balanço.
A varejista teve prejuízo de R$ 301,7 milhões, um pouco menor que a perda do trimestre anterior, quando o Magalu reportou um prejuízo líquido de R$ 391,2 milhões, mas mais do que o dobro das perdas do mesmo período de 2022.
Para piorar, a performance do Magazine Luiza entre abril e junho deste ano também veio mais fraca do que a expectativa dos analistas consultados pela Bloomberg, que projetavam um prejuízo líquido de R$ 170,6 milhões.
O Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, em inglês) da empresa caiu 37,9% no segundo trimestre em base anual, para R$ 283,9 milhões.
A receita líquida do Magalu passou raspando: subiu 0,1% entre abril e junho na comparação com o mesmo período do ano anterior, para R$ 8,5 bilhões. Ainda assim, o resultado veio abaixo das estimativas do mercado, de R$ 8,7 bilhões.
Nos três meses imediatamente anteriores, as receitas da empresa somaram R$ 9 bilhões.
Leia Também
- Sua carteira de investimentos está adequada para o 2º semestre do ano? O Seu Dinheiro preparou um guia completo e totalmente gratuito com indicações de ativos para os próximos seis meses. Confira na íntegra, clicando aqui.
Marketplace do Magalu brilha, mas não o suficiente
Na frente operacional, as vendas totais do Magazine Luiza — que incluem lojas físicas, comércio eletrônico com estoque próprio e marketplace (onde lojistas parceiros vendem seus produtos e a varejista cobra uma taxa) — somaram R$ 14,7 bilhões, alta de 5,8% ante o segundo trimestre de 2022.
Um dos principais contribuintes desses desempenho foi o crescimento de 15,1% do marketplace — ainda assim, o segmento teve uma desaceleração em relação a alta de 22% do segundo trimestre de 2022.
O aumento das vendas totais do e-commerce foi de 7,0%, o que representa uma aceleração em relação ao avanço de 1,9% obtido no segundo trimestre do ano anterior.
O Magalu lembra que esse resultado foi obtido em um momento no qual o comércio eletrônico brasileiro encolheu 15% no período, de acordo com dados do Neotrust.
As lojas físicas apresentaram um crescimento mais modesto, de 2,7% em base anual, mas conseguiram reverter uma queda de 0,3% registrada entre abril e junho de 2022.
As vendas mesmas lojas saíram de uma queda de 8,2% no segundo trimestre do ano passado para uma alta de 2,1% agora.
O Magalu encerrou o segundo trimestre com 1.303 lojas, sendo 1.049 convencionais, 237 virtuais e 17 quiosques (parceria com a rede de supermercados Semar). No período, a empresa inaugurou uma unidade.
Nos últimos 12 meses, o Magalu abriu 3 novas lojas convencionais na Região Sudeste e encerrou a operação de 139 quiosques. Da base total, 33% das lojas estão em processo de maturação.
VEJA TAMBÉM — Pensão alimentícia: valor estabelecido é injusto! O que preciso para provar isso na justiça? Veja em A Dinheirista
O Magazine Luiza, a Selic e os impostos
Em junho deste ano, Luiza Trajano vestiu uma “saia justa” no presidente do BC, Roberto Campos Neto, ao contar que havia telefonado a ele “mais de 20 vezes” em busca de “um sinal” de quando os juros começariam a cair.
O ciclo de alívio na taxa Selic começou finalmente no início de agosto. O impacto sobre o setor varejista, no entanto, ainda deve demorar alguns meses para começar a ser sentido.
Além disso, o Magalu sentiu o peso da tributação. A volta do diferencial da alíquota (difal) do ICMS fez com que as mercadorias vendidas passassem a ser tributadas tanto na origem quanto no destino, aumentando o imposto pago pelas empresas de comércio eletrônico. No caso do Magazine Luiza, essa cobrança ainda está sendo parcialmente repassada aos clientes.
Acionistas da Multiplan (MULT3) aprovam compra de fatia de fundo canadense e a participação de todos os investidores na empresa deve crescer; entenda
A companhia vai recomprar parte das ações detidas por um fundo canadense que é acionista da empresa há 18 anos, mas decidiu vender toda sua participação em 2024
Reviravolta na Hypera (HYPE3): EMS propõe fusão e oferta pelas ações dos minoritários; papéis revertem queda na B3
Ações da Hypera reverteram a trajetória de forte queda após site Brazil Journal revelar proposta de combinação de negócios entre as rivais do segmento de saúde
Qual ação de energia vai brilhar no 3T24? O JP Morgan aponta a Eletrobras (ELET3) como a ‘vencedora’ em meio ao clima seco e bandeira vermelha na tarifa
Para os analistas, as perspectivas ainda são fortes para a distribuição de energia, com uma melhora de cenário para o segmento de geração de eletricidade
Safra recomenda compra para as ações da Moura Dubeux (MDNE3) e aposta em alta de dois dígitos para os papéis
O banco iniciou a cobertura dos papéis com recomendação de outperform e preço-alvo de R$ 21,50, o que implica em um potencial de ganho de 43%
Sabesp (SBSP3) deve engordar o caixa em R$ 455 milhões com acordo de precatórios com a cidade de São Paulo
Os valores da dívida da cidade de São Paulo com a Sabesp totalizam R$ 701 milhões, contudo será aplicado o percentual de deságio, segundo anúncio à Comissão de Valores Mobiliários
Hypera (HYPE3) desaba na B3 após nova estratégia operacional desagradar o mercado — e analistas revelam o que esperar das ações da farmacêutica
O Itaú BBA rebaixou a recomendação para as ações HYPE3 para “market perform”, correspondente a neutro, e cortou o preço-alvo para o ano que vem
Agenda econômica: Prévia da inflação do Brasil, temporada de balanços e Livro Bege são destaques da semana
A temporada de balanços do 3T24 no Brasil ganha suas primeiras publicações nesta semana; agenda econômica também conta com reuniões do BRICS
“A Petrobras (PETR4) continua uma pechincha”: gestor da Inter Asset revela 5 ações para investir na bolsa até o fim de 2024
Para Rafael Cota, as ações PETR4 continuam “muito baratas” — mesmo que a companhia seja hoje avaliada em mais de R$ 500 bilhões
Em crise, Boeing vende subsidiária de defesa para multinacional francesa enquanto tenta reforçar as finanças
A Digital Receiver Technology, que fabrica equipamentos para os militares dos EUA, será vendida para a Thales Defense & Security, divisão da maior empresa de defesa da Europa
Oi (OIBR3) fecha venda de torres e imóveis para ATC por R$ 41 milhões; entenda a operação
A Oi vai transferir de torres de celular e imóveis como forma de pagamento parcial de créditos do credor no plano de recuperação judicial
O que acontece com a Hypera (HYPE3)? Com dívidas altas e ações em queda, farmacêutica anuncia nova estratégia de capital, interrompe guidance e vai recomprar ações na B3
A estratégia de otimização de capital de giro inclui a redução do prazo de pagamento concedido aos clientes; entenda os detalhes do processo
Marfrig (MRFG3) sobe 14% na B3 e lidera ganhos da semana com otimismo renovado do mercado — enquanto ação da PetroReconcavo (RECV3) cai quase 6%
O impulso das ações da Marfrig na B3 tomou força no pregão da última sexta-feira (18), quando o Goldman Sachs iniciou a cobertura dos papéis com recomendação de compra
Com caixa reforçado após o follow-on, Eneva (ENEV3) está pronta para aquisições — e BofA agora vê potencial de alta de 24,8% para as ações
O Bank of America manteve recomendação de compra para os papéis e elevou o preço-alvo a R$ 18, o que implica em uma valorização de 24,8% frente ao último fechamento
Ação da Marfrig (MRFG3) está “no ponto” de compra, diz Goldman Sachs — e revela três motivos por trás do otimismo com a dona da BRF
A visão otimista é sustentada por uma tríade de fatores: um desempenho melhor no mercado de carne bovina nos EUA, um portfólio mais forte na América do Sul e a melhora do balanço patrimonial
Sinais mistos para Netflix: Lucro cresce e faz ações subirem 6% — mas estratégia da plataforma atrai menos clientes
Gigante do streaming mundial continuou a atrair novos clientes no terceiro trimestre, ainda que em um ritmo mais lento do que no ano anterior
Assaí (ASAI3) quer menos lojas e mais eficiência: confira os novos planos da rede ‘atacarejista’ para 2025
O comunicado de ontem enfatiza que a empresa decidiu por ajustar as projeções para o ano que vem levando em conta as perspectivas de alta na taxa básica de juros (Selic)
Vale virar a chavinha? Em dia de agenda fraca, Ibovespa repercute PIB da China, balanços nos EUA e dirigentes do Fed
PIB da China veio melhor do que se esperava, assim como dados de vendas no varejo e produção industrial da segunda maior economia do mundo
Barata e com bons dividendos: como a prévia da Vale (VALE3) pode mudar a confiança dos investidores — e não deve demorar muito
O valuation baixo nos dá a sensação de que muito pessimismo já está precificado nos papéis, o que é importante neste momento em que a economia chinesa desacelera
Governo envia ao Congresso proposta bilionária para socorrer companhias aéreas — mas valor é bem menor do que se esperava
A previsão é de que os empréstimos sejam operacionalizados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)
A porta para mais dividendos foi aberta: Petrobras (PETR4) marca data para apresentar plano estratégico 2025-2029
O mercado vinha especulando sobre o momento da divulgação do plano, que pode escancarar as portas para o pagamento de proventos extraordinários — ou deixar só uma fresta