Braskem (BRKM5) segue no índice das empresas mais sustentáveis da B3 apesar dos problemas em Maceió
Petroquímica integra o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da B3 e entrou na prévia da carteira do índice válida a partir de janeiro
Uma empresa apontada como responsável por um desastre ambiental pode ser considerada sustentável? Pelo menos no caso da Braskem (BRKM5), a resposta é sim. Apesar dos problemas com o afundamento de bairros em Maceió (AL), a petroquímica se mantém em um grupo seleto: o do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da B3.
O indicador reúne as ações de empresas listadas na bolsa brasileira com "reconhecido comprometimento com a sustentabilidade empresarial", de acordo com a definição do site da B3.
A Braskem faz parte da atual carteira do ISE, principal referência para os investidores com foco em critérios ESG (sigla em inglês para práticas ambientais, sociais e de governança corporativa).
Além da petroquímica, outras 66 empresas integram o ISE, incluindo nomes como Natura (NTCO3), Vivo (VIVT3) e Suzano (SUZB3). Por outro lado, o índice deixa de fora gigantes como Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3).
A Braskem também apareceu na primeira prévia do índice que começa a valer em janeiro e que a B3 divulgou na última sexta-feira. No mesmo dia, as ações da companhia caíram quase 6% na bolsa após o alerta sobre o colapso iminente em uma das minas de extração de sal-gema em Maceió.
ONDE INVESTIR EM DEZEMBRO: VEJA RECOMENDAÇÕES GRATUITAS EM AÇÕES, FIIS, BDRs E CRIPTOMOEDAS
Braskem (BRKM5) e o afundamento dos bairros de Maceió
Os problemas com a atividade de extração de sal-gema não são novos e já custaram R$ 14,4 bilhões em provisões à Braskem. O material é insumo da cadeia produtiva do PVC.
Leia Também
O caso começou depois do registro de tremores de terra em 2018 em uma região de Maceió. O incidente provocou rachaduras em casas e edifícios, além de crateras nas ruas de vários bairros da cidade. Assim, milhares de moradores foram forçados a se mudar por questões de segurança.
Em abril do ano seguinte, as autoridades entraram com processo contra a Braskem e em maio o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) publicou um estudo com a conclusão que, de fato, a principal causa das rachaduras era a atividade da petroquímica.
Desde então, a Braskem desembolsou R$ 9,2 bilhões para realocar as famílias atingidas pelas rachaduras e pagar indenizações.
Na semana passada, a Justiça aceitou tutela de urgência em uma Ação Civil Pública contra a companhia. O novo processo pede a inclusão de mais imóveis dentro do programa de compensação, em uma causa estimada em R$ 1 bilhão.
Braskem (BRKM5) pode deixar o ISE?
A grande dúvida agora é se a B3 vai tomar alguma providência ou se mesmo depois dos desdobramentos recentes manterá a Braskem no índice de sustentabilidade empresarial (ISE).
Questionada, a bolsa informou que iniciou na última sexta-feira (1) o "Plano de Resposta a Eventos ESG relacionados ao ISE B3" em função da situação de emergência em Maceió envolvendo a mina da Braskem.
"Os procedimentos estabelecidos no Plano de Resposta estão em andamento e serão prontamente informados quando concluídos", acrescentou a bolsa, em nota.
Seja como for, existem precedentes de empresas excluídas do índice. Em fevereiro de 2019, por exemplo, a B3 tirou a Vale (VALE3) do ISE após o rompimento da barragem da mineradora em Brumadinho (MG).
O regulamento do índice de sustentabilidade traz os critérios para a exclusão de empresas. Entre eles está o envolvimento em "incidentes que as tornem incompatíveis com os objetivos do ISE B3".
Para monitorar esses incidentes, a bolsa se vale dos serviços da RepRisk – um fornecedor internacional de coleta e análise massiva de informações públicas disponíveis online sobre riscos ambientais, sociais e de
governança corporativa.
"Havendo apontamento de um incidente de risco envolvendo uma empresa da carteira, a B3 examina o caso, avaliando o seu possível impacto na empresa envolvida e as providências cabíveis, conforme estabelecido na política de gestão de riscos do ISE B3."
Em caso de exclusão, a empresa não poderá integrar a carteira do ISE pelos dois anos seguintes, ainda de acordo com o regulamento.
- LEIA TAMBÉM: Os “bilionários da vergonha”: Forbes cria lista de ricaços suspeitos com menos de 30 anos
*Matéria atualizada para incluir a posição da B3
Por que a JBS (JBSS3) anunciou um plano de investimento de US$ 2,5 bilhões em acordo com a Nigéria — e o que esperar das ações
O objetivo é desenvolver um plano de investimento de pouco mais de R$ 14,5 bilhões em cinco anos para a construção de seis fábricas no país africano
Angústia da espera: Ibovespa reage a plano estratégico e dividendos da Petrobras (PETR4) enquanto aguarda pacote de Haddad
Pacote fiscal é adiado para o início da semana que vem; ministro da Fazenda antecipa contingenciamento de mais de R$ 5 bilhões
Bolsa caindo à espera do pacote fiscal que nunca chega? Vale a pena manter ações na carteira, mas não qualquer uma
As ações brasileiras estão negociando por múltiplos que não víamos há anos. Isso significa que elas estão baratas, e qualquer anúncio de corte de gastos minimamente satisfatório, que reduza um pouco os riscos, os juros e o dólar, deveria fazer a bolsa engatar um forte rali de fim de ano.
Em recuperação judicial, AgroGalaxy (AGXY3) planeja grupamento de ações para deixar de ser ‘penny stock’; saiba como será a operação
Empresa divulgou um cronograma preliminar após questionamentos da B3 no início deste mês sobre o preço das ações ordinárias de emissão da varejista
Vale (VALE3) é a nova queridinha dos dividendos: mineradora supera Petrobras (PETR4) e se torna a maior vaca leiteira do Brasil no 3T24 — mas está longe do pódio mundial
A mineradora brasileira depositou mais de R$ 10 bilhões para os acionistas entre julho e setembro deste ano, de acordo com o relatório da gestora Janus Henderson
Regulação do mercado de carbono avança no Brasil, mas deixa de lado um dos setores que mais emite gases estufa no país
Projeto de Lei agora só precisa da sanção presidencial para começar a valer; entenda como vai funcionar
‘O rali ainda não acabou’: as ações desta construtora já saltam 35% no ano e podem subir ainda mais antes que 2024 termine, diz Itaú BBA
A performance bate de longe a do Ibovespa, que recua cerca de 4% no acumulado anual, e também supera o desempenho de outras construtoras que atuam no mesmo segmento
“Minha promessa foi de transformar o banco, mas não disse quando”, diz CEO do Bradesco (BBDC4) — e revela o desafio que tem nas mãos daqui para frente
Na agenda de Marcelo Noronha está um objetivo principal: fazer o ROE do bancão voltar a ultrapassar o custo de capital
O Google vai ser obrigado a vender o Chrome? Itaú BBA explica por que medida seria difícil — mas ações caem 5% na bolsa mesmo assim
Essa seria a segunda investida contra monopólios ilegais nos EUA, desde a tentativa fracassada de desmembrar a Microsoft, há 20 anos
Nvidia (NVDC34) vê lucro mais que dobrar no ano — então, por que as ações caem 5% hoje? Entenda o que investidores viram de ruim no balanço
Ainda que as receitas tenham chegado perto dos 100% de crescimento, este foi o primeiro trimestre com ganhos percentuais abaixo de três dígitos na comparação anual
Do pouso forçado às piruetas: Ibovespa volta do feriado com bolsas internacionais em modo de aversão ao risco e expectativa com pacote
Investidores locais aguardam mais detalhes do pacote fiscal agora que a contribuição do Ministério da Defesa para o ajuste é dada como certa
Que crise? Weg (WEGE3) quer investir US$ 62 milhões na China para aumentar capacidade de fábrica
O investimento será realizado nos próximos anos e envolve um plano que inclui a construção de um prédio de 30 mil m², com capacidade para fabricação de motores de alta tensão
Como a Embraer (EMBR3) passou de ameaçada pela Boeing a rival de peso — e o que esperar das ações daqui para frente
Mesmo com a disparada dos papéis em 2024, a perspectiva majoritária do mercado ainda é positiva para a Embraer, diante das avenidas potenciais de crescimento de margens e rentabilidade
É hora de colocar na carteira um novo papel: Irani (RANI3) pode saltar 45% na B3 — e aqui estão os 3 motivos para comprar a ação, segundo o Itaú BBA
O banco iniciou a cobertura das ações RANI3 com recomendação “outperform”, equivalente a compra, e com preço-alvo de R$ 10,00 para o fim de 2025
Em busca de dividendos? Curadoria seleciona os melhores FIIs e ações da bolsa para os ‘amantes’ de proventos (PETR4, BBAS3 e MXRF11 estão fora)
Money Times, portal parceiro do Seu Dinheiro, liberou acesso gratuito à carteira Double Income, que reúne os melhores FIIs, ações e títulos de renda fixa para quem busca “viver de renda”
R$ 4,1 bilhões em concessões renovadas: Copel (CPLE6) garante energia para o Paraná até 2054 — e esse banco explica por que você deve comprar as ações
Companhia paranaense fechou o contrato de 30 anos referente a concessão de geração das usinas hidrelétricas Foz do Areia, Segredo e Salto Caxias
Ações da Embraer (EMBR3) chegam a cair mais de 4% e lideram perdas do Ibovespa. UBS BB diz que é hora de desembarcar e Santander segue no voo
O banco suíço rebaixou a recomendação para os papéis da Embraer de neutro para venda, enquanto o banco de origem espanhola seguiu com a indicação de compra; entenda por que cada um pegou uma rota diferente
Equatorial (EQTL3) tem retorno de inflação +20% ao ano desde 2010 – a gigante de energia pode gerar mais frutos após o 3T24?
Ações da Equatorial saltaram na bolsa após resultados fortes do 3º tri; analistas do BTG calculam se papel pode subir mais após disparada nos últimos anos
‘Mãe de todos os ralis’ vem aí para a bolsa brasileira? Veja 3 razões para acreditar na disparada das ações, segundo analista
Analista vê três fatores que podem “mudar o jogo” para o Ibovespa e a bolsa como um todo após um ano negativo até aqui; saiba mais
Acaba logo, pô! Ibovespa aguarda o fim da cúpula do G20 para conhecer detalhes do pacote fiscal do governo
Detalhes do pacote já estão definidos, mas divulgação foi postergada para não rivalizar com as atenções à cúpula do G20 no Rio