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Estadão Conteúdo
ACORDO TRABALHISTA

Aplicativos de ‘carona’ vão pagar salários atrasados de motoristas — mas não é no Brasil

Uber e Lyft pagarão um total de US$ 328 milhões em acordo; montante prevê salários atrasados e benefícios

Estadão Conteúdo
2 de novembro de 2023
15:47 - atualizado às 14:52
uber
Imagem: Shutterstock

As empresas de transporte por aplicativo Uber e Lyft pagarão um total de US$ 328 milhões para resolver reclamações de salários atrasados em Nova York, anunciou a procuradora-geral Letitia James nesta quinta-feira (2).

A Uber pagará US$ 290 milhões e a Lyft pagará US$ 38 milhões e o dinheiro será distribuído a motoristas atuais e antigos, de acordo com a procuradora.

As empresas também concordaram em fornecer licença médica remunerada aos motoristas fora da cidade de Nova York e dar aos motoristas um salário mínimo de US$ 26 por hora.

"Os motoristas de transporte compartilhado trabalham a qualquer hora do dia e da noite para levar as pessoas aonde elas precisam ir", disse James em comunicado. "

Durante anos, Uber e Lyft "enganaram sistematicamente seus motoristas em centenas de milhões de dólares em salários e benefícios, enquanto estes trabalhavam longas horas em condições desafiadoras".

Tony West, diretor jurídico da Uber, disse que o acordo "ajuda a resolver a questão da classificação da Uber em Nova York e nos leva adiante com um modelo que reflete a maneira como as pessoas escolhem cada vez mais trabalhar".

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Já o diretor de política da Lyft, Jeremy Bird, disse em um comunicado: "Esta é uma vitória para os motoristas e estamos orgulhosos de tê-la alcançado com o escritório da Procuradoria-Geral de Nova York".

Uber e Lyft versus motoristas em Nova York

Uber e Lyft tornaram-se onipresentes em Nova York nos últimos anos. As empresas têm demorado para se enquadrar nas regulamentações que regem os serviços de táxi e têm se recusado a fornecer aos motoristas proteções e benefícios laborais básicos.

Nova York foi a primeira cidade dos EUA a estabelecer um salário mínimo para os motoristas de aplicativos, que foram efetivamente classificados como prestadores de serviços independentes. A cidade também implementou um salário mínimo para serviços de entrega de comida por aplicativos, como o Uber Eats.

"Esperamos oito longos anos para ver justiça para os nossos membros, uma força de trabalho que foi privada de melhores condições de vida, de refeições, descanso e lazer oportunos, porque os rendimentos que teriam proporcionado essa vida foram roubados por grupos multimilionários", disse o diretor executivo da New York Taxi Workers Alliance, Bhairavi Desai, em um comunicado. 

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