Além da Americanas (AMER3): veja outras cinco marcas emblemáticas que pediram recuperação judicial ou falência em 2023
Enquanto o caso da varejista é bastante particular, os outros episódios de recuperação judicial têm mais relação com a situação macroeconômica do Brasil
Desde o escândalo envolvendo a Americanas (AMER3), o mercado brasileiro experimenta um verdadeiro "efeito dominó": mal terminamos o mês de março e pelo menos outras cinco marcas emblemáticas já foram obrigadas a pedir recuperação judicial ou até deram entrada em processo de falência.
Enquanto o caso da varejista é bastante particular, já que envolve inconsistências contábeis arrastadas durante anos, os demais têm mais relação com a situação macroeconômica do Brasil. A combinação de juros e inflação nas alturas corroeu o poder de compra dos consumidores e tornou a vida dos empresários mais difícil, já que o crédito e as dívidas ficaram mais caras.
E, claro: o "efeito Americanas" é inegável e acendeu um alerta em todo o mercado, secando o acesso ao dinheiro. Paralelamente, o medo de uma quebradeira dos bancos fora do país também ajuda a contaminar todo o ambiente — criando um clima de “esperar para ver o que vem a seguir”.
- Não dê dinheiro à Receita Federal à toa: você pode estar deixando de receber uma boa restituição do Imposto de Renda por algum equívoco na hora da declaração. Clique aqui e baixe GRATUITAMENTE um guia completo para não errar em nada na hora de acertar as contas com o Leão.
Mas, enquanto os investidores aguardam, as contas das empresas não param de chegar. E, diante de um caixa cada dia mais apertado, a única solução para algumas delas é pedir socorro — ou fechar as portas.
Para o varejo, a situação é especialmente delicada: falamos de um setor muito competitivo e dependente de capital de giro para sustentar lojas abertas e investimentos.
Relembre os principais casos vistos somente neste ano:
Leia Também
Que crise? Weg (WEGE3) quer investir US$ 62 milhões na China para aumentar capacidade de fábrica
Como a Embraer (EMBR3) passou de ameaçada pela Boeing a rival de peso — e o que esperar das ações daqui para frente
Oi (OIBR3) emplaca a segunda recuperação judicial
A Oi (OIBR3) mal saiu de uma recuperação judicial que se arrastou por anos e já precisou entrar com o segundo pedido, feito neste mês. Segundo a empresa, sua administração está em busca de sustentabilidade de longo prazo enquanto negocia com os credores.
Mas, diante da falta de acordo, o jeito foi pedir proteção contra eles — vale lembrar que a queda de braço entre a Oi e seus credores é antiga e constante.
Hoje, a Oi possui R$ 35 bilhões em dívidas e a leitura de analistas é de que a situação da companhia virou uma bola de neve: enquanto lutava para honrar os compromissos da primeira recuperação judicial, que englobava uma dívida de R$ 65 bilhões, a empresa acabou se enrolando para manter suas atividades e contraiu novas dívidas que comprometeram o caixa.
Grupo Petrópolis
A fabricante da cerveja Itaipava seguiu o mesmo caminho e pediu recuperação judicial, além de uma medida cautelar que acelera o processo desse chamado por socorro.
Segundo a petição protocolada à Justiça, o Grupo Petrópolis precisa dessa ajuda imediata porque possui uma parcela de dívida no total de R$ 105 milhões que venceu na segunda-feira (27). Em caso de calote, o pagamento de todo o endividamento pode ser antecipado, o que comprometeria rapidamente as finanças da terceira maior cervejaria do país.
A dívida total da empresa chega a R$ 4,4 bilhões, sendo 48% em compromissos financeiros e 52% com fornecedores e terceiros.
De acordo com o pedido feito pelo grupo, há uma necessidade acumulada de capital de giro de R$ 360 milhões até o fim deste mês. Se considerado o dia 10 de abril como data limite, a cifra sobe para R$ 580 milhões.
A companhia ainda aponta que os juros altos e iniciativas da concorrência também dificultaram suas atividades.
Amaro
Outra varejista que precisou pedir ajuda foi a Amaro, que solicitou recuperação extrajudicial — processo em que a empresa chega a um acordo diretamente com os seus credores, com intermediação mínima da Justiça.
A companhia soma dívidas de cerca de R$ 244 milhões, sendo R$ 151,8 milhões em compromissos bancários e R$ 92,8 milhões com fornecedores.
A rede quase conseguiu o aporte de um fundo em 2022, mas a piora do mercado com a alta dos juros e retração dos investimentos em empresas de tecnologia fez o futuro sócio desistir dos planos — uma decisão que piorou ainda mais a situação financeira da empresa.
Livraria Cultura
Um símbolo para os amantes de literatura, a Livraria Cultura se viu obrigada a entrar com pedido de falência no início deste ano, após uma recuperação judicial que começou em 2018. Naquele ano, outra livraria, a Saraiva (SLED4), também iniciou um processo semelhante.
Em meio à evasão de clientes, queda nas vendas, custos em alta e inúmeras questões trabalhistas, o setor como um todo entrou em colapso.
VEJA TAMBÉM - Se a Americanas pode usar a recuperação judicial para ‘se safar’ dos credores, por que você não pode fazer o mesmo?
Clique aqui e se inscreva no canal do YouTube do seu Dinheiro
A decisão proferida pela Justiça de São Paulo cita os inúmeros descumprimentos, por parte da Livraria Cultura, dos acordos firmados com os credores no plano de recuperação. Da falta de prestação de contas ao não pagamento dos honorários da administradora judicial, há uma série de falhas no processo.
Hoje, a livraria permanece aberta graças a uma decisão provisória que suspendeu o decreto de falência, mas um renascimento das cinzas parece pouco provável.
Pan
Outra marca que mora no imaginário dos brasileiros, a fabricante de chocolates Pan também decretou falência há poucas semanas.
Responsável pelos clássicos cigarrinhos e moedas de chocolate, a empresa entrou com um pedido de autofalência após uma série de dificuldades dentro de seu processo de recuperação judicial, que começou em 2020.
O endividamento da Pan chega a R$ 126 milhões; além disso, ela também não recolhe impostos devidamente há mais de 20 anos. Esse quadro justifica o fim das atividades, com demissão dos poucos funcionários e venda de equipamentos e imóveis para pagar parte da dívida.
Segundo a própria empresa, a pandemia foi fator determinante para complicar ainda mais os negócios.
Ações da Embraer (EMBR3) chegam a cair mais de 4% e lideram perdas do Ibovespa. UBS BB diz que é hora de desembarcar e Santander segue no voo
O banco suíço rebaixou a recomendação para os papéis da Embraer de neutro para venda, enquanto o banco de origem espanhola seguiu com a indicação de compra; entenda por que cada um pegou uma rota diferente
Equatorial (EQTL3) tem retorno de inflação +20% ao ano desde 2010 – a gigante de energia pode gerar mais frutos após o 3T24?
Ações da Equatorial saltaram na bolsa após resultados fortes do 3º tri; analistas do BTG calculam se papel pode subir mais após disparada nos últimos anos
‘Mãe de todos os ralis’ vem aí para a bolsa brasileira? Veja 3 razões para acreditar na disparada das ações, segundo analista
Analista vê três fatores que podem “mudar o jogo” para o Ibovespa e a bolsa como um todo após um ano negativo até aqui; saiba mais
Grupo Mateus: Santander estabelece novo preço-alvo para GMAT3 e prevê valorização de 33% para as ações em 2025; saiba se é hora de comprar
O banco reduziu o preço-alvo para os papéis da varejista de alimentos em relação à 2024, mas mantém otimismo com crescimento e parceria estratégica
Localiza: após balanço mais forte que o esperado no 3T24, BTG Pactual eleva preço-alvo para RENT3 e agora vê potencial de alta de 52% para a ação
Além dos resultados trimestrais, o banco considerou as tendências recentes do mercado automotivo e novas projeções macroeconômicas; veja a nova estimativa
Ações da Oi (OIBR3) saltam mais de 100% e Americanas (AMER3) dispara 41% na bolsa; veja o que impulsiona os papéis das companhias em recuperação judicial
O desempenho robusto da Americanas vem na esteira de um balanço melhor que o esperado, enquanto a Oi recupera fortes perdas registradas na semana passada
Cemig (CMIG4) e Copasa (CSMG3) voltam a ficar no radar das privatizações e analistas dizem qual das duas tem mais chance de brilhar
Ambas as empresas já possuem capital aberto na bolsa, mas o governo mineiro é quem detém o controle das empresas como acionista majoritário
Lucro dos bancos avança no 3T24, mas Selic alta traz desafios para os próximos resultados; veja quem brilhou e decepcionou na temporada de balanços
Itaú mais uma vez foi o destaque entre os resultados; Bradesco avança em reestruturação e Nubank ameaça desacelerar, segundo analistas
Bombou no SD: Um dos maiores prêmios da história da Mega-Sena, tombo da Oi (OIBR3) e salto da Americanas (AMER3) brilham entre os leitores do Seu Dinheiro
A Mega-Sena acaba de pagar o sexto maior prêmio da história das loterias no Brasil, mas não é o único assunto que interessa a nossos leitores
Warren Buffett não quer o Nubank? Megainvestidor corta aposta no banco digital em quase 20% — ação cai 8% em Wall Street
O desempenho negativo do banco digital nesta sexta-feira pode ser explicado por três fatores principais — e um deles está diretamente ligado ao bilionário
Banco do Brasil (BBAS3) de volta ao ataque: banco prevê virada de chave com cartão de crédito em 2025
Após fase ‘pé no chão’ depois da pandemia da covid-19, a instituição financeira quer expandir a carteira de cartão de crédito, que tem crescido pouco nos últimos dois anos
CEO da AgroGalaxy (AGXY3) entra para o conselho após debandada do alto escalão; empresa chama acionistas para assembleia no mês que vem
Além do diretor-presidente, outros dois conselheiros foram nomeados; o trio terá mandato até a AGE marcada para meados de dezembro
Ações do Alibaba caem 2% em Nova York após melhora dos resultados trimestrais. Por que o mercado torce o nariz para a gigante chinesa?
Embora o resultado do grupo tenha crescido em algumas métricas no trimestre encerrado em setembro, ficaram abaixo das projeções do mercado — mas não é só isso que explica a baixa dos ativos
Ação da Americanas (AMER3) dispara 200% e lidera altas fora do Ibovespa na semana, enquanto Oi (OIBR3) desaba 75%. O que está por trás das oscilações?
A varejista e a empresa de telecomunicações foram destaque na B3 na semana mais curto por conta do feriado de 15 de novembro, mas por motivos exatamente opostos
Oi (OIBR3) dá o passo final para desligar telefones fixos. Como ficam os seis milhões de clientes da operadora?
Como a maior parte dos usuários da Oi também possui a banda larga da operadora, a empresa deve oferecer a migração da linha fixa para essa estrutura*
Na lista dos melhores ativos: a estratégia ganha-ganha desta empresa fora do radar que pode trazer boa valorização para as ações
Neste momento, o papel negocia por apenas 4x valor da firma/Ebitda esperado para 2025, o que abre um bom espaço para reprecificação quando o humor voltar a melhorar
“A bandeira amarela ficou laranja”: Balanço do Banco do Brasil (BBAS3) faz ações caírem mais de 2% na bolsa hoje; entenda o motivo
Os analistas destacaram que o aumento das provisões chamou a atenção, ainda que os resultados tenham sido majoritariamente positivos
Acendeu a luz roxa? Ações do Nubank caem forte mesmo depois do bom balanço no 3T24; Itaú BBA rebaixa recomendação
Relatório aponta potencial piora do mercado de crédito em 2025, o que pode impactar o custo dos empréstimos feitos pelo banco
Agro é pop, mas também é risco para o Banco do Brasil (BBAS3)? CEO fala de inadimplência, provisões e do futuro do banco
Redução no preço das commodities, margens apertadas e os fenômenos climáticos extremos afetam em cheio o principal segmento do BB
A surpresa de um dividendo bilionário: ações da Marfrig (MRFG3) chegam a saltar 8% após lucro acompanhado de distribuição farta ao acionista. Vale a compra?
Os papéis lideram a ponta positiva do Ibovespa nesta quinta-feira (14), mas tem bancão cauteloso com o desempenho financeiro da companhia; entenda os motivos