123 Milhas entra com pedido de recuperação judicial; companhia declara R$ 2,3 bilhões em dívidas
A companhia enviou o pedido de 1ª Vara Empresarial da Comarca de Belo Horizonte, capital mineira, nesta terça-feira
O ano de 2023 ainda está longe de acabar, mas já pode ficar conhecido como o ano das recuperações judiciais. Depois de Americanas (AMER3), que puxou a fila de socorros judiciais já em janeiro, Oi (OIBR3) e Light (LIGT3), entre outros nomes, agora chegou a vez de a 123 Milhas entrar para o grupo.
A companhia enviou o pedido de RJ à 1ª Vara Empresarial da Comarca de Belo Horizonte, na capital mineira, nesta terça-feira (29). Segundo a petição à qual o Seu Dinheiro teve acesso, a empresa declarou R$ 2,3 bilhões em dívidas.
"A medida tem como objetivo assegurar o cumprimento dos compromissos assumidos com clientes, ex-colaboradores e fornecedores. A RJ permitirá concentrar em um só juízo todos os valores devidos. A empresa avalia que, desta forma, chegará mais rápido a soluções com todos os credores para, progressivamente, reequilibrar sua situação financeira", diz a empresa em nota enviada ao portal.
Outras companhias ligadas a 123 Milhas também entraram no pedido de recuperação, como a Art Viagens (HotMilhas) e a Novum. A primeira fornece suporte para a troca de milhas por passagens, enquanto a segunda é uma holding e única acionista da empresa.
A justificativa para a inclusão dos outros CNPJs é a dependência das três operações. "As sociedades Requerentes operam em harmonia entre si e dependem uma da outra para a continuidade de sua operação", argumentam os advogados da companhia na petição.
Já a nota da 123 Milhas destaca que a empresa e seus gestores se disponibilizam "a construir conjuntamente medidas que possibilitem pagar seus débitos, recompor sua receita e, assim, continuar a contribuir com o setor turístico brasileiro".
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123 Milhas iniciou reestruturação e demitiu funcionários
Vale destacar que o pedido de RJ ocorre um dia após a 123 Milhas confirmar que realizou um corte no quadro de funcionários.
Segundo relatos nas redes sociais, a companhia desligou pelo menos cerca de 100 pessoas. Entre as áreas afetadas estão tecnologia, projetos, comunicação, recursos humanos e experiência do usuário (UX/UI Design).
A companhia de turismo confirmou, em nota, que iniciou ontem um plano de reestruturação que inclui uma redução no tamanho da equipe, mas não detalhou o número de demissões.
"Essa difícil decisão faz parte das medidas para mitigar os efeitos da forte diminuição das vendas. A empresa está trabalhando para, progressivamente, estabilizar sua condição financeira", diz a empresa.
Crise na 123 Milhas
Outra data importante na cronologia da situação atual da empresa é 18 de agosto. Essa é a data que a 123 Milhas anunciou oficialmente a suspensão de pacotes e a emissão de passagens aéreas da linha Promo — que oferecia preços abaixo do mercado.
“Estamos devolvendo integralmente os valores pagos pelos clientes, em vouchers acrescidos de correção monetária de 150% do CDI, acima da inflação e dos juros de mercado, para compra de quaisquer passagens, hotéis e pacotes na 123 Milhas”, informou a nota da empresa na época.
Em reação, no dia seguinte, o Ministério do Turismo acionou a pasta da Justiça e Segurança Pública para avaliar uma apuração sobre a recente suspensão dos pacotes de viagens promocionais da companhia de turismo.
Além disso, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras aprovou a convocação dos sócios-administradores da empresa, Ramiro Júlio Soares Madureira e Augusto Júlio Soares Madureira.
O colegiado irá ouvir os empresários sobre a suspensão de pacotes de viagens já pagos pelos consumidores, anunciada pela agência na semana passada.
Também foi aprovada a quebra de sigilo fiscal e bancário da 123 Milhas e de Ramiro, Augusto e Cristiane Soares Madureira do Nascimento, que é sócia da agência de viagens por meio da empresa Novum Investimentos Participações S/A.
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