Por que o Brasil pode sair como um dos vencedores da crise geopolítica, segundo André Esteves, do BTG Pactual
Durante o evento Macro Day, Esteves revelou por que acredita que o Brasil pode ser um dos beneficiados pelas crises no exterior e ainda atrair investidores estrangeiros

O cenário internacional cada vez mais se parece com um mar revolto, com duas guerras em curso e tensões crescentes entre China e Estados Unidos. Porém, na visão do sócio-fundador e presidente do conselho de administração do BTG Pactual, André Esteves, todo deslocamento geopolítico resulta em vencedores e perdedores — e o Brasil está preparado para surfar a oportunidade.
“Do lado do Brasil, eu acho que a gente tem um espaço positivo nesse mundo cheio de tensão. Mas eu acho que as situações internacionais não vão escalar a ponto de criar uma aversão ao risco que nos prejudique de maneira determinante”, afirmou, em evento.
Durante painel no Macro Day, Esteves revelou por que acredita que o Brasil pode ser um dos beneficiados pelas crises no exterior — e atrair o investidor estrangeiro com estratégias de longo prazo.
“Estamos ganhando por W.O. Não está tendo muita gente do outro lado para gente competir com a gente”, disse.
Na visão do executivo, o Brasil é beneficiado pelas relações internacionais, uma vez que o país é um dos maiores produtores e exportadores de alimentos do mundo. Além disso, a transição energética mundial coloca o Brasil passos à frente de outras economias globais.
“O Brasil é aquele que tem a matriz mais limpa de energia dentro do G20. Logo nós devemos começar a ver barreiras tarifárias em relação a produtos feitos com energia suja e o Brasil não está dentro dessa categoria. Isso pode virar uma vantagem competitiva industrial.”
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O Brasil neutro nas crises geopolíticas
Durante o evento, Esteves ainda destacou a importância da neutralidade do Brasil em relação a outras economias. “Temos boas relações com os Estados Unidos, Europa, China, Oriente Médio e com os nossos vizinhos.”
Para o sócio-fundador do BTG Pactual, o Brasil atualmente está “aberto a todos” e sem restrições internacionais — seja para empresas chinesas que buscam realizar grandes investimentos de infraestrutura ou para importações de produtos europeus ou negócios com os EUA.
“A gente tem que manter boas relações com todos e uma boa condição interna da nossa economia, porque o momento é excelente”, afirmou.
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Mas a tese mais otimista do BTG para o país não avalia apenas os “méritos” brasileiros: a crise geopolítica global também resultou na falta de mercados que possam competir conosco.
“Eu vejo a oportunidade brasileira como muito boa, tanto do ponto de vista de desafios climáticos como do modo que vão se reorganizar as cadeias produtivas globais”, disse.
“O mundo mudou muito ao longo desses últimos anos e fez com que alguns mercados emergentes ficassem não investíveis, como a Rússia, ou virassem mercados de fronteira, como Turquia e Argentina. Já a China se tornou uma barra muito alta para os investidores aqui no Ocidente”, acrescentou.
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