Nova PEC dos precatórios? Governo Lula pede ao STF a suspensão das regras atuais de pagamento de dívidas; bola de neve pode chegar a R$ 250 bilhões
A AGU alega que as emendas constitucionais aprovadas no governo Bolsonaro para incluir um novo regime para pagamento de precatórios foram inconstitucionais
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recorreu ao Supremo Tribunal Federal para solicitar uma revisão na forma de pagar os precatórios — dívidas do Estado que foram reconhecidas pela Justiça.
A Advocacia-Geral da União (AGU) alega que as emendas constitucionais aprovadas no governo de Jair Bolsonaro para estabelecer o novo regime para pagamento de precatórios foram inconstitucionais.
A AGU afirma que o regime prevê aumento crescente da despesa e pode gerar um estoque impagável. Segundo o órgão, o total da dívida pode chegar a R$ 250 bilhões até 2027.
“A permanência do atual sistema de pagamento de precatórios tem o potencial de gerar um estoque impagável, o que resultaria na necessidade de nova moratória, intensificando e projetando em um maior período de tempo as violações a direitos fundamentais”, argumentou a organização.
A PEC dos precatórios de Jair Bolsonaro
O pagamento dos precatórios foi alterado em 2021 por uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que fixou um teto anual para essas despesas.
Na época, o até então presidente Jair Bolsonaro pediu e o antigo ministro da Economia, Paulo Guedes, costurou a aprovação da PEC para evitar uma fatura de R$ 89 bilhões que chegaria para o governo em 2022.
Leia Também
Paulo Guedes afirmou em 2021 que o "meteoro" dos precatórios ameaçava as contas públicas do ano. Vale destacar que esse mesmo ano contava com as eleições na qual Bolsonaro concorreu novamente à presidência, mas foi derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Segundo o atual documento da AGU, as novas regras de pagamento dos precatórios trouxeram “falso alívio fiscal” e "mascararam artificialmente" as contas públicas.
Como previam os especialistas na época da discussão da PEC, a rolagem da dívida tinha potencial para criar “uma bola de neve” nas contas públicas.
As mudanças propostas para o pagamento dos precatórios
Caso consiga uma decisão favorável do STF, a estratégia do Ministério da Fazenda é apresentar um pedido de abertura de crédito extraordinário ao Congresso para pagar todo o valor atrasado, avaliado em R$ 95 bilhões.
O montante considera os R$ 65 bilhões de precatórios acumulados e não pagos, além da previsão para os pagamentos de 2024.
Segundo o Broadcast, a Fazenda afirma que a quitação do estoque não era esperada e, como se trata de uma despesa extraordinária, deve ser liberada do limite do novo arcabouço fiscal.
Dessa forma, o governo poderá arcar com o pagamento sem infringir as regras fiscais.
A União ainda pede que haja uma mudança na forma de classificar a dívida.
O valor do principal da dívida será tratado como uma despesa primária e entrará na lista de gastos submetidos ao teto do arcabouço a partir de 2025.
Já o que for ligado ao pagamento de juros será tratado como despesa financeira, conforme as regras do Fundo Monetário Internacional (FMI).
O que diz o secretário do Tesouro
Na visão do secretário do Tesouro, Rogério Ceron, o arranjo dará mais credibilidade às contas públicas.
"O País está em moratória perante investidores. Se eu não pago uma parte dos meus credores (os donos de precatórios), que segurança eu dou para outra parte dos meus credores que eu não vou estender isso?", questionou.
Para Ceron, os precatórios estavam sendo subestimados nas estatísticas oficiais, pois não eram contabilizados com essa classificação. O executivo acredita que a alteração contábil deverá elevar a dívida pública em cerca de 1 ponto porcentual do PIB.
- Leia também: EXCLUSIVO: Secretário do Tesouro quer levar green bonds ao Tesouro Direto e mostra confiança na meta de déficit zero
O secretário do Tesouro destaca ainda que não vê a medida como uma manobra de contabilidade criativa.
Segundo o secretário, a alteração não vai abrir espaço para novos gastos no Orçamento, ainda que o governo deixe de pagar totalmente o valor dos precatórios com recursos primários no futuro.
"[A medida] Não gera economia de recursos nem espaço fiscal. O montante reservado para sentenças judiciais continua do mesmo jeito. Não vai tirar nenhum real de despesa primária do orçamento", disse Ceron.
*Com informações de Agência Brasil.
A arma mais poderosa de Putin (até agora): Rússia cruza linha vermelha contra a Ucrânia e lança míssil com capacidade nuclear
No início da semana, Kiev recebeu autorização dos EUA para o uso de mísseis supersônicos; agora foi a vez de Moscou dar uma resposta
O pacote de corte de gastos sai ou não sai? Haddad dá previsão sobre anúncio das medidas e Rui Costa conta o que será preservado
As principais medidas já haviam sido apresentadas a Lula, mas a equipe econômica estava esperando finalizar um acordo com o Ministério da Defesa; reuniões continuam na tarde desta quinta-feira (21)
Do pouso forçado às piruetas: Ibovespa volta do feriado com bolsas internacionais em modo de aversão ao risco e expectativa com pacote
Investidores locais aguardam mais detalhes do pacote fiscal agora que a contribuição do Ministério da Defesa para o ajuste é dada como certa
Como a Embraer (EMBR3) passou de ameaçada pela Boeing a rival de peso — e o que esperar das ações daqui para frente
Mesmo com a disparada dos papéis em 2024, a perspectiva majoritária do mercado ainda é positiva para a Embraer, diante das avenidas potenciais de crescimento de margens e rentabilidade
De agricultura e tecnologia nuclear à saúde e cultura: Brasil e China assinam 37 acordos bilaterais em várias áreas; confira quais
Acordo assinado hoje por Xi Jinping e Lula abrange 15 áreas estratégicas e fortalece relação comercial entre países
Polícia Federal: general preso imprimiu plano de execução de autoridades no Palácio do Planalto
PF divulgou que o general reformado Mário Fernandes deu o nome de Planejamento ao arquivo impresso
É hora de colocar na carteira um novo papel: Irani (RANI3) pode saltar 45% na B3 — e aqui estão os 3 motivos para comprar a ação, segundo o Itaú BBA
O banco iniciou a cobertura das ações RANI3 com recomendação “outperform”, equivalente a compra, e com preço-alvo de R$ 10,00 para o fim de 2025
Devendo e apostando: 29% dos inadimplentes jogaram em bets para ganhar dinheiro rápido, diz Serasa
Estudo mostra que 46% dos inadimplentes na base da Serasa já apostaram pelo menos uma vez na vida
Ações da Embraer (EMBR3) chegam a cair mais de 4% e lideram perdas do Ibovespa. UBS BB diz que é hora de desembarcar e Santander segue no voo
O banco suíço rebaixou a recomendação para os papéis da Embraer de neutro para venda, enquanto o banco de origem espanhola seguiu com a indicação de compra; entenda por que cada um pegou uma rota diferente
O que se sabe até agora sobre o complô dos ‘Kids Pretos’ para matar Lula, Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes — e que teria a participação do vice de Bolsonaro
A ideia de envenenamento, de acordo com o plano do general, considerava a vulnerabilidade de saúde e a ida frequente de Lula a hospitais
É hora de taxar os super-ricos? G20 faz uma proposta vaga, enquanto Lula propõe alíquota que poderia gerar US$ 250 bilhões por ano no mundo
Na Cúpula do G20, presidente Lula reforça as críticas ao sistema tributário e propôs um número exato de alíquota para taxar as pessoas mais ricas do mundo
Acaba logo, pô! Ibovespa aguarda o fim da cúpula do G20 para conhecer detalhes do pacote fiscal do governo
Detalhes do pacote já estão definidos, mas divulgação foi postergada para não rivalizar com as atenções à cúpula do G20 no Rio
Felipe Miranda: O Brasil (ainda não) voltou — mas isso vai acontecer
Depois de anos alijados do interesse da comunidade internacional, voltamos a ser destaque na imprensa especializada. Para o lado negativo, claro
O primeiro dia do G20 no Rio: Biden, Xi e Lula falam de pobreza, fome e mudanças climáticas à sombra de Trump
As incertezas sobre a política dos EUA deixaram marcas nos primeiros debates do G20; avanços em acordos internacionais também são temas dos encontros
Rali do Trump Trade acabou? Bitcoin (BTC) se estabiliza, mas analistas apontam eventos-chave para maior criptomoeda do mundo chegar aos US$ 200 mil
Mercado de criptomoedas se aproxima de uma encruzilhada: rumo ao topo ou a resultados medianos? Governo Trump pode ter a chave para o desfecho.
Localiza: após balanço mais forte que o esperado no 3T24, BTG Pactual eleva preço-alvo para RENT3 e agora vê potencial de alta de 52% para a ação
Além dos resultados trimestrais, o banco considerou as tendências recentes do mercado automotivo e novas projeções macroeconômicas; veja a nova estimativa
O tamanho do corte que o mercado espera para “acalmar” bolsa, dólar e juros — e por que arcabouço se tornou insustentável
Enquanto a bolsa acumula queda de 2,33% no mês, a moeda norte-americana sobe 1,61% no mesmo intervalo de tempo, e as taxas de depósito interbancário (DIs) avançam
Ações da Oi (OIBR3) saltam mais de 100% e Americanas (AMER3) dispara 41% na bolsa; veja o que impulsiona os papéis das companhias em recuperação judicial
O desempenho robusto da Americanas vem na esteira de um balanço melhor que o esperado, enquanto a Oi recupera fortes perdas registradas na semana passada
O fim da temporada — ou quase: balanço da Nvidia ainda movimenta semana, que conta com novo feriado no Brasil
Enquanto isso, as bolsas internacionais operam sem um sinal único, sofrendo ajustes após o rali do Trump Trade dos últimos dias
Agenda econômica: balanço da Nvidia (NVDC34) e reunião do CMN são destaques em semana com feriado no Brasil
A agenda econômica também conta com divulgação da balança comercial na Zona do Euro e no Japão; confira o que mexe com os mercados nos próximos dias