É o fim da era dos bilionários? Mundo tem menos ricaços em 2022 — e Brasil cai no ranking
O patrimônio líquido total dos bilionários no mundo caiu 5,5% em 2022, para US$ 11,1 trilhões, segundo o Censo Bilionário da Altrata
Às vezes o mar não está para peixes — e, no caso de 2022, o ano não estava para bilionários. A baixa maré macroeconômica fez com que a fortuna de alguns ricaços naufragasse no ano passado, segundo o Censo Bilionário da empresa de dados Altrata.
Com uma guerra na Europa, inflação global elevada e um novo ciclo de aperto monetário no mundo, o patrimônio líquido total dos bilionários caiu 5,5% em 2022, para US$ 11,1 trilhões, na segunda maior queda anual nos últimos dez anos.
A redução ainda eliminou alguns nomes da lista de bilionários, que encolheu 3,5% no ano passado, para apenas 3.194 indivíduos. A última vez que a população de ricaços havia caído foi em 2018.
Os 15 países com mais bilionários abrigam três quartos da população mundial com saldo de dez dígitos na conta bancária.
Os Estados Unidos lideram o seleto ranking de países mais ricos, com um patrimônio total de US$ 4,2 trilhões divididos entre 955 bilionários.
É importante destacar que a América do Norte registrou um declínio na população bilionária pela primeira vez em quatro anos.
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Por sua vez, a China ocupa o segundo lugar do ranking, com riqueza de US$ 1,3 trilhão pertencentes a 357 pessoas, seguida pela Alemanha, com US$ 555 bilhões de 173 indivíduos.
Os bilionários do Brasil
O Brasil ficou quase que na lanterna da lista dos Top 15 países bilionários após cair uma posição no ranking mundial, passando para o 14º lugar.
Isso porque a classe dos bilionários brasileiros ficou 7,7% menor em 2022 na comparação ano a ano, para apenas 48 ricaços.
Entretanto, o Brasil também registrou um aumento de 6% da fortuna total dessa população no ano passado, atingindo o patamar de US$ 169 bilhões.
Por sua vez, a cidade de São Paulo (SP) integra a lista de municípios que abrigam o maior número de bilionários do mundo, ocupando o 13º lugar, com 33 ricaços.
Além disso, segundo o levantamento, a região da América Latina e do Caribe registrou queda no número de bilionários, para 141 indivíduos.
Porém, a área foi uma das duas únicas a registrar um crescimento no patrimônio dos ricaços, com avanço de 5,7% no comparativo anual, para US$ 491 bilhões.