Dono da LVMH, Bernard Arnault é o único trilionário do mundo e deixa Elon Musk comendo poeira
Dono de marcas de luxo como Louis Vuitton, Dior e Sephora, o empresário é o maior bilionário da atualidade, com uma fortuna avaliada em US$ 212,2 bilhões pela Forbes
O Lobo de Cashmere da LVMH parece determinado a fazer os carros da Tesla comerem poeira. Depois de assumir o lugar de Elon Musk na lista de homens mais ricos do mundo, Bernard Arnault não se contentou com o posto “démodé” de bilionário: agora, o executivo também conquistou a posição de único trilionário do planeta.
Dono de marcas de luxo como Louis Vuitton, Dior, Tiffany&Co, Givenchy e Sephora, o empresário é o maior bilionário da atualidade, com uma fortuna avaliada em US$ 212,2 bilhões pela revista Forbes.
Considerando o câmbio atual, Arnault também já é considerado um trilionário quando analisamos seu patrimônio em reais, que chega a aproximadamente R$ 1,08 trilhão.
Segundo as previsões da Approve, o CEO do imponente império de luxo deve atingir o trilhão em dólar apenas em 2029, com uma riqueza estimada em US$ 1,01 trilhão daqui seis anos.
Quer saber como um homem francês formado em ciências exatas virou um ícone da moda no mundo inteiro? Eu conto aqui no Seu Dinheiro.
Como Bernard Arnault se tornou o homem mais rico do mundo?
Apesar do que se espera do dono da maior empresa de artigos de luxo do mundo, a trajetória de Bernard Jean Étienne Arnault em direção aos bilhões começou bem longe do mundo da moda.
Leia Também
Filho do engenheiro e empresário Jean Arnault e nascido em família rica, o jovem decidiu seguir os passos do pai e tocar os negócios familiares de engenharia. Em pouco tempo, ele assumiu o cargo de diretor da área de construção.
Nesta época, o jovem convenceu o pai a mudar as direções do negócio e empreender no setor imobiliário, mais lucrativo na época. Em 1977, Bernard tornou-se CEO da companhia e, um ano depois, após a morte de seu pai, ocupou o cargo de presidente do conselho.
Com sonhos tão grandes que já não cabiam na França, o empresário decidiu mudar-se para os Estados Unidos em 1981, para expandir os negócios para a terra do Tio Sam.
Admirador do “american way of business”, tão mais feroz e impessoal que o modelo europeu, Arnault retornou à França preparado para dar início a uma agressiva sequência de aquisições.
O francês com fome americana
Em 1984, o francês decidiu que colocaria suas garras em uma empresa têxtil estatal, que já estava mal das pernas há algum tempo: o grupo Boussac, o dono da Dior, que entrou em colapso e foi assumido pelo Estado.
Arnault soube reconhecer um diamante entre as bijuterias do falido conglomerado e não dispensou uma marca que seria essencial para a sua entrada no mercado de luxo: a Dior.
Com um investimento de US$ 15 milhões — além dos US$ 45 milhões aplicados por outros parceiros —, Bernard transformou as ruínas do império têxtil em seu próprio reinado glorioso.
Assim que assumiu o controle do conglomerado, o francês mudou o nome da empresa para Financeira Agache e incorporou um modelo de gestão de negócios bastante rígido.
Não satisfeito em apenas controlar a empresa, Bernard quis fechar ainda mais a exclusividade da marca e acabou com cerca de 300 licenças que permitiam que outras companhias produzissem itens da Dior.
A estratégia de Bernard Arnault
Em 1987, Arnault recebeu um convite de Henri Racamier, o presidente da Louis Vuitton. Naquela época, a empresa havia acabado de se fundir com a Moët Hennessy, dando origem à LVMH Moët Hennessy Louis Vuitton.
A esperança de Racamier era conseguir um aliado na disputa interna com o presidente da LVMH, Alain Chevalier, mas seu tiro do executivo saiu pela culatra. Enquanto Racamier pensava ter conseguido o que queria, Arnault decidiu seguir um outro rumo de negociação.
Encontrando-se às escondidas com Chevalier, Bernard fechou um acordo que lhe permitia comprar ainda mais ações do grupo.
Investindo através de uma joint venture com a cervejaria Guinness, o francês tornou-se o maior acionista da LVMH e logo assumiu a presidência do conglomerado.
Porém, ninguém esperava que Arnault tivesse outros planos para o negócio, e muito menos que puxaria o tapete dos dois renomados empresários da França simultaneamente.
As compras do dono da LVMH
Em 1989, Bernard assumiu a presidência do conselho de administração do grupo LVMH e partiu para uma nova sequência de compras.
O presidente não poupou dinheiro para comprar as principais empresas de moda, fragrâncias, joias, relógios e vinhos da Europa — e gastou bilhões e bilhões na expansão do portfólio da LVMH.
A ida de Arnault ao grande shopping corporativo europeu resultou na aquisição de negócios como Christian Lacroix, Givenchy, Kenzo, Loewe, Céline, Berluti, Fred Joailler e a Sephora.
“Nos anos 90, as pessoas diziam que não fazia sentido colocar tantas marcas juntas. Mas acabou sendo um sucesso”, destacou Arnault à CNBC.
Em 2003, ele fechou a aquisição da empresa italiana Fendi. Sete anos depois, veio a compra da La Samaritaine, uma importante loja de departamentos francesa.
Em 2011, o Lobo de Cashmere anunciou a aquisição, por meio de um acordo de ações, da joalheria italiana Bulgari, numa operação de quase US$ 5 bilhões.
Dois anos depois, ele pagou em torno de US$ 2,6 bilhões pelo fornecedor de lã fina Loro Piana.
Em 2016, incorporou ao portfólio a marca alemã de malas Rimowa. Dois anos depois, a LVMH assumiu o controle da Belmond, uma empresa de hotelaria de luxo e dona do Copacabana Palace.
Bernard ainda realizou alguns investimentos em companhias como Netflix, Airbnb e Spotify, além de ter se tornado o maior acionista do Carrefour em 2019. Arnault ainda é dono também dos jornais Le Parisien e Les Echos.
A mais recente aquisição do bilionário francês — e a mais cara da história da LVMH — foi a joalheria americana Tiffany&Co, em 2021, por US$ 16,2 bilhões.
2025 será o ano de ‘acerto de contas’ para o mercado de moda: veja o que as marcas precisarão fazer para sobreviver ao próximo ano
Estudo do Business of Fashion com a McKinsey mostra desafios e oportunidades para a indústria fashion no ano que vem
Inscrições para o programa da XP e Copa Energia acabam hoje (18); confira essas e outras vagas para estágio e trainee com bolsa-auxílio de até R$ 7,6 mil
Os aprovados nos programas de estágio e trainee devem começar a atuar a partir do primeiro semestre de 2025; as inscrições ocorrem durante todo o ano
Warren Buffett não quer o Nubank? Megainvestidor corta aposta no banco digital em quase 20% — ação cai 8% em Wall Street
O desempenho negativo do banco digital nesta sexta-feira pode ser explicado por três fatores principais — e um deles está diretamente ligado ao bilionário
A arte de negociar: Ação desta microcap pode subir na B3 após balanço forte no 3T24 — e a maior parte dos investidores não tem ela na mira
Há uma empresa fora do radar do mercado com potencial de proporcionar uma boa valorização para as ações
Burberry ficou cara demais para alguns clientes – e isso quase a levou à ruína; veja como a marca inglesa quer reconquistar o público e o mercado
Plano de reestruturação, acompanhado de corte de gastos, é a esperança do CEO Joshua Schulman para retomar crescimento da marca
Para salvar a Moët & Chandon e Veuve Clicquot, Bernard Arnault aponta ‘nepobaby’ amigo de Trump para liderar a divisão de vinhos
Presidente da LVMH faz mudanças em diversos cargos de alto escalão do grupo de luxo, em um contexto desafiador para o mercado de bens de alto valor agregado
Depois de chegar a valer menos de R$ 0,10 na bolsa, ação da Americanas (AMER3) dispara 175% após balanço do 3T24 — o jogo virou para a varejista?
Nos últimos meses, a companhia vinha enfrentando uma sequência de perdas, conforme os balanços de 2023 e do primeiro semestre de 2024, publicados após diversos adiamentos
Um passeio no Hotel California: Ibovespa tenta escapar do pesadelo após notícia sobre tamanho do pacote fiscal de Haddad
Mercado repercute pacote fiscal maior que o esperado enquanto mundo político reage a atentado suicida em Brasília
Depois de lucro ‘milagroso’ no 2T24, Casas Bahia (BHIA3) volta ao prejuízo no 3T24 — e não foi por causa das lojas físicas
O retorno a uma era de ouro de lucratividade da Casas Bahia parece ainda distante, mesmo depois do breve milagre do trimestre anterior
Americanas (AMER3) registra lucro líquido de R$ 10,279 bilhões no 3T24 e reverte prejuízo de R$ 1,6 bilhão; veja os destaques do balanço
A CFO da varejista em recuperação judicial, Camille Faria, explicou que o lucro está relacionado ao processo de novação da dívida
Alerta para LVMH, Dior, Chanel e Rolex: mercado de luxo desacelera em 2024; veja quem são os ‘culpados’
Estudo feito pela consultoria Bain & Company aponta que a indústria de bens de consumo de alto padrão terá uma redução de 2%
De Elon Musk a âncora da Fox News: ministros escolhidos por Donald Trump agradam correligionários e deixam críticos de cabelo em pé
De lado a lado, elogios e críticas às escolhas de Donald Trump para seu gabinete de governo têm motivos parecidos
Jeff Bezos está ‘se livrando’ de ações da Amazon? Veja quanto o bilionário fundador da big tech já vendeu desde julho
Apesar de ter vendido bilhões de dólares em ações nos últimos meses, Jeff Bezos continua sendo o maior acionista da Amazon
Um respiro para Xi Jinping: ‘Black Friday chinesa’ tem vendas melhores do que o esperado
Varejo ainda não está nos níveis pré-crise imobiliária, mas o Dia dos Solteiros superou as expectativas de vendas
XP, Serasa Experian e Vibra estão com vagas abertas para estágio e trainee; confira essas e outras oportunidades com bolsa-auxílio de até R$ 7,6 mil
Os aprovados nos programas de estágio e trainee devem começar a atuar a partir do primeiro semestre de 2025; as inscrições ocorrem durante todo o ano
Adeus, Porto Seguro (PSSA3), olá Lojas Renner (LREN3) e Vivara (VIVA3): em novembro, o BTG Pactual decidiu ‘mergulhar’ no varejo de moda; entenda o motivo
Na carteira de 10 ações para novembro, o BTG decidiu aumentar a exposição em ações do setor de varejo de moda com múltiplos atraentes e potencial de valorização interessante
Fred Trajano revela as três apostas do Magazine Luiza após se blindar da alta de juros; ações MGLU3 sobem com balanço forte no 3T24
Para o executivo, ainda é preciso dar novos passos em direção à monetização do GMV para garantir a lucratividade em meio aos juros altos no Brasil
Mesmo com números fortes no 3T24, Lojas Renner (LREN3) lidera as perdas no Ibovespa hoje após balanço; o que explica a queda dos papéis?
Varejista de moda teve lucro líquido de R$ 255,3 milhões, uma alta de 48% em relação ao mesmo período do ano passado; veja o que fazer com a ação
Magazine Luiza (MGLU3) “à prova de Selic”: Varejista surpreende com lucro de R$ 102 milhões e receita forte no 3T24
No quarto trimestre consecutivo no azul, o lucro líquido do Magalu veio bem acima das estimativas do mercado, com ganhos da ordem de R$ 35,8 milhões
O que faz as ações do Mercado Livre (MELI34) caírem mais de 15% em Wall Street hoje mesmo após o lucro em alta no 3T24
O desempenho negativo vem na esteira de um balanço forte e em expansão, mas aquém das expectativas nas linhas de lucratividade e geração de caixa