🔴 DECLARAÇÃO PRÉ-PREENCHIDA LIBERADA: VEJA COMO USAR PARA ANTECIPAR A RESITUIÇÃO – ACESSE AQUI

Larissa Vitória

Larissa Vitória

É repórter do Seu Dinheiro. Formada em jornalismo na Universidade de São Paulo (ECA-USP), já passou pelo portal SpaceMoney e pelo departamento de imprensa do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).

POLÍTICA MONETÁRIA

Campos Neto segue roteiro e Copom corta a Selic em 0,50 ponto percentual pela 3ª vez seguida, para 12,25% ao ano; previsão ainda é de novos cortes na “mesma magnitude”

Como na reunião passada, a decisão foi unânime e veio dentro do esperado pelo mercado

Larissa Vitória
Larissa Vitória
1 de novembro de 2023
18:31 - atualizado às 12:46
campos neto small caps ações selic copom bolsa
Imagem: Freepik/Agência Brasil

Os últimos dados sobre a inflação brasileira, que voltou a ficar abaixo do esperado no mês passado, poderiam até dar esperanças ao mercado de que o Banco Central acelerasse a queda da taxa básica de juros, a Selic.

Mas há uma nova guerra no meio do caminho de Roberto Campos Neto, presidente do BC. E o conflito no Oriente Médio levou a uma deterioração do cenário macroeconômico internacional.

Assim, o Comitê de Política Monetária (Copom) optou por manter o ritmo de “pouso” dos juros e anunciou um novo corte de 0,50 ponto percentual. Com isso, a Selic passa de 12,75% para 12,25% ao ano.

Como na reunião passada, a decisão foi unânime e veio dentro do esperado pelo mercado, que abandonou as apostas de uma queda de maior magnitude em meio às incertezas externas. Trata-se da terceira queda de 0,50 pp seguida.

Vale destacar que o conflito entre Israel e Hamas, iniciado após um ataque do grupo extremista em 7 de outubro, levou a uma disparada dos preços do petróleo. A alta ocorre pois a guerra é travada em territórios próximos a alguns dos principais produtores da commodity no mundo, como a Arábia Saudita.

Ativos utilizados como proteção da carteira também subiram no mercado internacional. Os contratos futuros do ouro chegaram a romper os US$ 2 mil por onça-troy. 

Leia Também

Outro “porto seguro” dos investidores, os Treasurys — como são chamados os títulos do Tesouro dos Estados Unidos — viram seus juros superarem o patamar dos 5% pela primeira vez em 16 anos.

Copom passa a ver cenário externo com maior cautela

Essa situação do cenário externo foi enfatizada no comunicado da decisão do Copom, com maior preocupação do que no comunicado anterior, embora não tenha sido suficiente para mudar o ritmo de queda da Selic.

O comitê afirmou que o ambiente externo não é apenas incerto, mas "mostra-se adverso", em função da elevação das taxas de juros de prazos mais longos nos Estados Unidos, da resiliência dos núcleos de inflação em níveis ainda elevados em diversos países e de novas tensões geopolíticas.

A palavra cautela apareceu mais vezes ao se referir ao exterior, com o BC avaliando que a conjuntura "é mais incerta do que o usual e exige cautela na condução da política monetária", além de exigir cautela por parte de países emergentes.

Melhor que Petrobras (PETR4): ação pode subir até 70% com alta do petróleo na guerra Israel-Hamas

Inflação vem abaixo da expectativa, mas ainda fica fora da meta e pesa para Selic

Com a alta do petróleo mostrando potencial para impactar a inflação global e a disparada dos retornos dos Treasurys indicando que os juros devem se manter elevados nos EUA, a inflação brasileira mais fraca foi ofuscada e também não foi suficiente para mudar o ritmo de corte da Selic. 

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,26% em setembro e veio levemente abaixo das expectativas — que eram de avanço de 0,32%.

Ainda assim, o IPCA acumula alta de 3,50% neste ano, percentual superior ao centro da meta da inflação fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3,25%.

Diante desses números, o Copom não mudou a leitura em relação ao cenário doméstico, afirmando que o conjunto dos indicadores de atividade econômica segue consistente com o cenário de desaceleração da economia nos próximos trimestres antecipado pelo comitê.

"A inflação cheia ao consumidor manteve trajetória de desinflação, mas segue acima do intervalo compatível com o cumprimento da meta de inflação, enquanto as medidas mais recentes de inflação subjacente ainda se situam acima da meta para a inflação", disse ainda em comunicado.

Por fim, em relação ao cenário fiscal do Brasil, outro fator que pode influenciar a Selic, o Copom também manteve a mesma avaliação, destacando a importância da execução das metas fiscais já estabelecidas para a ancoragem das expectativas de inflação.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Nem tudo é verdade: Ibovespa reage a balanços e dados de emprego em dia de PCE nos EUA

28 de março de 2025 - 8:04

O PCE, como é conhecido o índice de gastos com consumo pessoal nos EUA, é o dado de inflação preferido do Fed para pautar sua política monetária

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Esporte radical na bolsa: Ibovespa sobe em dia de IPCA-15, relatório do Banco Central e coletiva de Galípolo

27 de março de 2025 - 8:20

Galípolo concederá entrevista coletiva no fim da manhã, depois da apresentação do Relatório de Política Monetária do BC

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Ato falho relevante: Ibovespa tenta manter tom positivo em meio a incertezas com tarifas ‘recíprocas’ de Trump

26 de março de 2025 - 8:22

Na véspera, teor da ata do Copom animou os investidores brasileiros, que fizeram a bolsa subir e o dólar cair

conteúdo EQI

Selic em 14,25% ao ano é ‘fichinha’? EQI vê juros em até 15,25% e oportunidade de lucro de até 18% ao ano; entenda

25 de março de 2025 - 14:00

Enquanto a Selic pode chegar até 15,25% ao ano segundo analistas, investidores atentos já estão aproveitando oportunidades de ganhos de até 18% ao ano

TÁ NA ATA

Sem sinal de leniência: Copom de Galípolo mantém tom duro na ata, anima a bolsa e enfraquece o dólar

25 de março de 2025 - 12:10

Copom reitera compromisso com a convergência da inflação para a meta e adverte que os juros podem ficar mais altos por mais tempo

SD Select

Com a Selic a 14,25%, analista alerta sobre um erro na estratégia dos investidores; entenda

25 de março de 2025 - 10:00

A alta dos juros deixam os investidores da renda fixa mais contentes, mas este momento é crucial para fazer ajustes na estratégia de investimentos na renda variável, aponta analista

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Cuidado com a cabeça: Ibovespa tenta recuperação enquanto investidores repercutem ata do Copom

25 de março de 2025 - 8:13

Ibovespa caiu 0,77% na segunda-feira, mas acumula alta de quase 7% no que vai de março diante das perspectivas para os juros

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

Inocentes ou culpados? Governo gasta e Banco Central corre atrás enquanto o mercado olha para o (fim da alta dos juros e trade eleitoral no) horizonte

25 de março de 2025 - 6:39

Iminência do fim do ciclo de alta dos juros e fluxo global favorecem, posicionamento técnico ajuda, mas ruídos fiscais e políticos impõem teto a qualquer eventual rali

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: Dedo no gatilho

24 de março de 2025 - 20:00

Não dá pra saber exatamente quando vai se dar o movimento. O que temos de informação neste momento é que há uma enorme demanda reprimida por Brasil. E essa talvez seja uma informação suficiente.

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Eles perderam a fofura? Ibovespa luta contra agenda movimentada para continuar renovando as máximas do ano

24 de março de 2025 - 8:05

Ata do Copom, balanços e prévia da inflação disputam espaço com números sobre a economia dos EUA nos próximos dias

ANOTE NO CALENDÁRIO

Agenda econômica: Ata do Copom, IPCA-15 e PIB nos EUA e Reino Unido dividem espaço com reta final da temporada de balanços no Brasil

24 de março de 2025 - 7:03

Semana pós-Super Quarta mantém investidores em alerta com indicadores-chave, como a Reunião do CMN, o Relatório Trimestral de Inflação do BC e o IGP-M de março

MACRO EM FOCO

Juros nas alturas têm data para acabar, prevê economista-chefe do BMG. O que esperar do fim do ciclo de alta da Selic?

23 de março de 2025 - 12:01

Para Flávio Serrano, o Banco Central deve absorver informações que gerarão confiança em relação à desaceleração da atividade, que deve resultar em um arrefecimento da inflação nos próximos meses

O PESO DO MACRO

Co-CEO da Cyrela (CYRE3) sem ânimo para o Brasil no longo prazo, mas aposta na grade de lançamentos. ‘Um dia está fácil, outro está difícil’

23 de março de 2025 - 10:23

O empresário Raphael Horn afirma que as compras de terrenos continuarão acontecendo, sempre com análises caso a caso

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Não fique aí esperando: Agenda fraca deixa Ibovespa a reboque do exterior e da temporada de balanços

21 de março de 2025 - 8:21

Ibovespa interrompeu na quinta-feira uma sequência de seis pregões em alta; movimento é visto como correção

SEXTOU COM O RUY

Deixou no chinelo: Selic está perto de 15%, mas essa carteira já rendeu mais em três meses

21 de março de 2025 - 5:42

Isso não quer dizer que você deveria vender todos os seus títulos de renda fixa para comprar bolsa neste momento, não se trata de tudo ou nada — é até saudável que você tenha as duas classes na carteira

O ORÁCULO DE OMAHA

Warren Buffett enriquece US$ 22,5 bilhões em 2025 e ultrapassa Bill Gates — estratégia conservadora se prova vencedora

20 de março de 2025 - 14:51

Momento de incerteza favorece ativos priorizados pela Berkshire Hathaway, levando a um crescimento acima da média da fortuna de Buffett, segundo a Bloomberg

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Ainda sobe antes de cair: Ibovespa tenta emplacar mais uma alta após decisões do Fed e do Copom

20 de março de 2025 - 8:18

Copom elevou os juros por aqui e Fed manteve a taxa básica inalterada nos EUA durante a Super Quarta dos bancos centrais

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: As expectativas de conflação estão desancoradas

19 de março de 2025 - 20:00

A principal dificuldade epistemológica de se tentar adiantar os próximos passos do mercado financeiro não se limita à já (quase impossível) tarefa de adivinhar o que está por vir

E DEVE CONTINUAR

Renda fixa mais rentável: com Selic a 14,25%, veja quanto rendem R$ 100 mil na poupança, em Tesouro Selic, CDB e LCI

19 de março de 2025 - 19:51

Conforme já sinalizado, Copom aumentou a taxa básica em mais 1,00 ponto percentual nesta quarta (19), elevando ainda mais o retorno das aplicações pós-fixadas

CICLO CHEGANDO AO FIM?

Copom não surpreende, eleva a Selic para 14,25% e sinaliza mais um aumento em maio 

19 de março de 2025 - 19:35

Decisão foi unânime e elevou os juros para o maior patamar em nove anos. Em comunicado duro, o comitê não sinalizou a trajetória da taxa para os próximos meses

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar