Comprinhas da Shein teriam caído 20% em abril após polêmica da taxação pelo governo Lula
Banco Central informou recuo nas importações de pequeno valor pela primeira vez desde maio de 2020

Os dados da balança comercial de abril, divulgados pelo Banco Central nesta sexta-feira (26), revelaram uma queda surpreendente nas importações de pequeno valor, um indicativo importante do desempenho de empresas como Shein, Aliexpress e Shopee. O recuo dessas importações foi de 20% em abril na comparação com o mesmo mês do ano passado e marcou a primeira contração desde maio de 2020.
Para o Santander, a queda pode estar relacionada às preocupações dos consumidores com a possibilidade de taxação dos produtos, tema que tomou conta do noticiário entre março e abril. Depois de muito vaivém, o governo recuou da intenção de taxas as compras internacionais no valor de até US$ 50, mas não sem antes provocar um desgaste enorme tanto entre seus eleitores, quanto entre oposicionistas.
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De acordo com o banco, as importações de pequeno valor são um indicativo importante do desempenho de empresas como a Shein e outras do comércio exterior. Mas o Santander ressaltou que o contexto macroeconômico desafiador também pode ter contribuído para a queda.
"Observamos que, à medida que as discussões sobre a tributação do comércio eletrônico internacional se materializam, levando a um aumento nos preços desses produtos, pode haver ventos contrários contínuos para empresas como Shein, Shopee e AliExpress, impactando positivamente as empresas locais", afirmaram os analistas do Santander.
Varejistas como Renner, C&A e Riachuelo vêm sofrendo com a concorrência das chinesas que oferecem produtos muito mais baratos, portanto, medidas que dificultem a importação desses itens têm potencial de trazer impacto positivo para as brasileiras.
Governo ainda quer mudanças
Apesar de ter recuado na taxação das compras até US$ 50, o governo não deixou o assunto totalmente de lado. De acordo com o Valor Econômico, o Ministério da Fazenda e a Receita Federal se engajaram em conversas com o setor de varejo para debater mudanças no sistema de remessas internacionais. A principal alteração será o pagamento dos impostos já determinados em lei no ato da compra.
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Mas é válido ressaltar que não haveria a criação de novos tributos e que a cobrança de imposto de importação de 60% sobre compras entre US$ 500 e US$ 3 mil continua valendo. Lembrando que importações por pessoas físicas não podem ultrapassar US$ 3 mil.
Shein perdeu valor de mercado
Em meio a essas discussões, a Shein continua ativa na captação de investimentos e conseguiu levantar cerca de US$ 2 bilhões neste mês. Mas o montante equivaleria a um valor de mercado de US$ 66 bilhões, ou seja, um terço do que a empresa era avaliada há um ano.
A nova rodada de financiamento foi liderada pelos fundos Sequoia Capital, General Atlantic e o Mubadala. Investidores antigos foram atribuídos com mais ações para que mantivessem a sua fatia na companhia.
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