Os Caçadores da Bilheteria Perdida: novo Indiana Jones estreia com arrecadação menor que a esperada e pode ter prejuízo maior que The Flash
O quinto filme da franquia estrelada por Harrison Ford largou nas telonas com uma arrecadação global de US$ 152 milhões, segundo o Box Office Mojo
Um dos filmes mais esperados do ano, Indiana Jones e o Chamado do Destino chegou aos cinemas com a árdua missão de replicar o sucesso de seus antecessores, mas tropeçou logo no início — e corre o risco de ser esmagado pela pedra gigante das críticas e da bilheteria.
Estrelado por Harrison Ford, o quinto filme da franquia largou nas telonas com uma arrecadação global de US$ 152 milhões, segundo o Box Office Mojo.
A maior parte da bilheteria teve origem fora dos Estados Unidos, com os mercados internacionais sendo responsáveis por US$ 82 milhões, enquanto os cinemas domésticos contribuíram com US$ 70 milhões.
O resultado da estreia foi mais fraco do que o esperado pelos especialistas. A produção não conseguiu juntar forças para exceder com folga as projeções — já modestas — de arrecadação, de US$ 140 milhões para o fim de semana.
Não bastasse a bilheteria fraca, a produção ainda sofreu na mão dos críticos. O filme sobre o lendário arqueólogo chegou aos cinemas com uma avaliação de 6,9/10 no IMDb e de 68% no site RottenTomatoes.
O público, no entanto, parece ter apreciado a produção, que agora conta com uma pontuação de 88% pela audiência.
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Indiana Jones vai dar prejuízo?
Além das críticas e da arrecadação, o novo Indiana Jones ainda pode gerar um prejuízo gigantesco para a Walt Disney Company.
Com um custo astronômico de produção, o filme custou entre US$ 250 milhões e US$ 330 milhões para ser feito — conquistando posição entre os filmes mais caros de toda a história.
Isto é, sem contar os gastos com marketing, distribuição e publicidade, além da premiére de O Chamado do Destino no festival de cinema de Cannes. Se adicionados tais valores, projeções indicam que o investimento total chegaria à casa dos US$ 450 milhões.
Para fins de comparação, o filme mais caro já produzido até hoje foi Piratas do Caribe – Navegando em Águas Misteriosas, de 2011, que contou com um orçamento de produção de US$ 378,5 milhões.
Caso Indiana Jones e o Chamado do Destino não consiga reverter a trajetória negativa do começo, a produção pode chegar a perder tanto quanto The Flash, da Warner Bros — ou até mais.
Isso porque o filme sobre o herói mais rápido do mundo custou cerca de US$ 200 milhões, mas, apesar do desempenho decepcionante, já conta com um faturamento mundial de US$ 245 milhões. Para gerar lucro, o longa precisa fazer o dobro das despesas de produção para trazer resultado ao estúdio.
Já Indiana Jones deve conquistar algo entre US$ 300 milhões e US$ 350 milhões em todo o mundo, a menos que consiga algum tipo de milagre futuramente.
Entretanto, para chegar ao ponto de equilíbrio e começar a dar lucro para a Disney, o novo Indiana Jones precisaria bater a marca de US$ 600 milhões em arrecadação global.
Embora Indy seja conhecido por superar as mais complicadas armadilhas, uma potencial reviravolta se tornará cada vez mais improvável nas próximas semanas, já que a competição nos cinemas tende a aumentar.
O calendário de estreias de julho reserva produções extremamente aguardadas pelo público, como o novo Sobrenatural, Oppenheimer e Barbie.
Saudades, Spielberg?
O novo Indiana Jones é o primeiro filme da franquia a ter outro nome no comando — e parece ter dificuldades para reproduzir o “efeito Spielberg” visto em seus antecessores.
Ainda que tenha conquistado o aval do diretor queridinho da indústria, O Chamado do Destino foi dirigido por James Mangold.
É importante ressaltar que os filmes da série clássica deixaram os cinemas com arrecadações extraordinárias ao redor do planeta. Confira os números:
- Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida (1981) — US$ 389,925,971
- Indiana Jones e o Templo da Perdição (1984) — US$ 333,107,271
- Indiana Jones e a Última Cruzada (1989) — US$ 474,171,806
- Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal (2008) — US$ 790,653,942
*Com informações de Collider e IndieWire