Ação coletiva pede o bloqueio de contas do Hurb para pagar prejuízos de clientes
A petição inicial contra o Hurb na 3ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro foi feita pelo Ibraci — Instituto Brasileiro de Cidadania
Em meio ao aumento das reclamações dos consumidores sobre a compra de pacotes de viagens, o Hurb (antigo Hotel Urbano) virou alvo de uma ação coletiva.
A petição inicial na 3ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro foi feita pelo Ibraci — Instituto Brasileiro de Cidadania.
O processo pede tutela de urgência para o bloqueio judicial nas contas da empresa para o pagamento de indenizações, além de compensação por danos morais individuais, em valor a ser fixado pelo Juízo.
Os interessados poderão se habilitar na ação após a publicação em Diário Oficial de edital de chamamento, como informa na petição o advogado especializado em direito do consumidor Gabriel de Britto Silva, diretor jurídico do Ibraci.
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Hurb: Secretaria do Consumidor pede explicações
Na última sexta-feira, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) havia dado um prazo de 48 horas para que a Hurb apresentasse esclarecimentos sobre suas condições econômicas e financeiras para cumprimento dos contratos de pacotes de viagens fechados. O despacho foi publicado no Diário Oficial da União na mesma data.
A notificação ainda prevê o pagamento de multa diária de R$ 50 mil por descumprimento do prazo estabelecido para a prestação das informações à Senacon.
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Segundo dados da plataforma consumidor.gov.br, foram mais de 7 mil reclamações nos primeiros três meses deste ano, e outras 12 mil em 2022. Além disso, o índice de solução das demandas no site caiu de 64% (2022) para 45% (2023).
Um histórico dos problemas
Fundado em 2011 no Rio de Janeiro, o Hurb deu um salto de vendas em 2020, em plena pandemia.
A startup passou a oferecer pacotes de viagem a preços bem mais baixos que o convencional. Em troca, os clientes desfrutariam das viagens quando ocorresse a reabertura.
No começo deu certo. Em julho do ano passado, porém, a conta parou de fechar.
As reclamações dos clientes passaram a se acumular a partir de meados de 2022. A reabertura veio, mas muita gente pagou e não viajou.
Nos últimos dias, a empresa se envolveu em polêmica com a exposição de dados de clientes, e o CEO João Ricardo Mendes renunciou ao cargo no dia 24 deste mês.
Mendes, fundador da empresa, xingou e expôs dados pessoais de um cliente que reclamava do serviço da empresa, além de ter divulgado um vídeo em que ironiza as reclamações contra a empresa.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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