Real digital pode não sair do papel? Especialista em blockchain comenta sobre “fase crucial de testes” da CBDC brasileira
Thamilla Talarico, sócia-líder de Blockchain e Cripto da EY no Brasil, falou sobre as datas esperadas para o lançamento oficial do RD

O projeto piloto do real digital (RD) chegou à fase de testes no último mês, e a criptomoeda brasileira — ou Central Bank Digital Currency (CBDC) — pode chegar a ser usada no dia a dia sem que o usuário perceba.
Ao menos é isso que afirma Thamilla Talarico, sócia-líder de Blockchain e Cripto da EY no Brasil. Em entrevista ao Seu Dinheiro na Febraban Tech, principal evento de tecnologia e inovação do setor financeiro, a especialista confirmou as datas esperadas para o lançamento oficial do RD.
“A gente teve agora o primeiro fórum em junho, o próximo deve ser em outubro. Talvez a partir do meio do segundo semestre a gente já tenha uma indicação mais clara de para onde vai o projeto”, diz.
Isso porque será nesse momento que o Banco Central começará a testar soluções de privacidade dentro da plataforma escolhida, o Hyperledger Besu, uma blockchain do tipo EVM (ethereum virtual machine, em inglês) compatível com a rede do Ethereum.
“Mas eu imagino que uma uma determinação mais efetiva mesmo só venha em fevereiro de 2024, quando o piloto acaba e a gente vai ter um entendimento melhor de como usar essa tecnologia”, conclui Talarico.
Existe chance do real digital “não vingar”?
Apesar das altas expectativas geradas pelo real digital, uma frase começou a aparecer entre os especialistas e membros do projeto piloto: existe a chance do BC não aplicar essa tecnologia na criação da CBDC brasileira.
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Entretanto, a especialista da EY explica que a Hyperledger pode não ser adequada para o que propõe o projeto do real digital. “Aí o Banco Central parte para outra, mas dificilmente vai jogar todo o desenvolvimento do RD fora”, afirma.
O momento parece convergir para favorecer o Brasil em um cenário global de digitalização. O projeto da CBDC brasileira é um dos mais avançados do mundo, ficando atrás apenas da China, que desenvolve o yuan digital ou e-CNY.
“Vale dizer assim que hoje a gente tem um combo muito bom para o mercado nesse momento: tem a lei que entrou em vigor na semana passada, BC sendo nomeado a autoridade responsável e o piloto do real digital”, conclui Talarico.
Com a palavra, o coordenador do programa
Fábio Araújo, coordenador dos trabalhos sobre o real digital, também esteve no painel sobre a criptomoeda brasileira.
Em uma de suas falas, Araújo afirmou que o objetivo principal do real digital é a democratização do acesso ao sistema financeiro de modo tão fácil “quanto criar e usar uma wallet [carteira digital] para comprar bitcoin”.
“Por um lado”, diz o coordenador do projeto, “o serviço de cripto é muito fácil e democrático. Mas será que é bom para a pessoa comprar bitcoin ou outra criptomoeda sem conhecer a fundo o que está comprando?”
Junto com Thamilla Talarico e Fábio Araújo, o painel ainda contou com a presença de Jayme Chataque, do time de digital assets do Santander Brasil, Larissa Moreira, Product Management e Strategic and Regulatory Management do Itaú Unibanco e Leandro Vilain, diretor de Política de Negócios e Operações da Febraban e sócio da Oliver Wyman.
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