Após FTX “encontrar” US$ 7 bilhões em ativos, novo balanço mostra dívida de US$ 8,7 bilhões com os clientes — mas a corretora pode voltar?
A dificuldade de saber qual o patrimônio da empresa — bem como as dívidas — vem de um balanço confuso e operações pouco claras
A falida corretora de criptomoedas FTX publicou nesta terça-feira (27) um novo balanço em meio ao processo de recuperação judicial. A exchange havia “encontrado” o equivalente a US$ 7,3 bilhões em abril deste ano após uma devassa em seu patrimônio.
Entretanto, um novo pente-fino na empresa revelou que a corretora tem dívidas de aproximadamente US$ 8,7 bilhões com os clientes, de acordo com o que foi comunicado.
O novo CEO e diretor de reestruturação da FTX, o advogado John J. Ray III, afirmou por meio de um comunicado que “desde o início, o grupo FTX juntou depósitos de clientes e fundos corporativos, utilizando-os de forma inadequada”.
A dificuldade de saber qual o patrimônio da empresa — bem como as dívidas — vem de um balanço confuso e operações pouco claras, o que deu bastante trabalho ao grupo que busca reestruturar a FTX.
O renascimento da FTX vai acontecer?
Voltou a aparecer nos últimos meses a hipótese de que a exchange do falido magnata de criptomoedas, Sam Bankman-Fried — mais conhecido como SBF — pudesse voltar a operar.
O advogado da corretora, Andy Dietderich, disse em uma audiência no tribunal de falências de Delaware que a empresa está começando a pensar em uma volta das operações “após meses de esforços dedicados a coletar recursos e descobrir o que deu errado sob a liderança do indiciado ex-fundador Sam Bankman-Fried”.
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Além disso, o próprio John J. Ray III afirmou que “existem pessoas com as quais estamos trabalhando que identificam que o negócio pode ser viável”.
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E lá vamos nós…
Como de costume, o token da falida corretora voltou a reagir aos rumores sobre a volta da exchange.
Por volta das 10h30, o FTT disparava mais de 12%, sendo negociado a US$ 1,26 no mesmo horário. Vale destacar que os rumores de volta ainda são especulações e que a FTX ainda precisa arcar com um processo que se arrasta por mais de seis meses desde o seu pedido de falência.
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