Um ano de FTX: veja o que aconteceu 12 meses após gigante do mercado de criptomoedas ir à falência e drenar bilhões do setor
No aniversário de desmonte da corretora, o ex-CEO e outros líderes da companhia estão enfrentando o “julgamento do século” do mercado cripto
Onde você estava no dia 11 de novembro de 2022? Não era sábado como hoje, mas uma terrível sexta-feira para o mercado de criptomoedas. Isso porque uma das maiores corretoras (exchanges) do mundo — a FTX — entraria com um pedido de recuperação judicial naquele mesmo dia, abalando as estruturas do mercado.
Recapitulando a história rapidamente, a FTX era um caso de sucesso no mercado cripto, competindo com grandes nomes do setor, como Coinbase, Binance e Kraken. A exchange chegou a estar entre as cinco maiores em volume negociado e não era difícil vê-la chegar ao top 3.
Mas uma reportagem do Coindesk da época acusava a corretora de usar os fundos dos clientes em operações alavancadas na Alameda Research, o segmento de investimentos de alto risco (venture capital ou apenas VC) do grupo FTX, então liderado por Sam Bankman-Fried, o SBF.
A partir daí, houve uma série de questionamentos sobre as contas da corretora ao longo dos dias anteriores à falência. À época, estimava-se que a dívida da FTX girava em torno de US$ 9 bilhões.
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FTX e Binance: uma (quase) boia de salvação
Antes de entrar com o pedido de recuperação judicial, diversos rumores tomaram conta do mercado entre a segunda-feira (7) e a sexta-feira (11). Um deles indicava que a Binance, maior exchange do planeta em volume negociado, iria comprar as operações da FTX.
A ideia, no entanto, não saiu do papel, e o token da corretora, o FTT, despencou mais de 55% naquele mesmo dia. O histórico completo você lê aqui.
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Porém, a queda do FTT abriu outra janela — ou alçapão — da corretora.
Acontece que o token era usado como colateral de empréstimos e outras negociações da FTX. Ou seja, a desvalorização da criptomoeda da corretora gerou um efeito cascata de problemas de liquidez.
Cadê o dinheiro que estava aqui?
Quem assumiu o projeto de reestruturação da FTX foi John J. Ray III, que também atuou no mesmo processo da Enron, do setor de energia. Após uma devassa nas contas, o que se constatou foi que a contabilidade da corretora era uma bagunça.
Não apenas os fundos dos clientes eram usados em operações como também os recursos das diversas empresas do grupo da FTX eram misturados. Dessa forma, o tamanho dos recursos disponíveis — bem como o da dívida — eram incertos.
De acordo com os dados mais recentes, a corretora deu um prejuízo estimado em US$ 8,9 bilhões aos clientes.
A situação não é boa, mas rumores de que a FTX pudesse voltar a operar fizeram o FTT disparar na última semana, acumulando alta de 246% nos últimos sete dias, de acordo com o Coin Market Cap.
Baque no mercado: FTX derrubou bitcoin e outras criptomoedas
O mercado de criptomoedas como um todo já vinha de uma maré baixa ao longo daquela semana. Os problemas com a FTX pressionaram o setor, mas o pedido de recuperação judicial pegou as cotações do bitcoin (BTC) de jeito.
Naquele dia 11, a maior criptomoeda do planeta caiu para patamares próximos a US$ 15 mil, intensificando o Longo Inverno Cripto daquele ano.
Entretanto, com o pior já tendo passado, o BTC subiu desde então e acumula alta de mais de 100% desde então, atingindo patamares de preço de US$ 37 mil, segundo as cotações deste sábado.
Não ficou barato para FTX
Doze meses após praticamente desaparecer do mercado, o que ficou foi um “julgamento do século” para o mercado de criptomoedas. Sam Bankman-Fried, ex-CEO da FTX, foi parar no banco dos réus, respondendo por acusações que, somadas, podem lhe render mais de 100 anos atrás das grades.
SBF começou com o pé esquerdo. O júri responsável pelo caso culpou o ex-magnata de 31 anos por todas as acusações, incluindo fraude e conspiração.
O fim do julgamento só deve ficar para 2024. O número de testemunhas, as centenas de páginas do processo — além, é claro, do precedente que a Corte dos EUA pode abrir para novos julgamentos do tipo — aumentam a complexidade do caso.
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Além disso, a norma determina que as corretoras são “responsáveis solidárias” pela dívida — ou seja, podem ser cobradas se não efetuarem o bloqueio “imediato e integral”
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