Coinbase suspende negócios com banco ‘amigo’ de criptomoedas Silvergate e aumenta volume negociado após crise da FTX
De acordo com dados da Kaiko, a fatia de mercado ocupada pela Coinbase saiu de 40% para 50% nos Estados Unidos após a queda da FTX
O rali de começo de ano do mercado de criptomoedas parece ter perdido um pouco do vapor. Mas enquanto o bitcoin (BTC) segue lateralizado, as empresas do setor precisam se movimentar para manter as receitas e evitar novos desastres como o da FTX.
E nesta quinta-feira (02) a Coinbase, maior corretora de criptomoedas (exchange) dos Estados Unidos, suspendeu os negócios com o Silvergate, um banco de investimentos conhecido pela simpatia por ativos digitais.
Em janeiro deste ano, o Silvergate ficou ainda mais conhecido: a quebra da exchange FTX enxugou mais de US$ 1 bilhão em liquidez da instituição — e o medo de uma insolvência fizeram a Coinbase saltar fora do barco.
“A Coinbase facilitará transações de clientes institucionais com outros parceiros bancários e tomou medidas proativas para ajudar a garantir que os clientes não sofram nenhum impacto com essa mudança”, disse a exchange no Twitter hoje.
Criptomoedas dando prejuízo
A crise que levou à falência da FTX deixou alguns rastros pelo mercado. Outras empresas do setor de criptomoedas, como Genesis, Gemini, BlockFi e outras plataformas, sentiram os impactos da queda daquela que chegou a ser a segunda maior exchange do planeta.
Com o Silvergate não poderia ser diferente: o banco vendeu parte das suas operações tradicionais e passou a focar no oferecimento de criptomoedas aos clientes.
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Os depósitos em ativos digitais representam mais de 90% do total que o banco recebe. E a FTX, juntamente com outras empresas do mesmo grupo liderado por Sam Bankman-Fried, o SBF, eram responsáveis por cerca de US$ 1 bilhão desse montante.
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Enquanto uns choram…
A disputa por fatias do mercado de criptomoedas está cada vez mais acirrada com o crescimento do setor. E a saída da FTX limpou o espaço para as outras corretoras abocanhar uma fatia do mercado.
É claro, nem tudo foi para as exchanges. O crescimento do uso de carteiras (wallets) privadas mostrou que os usuários já não confiavam mais no antigo modelo de corretoras centralizadas.
Mas nem todos fugiram e a Coinbase foi a que mais aproveitou para aumentar o volume em dólares negociado na plataforma. De acordo com dados da Kaiko, a fatia de mercado ocupada pela corretora saiu de 40% para 50% nos Estados Unidos.
Globalmente, quem domina o setor é a Binance, mas a divisão da Binance.US também não ficou para trás. A sua fatia cresceu de 13% para 23% após a queda da FTX.
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