🔴 GANHOS DE ATÉ R$ 1.000 POR HORA? ESTE MÉTODO PODE GERAR RENDA DE 7 DÍGITOS POR MÊS – CONHEÇA

Assim caminha a humanidade: para onde está indo o mundo um ano depois da invasão da Ucrânia pela Rússia

Continuidade da guerra aponta para nova realidade dos investimentos no futuro próximo, com aumento de gastos militares e regionalização das cadeias de suprimentos

21 de fevereiro de 2023
7:53 - atualizado às 18:30
Bandeiras da Ucrânia e da Rússia com armas, simbolizando as tensões entre os dois países
Invasão da Ucrânia pela Rússia vai completar um ano na sexta-feira. - Imagem: FabrikaPhoto/Envato

No dia 24 de fevereiro completaremos um ano da invasão russa ao território ucraniano. Para um conflito que todos pensavam já ter um ganhador claro, o trajeto até aqui se provou uma grande frustração para os russos, diante da resiliência do povo da Ucrânia e da represália internacional. Imaginava-se que seria fácil como na Crimeia, em 2014, mas as coisas nitidamente não foram por este caminho.

Podemos enumerar diversos motivos para a escalada da guerra, mas talvez um dos mais relevantes seja a influência da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) no Leste Europeu.

Invadir a Ucrânia não só revigorou a aliança militar, a qual todos entendiam como cada vez mais escanteada desde a Queda do Muro de Berlim, como também promoveu a sua expansão para o norte, para a Suécia e a Finlândia.

Putin refém da China?

Como disse o presidente norte-americano, Joe Biden, que visitou inesperadamente a capital ucraniana no feriado, quando Putin lançou seu ataque, ele imaginou lidar com uma Ucrânia fraca e um Ocidente dividido, mas o presidente russo estava redondamente enganado. Colocou-se numa posição de desvantagem, sangrou a economia de seu país e se tornou refém (dependente) da China.

Aliás, podemos ir além. Durante décadas, países ao redor do mundo reduziram seus exércitos terrestres e cortaram gastos com armamento, como artilharia, certos de que outra grande guerra terrestre era improvável na era moderna.

A ideia central era de que qualquer conflito seria de alta tecnologia e direcionado. Os soldados estariam, ao invés de armados, debruçados sobre teclados a milhares de quilômetros de distância.

Leia Também

  • O SEGREDO DOS MILIONÁRIOS: as pessoas mais ricas do Brasil não hesitam em comprar ações boas pagadoras de dividendos. Veja como fazer o mesmo neste treinamento exclusivo que o Seu Dinheiro está liberando para todos os leitores.

As lições militares da invasão da Ucrânia

A invasão da Ucrânia por Vladimir Putin mudou rapidamente esse pensamento. Agora, o que estamos vendo é uma rápida reavaliação não apenas da necessidade de aumentar os gastos com defesa, mas de qual armamento é necessário (diferentes tipos de armas, projéteis e drones).

Além das armas, deu aos exércitos globalmente muito o que refletir sobre o que deu certo para a Ucrânia e o que deu errado para a Rússia. 

Isso inclui linhas de abastecimento, estruturas de comando e controle, coleta e entrega de inteligência.

Hoje, a Ucrânia passa a desfrutar das conquistas de seu aprendizado bem-sucedido em tempo real, enquanto a Rússia começa a evitar alguns dos erros inicialmente cometidos.

Algumas conclusões importantes dessa guerra

De fato, temos algumas coisas únicas sobre o conflito na Ucrânia, mas também há algumas conclusões importantes.

Com isso, aconteça o que acontecer, o incidente abalou o cenário de segurança tanto para os vizinhos próximos da Ucrânia quanto para os países mais distantes, de uma forma que teremos reverberações por muitos anos, aprofundando provavelmente o processo de desglobalização parcial e regionalização do mundo, com os países se juntando em novas alianças e se alinhando em prol de segurança, não mais eficiente das cadeias, como foi nas últimas décadas.

Inclusive, os membros da Otan precisam aumentar seus gastos com defesa urgentemente.

Essa foi a mensagem que a cúpula com os ministros da Defesa dos Estados membros quis passar para o mundo.

Leia também

Do piso ao teto de gastos (militares)

Em 2014, na época da invasão da Crimeia pela Rússia, os países da Otan se comprometeram a aumentar seus respectivos gastos com defesa para 2% do produto interno bruto.

Ainda assim, embora muitos tenham aumentado seus gastos com equipamento militar e treinamento, a maioria dos estados da Otan ainda fica aquém do limite de 2%, incluindo Alemanha, França, Itália e Canadá (Trump tinha o hábito de criticar os membros da Otan, principalmente a Alemanha, por não pagarem sua parte). Os EUA, por outro lado, lideram o grupo, gastando 3,47% do PIB em defesa.

Por isso, enquanto a guerra devasta a Europa novamente e as tensões com a China aumentam (clique aqui para conferir o que escrevi sobre o tema recentemente), a meta de 2% da Otan, que expira no próximo ano, deve ser vista como o piso e não mais como o teto.

A Finlândia e a Suécia, ambas competindo pela entrada no bloco, gastam respectivamente 2% e 1,3% do PIB em defesa (Finlândia está mais próxima de entrar).

Aumento de gastos militares em meio à alta dos juros

Vale lembrar que isso tudo acontece enquanto estamos vivendo o momento no qual as taxas de juros e a inflação são extremamente relevantes.

Por exemplo, há mais de um ano, estávamos com uma taxa zero nos EUA, sendo que terminamos o ano passado caminhando para 5% de juro, enquanto pensávamos inicialmente que seria 1%. Todo o mundo passa hoje por uma política contracionista dura, diferente dos últimos 10 anos.

Depois de muito tempo com juros negativos, se acumularam pressões inflacionárias completamente inesperadas: a pandemia, o pós-pandemia e a guerra na Ucrânia.

Em outras palavras, os choques que vivemos recentemente devem moldar um pouco a forma como vemos o mundo daqui para a frente, com mais inflação e, consequentemente, mais juros. Um novo equilíbrio macroeconômico.

Meu entendimento é que as novas questões geopolíticas vão gerar inflação persistente e forte por muito tempo, resultado do processo de "reshoring" do Ocidente, em especial dos EUA, que não querem mais depender da China e de seus aliados (Rússia, por exemplo) — o “reshoring” traz de volta a cadeia de suprimentos para o país de origem.

Isso gera mais empregos industriais e um boom de Capex nos EUA e na Europa, assim como em países mais próximos e considerados amigos, como o Brasil e o México.

Por sinal, o processo coloca o Brasil em uma posição peculiar, uma vez que China e EUA são nossos dois principais parceiros econômicos.

O nosso país nasce como uma potência neutra para servir de pivô nessa relação, ao menos no que nos cabe.

Voltando ao assunto, a continuidade da guerra rompe cada vez mais as relações do Oriente com o Ocidente, que vai gerar pressão inflacionária persistente, mesmo que diluída no tempo, ao passo em que constrói suas novas estruturas regionalizadas.

Bem-vindos à nova realidade do mundo dos investimentos. Os vencedores em breve serão revelados, se afastando possivelmente dos vencedores da última década.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
BIG TECHS

Dívida impagável: Rússia multa o Google em US$ 20 decilhões, valor mais alto que o PIB global e maior que todo o dinheiro existente no mundo

1 de novembro de 2024 - 19:45

Desde 2021, o Kremlin vem aplicando multas ao Google por restringir o acesso de canais russos no YouTube e hospedar conteúdo crítico ao Kremlin

NOVA SOPA DE LETRINHAS?

BRICS vai crescer: 13 países são convidados para integrar o bloco — e, após negativa do Brasil, Venezuela recorre a amigo para ser chamada

25 de outubro de 2024 - 8:31

Em 1º de janeiro deste ano, países como Arábia Saudita, Argentina, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã passaram a fazer parte do grupo

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A história não acaba: Ibovespa repercute balanço da Vale e sinalizações de Haddad e RCN em dia de agenda fraca

25 de outubro de 2024 - 7:58

Investidores também seguem monitorando a indústria farmacêutica depois de a Hypera ter recusado oferta de fusão apresentada pela EMS

PROPOSTA (IN)DECENTE?

O banco é da Dilma? A oferta que Putin fez ao Brasil e que dá à ex-presidente US$ 33 bilhões para administrar

24 de outubro de 2024 - 18:33

Dilma Rousseff virou “banqueira” pela primeira vez quando assumiu a chefia do Novo Banco de Desenvolvimento, em março de 2023

BOMBOU NO SD

Os seres humanos não vão competir com a Inteligência Artificial, Rússia quer se livrar do dólar e guerra de chips entre EUA e China: Os destaques do Seu Dinheiro na semana

19 de outubro de 2024 - 13:08

O debate sobre a inteligência artificial no mundo corporativo foi destaque no Seu Dinheiro; veja as matérias mais lidas da última semana

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Depois de empate com sabor de vitória, Ibovespa reage à Vale em meio a aversão ao risco no exterior

16 de outubro de 2024 - 8:09

Investidores repercutem relatório de produção da Vale em dia de vencimento de futuro de Ibovespa, o que tende a provocar volatilidade na bolsa

CBDC INTERNACIONAL

Rússia quer se livrar do dólar e lança documento para criar criptomoeda comum aos BRICS — e critica forma como FMI trata emergentes

15 de outubro de 2024 - 19:23

Alguns problemas impedem o lançamento de uma CBDC que englobe todo o bloco e os detalhes você confere a seguir

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Sinais de mais estímulos à economia animam bolsas da China, mas índices internacionais oscilam de olho nos balanços

14 de outubro de 2024 - 8:14

Enquanto isso, os investidores aguardam o relatório de produção da Vale (VALE3) enquanto a sede da B3, a cidade de São Paulo, segue no escuro

COMPRAR OU VENDER

Guerra no Oriente Médio: o que está em jogo agora pode mudar de vez o mercado de petróleo. Como fica a ação da Petrobras (PETR4)? A resposta não é óbvia

2 de outubro de 2024 - 15:28

A guerra ganhou novos contornos com o ataque do Irã a Israel na terça-feira (01). Especialistas acreditam que, dessa vez, o mercado não vai ignorar a implicância dos riscos geopolíticos para o petróleo; saiba se é hora de colocar os papéis da Petrobras na carteira para aproveitar esse avanço

TENSÃO NUCLEAR

Um recado para o Ocidente: Putin anuncia novas regras para uso de armas nucleares da Rússia

26 de setembro de 2024 - 13:16

Vladimir Putin já vinha sinalizando que mudaria as regras para o uso de armas nucleares pela Rússia devido a apelos de Zelensky para o uso de mísseis de longo alcance em território russo

PRESIDENTE BRASILEIRO

Do embargo de Cuba a alfinetada em Elon Musk: os 5 principais temas do discurso de Lula na ONU

24 de setembro de 2024 - 16:16

O presidente tocou em temas sensíveis em nível global, citando as tentativas de resolução dos conflitos, extremismos políticos e regulação de empresas de tecnologia

GUERRA EM QUATRO RODAS

Governo Biden quer proibir carros inteligentes com tecnologia da China nos EUA – e Rússia também entra na mira

23 de setembro de 2024 - 13:57

Os Estados Unidos alegam que o uso de tecnologia da China e da Rússia ameaça a segurança nacional; mas rival enxerga protecionismo

CORRIDA À CASA BRANCA

Donald Trump vs Kamala Harris: os melhores momentos do primeiro debate entre os candidatos à presidência dos EUA

11 de setembro de 2024 - 10:24

Donald Trump e Kamala Harris se enfrentaram pela primeira vez na corrida eleitoral pela presidência dos Estados Unidos; os candidatos falaram sobre economia, guerra na Ucrânia e aborto

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Debates e embates: Ibovespa acompanha IPCA de agosto em dia de debate entre Donald Trump e Kamala Harris

10 de setembro de 2024 - 8:11

Principal índice da B3 tenta manter os ganhos do dia anterior na esteira dos dados de agosto, que serão conhecidos às 9h desta terça-feira

CRIPTO KREMLIN

Depois de virar as costas para o bitcoin (BTC), Rússia começa a testar pagamentos internacionais com criptomoedas neste mês

9 de setembro de 2024 - 17:16

Apesar da recente legislação, a proibição da Rússia de usar criptomoedas para pagamentos domésticos continua em vigor

INTERNACIONAL

Como uma visita de Putin à Mongólia pode se transformar em um problema para o Brasil no G-20

4 de setembro de 2024 - 13:02

Pelo tratado do TPI, a Mongólia deveria ter cumprido um mandado de prisão expedido contra Putin por causa da guerra na Ucrânia

Não gostou

China se opõe a sanções dos EUA sobre empresas chinesas com supostos laços com guerra da Rússia na Ucrânia

25 de agosto de 2024 - 16:10

Na sexta-feira, os Estados Unidos anunciaram sanções adicionais a empresas de vários países, acusadas de fornecer produtos e serviços que permitem o esforço de guerra de Moscou

NÃO VAI DEIXAR BARATO

Mais uma vingança de Putin: Rússia promete resposta sem piedade às ofensivas da Ucrânia na fronteira

12 de agosto de 2024 - 19:33

O ataque à fronteira começou na última terça-feira (6) e pareceu pegar Moscou de surpresa; confira o que o chefe do Kremlin disse sobre os últimos ataques, que voltaram a colocar a usina nuclear de Zaporizhzhia em risco

ORIENTE MÉDIO

Uma guerra em larga escala vem aí? Irã ameaça retaliar Israel após assassinato de líder do Hamas em Teerã; petróleo dispara

31 de julho de 2024 - 11:44

Ataque atribuído a Israel eleva temores de que a situação saia de controle no Oriente Médio; EUA negam envolvimento em morte de líder do Hamas

OS SONS DO SILÊNCIO

Governo Lula cobra transparência nas eleições da Venezuela e passa o ônus da prova para Maduro

29 de julho de 2024 - 15:08

Segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Nicolás Maduro teria vencido as eleições da Venezuela; governos e entidades multilaterais cobram transparência na apuração dos votos

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar