TikTok vai ficar para trás? Como o clone do rival chinês no Instagram salvou o império de Mark Zuckerberg e da Meta
Produto lançado pela Meta justamente para concorrer com o TikTok já rivaliza em receita e pode até ultrapassar o rival chinês
Olá, seja bem-vindo à Estrada do Futuro, onde conversamos semanalmente sobre a intersecção entre investimentos e tecnologia.
Bom, o assunto desta semana não poderia ser outro: os resultados das big techs.
Na semana passada, a Microsoft divulgou números "oks". Isso, na prática, costuma ser um problema quando você promete demais.
O Google surpreendeu o mercado com o retorno do crescimento a todos suas linhas de negócios, um aumento da rentabilidade e uma mensagem muito positiva para o restante de 2023.
Mas, definitivamente, quem nos deu mais assuntos interessantes para conversar, como sempre, foi a Meta.
- LEIA MAIS: O bull market da bolsa brasileira pode ser destravado com a queda da Selic? Veja 11 recomendações que podem multiplicar o seu patrimônio em até 5x nos próximos 36 meses
Tik quem?
A quantidade de impressões (anúncios) entre as plataformas da Meta — o Instragram e o Facebook — cresceu 34%, enquanto o preço médio por anúncio diminuiu 16% na comparação com o ano passado.
Leia Também
O importante nessa equação é o resultado líquido.
Ou seja, como a quantidade de anúncios cresceu muito mais que a queda nos preços médios, o resultado geral é positivo para a empresa.
E sabe graças a quem a quantidade de impressões cresceu tanto?
Graças ao Reels, o produto "clone" do TikTok, lançado exatamente para concorrer com o rival chinês.
Reels pode ultrapassar TikTok em receita
Alguns dados muito interessantes foram fornecidos sobre o Reels durante a teleconferência de resultados.
O produto já possui uma receita anualizada de US$ 10 bilhões e mais de 200 bilhões de Reels são exibidos diariamente para os usuários do Facebook e do Instagram.
Como referência, estimamos que o TikTok tenha faturado US$ 10 bilhões em 2022.
Ou seja, há uma possibilidade grande de o Reels se tornar maior que o seu arquirrival nos próximos meses.
Em termos de alcance, aproximadamente 75% de todos os anunciantes que trabalham com a Meta já estão utilizando o Reels, o que é outra enorme amostra do sucesso do produto.
Sem dúvida, o sucesso do Reels surpreendeu todo o mercado que, há 12 meses, cogitava seriamente o declínio terminal da Meta, sendo eclipsado pelo TikTok.
Eu me lembro de, em nossas lives com investidores na Empiricus, responder diversas perguntas sobre o risco da Meta desaparecer em alguns anos, totalmente eclipsado pelo TikTok.
Esse risco não assusta mais.
VEJA TAMBÉM — “Sofri um golpe no Tinder e perdi R$ 15 mil”: como recuperar o dinheiro? Veja o novo episódio de A Dinheirista!
Inteligência artificial para todos os lados
Essa é uma discussão que acaba, ao menos por enquanto, muito restrita aos nichos mais técnicos. Mas todo mundo que trabalha com AI sabe que a Meta será um dos players mais importantes no segmento nos próximos anos.
Nas últimas semanas, eles abriram — ou seja, tornaram Open Source — um algoritmo chamado Llama.
Eu sei o que você pensou, mas o Llama é a abreviação de "Large Language Model Meta AI", que é um modelo de AI treinado em quatro tamanhos diferentes.
De acordo com a Meta, a versão mais parruda, treinada com 65 bilhões de parâmetros, é mais potente que o GPT-3 (a versão "padrão" do ChatGPT), que foi treinado com mais que o dobro dos parâmetros.
Com o Llama gratuito e liberado para usos comerciais, uma série de startups devem surgir usando a base desse modelo para construir aplicações mais complexas.
Um dos exemplos que mais me espantou foi o de alguns desenvolvedores rodando algoritmos como o ChatGPT localmente, num computador comum, utilizando uma versão compactada do Llama.
Além disso, Mark falou de várias aplicações que estão em desenvolvimento, como um chatbot comercial para os usuários do WhatsApp corporativo, a criação de anúncios 100% automatizados por inteligência artificial para os anunciantes do Instagram e do Facebook, além de outras novidades.
No geral, os esforços de inteligência artificial da Meta sempre foram eclipsados pela enorme aposta pública da empresa no metaverso.
Esse, aliás, segue como um buraco negro nas suas demonstrações contábeis.
O fracasso da Meta (por enquanto…)
A divisão "reality labs", que compila as iniciativas da companhia relacionadas ao metaverso, somou míseros US$ 276 milhões em receitas, uma queda de 61% na comparação anual e um prejuízo operacional de US$ 3,7 bilhões.
Se o Reels é um sucesso absoluto, o Reality Labs é a sua antítese.
Quanto mais o tempo passa, mais céticos os investidores se tornam com o sucesso desta aposta.
O próprio Zuck decidiu falar a respeito.
Na conferência com os investidores, ele admitiu que o volume de vendas tem sido decepcionante e que a adoção dos dispositivos de realidade virtual e aumentada segue muito baixa.
Há uma série de desafios ainda importantes: os hardwares são pesados, pouco potentes e é difícil concebê-los para usos comerciais, fora no segmento de games.
Zuckerberg notou, porém, que a entrada da Apple no segmento é também uma validação: ou seja, ele não está louco, pois a Apple também acredita existir um grande mercado aqui.
Meta e Apple: abordagens diferentes para uma mesma estratégia
O interessante é que eu vejo as empresas convergindo para abordagens muito diferentes.
O produto da Meta é muito acessível e limitado. Isso faz dele muito mais barato, mas também muito menos potente que o futuro Vision Pro, da Apple.
Onde a Meta tem conseguido bons retornos — em games — é justamente o segmento em que a Apple sempre teve uma péssima execução.
Não surpreende, portanto, que a abordagem da gigante de Cupertino seja outra: diferente do Quest (óculos da Meta), o Vision Pro é uma extensão do Macbook.
É um óculos focado em aplicações de realidade aumentada (não virtual) e no mercado corporativo: a Apple deseja que o Vision Pro substitua o Macbook.
Por isso, o Vision Pro é muito mais poderoso e mais caro que o Quest (cerca de 7x mais caro).
Essa briga só ficará mais interessante nos próximos anos.
Justiça seja feita: FTX finalmente anuncia prazo para ressarcimento de US$ 16 bilhões recuperados
A expectativa é de que em março os primeiros investidores sejam reembolsados, mas data definitiva será anunciada apenas em dezembro
Apple tem uma ‘carta na manga’ para resolver um dos maiores problemas do mercado de inteligência artificial
Inteligência artificial: problemas de infraestrutura física e demanda energética passam a ser uma ‘pedra no sapato’ das big techs
Adeus, ChatGPT? Apple está desenvolvendo sua própria inteligência artificial e deve lançar versão ‘mais esperta’ da Siri em 2026
Segundo informações da Bloomberg, a próxima geração da assistente virtual será alimentada por modelos de linguagem avançados (LLMs)
Angústia da espera: Ibovespa reage a plano estratégico e dividendos da Petrobras (PETR4) enquanto aguarda pacote de Haddad
Pacote fiscal é adiado para o início da semana que vem; ministro da Fazenda antecipa contingenciamento de mais de R$ 5 bilhões
O Google vai ser obrigado a vender o Chrome? Itaú BBA explica por que medida seria difícil — mas ações caem 5% na bolsa mesmo assim
Essa seria a segunda investida contra monopólios ilegais nos EUA, desde a tentativa fracassada de desmembrar a Microsoft, há 20 anos
Nvidia (NVDC34) vê lucro mais que dobrar no ano — então, por que as ações caem 5% hoje? Entenda o que investidores viram de ruim no balanço
Ainda que as receitas tenham chegado perto dos 100% de crescimento, este foi o primeiro trimestre com ganhos percentuais abaixo de três dígitos na comparação anual
Do pouso forçado às piruetas: Ibovespa volta do feriado com bolsas internacionais em modo de aversão ao risco e expectativa com pacote
Investidores locais aguardam mais detalhes do pacote fiscal agora que a contribuição do Ministério da Defesa para o ajuste é dada como certa
O fim da temporada — ou quase: balanço da Nvidia ainda movimenta semana, que conta com novo feriado no Brasil
Enquanto isso, as bolsas internacionais operam sem um sinal único, sofrendo ajustes após o rali do Trump Trade dos últimos dias
O robô humanoide da Nvidia (NVDC34) vem aí: conheça o Jetson Thor, a novidade da gigante de chips prevista para o 1S25
Agora, a Nvidia tem como alvo um mercado fragmentado de centenas de milhares de fabricantes de robôs, em contraste com o mercado concentrado de smartphones dominado por grandes players
Japão de volta à guerra dos chips: a nova aposta do país para ressuscitar sua indústria de semicondutores e recuperar a coroa de potência global do setor
O governo japonês lançará um pacote de trilhões de ienes (cerca de R$ 370 bilhões) por meio de subsídios para investimentos até o 2030
Um passeio no Hotel California: Ibovespa tenta escapar do pesadelo após notícia sobre tamanho do pacote fiscal de Haddad
Mercado repercute pacote fiscal maior que o esperado enquanto mundo político reage a atentado suicida em Brasília
Amazon vai ‘bater de frente’ com a Nvidia? Big tech investe pesado para criar chips de inteligência artificial; entenda o motivo
Através da subsidiária Annapurna Labs, empresa de Jeff Bezos está construindo infraestrutura de IA ‘do zero’
Rali do Trump Trade: eleição do presidente faz bitcoin (BTC) renovar máximas históricas a US$ 91 mil e mercado de criptomoedas sobe hoje
Todo o corpo de ministros que o novo presidente está formando aponta para tornar o mercado de criptomoedas um dos pontos fortes da gestão do republicano
Você precisa fazer alguma coisa? Ibovespa acumula queda de 1,5% em novembro enquanto mercado aguarda números da inflação nos EUA
Enquanto Ibovespa tenta sair do vermelho, Banco Central programa leilão de linha para segurar a alta do dólar
Zuckerberg levou a pior? Meta é ‘forçada’ a mudar estratégia de negócios do Facebook e do Instagram na Europa; entenda o que aconteceu por lá
Serviço de assinaturas das plataformas, lançado no ano passado, tem redução de preços; além disso, nova versão gratuita também é anunciada
Arte de milionária: primeira pintura feita por robô humanoide é vendida por mais de US$ 1 milhão
A obra em homenagem ao matemático Alan Turing tem valor próximo ao do quadro “Navio Negreiro”, de Cândido Portinari, que foi leiloado em 2012 por US$ 1,14 milhão e é considerado um dos mais caros entre artistas brasileiros até então
Pix pelo WhatsApp: PicPay usa inteligência artificial para acelerar pagamento instantâneo via app de mensagens; entenda como funciona
Em parceria com a Meta, fintech criou um chatbot ‘fora dos moldes tradicionais para agilizar pagamentos
Energia limpa: montadora chinesa fecha parceria com Governo de MG e universidade para cooperação no desenvolvimento de hidrogênio verde
Memorando de Entendimento (MoU) visa a transferência e intercâmbio de tecnologias associadas ao uso de energia limpa em veículos da FTXT/GWM
Ação da Totvs cai mais de 7% depois do resultado do 3T24 e aquisição milionária; saiba o que desagradou o mercado e se ainda vale a pena comprar TOTS3
Empresa de tecnologia também anunciou Mauro Wulkan como novo CEO da Techfin e aprovou um novo programa de recompra de ações
Jogando nas onze: Depois da vitória de Trump, Ibovespa reage a Copom, Fed e balanços, com destaque para a Petrobras
Investidores estão de olho não apenas no resultado trimestral da Petrobras, mas também em informações sobre os dividendos da empresa