🔴 ONDE INVESTIR EM ABRIL? CONFIRA +30 RECOMENDAÇÕES DE GRAÇA – ACESSE AQUI

Você venderia a sua galinha de ovos de ouro? Por que as melhores empresas nem sempre estão na bolsa

Desconfie quando alguém te oferecer participação em uma empresa que o dono diz ser ‘fantástica’. Se ela é fantástica mesmo, por que a pessoa quer vender?

15 de setembro de 2023
6:38 - atualizado às 9:05
galinha
Será uma galinha dos ovos de ouro?Imagem: Shutterstock

Há poucos dias comecei a analisar uma nova empresa, candidata a entrar em uma das carteiras da Empiricus.

O negócio parece legal e o cálculo do preço-alvo saiu sem grandes problemas, com um upside interessante, inclusive.

Mas tudo travou na parte de comparação com as pares, que é quando pegamos cinco ou seis empresas do mesmo setor para ver se a candidata em questão está negociando com múltiplos minimamente atraentes.

Isso porque praticamente não existem empresas do mesmo setor listadas em bolsa; nem no Brasil e nem lá fora.

Seria esse um bom ou um mau sinal para os investidores? Na verdade, esse costuma ser um ótimo sinal. 

Vende-se galinha dos ovos de ouro 

Via de regra, para que uma empresa seja negociada na bolsa, é preciso que ela tenha passado por um processo de venda de ações.

Leia Também

Às vezes, quem vende as ações são os donos da companhia (oferta secundária). Às vezes, as ações vendidas foram criadas com o objetivo de levantar recursos para o caixa da empresa (oferta primária).

De uma maneira ou de outra, é necessário que existam pessoas dispostas a comprar participação de um lado, e pessoas dispostas a vender do outro.

Ou seja, se o negócio for tão ruim a ponto de ninguém querer comprar,  ou tão bom que os donos não queiram vender, não haverá negócio.

Por esse motivo, desconfie quando alguém te oferecer participação em uma empresa que o dono diz ser "maravilhosa, extremamente lucrativa e com perspectivas brilhantes pela frente". 

Se o negócio é tão fantástico assim, por que ele está tão disposto a vendê-lo? Pense nisso antes de investir no próximo IPO. 

Não queremos sócios, obrigado

Dietrich Mateschitz e Chaleo Yoovidhya investiram juntos US$ 1 milhão na criação da fabricante de energéticos Red Bull.

O negócio era tão bom que crescia financiado pela própria geração de caixa, sem a necessidade de tomar muita dívida e nem de vender parte do negócio para novos acionistas.

Os fundadores continuaram donos de 100% do capital e estima-se que a fortuna deixada por ambos para seus herdeiros supere os US$ 40 bilhões (4 mil vezes o retorno do investimento).

É claro que esse é um exemplo muito fora da curva, mas existem várias outras empresas tão boas que seus donos nunca tiveram vontade e nem a necessidade de levá-las para a bolsa, porque simplesmente concluíram que não valia a pena ter novos sócios.

Por isso, se você pretende investir em um setor e descobre que há poucas empresas desse segmento listadas, essa na verdade pode ser uma boa notícia.

Pode significar que normalmente as empresas inseridas naquele contexto conseguem se manter de pé, com ótimos resultados, sem precisar tomar muita dívida e nem de investimentos vultuosos.

Algumas vezes, é claro, elas podem acabar vindo parar na bolsa, mas é importante tentar entender o motivo.

VALE (VALE3) E CRISE DA CHINA: É HORA DE COMPRAR OU VENDER AÇÕES DA MINERADORA?

Há exceções

Mesmo tendo negócios espetaculares, às vezes os fundadores não têm muita escolha e acabam precisando de dinheiro.

Às vezes eles possuem cérebros brilhantes, mas não têm um puto no bolso para monetizar as suas ideias bilionárias, e precisam angariar sócios. As Big Techs são exemplos disso.

Às vezes o negócio está caminhando bem sem precisar de dinheiro alheio, mas uma expansão mal calculada, uma dívida tomada no momento errado, entre outros erros estratégicos podem forçar os donos a procurar investidores para reequilibrar as contas da empresa.

Por exemplo, o negócio de estacionamentos é ótimo, normalmente necessita de baixos investimentos e é gerador de caixa por natureza.

Mas a pandemia chegou praticamente ao mesmo tempo em que a Estapar (ALPK3) venceu a licitação da Zona Azul de São Paulo, um investimento de R$ 585 milhões no mesmo período em que as receitas desabaram.

Eu não sei se os poucos acionistas antes da oferta realmente queriam vender parte da companhia, mas eles simplesmente não tiveram outra escolha além de fazer o IPO.

Repare que isso é muito diferente do que costuma acontecer nos IPOs, quando normalmente os donos aceitam vender suas ações apenas porque o momento para isso é propício e eles vão receber uma bolada por elas, o que também costuma estar relacionado aos picos de mercado.

Mas não estou falando da Estapar

Antes que você me pergunte, a Estapar não é a tal "nova empresa" que eu comecei a olhar, até porque ALPK3 já está na série Microcap Alert há alguns meses, por gostarmos do momento que a empresa está passando – aliás, ela teve participação importante na alta de mais de 60% da carteira da série em 2023.

Mas esse exemplo ajuda a mostrar que, apesar de negócios bons normalmente conseguirem caminhar sem precisar de novos sócios, às vezes a necessidade aparece, e como acionistas, é preciso saber aproveitar essas oportunidades. 

Por enquanto, a tal candidata não passa de uma candidata, mas o fato de quase não ter empresas do setor listadas globalmente para mim já é uma boa notícia.

Um grande abraço e até a semana que vem!

Ruy

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Trump-palooza: Alta tensão com tarifaço dos EUA força cautela nas bolsas internacionais e afeta Ibovespa

2 de abril de 2025 - 8:13

Donald Trump vai detalhar no fim da tarde de hoje o que chama de tarifas “recíprocas” contra países que “maltratam” os EUA

DIA 72

Brasil não aguarda tarifas de Trump de braços cruzados: o último passo do Congresso antes do Dia da Libertação dos EUA

1 de abril de 2025 - 19:32

Enquanto o Ibovespa andou com as próprias pernas, o Congresso preparava um projeto de lei para se defender de tarifas recíprocas

NOVA ERA

Tupy (TUPY3): Troca polêmica de CEO teve voto contrário de dois conselheiros; entenda o imbróglio

1 de abril de 2025 - 18:08

Minoritários criticaram a troca de comando na metalúrgica, e o mercado reagiu mal à sucessão; ata da reunião do Conselho divulgada ontem mostra divergência de votos entre os conselheiros

AÇÕES EM QUEDA FORTE

Natura &Co é avaliada em mais de R$ 15 bilhões, em mais um passo no processo de reestruturação — ações caem 27% no ano

1 de abril de 2025 - 17:29

No processo de simplificação corporativa após massacre na bolsa, Natura &Co divulgou a avaliação do patrimônio líquido da empresa

ACORDO ELETRIZANTE

Vale (VALE3) garante R$ 1 bilhão em acordo de joint venture na Aliança Energia e aumenta expectativa de dividendos polpudos

1 de abril de 2025 - 14:35

Com a transação, a mineradora receberá cerca de US$ 1 bilhão e terá 30% da nova empresa, enquanto a GIP ficará com 70%

TOUROS E URSOS #217

Trump preocupa mais do que fiscal no Brasil: Rodolfo Amstalden, sócio da Empiricus, escolhe suas ações vitoriosas em meio aos riscos

1 de abril de 2025 - 14:05

No episódio do podcast Touros e Ursos desta semana, o sócio-fundador da Empiricus, Rodolfo Amstalden, fala sobre a alta surpreendente do Ibovespa no primeiro trimestre e quais são os riscos que podem frear a bolsa brasileira

MUDANÇAS NO CONSELHO

Michael Klein de volta ao conselho da Casas Bahia (BHIA3): Empresário quer assumir o comando do colegiado da varejista; ações sobem forte na B3

1 de abril de 2025 - 11:49

Além de sua volta ao conselho, Klein também propõe a destituição de dois membros atuais do colegiado da varejista

APÓS O ROMBO

Ex-CEO da Americanas (AMER3) na mira do MPF: Procuradoria denuncia 13 antigos executivos da varejista após fraude multibilionária

1 de abril de 2025 - 9:51

Miguel Gutierrez é descrito como o principal responsável pelo rombo na varejista, denunciado por crimes como insider trading, manipulação e organização criminosa

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Em busca de proteção: Ibovespa tenta aproveitar melhora das bolsas internacionais na véspera do ‘Dia D’ de Donald Trump

1 de abril de 2025 - 8:13

Depois de terminar março entre os melhores investimentos do mês, Ibovespa se prepara para nova rodada da guerra comercial de Trump

BULL & BRISKET MARKET

Trump Media estreia na NYSE Texas, mas nova bolsa ainda deve enfrentar desafios para se consolidar no estado

31 de março de 2025 - 18:50

Analistas da Bloomberg veem o movimento da empresa de mídia de Donald Trump mais como simbólico do que prático, já que ela vai seguir com sua listagem primária na Nasdaq

DESTAQUES DA BOLSA

Mais valor ao acionista: Oncoclínicas (ONCO3) dispara quase 20% na B3 em meio a recompra de ações

31 de março de 2025 - 16:35

O programa de aquisição de papéis ONCO3 foi anunciado dias após um balanço aquém das expectativas no quarto trimestre de 2024

NO BANCO DOS RESERVAS

Ainda dá para ganhar com as ações do Banco do Brasil (BBAS3) e BTG Pactual (BPAC11)? Não o suficiente para animar o JP Morgan

31 de março de 2025 - 14:49

O banco norte-americano rebaixou a recomendação para os papéis BBAS3 e BPAC11, de “outperform” (equivalente à compra) para a atual classificação neutra

EM BUSCA DE PROTEÇÃO

Casas Bahia (BHIA3) quer pílula de veneno para bloquear ofertas hostis de tomada de controle; ação quadruplica de valor em março 

31 de março de 2025 - 11:37

A varejista propôs uma alteração do estatuto para incluir disposições sobre uma poison pill dias após Rafael Ferri atingir uma participação de cerca de 5%

GOVERNANÇA

Tanure vai virar o alto escalão do Pão de Açúcar de ponta cabeça? Trustee propõe mudanças no conselho; ações PCAR3 disparam na B3

31 de março de 2025 - 9:34

A gestora quer propor mudanças na administração em busca de uma “maior eficiência e redução de custos” — a começar pela destituição dos atuais conselheiros

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Vale tudo na bolsa? Ibovespa chega ao último pregão de março com forte valorização no mês, mas de olho na guerra comercial de Trump

31 de março de 2025 - 8:18

O presidente dos Estados Unidos pretende anunciar na quarta-feira a imposição do que chama de tarifas “recíprocas”

BALANÇO DOS BALANÇOS

O e-commerce das brasileiras começou a fraquejar? Mercado Livre ofusca rivais no 4T24, enquanto Americanas, Magazine Luiza e Casas Bahia apanham no digital

28 de março de 2025 - 16:02

O setor de varejo doméstico divulgou resultados mistos no trimestre, com players brasileiros deixando a desejar quando o assunto são as vendas online

MERCADOS HOJE

Nova York em queda livre: o dado que provoca estrago nas bolsas e faz o dólar valer mais antes das temidas tarifas de Trump

28 de março de 2025 - 14:15

Por aqui, o Ibovespa operou com queda superior a 1% no início da tarde desta sexta-feira (28), enquanto o dólar teve valorização moderada em relação ao real

JANELA DE OPORTUNIDADE

Não é a Vale (VALE3): BTG recomenda compra de ação de mineradora que pode subir quase 70% na B3 e está fora do radar do mercado

28 de março de 2025 - 11:51

Para o BTG Pactual, essa mineradora conseguiu virar o jogo em suas finanças e agora oferece um retorno potencial atraente para os investidores; veja qual é o papel

CHUVA DE PROVENTOS

TIM (TIMS3) anuncia pagamento de mais de R$ 2 bilhões em dividendos; veja quem tem direito e quando a bolada cai na conta

28 de março de 2025 - 11:33

Além dos proventos, empresa anunciou também grupamento, seguido de desdobramento das suas ações

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Nem tudo é verdade: Ibovespa reage a balanços e dados de emprego em dia de PCE nos EUA

28 de março de 2025 - 8:04

O PCE, como é conhecido o índice de gastos com consumo pessoal nos EUA, é o dado de inflação preferido do Fed para pautar sua política monetária

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar