Rodolfo Amstalden: beleza para além do óbvio
As apostas do mercado para 2023 eram de bolsa para baixo, no Brasil e nos EUA. Mas eis que os desempenhos têm desafiado as previsões
Em seu famoso "concurso de beleza", Keynes sugere que precisamos saber escolher não a nossa candidata preferida, mas sim aquela que o mercado tende a eleger como preferida.
Ao nos despirmos do próprio ego e abrirmos mão de escolhas particulares, temos mais chance de fazer apostas rentáveis, lastreadas no consenso coletivo.
Quase 90 anos depois da publicação da Teoria Geral, essa lição keynesiana continua perfeitamente válida, sobretudo em sua abordagem ético-moral.
O bom investidor deve sempre partir de uma posição de humildade face ao mercado quase-eficiente, reconhecendo-se como um pingo no universo, como alguém que tem muito mais a aprender do que a ensinar.
No entanto, a receita de seguir fielmente o consenso também pode nos conduzir a grandes erros coletivos. Para entender isso melhor, vamos voltar um pouquinho no tempo.
Previsões furadas para a bolsa
Na virada de 2022 para 2023, poucas teses de investimento pareciam fazer mais sentido do que apostar na queda das bolsas americanas. Por outro lado, soava como loucura acreditar na alta da bolsa brasileira mediante tantas bravatas extremadas de um Lula recém-eleito.
Leia Também
Sete meses depois, Nasdaq, S&P 500, Ibovespa e SMLL acumulam altas importantes no year to date.
Esse tipo de ocorrência, mais comum do que parece, exige que façamos sempre dolorosos testes de estresse sobre aqueles cenários que consideramos mais óbvios.
E exige também que investiguemos mais de perto a decomposição dos erros aparentes, de modo a avaliar seus graus de autenticidade.
No caso americano, por exemplo, um grupo restrito e seleto de ações ("7 Magníficas") acabou se comportando de maneira antifrágil, enquanto o restante da bolsa caiu ou ficou de lado.
Já no caso brasileiro, Lula foi se rendendo a um papel figurativo diante dos ditames do Congresso, e da feliz revelação de seu ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
A História e os investimentos
Em suma, precisamos dar conta da natureza contrafactual da História.
Eu não me animava tanto com estudar História na escola, nem na faculdade. Ter que decorar todas aquelas datas e ordens específicas de acontecimentos era um porre.
Só fui gostar muito mais tarde, ao fazer contato com historiadores que me mostraram que o grande ponto de se estudar História é justamente o de poder contemplar o absurdo de como as coisas aconteceram do jeito que aconteceram, e como poderiam tranquilamente ter acontecido de mil formas diferentes — e de mil formas óbvias.
Não à toa, alguns dos maiores investidores do mundo são historiadores natos. Mesmo sem dominar arrojadas técnicas quantitativas, eles possuem uma intuição probabilística muito superior à maioria dos matemáticos, acostumados com os túneis de causalidade das demonstrações formais.
Nvidia (NVDC34) vê lucro mais que dobrar no ano — então, por que as ações caem 5% hoje? Entenda o que investidores viram de ruim no balanço
Ainda que as receitas tenham chegado perto dos 100% de crescimento, este foi o primeiro trimestre com ganhos percentuais abaixo de três dígitos na comparação anual
Do pouso forçado às piruetas: Ibovespa volta do feriado com bolsas internacionais em modo de aversão ao risco e expectativa com pacote
Investidores locais aguardam mais detalhes do pacote fiscal agora que a contribuição do Ministério da Defesa para o ajuste é dada como certa
Que crise? Weg (WEGE3) quer investir US$ 62 milhões na China para aumentar capacidade de fábrica
O investimento será realizado nos próximos anos e envolve um plano que inclui a construção de um prédio de 30 mil m², com capacidade para fabricação de motores de alta tensão
Como a Embraer (EMBR3) passou de ameaçada pela Boeing a rival de peso — e o que esperar das ações daqui para frente
Mesmo com a disparada dos papéis em 2024, a perspectiva majoritária do mercado ainda é positiva para a Embraer, diante das avenidas potenciais de crescimento de margens e rentabilidade
É hora de colocar na carteira um novo papel: Irani (RANI3) pode saltar 45% na B3 — e aqui estão os 3 motivos para comprar a ação, segundo o Itaú BBA
O banco iniciou a cobertura das ações RANI3 com recomendação “outperform”, equivalente a compra, e com preço-alvo de R$ 10,00 para o fim de 2025
Em busca de dividendos? Curadoria seleciona os melhores FIIs e ações da bolsa para os ‘amantes’ de proventos (PETR4, BBAS3 e MXRF11 estão fora)
Money Times, portal parceiro do Seu Dinheiro, liberou acesso gratuito à carteira Double Income, que reúne os melhores FIIs, ações e títulos de renda fixa para quem busca “viver de renda”
R$ 4,1 bilhões em concessões renovadas: Copel (CPLE6) garante energia para o Paraná até 2054 — e esse banco explica por que você deve comprar as ações
Companhia paranaense fechou o contrato de 30 anos referente a concessão de geração das usinas hidrelétricas Foz do Areia, Segredo e Salto Caxias
Ações da Embraer (EMBR3) chegam a cair mais de 4% e lideram perdas do Ibovespa. UBS BB diz que é hora de desembarcar e Santander segue no voo
O banco suíço rebaixou a recomendação para os papéis da Embraer de neutro para venda, enquanto o banco de origem espanhola seguiu com a indicação de compra; entenda por que cada um pegou uma rota diferente
Equatorial (EQTL3) tem retorno de inflação +20% ao ano desde 2010 – a gigante de energia pode gerar mais frutos após o 3T24?
Ações da Equatorial saltaram na bolsa após resultados fortes do 3º tri; analistas do BTG calculam se papel pode subir mais após disparada nos últimos anos
‘Mãe de todos os ralis’ vem aí para a bolsa brasileira? Veja 3 razões para acreditar na disparada das ações, segundo analista
Analista vê três fatores que podem “mudar o jogo” para o Ibovespa e a bolsa como um todo após um ano negativo até aqui; saiba mais
A B3 vai abrir no dia da Consciência Negra? Confira o funcionamento da bolsa, bancos e Correios na estreia do novo feriado nacional
É a primeira vez que o Dia da Consciência Negra consta no calendário dos feriados nacionais. Como de costume, as comemorações devem alterar o funcionamento dos principais serviços públicos
Grupo Mateus: Santander estabelece novo preço-alvo para GMAT3 e prevê valorização de 33% para as ações em 2025; saiba se é hora de comprar
O banco reduziu o preço-alvo para os papéis da varejista de alimentos em relação à 2024, mas mantém otimismo com crescimento e parceria estratégica
Localiza: após balanço mais forte que o esperado no 3T24, BTG Pactual eleva preço-alvo para RENT3 e agora vê potencial de alta de 52% para a ação
Além dos resultados trimestrais, o banco considerou as tendências recentes do mercado automotivo e novas projeções macroeconômicas; veja a nova estimativa
Ações da Oi (OIBR3) saltam mais de 100% e Americanas (AMER3) dispara 41% na bolsa; veja o que impulsiona os papéis das companhias em recuperação judicial
O desempenho robusto da Americanas vem na esteira de um balanço melhor que o esperado, enquanto a Oi recupera fortes perdas registradas na semana passada
Cemig (CMIG4) e Copasa (CSMG3) voltam a ficar no radar das privatizações e analistas dizem qual das duas tem mais chance de brilhar
Ambas as empresas já possuem capital aberto na bolsa, mas o governo mineiro é quem detém o controle das empresas como acionista majoritário
O fim da temporada — ou quase: balanço da Nvidia ainda movimenta semana, que conta com novo feriado no Brasil
Enquanto isso, as bolsas internacionais operam sem um sinal único, sofrendo ajustes após o rali do Trump Trade dos últimos dias
Lucro dos bancos avança no 3T24, mas Selic alta traz desafios para os próximos resultados; veja quem brilhou e decepcionou na temporada de balanços
Itaú mais uma vez foi o destaque entre os resultados; Bradesco avança em reestruturação e Nubank ameaça desacelerar, segundo analistas
Nova York naufragou: ações que navegavam na vitória de Trump afundam e bolsas terminam com fortes perdas — Tesla (TSLA34) se salva
Europa também fechou a sexta-feira (15) com perdas, enquanto as bolsas na Ásia terminaram a última sessão da semana sem uma direção comum, com dados da China e do Japão no radar dos investidores
Warren Buffett não quer o Nubank? Megainvestidor corta aposta no banco digital em quase 20% — ação cai 8% em Wall Street
O desempenho negativo do banco digital nesta sexta-feira pode ser explicado por três fatores principais — e um deles está diretamente ligado ao bilionário
Banco do Brasil (BBAS3) de volta ao ataque: banco prevê virada de chave com cartão de crédito em 2025
Após fase ‘pé no chão’ depois da pandemia da covid-19, a instituição financeira quer expandir a carteira de cartão de crédito, que tem crescido pouco nos últimos dois anos