🔴 SAVE THE DATE – 25/11: MOEDA COM POTENCIAL DE 30.000% DE VALORIZAÇÃO SERÁ REVELADA – VEJA COMO ACESSAR

Como sobreviver ao Banco Central: novas informações sobre juros e inflação desafiam investidores

Ata do Copom, CMN e prévia da inflação de junho são os destaques da semana; expectativa para o segundo semestre é positiva

27 de junho de 2023
6:31 - atualizado às 9:20
Viagem ao centro da Terra Roberto Campos Neto
Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, lidera a viagem ao centro da meta.Imagem: Cenas filme - José Dias/PR - Montagem Brenda Silva

A semana será de fortes emoções no Brasil, mesmo com parlamentares distantes de Brasília por conta das festas juninas espalhadas pelo país. Quando eles voltarem, na semana que vem, terão pouco tempo para debater o arcabouço e a reforma tributária, mas isso fica para depois. Afinal, temos mais com o que nos preocupar no curto prazo. Começamos com a terça-feira, em que contaremos com a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), que surpreendeu um pouco o mercado com seu tom (mais sobre isso a seguir), e a prévia da inflação oficial de junho, o IPCA-15.

Espera-se pela mediana das estimativas que haja estabilidade no mês de 0,03%. Ao mesmo tempo, caso o dado já indique uma deflação no período, o mercado poderá voltar a se animar, principalmente se a ata suavizar ao menos em partes o comunicado da autoridade monetária divulgado na semana passada. Seja como for, devemos ter uma forte desaceleração dos 0,51% do mês de maio.

Por que a ata do Copom é tão importante

O número corrobora o entendimento de que estamos próximos do ponto de inflexão da política monetária, com o BC podendo cortar juros já na próxima reunião, no mês de agosto. Por isso, a ata do Copom também será importante para os investidores, principalmente depois de uma reunião como a da semana passada.

Em resumo, conforme o esperado, a autoridade monetária manteve a Selic em 13,75% ao ano. Até aí tudo bem. O problema foi o direcionamento para os próximos passos. Ainda que tenha retirado a frase que alertava para a retomada do aperto monetário, as palavras de Roberto Campos Neto soaram mais pesadas do que muitos esperavam.

Dito de outra maneira, o comunicado veio mais dovish (flexível) do que o último Copom, mas menos do que o mercado gostaria/projetava. Com isso, a leitura imediata, relativamente mais hawkish (contracionista), cautelosa e conservadora, gerou certo receio sobre os ativos de risco, ainda que a leitura principal não tenha sido alterada.

Basicamente, se antes a maioria dos investidores acreditava que agosto poderia ser o início do ciclo de cortes, agora, setembro tem ganhado força. Ao mesmo tempo, o documento melhorou as expectativas de inflação para 2023 e 2024, em linha com o Boletim Focus, e ainda se mostrou evidentemente "dependente de dados".

Leia Também

A inflação está se aproximando da meta

Parece ser o caso, vide o Boletim Focus da semana encerrada em 23 de junho que trouxe mais uma ampla revisão para baixo das expectativas de inflação para o ano de 2023, com as projeções do IPCA de curto e médio prazos. A mediana das novas projeções aponta para uma variação de 5,06% do IPCA em 2023 e de 3,98% em 2024.

Existem duas informações particularmente relevantes a serem destacadas:

  • i) há quatro semanas, a mediana das projeções para este ano era de 5,71% de inflação, o que significa que, em apenas um mês, essa estimativa foi revisada para baixo em 65 pontos-base; e
  • ii) aqueles que estão revisando seus modelos atualmente estão encontrando uma projeção oficial de inflação em torno de 4,9% para 2023.

Se for o caso, estaremos, segundo essas novas estimativas, a apenas 15 pontos-base de cumprir a meta de inflação deste ano (alguns já possuem 4,6% no cenário otimista, inclusive). Dito de outra forma, a inflação e as expectativas de inflação estão colapsando, em ritmo muito mais intenso do que muitos esperavam no começo do ano.

Como teremos o IPCA-15 de junho (nesta terça) e julho até a próxima reunião do Copom, além do IPCA fechado de junho, provavelmente conseguiremos argumentos mais fortes para cortar em 25 pontos-base em agosto, o que possibilitou a manutenção do meu cenário base para início do ciclo de cortes dos juros.

Banco Central mantém a coerência

A tese de um corte mais agressivo de 50 pontos, porém, parece ter saído da mesa (pelo menos por enquanto). Querendo ou não, a verdade é que o BC manteve sua coerência conservadora e quer garantir a posse de alguma alavancagem antes da reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) no dia 29.

Com o Copom da semana passada, o evento desta quinta-feira ganhou ainda mais importância, até mais do que a ata de hoje (não dá para fazer muito cavalo-de-pau no documento — se o CMN é o fator central da questão, é provável que a ata não difira significativamente do comunicado conservador, embora Haddad tenha solicitado uma linguagem mais precisa).

No encontro, a meta de inflação em 3% deve ser mantida, alterando apenas o horizonte de atuação (ano-calendário) e, talvez, as bandas de tolerância (menos provável, mas ainda assim possível). 

Em outras palavras, a ata da reunião teve sua importância relativamente esvaziada pelo tom do documento da noite de quarta-feira passada e pela reação do mercado durante o pregão da quinta-feira subsequente. Consequentemente, não devemos ver muitas novidades na ata que possam alterar a percepção do mercado.

Leia também

Quando o Banco Central vai cortar o juro?

Contanto que a inflação siga caindo, assim como as expectativas para os índices de preços, o plano de voo para um ponto de inflexão no terceiro trimestre foi mantido.

Se não vier em agosto (como eu espero), definitivamente teremos cortes em setembro, conforme projetou a Oxford Economics caso haja surpresas para baixo da inflação.

Não é só o Banco Central do Brasil

Aliás, as autoridades monetárias da América Latina devem começar a cortar juros no segundo semestre de 2023, dado o processo desinflacionário adiantado frente aos demais players desenvolvidos em andamento e as expectativas de uma desaceleração moderada da atividade na região. O México deve cortar em setembro e o Chile em julho.

A pressão por uma redução das taxas de juros é amplamente difundida em diversos setores da sociedade, deixando o Banco Central praticamente isolado. Isso se deve à queda da inflação e dos juros de longo prazo, à valorização da moeda nacional, à melhora na situação fiscal e à atividade econômica mais fraca.

Com isso, desde que não tenhamos surpresas desagradáveis com o CMN, podemos ter com mais assertividade um corte de juros já em agosto, junto com o México.

Uma surpresa negativa pode afetar a curva de juros, as ações e o dólar — não me espantaria ver um BC ainda duro em agosto se for o caso.

Depois de segurar até aqui, relaxar agora sem antes ter absoluta convicção pode ser prejudicial para a credibilidade do BC.

Sigo acreditando em cortes em agosto (25 pontos) e em um contexto ainda positivo para ativos de risco no segundo semestre.

  • Matheus Spiess, analista da Empiricus Research, segue acreditando que a redução da Selic acontecerá em agosto, mas ainda dá tempo de “travar” excelentes ganhos na renda fixa enquanto o corte não acontece. Agora você pode ter acesso às melhores oportunidades direto no seu WhastApp, com títulos que rendem até 16% a.a. - e que costumam se esgotar rapidamente. [ENTRE NO GRUPO GRATUITO AQUI]

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
NÃO TEVE B3, MAS OS GRINGOS OPERARAM

Nova York naufragou: ações que navegavam na vitória de Trump afundam e bolsas terminam com fortes perdas — Tesla (TSLA34) se salva

15 de novembro de 2024 - 18:10

Europa também fechou a sexta-feira (15) com perdas, enquanto as bolsas na Ásia terminaram a última sessão da semana sem uma direção comum, com dados da China e do Japão no radar dos investidores

ALÍVIO NO BOLSO

Azeite a peso de ouro: maior produtora do mundo diz que preços vão cair; saiba quando isso vai acontecer e quanto pode custar

15 de novembro de 2024 - 17:31

A escassez de azeite de oliva, um alimento básico da dieta mediterrânea, empurrou o setor para o modo de crise, alimentou temores de insegurança alimentar e até mesmo provocou um aumento da criminalidade em supermercados na Europa

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A arte de negociar: Ação desta microcap pode subir na B3 após balanço forte no 3T24 — e a maior parte dos investidores não tem ela na mira

15 de novembro de 2024 - 9:32

Há uma empresa fora do radar do mercado com potencial de proporcionar uma boa valorização para as ações

MUITA CALMA NESSA HORA

Está com pressa por quê? O recado do chefão do BC dos EUA sobre os juros que desanimou o mercado

14 de novembro de 2024 - 18:40

As bolsas em Nova York aceleraram as perdas e, por aqui, o Ibovespa chegou a inverter o sinal e operar no vermelho depois das declarações de Jerome Powell; veja o que ele disse

ANTES DA DESPEDIDA

A escalada sem fim da Selic: Campos Neto deixa pulga atrás da orelha sobre patamar dos juros; saiba tudo o que pensa o presidente do BC sobre esse e outros temas

14 de novembro de 2024 - 17:32

As primeiras declarações públicas de RCN depois da divulgação da ata do Copom, na última terça-feira (12), dialogam com o teor do comunicado e do próprio resumo da reunião

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Um passeio no Hotel California: Ibovespa tenta escapar do pesadelo após notícia sobre tamanho do pacote fiscal de Haddad

14 de novembro de 2024 - 8:19

Mercado repercute pacote fiscal maior que o esperado enquanto mundo político reage a atentado suicida em Brasília

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Você precisa fazer alguma coisa? Ibovespa acumula queda de 1,5% em novembro enquanto mercado aguarda números da inflação nos EUA

13 de novembro de 2024 - 8:09

Enquanto Ibovespa tenta sair do vermelho, Banco Central programa leilão de linha para segurar a alta do dólar

O QUE FAZER?

Voltado para a aposentadoria, Tesouro RendA+ chega a cair 30% em 2024; investidor deve fazer algo a respeito?

13 de novembro de 2024 - 6:03

Quem comprou esses títulos públicos no Tesouro Direto pode até estar pensando no longo prazo, mas deve estar incomodado com o desempenho vermelho da carteira

A CRONOLOGIA DA DESACELERAÇÃO

A Argentina dos sonhos está (ainda) mais perto? Dólar dá uma trégua e inflação de outubro é a menor em três anos

12 de novembro de 2024 - 18:39

Por lá, a taxa seguiu em desaceleração em outubro, chegando a 2,7% em base mensal — essa não é apenas a variação mais baixa até agora em 2024, mas também é o menor patamar desde novembro de 2021

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Quantidade ou qualidade? Ibovespa repercute ata do Copom e mais balanços enquanto aguarda pacote fiscal

12 de novembro de 2024 - 8:11

Além da expectativa em relação ao pacote fiscal, investidores estão de olho na pausa do rali do Trump trade

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

Pacote fiscal do governo vira novela mexicana e ameaça provocar um efeito colateral indesejado

12 de novembro de 2024 - 7:01

Uma alta ainda maior dos juros seria um efeito colateral da demora para a divulgação dos detalhes do pacote fiscal pelo governo

O ‘TRUMP TRADE’ DO VERDE

Stuhlberger compra bitcoin (BTC) na véspera da eleição de Trump enquanto o lendário fundo Verde segue zerado na bolsa brasileira

11 de novembro de 2024 - 17:50

O Verde se antecipou ao retorno do republicano à Casa Branca e construiu uma “pequena posição comprada” na maior criptomoeda do mundo antes das eleições norte-americanas

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Em ritmo de festa: Ibovespa começa semana à espera da prévia do PIB; Wall Street amanhece em alta

11 de novembro de 2024 - 8:01

Bolsas internacionais operam em alta e dão o tom dos mercados nesta segunda-feira; investidores nacionais calibram expectativas sobre um possível rali do Ibovespa

ANOTE NO CALENDÁRIO

Agenda econômica: Prévia do PIB é destaque em semana com feriado no Brasil e inflação nos EUA

11 de novembro de 2024 - 7:03

A agenda econômica da semana ainda conta com divulgação da ata da última reunião do Copom e do relatório da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP)

TOUROS E URSOS #197

Renda fixa apimentada: “Têm nomes que nem pagando CDI + 15% a gente quer”; gestora da Ibiuna comenta sobre risco de bolha em debêntures 

9 de novembro de 2024 - 8:00

No episódio da semana do podcast Touros e Ursos, Vivian Lee comenta sobre o mercado de crédito e onde estão os principais riscos e oportunidades

RECOMENDAÇÕES

7% ao ano acima da inflação: 2 títulos públicos e 10 papéis isentos de IR para aproveitar o retorno gordo da renda fixa

8 de novembro de 2024 - 17:58

Com a alta dos juros, taxas da renda fixa indexada à inflação estão em níveis historicamente elevados, e em títulos privados isentos de IR já chegam a ultrapassar os 7% ao ano + IPCA

SD Select

Selic sobe para 11,25% ao ano e analista aponta 8 ações para buscar lucros de até 87,5% ‘sem bancar o herói’

8 de novembro de 2024 - 13:44

Analista aponta ações de qualidade, com resultados robustos e baixo nível de endividamento que ainda podem surpreender investidores com valorizações de até 87,5% mais dividendos

ALGUMA COISA ESTÁ FORA DA META

Carne com tomate no forno elétrico: o que levou o IPCA estourar a meta de inflação às vésperas da saída de Campos Neto

8 de novembro de 2024 - 11:27

Inflação acelera tanto na leitura mensal quanto no acumulado em 12 meses até outubro e mantém pressão sobre o BC por mais juros

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Você quer 0 a 0 ou 1 a 1? Ibovespa repercute balanço da Petrobras enquanto investidores aguardam anúncio sobre cortes

8 de novembro de 2024 - 8:17

Depois de cair 0,51% ontem, o Ibovespa voltou ao zero a zero em novembro; índice segue patinando em torno dos 130 mil pontos

ONDE INVESTIR

O que comprar no Tesouro Direto agora? Inter indica títulos públicos para investir e destaca ‘a grande oportunidade’ nesse mercado hoje

8 de novembro de 2024 - 8:02

Para o banco, taxas como as que estamos vendo atualmente só ocorrem em cenários de estresse, que não ocorrem a todo momento

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar