As ações que podem sair do marasmo no embalo do ChatGPT e da inteligência artificial
A inteligência artificial pode trazer alguma animação de volta às grandes empresas de software, que estão estagnadas e lutando para preservar suas barreiras de entrada
Olá, seja bem-vindo à Estrada do Futuro, onde conversamos semanalmente sobre a intersecção entre investimentos e tecnologia. Bom, você deve saber que as big techs são o grande destaque do mercado de ações em 2023.
Elas e as empresas de semicondutores passaram por um enorme ciclo de valorização, na esteira da narrativa de inteligência artificial promovida pelo ChatGPT.
Eu falei bastante sobre isso nas últimas semanas, e não pretendo me estender neste ponto hoje.
Na verdade, quero responder à pergunta de um leitor:
"Ok, as big techs já subiram, mas ainda tem alguma oportunidade num valuation atrativo e que se apropria da narrativa de AI?"
Olha, tem sim…
Leia Também
- LEIA TAMBÉM: O império contra-ataca: o Google responde à ameaça do ChatGPT e volta ao jogo (mesmo sem nunca ter ido embora)
A inteligência artificial improvável
Com exceção das big techs, tenho dificuldade em identificar qualquer empresa que continuou crescendo num ritmo forte (acima de 15% ao ano), depois de superar a casa dos US$ 30 bilhões em faturamento anual.
Da mesma forma que uma árvore não cresce até o céu, as empresas bem sucedidas naturalmente encontram um platô.
Num determinado momento, elas se tornam tão grandes que elas deixam de crescer capturando mercado, simplesmente porque elas se tornam o mercado!
Um processo como esse aconteceu com as "big techs" de ouro na década de 90 e início dos anos 2000.
Nomes como SAP (a maior empresa de ERPs do mundo), a Oracle e outras precursoras do segmento de softwares.
Veja o exemplo da Oracle: a empresa cresceu exponencialmente enquanto dominava o mercado de bancos de dados relacionais.
Nos últimos 10 anos, porém, seu Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) cresceu num ritmo de apenas 2% ao ano.
A maioria das gigantes de softwares transacionais estão estagnadas, crescendo muito pouco e lutando para preservar suas barreiras de entrada nos setores que dominam.
Existe uma maneira como a inteligência artificial pode trazer alguma animação de volta para essas empresas.
A tecnologia que você não pode abrir mão
Softwares de registro são um mal necessário em qualquer grande organização.
Não raro, se você perguntar a um gerente financeiro o que ele acha do SAP, ele passará os próximos 30 minutos num monólogo de eloquência invejável, explicando o quanto ele odeia aquele maldito software azul.
Pergunte como seria a vida dele sem o ERP, e talvez ele te responda: que vida? Não vai sobrar tempo para mais nada, nunca.
Softwares como esse são caros, complexos e praticamente impossíveis de serem substituídos.
Os acionistas da SAP sabem disso e não se importam em pagar um múltiplo premium pela empresa.
Os clientes também sabem disso e pensam duas, três, quatro, talvez cinco vezes antes de tomar a inevitável decisão de contratar a empresa.
Esse não é um equilíbrio particularmente atrativo para o investidor de ações: enquanto o Nasdaq subiu cerca de 400% nos últimos 10 anos, a SAP subiu apenas 90%.
E o que a inteligência artificial tem a ver com isso?
Bom, o dia a dia de uma empresa de registro é lidar com dados transacionais (muitos deles) e processos ineficientes.
Esses são os dois pratos preferidos da inteligência artificial, que ganhou os holofotes com o ChatGPT.
Mais do que "insights estratégicos", internalizar ferramentas de inteligência artificial em softwares tão complexos pode ajudar muito os clientes a encontrarem oportunidades de reduzir custos e melhorar seus processos.
Isso é exatamente o que essas empresas prometiam com o "BI", que ao final do dia era um dashboard colorido e bonito para aprender ao CEO, mas que geralmente não ajudava em muita coisa.
Com o uso de inteligência artificial, estamos enfim nos aproximando da era dos insights estratégicos.
Quem chegou no fim da festa, tem que aproveitar mais rápido
Não é que essas ações tenham ficado para trás: SAP subiu 27% em 2023 — menos que as Big Techs, mas ainda assim um número formidável.
Neste momento, essas ações negociam a múltiplos em linha com o histórico, mas simplesmente não embutem nenhum crescimento futuro relevante (elas ainda são vistas como players em mercados saturados).
Uma nova via de crescimento pode se mostrar algo bastante interessante para novos acionistas, e eu mesmo estou estudando mais profundamente algumas das empresas de softwares transacionais.
Nas próximas semanas, pretendo trazer novidades neste espaço.
Por enquanto, proceda com cautela! O mercado está eufórico demais com AI e há uma série de sinais de excesso.
Nos próximos meses, podemos ter uma correção importante nos preços.
Angústia da espera: Ibovespa reage a plano estratégico e dividendos da Petrobras (PETR4) enquanto aguarda pacote de Haddad
Pacote fiscal é adiado para o início da semana que vem; ministro da Fazenda antecipa contingenciamento de mais de R$ 5 bilhões
Bolsa caindo à espera do pacote fiscal que nunca chega? Vale a pena manter ações na carteira, mas não qualquer uma
As ações brasileiras estão negociando por múltiplos que não víamos há anos. Isso significa que elas estão baratas, e qualquer anúncio de corte de gastos minimamente satisfatório, que reduza um pouco os riscos, os juros e o dólar, deveria fazer a bolsa engatar um forte rali de fim de ano.
Em recuperação judicial, AgroGalaxy (AGXY3) planeja grupamento de ações para deixar de ser ‘penny stock’; saiba como será a operação
Empresa divulgou um cronograma preliminar após questionamentos da B3 no início deste mês sobre o preço das ações ordinárias de emissão da varejista
Vale (VALE3) é a nova queridinha dos dividendos: mineradora supera Petrobras (PETR4) e se torna a maior vaca leiteira do Brasil no 3T24 — mas está longe do pódio mundial
A mineradora brasileira depositou mais de R$ 10 bilhões para os acionistas entre julho e setembro deste ano, de acordo com o relatório da gestora Janus Henderson
‘O rali ainda não acabou’: as ações desta construtora já saltam 35% no ano e podem subir ainda mais antes que 2024 termine, diz Itaú BBA
A performance bate de longe a do Ibovespa, que recua cerca de 4% no acumulado anual, e também supera o desempenho de outras construtoras que atuam no mesmo segmento
“Minha promessa foi de transformar o banco, mas não disse quando”, diz CEO do Bradesco (BBDC4) — e revela o desafio que tem nas mãos daqui para frente
Na agenda de Marcelo Noronha está um objetivo principal: fazer o ROE do bancão voltar a ultrapassar o custo de capital
O Google vai ser obrigado a vender o Chrome? Itaú BBA explica por que medida seria difícil — mas ações caem 5% na bolsa mesmo assim
Essa seria a segunda investida contra monopólios ilegais nos EUA, desde a tentativa fracassada de desmembrar a Microsoft, há 20 anos
Nvidia (NVDC34) vê lucro mais que dobrar no ano — então, por que as ações caem 5% hoje? Entenda o que investidores viram de ruim no balanço
Ainda que as receitas tenham chegado perto dos 100% de crescimento, este foi o primeiro trimestre com ganhos percentuais abaixo de três dígitos na comparação anual
Do pouso forçado às piruetas: Ibovespa volta do feriado com bolsas internacionais em modo de aversão ao risco e expectativa com pacote
Investidores locais aguardam mais detalhes do pacote fiscal agora que a contribuição do Ministério da Defesa para o ajuste é dada como certa
Que crise? Weg (WEGE3) quer investir US$ 62 milhões na China para aumentar capacidade de fábrica
O investimento será realizado nos próximos anos e envolve um plano que inclui a construção de um prédio de 30 mil m², com capacidade para fabricação de motores de alta tensão
Como a Embraer (EMBR3) passou de ameaçada pela Boeing a rival de peso — e o que esperar das ações daqui para frente
Mesmo com a disparada dos papéis em 2024, a perspectiva majoritária do mercado ainda é positiva para a Embraer, diante das avenidas potenciais de crescimento de margens e rentabilidade
É hora de colocar na carteira um novo papel: Irani (RANI3) pode saltar 45% na B3 — e aqui estão os 3 motivos para comprar a ação, segundo o Itaú BBA
O banco iniciou a cobertura das ações RANI3 com recomendação “outperform”, equivalente a compra, e com preço-alvo de R$ 10,00 para o fim de 2025
Em busca de dividendos? Curadoria seleciona os melhores FIIs e ações da bolsa para os ‘amantes’ de proventos (PETR4, BBAS3 e MXRF11 estão fora)
Money Times, portal parceiro do Seu Dinheiro, liberou acesso gratuito à carteira Double Income, que reúne os melhores FIIs, ações e títulos de renda fixa para quem busca “viver de renda”
R$ 4,1 bilhões em concessões renovadas: Copel (CPLE6) garante energia para o Paraná até 2054 — e esse banco explica por que você deve comprar as ações
Companhia paranaense fechou o contrato de 30 anos referente a concessão de geração das usinas hidrelétricas Foz do Areia, Segredo e Salto Caxias
Ações da Embraer (EMBR3) chegam a cair mais de 4% e lideram perdas do Ibovespa. UBS BB diz que é hora de desembarcar e Santander segue no voo
O banco suíço rebaixou a recomendação para os papéis da Embraer de neutro para venda, enquanto o banco de origem espanhola seguiu com a indicação de compra; entenda por que cada um pegou uma rota diferente
Equatorial (EQTL3) tem retorno de inflação +20% ao ano desde 2010 – a gigante de energia pode gerar mais frutos após o 3T24?
Ações da Equatorial saltaram na bolsa após resultados fortes do 3º tri; analistas do BTG calculam se papel pode subir mais após disparada nos últimos anos
‘Mãe de todos os ralis’ vem aí para a bolsa brasileira? Veja 3 razões para acreditar na disparada das ações, segundo analista
Analista vê três fatores que podem “mudar o jogo” para o Ibovespa e a bolsa como um todo após um ano negativo até aqui; saiba mais
Grupo Mateus: Santander estabelece novo preço-alvo para GMAT3 e prevê valorização de 33% para as ações em 2025; saiba se é hora de comprar
O banco reduziu o preço-alvo para os papéis da varejista de alimentos em relação à 2024, mas mantém otimismo com crescimento e parceria estratégica
Localiza: após balanço mais forte que o esperado no 3T24, BTG Pactual eleva preço-alvo para RENT3 e agora vê potencial de alta de 52% para a ação
Além dos resultados trimestrais, o banco considerou as tendências recentes do mercado automotivo e novas projeções macroeconômicas; veja a nova estimativa
Ações da Oi (OIBR3) saltam mais de 100% e Americanas (AMER3) dispara 41% na bolsa; veja o que impulsiona os papéis das companhias em recuperação judicial
O desempenho robusto da Americanas vem na esteira de um balanço melhor que o esperado, enquanto a Oi recupera fortes perdas registradas na semana passada