UBS BB rebaixa Braskem (BRKM5) para neutro e derruba ações – mas mudança não tem a ver com possível venda da fatia da Novonor
Banco mantém preço-alvo da ação e alega que rebaixamento se deve aos fundamentos, pois não vê possíveis gatilhos de alta no horizonte

Em meio às discussões sobre a possível venda da participação da Novonor na empresa, a Braskem (BRKM5) teve hoje sua recomendação rebaixada de compra para neutro pelo UBS BB, o que levou suas ações a ficarem entre as maiores baixas do dia.
Por volta das 13h30, o papel BRKM5 recuava 1,84% a R$ 22,94, uma das maiores quedas do Ibovespa. Acompanhe nossa cobertura completa de mercados.
O banco, no entanto, argumenta que sua reavaliação não tem realmente a ver com a possível venda da parte da ex-Odebrecht na petroquímica, mas sim com os fundamentos do negócio, que, na visão dos analistas, não apresentam grandes gatilhos de alta pela frente.
Ação da Braskem (BRKM5) já chegou lá
Negociada hoje na faixa dos R$ 23, a ação da Braskem já se aproxima do preço-alvo definido pelo UBS BB, que foi mantido em R$ 26.
Segundo o banco, após a grande valorização recente – em grande parte motivada pelas notícias sobre a venda da parte da Novonor na empresa –, os papéis passaram a ser negociados a um múltiplo de 5,5 vezes o valor da empresa/Ebitda projetado para 2024, "em linha com a média histórica, o que implica um potencial de alta limitado, se considerados apenas os fundamentos", diz o relatório publicado nesta quinta-feira (18).
Ao menos por ora, ao que parece, os analistas do UBS BB não consideram que uma possível venda da participação da Novonor na Braskem possa levar a novas valorizações no papel, como a alta vista recentemente.
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Isso porque, a oferta feita pelo fundo Apollo e pela estatal árabe Adnoc, no valor de R$ 47 por ação, teria sido rejeitada, conforme notícia do jornal O Globo citada no relatório.
O motivo teria sido o fato de que o valor de R$ 47 – bem superior ao preço atual – não corresponderia ao valor líquido da operação. No fim das contas, a oferta renderia aos acionistas somente algo entre R$ 27 e R$ 30, bem próximo do preço-alvo do UBS BB, inclusive.
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O banco acredita que, na modelagem da sua oferta, o fundo Apollo e a Adnoc tomaram como premissas o mesmo cenário que o UBS BB para estimar o preço: os spreads de meio de ciclo para os principais produtos comercializados pela Braskem, projetados para este ano e o próximo.
Estes ainda estão abaixo da média histórica, mas já são superiores aos spreads mais baixos praticados no fim do ano passado. Ou seja, nem o UBS BB, nem aparentemente os potenciais compradores consideraram o pior cenário para chegar à sua precificação das ações da BRKM5.
Os analistas consideram as seguintes projeções de spreads da CMA:
- Polietileno de nafta: spread médio de US$ 301/tonelada em 2023 e US$ 350/ tonelada em 2024, acima dos US$ 295/tonelada no quarto trimestre de 2022, mas ainda abaixo da média de US$ 586/tonelada do período entre 2016-2020 (sem considerar os recordes de 2021-22).
- Polietileno de etano: spread médio de US$ 795/tonelada para 2023 e US$ 776/tonelada para 2024, acima dos US$ 640/tonelada no quarto trimestre de 2022, mas ainda abaixo da média histórica de US$ 887/tonelada.
- Polipropileno: spread médio estável de US$ 441/toneladas em 2023 e 2024, ainda abaixo da média histórica de US$ 654/toneladas.
"Nós reconhecemos que a performance recente [das ações da Braskem] foi em parte motivada pelos valores anunciados na oferta pela companhia, não necessariamente pelos fundamentos que nós discutimos. Entretanto, indiretamente, acreditamos que a oferta levou em consideração o desempenho de meio de ciclo, mais alinhado com a nossa visão, o que se traduz em um potencial de alta limitado, apoiando o rebaixamento da nossa recomendação."
- Relatório do UBS BB sobre a Braskem
Possível oferta da Petrobras pode bagunçar situação para os minoritários
Como, segundo O Globo, a Braskem continuaria avaliando outras ofertas para a fatia da Novonor, os analistas do UBS BB não descartam que novas propostas possam acabar funcionando como gatilhos de alta para os papéis da companhia.
No entanto, uma dessas possíveis propostas pode partir da própria Petrobras, a outra grande acionista da Braskem, que tem direito de preferência para adquirir a participação da sócia Novonor, hoje controladora da petroquímica.
De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, em conversas reservadas, o presidente da estatal, Jean-Paul Prates, afirmou que a petroleira estaria avaliando exercer seu direito de preferência e assumir o controle da Braskem, o que inclusive estaria de acordo com a orientação do governo Lula de aumentar a atuação da Petrobras em empresas estratégicas.
Para o UBS BB, no entanto, tal transação traria incertezas para os direitos dos minoritários. As consequências de uma oferta para a Petrobras podem ser variadas, dizem os analistas, e o valor a ser oferecido para os minoritários pode ter mais impacto no preço da ação do que qualquer fundamento.
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