Os fundos imobiliários mais recomendados para investir após a queda da Selic; veja quais são os FIIs favoritos de 13 corretoras
Dois fundos de tijolo, classe que investe em ativos reais, se destacaram neste mês na preferência das casas consultadas pelo Seu Dinheiro

Depois de três anos de subida, o ciclo de queda da taxa Selic enfim começou na semana passada. E, com o corte nos juros favorecendo a retomada do apetite pelos ativos reais, os analistas elegeram dois fundos imobiliários (FIIs) de tijolo como os favoritos para o mês de agosto.
A classe — que ganhou esse apelido por investir diretamente em imóveis físicos como shoppings, escritórios e galpões logísticos — foi a mais prejudicada pelo aperto monetário.
Os FIIs de tijolo começaram a esboçar uma recuperação ainda durante os meses que antecederam o afrouxo, com as cotas impulsionadas pela perspectiva de queda na Selic.
De acordo com um levantamento da gestora TRX Investimentos, os fundos de tijolo saltaram mais de 14% e superaram a alta do IFIX, índice que reúne os principais FIIs da B3, no primeiro semestre.
Agora, com a materialidade do corte, os analistas acreditam que altas ainda mais fortes estão por vir. E, para aproveitar esse momento, a maior parte das corretoras consultadas pelo Seu Dinheiro escolheu fundos de dois dos principais segmentos do tijolo para o mês.
Os selecionados, porém, enfrentaram situações diametralmente opostas durante o ciclo de alta.
Leia Também
O primeiro deles é o Bresco Logística (BRCO11). O segmento do qual o fundo faz parte é um dos herdeiros da pandemia de covid-19, pois intensificou seu crescimento nos últimos três anos ao ser fortalecido pelo boom do e-commerce durante o isolamento social.
Já o outro escolhido de agosto, o CSHG Real Estate (HGRE11), é um FII de lajes corporativas, uma das classes mais penalizadas pelos sucessivos lockdowns e a adoção do home office. Agora, o setor é um dos símbolos da “volta à normalidade” com pequenas, médias e grandes empresas retomando o trabalho presencial.
Além dos dois ativos em destaque, que receberam três indicações, outros cinco fundos imobiliários chamaram a atenção dos analistas.
Presentes no ‘top 3’ de duas casas, os FIIs RBR Alpha Multiestratégia (RBRF11), TRX Real Estate (TRXF11), Valora RE III (VGIR11), Vinci Shopping Centers (VISC11) e XP Malls (XPML11) completam a lista de favoritos do mês.
Confira abaixo todos os fundos mencionados pelas corretoras em agosto:

Entendendo o FII do Mês: todos os meses, o Seu Dinheiro consulta as principais corretoras do país para descobrir quais são suas apostas para o período. Dentro das carteiras recomendadas, normalmente com até 10 fundos imobiliários, os analistas indicam os seus três prediletos. Com o ranking nas mãos, selecionamos os que contaram com pelo menos duas indicações.
A redenção de um velho conhecido dos investidores de fundos imobiliários
Houve um tempo em que o Bresco Logística (BRCO11) era o queridinho absoluto dos analistas. O fundo imobiliário foi o mais recomendado no ranking do Seu Dinheiro em nove ocasiões ao longo de 2022, mas tudo mudou no final do ano.
Na ocasião, um impasse com o Grupo Pão de Açúcar, um de seus inquilinos mais importantes, foi revelado e lançou dúvidas sobre o portfólio. O imbróglio levou o FII a desaparecer das carteiras e do pódio mensal.
O impasse em questão foi enfim solucionado em junho deste ano, e o desfecho foi favorável ao BRCO11: o GPA concordou em pagar uma multa de R$ 12 milhões pela rescisão antecipada de uma locação e renovou o aluguel do imóvel alvo da disputa por um valor superior ao do contrato anterior.
Além disso, o fundo também realizou uma venda de ativos que trouxe outros milhões para o caixa, resultando em dividendos 40% superiores para os cotistas.
Com o fim do imbróglio jurídico e os proventos maiores, o fundo, cujo portfólio é considerado um dos melhores do segmento de logística, voltou ao topo da preferência das corretoras.
O Santander, uma das casas a recomendar o Bresco Logística neste mês, destaca que a carteira é geograficamente diversificada e 67% da receita está concentrada em galpões do tipo last mile — ou seja, próximos aos principais centros de consumo do país.
O banco estima um dividend yield — indicador que mede o retorno a partir do pagamento de dividendos — de 9% para os próximos 12 meses e destaca ainda que o FII negocia com um desconto de 5% em relação ao valor patrimonial das cotas, uma medida de “valor justo” do portfólio.
- LEIA MAIS: O bull market da bolsa brasileira pode ser destravado com a queda da Selic? Veja 11 recomendações que podem multiplicar o seu patrimônio em até 5x nos próximos 36 meses
Um estreante para a carteira
Já o segundo favorito do mês, o CSHG Real Estate (HGRE11), não tem uma trajetória de redenção como BRCO11, mas já rondava o primeiro lugar do pódio das corretoras há muito tempo.
Agora, com o início do ciclo de corte na taxa Selic favorecendo os fundos de tijolo e os investidores em busca de pechinchas da classe na bolsa, o FII — que negocia cerca de 9,5% abaixo do valor patrimonial das cotas — enfim conseguiu uma medalha de ouro para chamar de sua.
Uma parte do desconto é explicada pela vacância física do portfólio, que, de acordo com a Órama, ainda está elevada.
Apesar da ressalva, a corretora, que colocou o fundo em seu “top 3” de agosto, afirma que a gestão está “bastante ativa” na busca por potenciais locatários para ocupar as áreas vagas e tem anunciado novas locações.
“Além disso, o time é muito transparente ao apresentar os desafios do portfólio, detalhes de negociações com inquilinos e perspectivas para o fundo”, afirma a Órama.
O CSHG Real Estate é dono de 17 imóveis, entre torres corporativas e lajes individuais, localizados em três estados brasileiros. A maior parte deles se encontra na cidade de São Paulo, em eixos importantes para o segmento, como as avenidas Chucri Zaidan, Berrini e Faria Lima.
Repercussão dos fundos imobiliários
O IFIX encerrou o mês de junho no azul, com alta de 1,33%, e fortaleceu ainda mais os ganhos registrados neste ano, que já ultrapassam os 11%.
Boa parte dessa performance foi sustentada pelos fundos de fundos. A classe — que, como indica o nome, investe em cotas de outros FIIs — chegou a acumular um “duplo desconto” no passado, mas agora é um dos destaques do ano apoiada pela recuperação do tijolo.
Um representante dos FOFs, o RBR Alpha Multiestratégia (RBRF11), foi um dos fundos mais recomendados no mês passado. Quem seguiu a indicação viu o FII apresentar uma alta de 5,85% no período.
Outro campeão de junho, o BTG Pactual Logística (BTLG11), também teve um desempenho superior ao do IFIX, com avanço de 4,33%. Já o Capitânia Securities II (CPTS11), dono da terceira e última medalha de ouro do mês, subiu 1,17%.
De olho na classe média, faixa 4 do Minha Casa Minha Vida começa a valer em maio; saiba quem pode participar e como aderir
Em meio à perda de popularidade de Lula, governo anunciou a inclusão de famílias com renda de até R$ 12 mil no programa habitacional que prevê financiamentos de imóveis com juros mais baixos
Ainda há espaço no rali das incorporadoras? Esta ação de construtora tem sido subestimada e deve pagar bons dividendos em 2025
Esta empresa beneficiada pelo Minha Casa Minha Vida deve ter um dividend yield de 13% em 2025, podendo chegar a 20%
Lucro de 17% isento de Imposto de Renda e com ‘pinga-pinga’ mensal na conta: veja como investir em estratégia ‘ganha-ganha’ com imóveis
EQI Investimentos localiza oportunidade em um ativo com retorno-alvo de 17% ao final de 2025, acima da inflação e da taxa básica de juros atual
Monas e Michelin: tradições de Páscoa são renovadas por chefs na Catalunha
Mais que sobremesa, as monas de Páscoa catalãs contam a história de um povo — e hoje atraem viajantes em busca de arte comestível com assinatura de chefs
É hora de aproveitar a sangria dos mercados para investir na China? Guerra tarifária contra os EUA é um risco, mas torneira de estímulos de Xi pode ir longe
Parceria entre a B3 e bolsas da China pode estreitar o laço entre os investidores do dois países e permitir uma exposição direta às empresas chinesas que nem os EUA conseguem oferecer; veja quais são as opções para os investidores brasileiros investirem hoje no Gigante Asiático
Até tu, Nvidia? “Queridinha” do mercado tomba sob Trump; o que esperar do mercado nesta quarta
Bolsas continuam de olho nas tarifas dos EUA e avaliam dados do PIB da China; por aqui, investidores reagem a relatório da Vale
Por que o Mercado Livre (MELI34) vai investir R$ 34 bilhões no Brasil em 2025? Aporte só não é maior que o de Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3)
Com o valor anunciado pela varejista online, seria possível comprar quatro vezes Magalu, Americanas e Casas Bahia juntos; conversamos com o vice-presidente e líder do Meli no Brasil para entender o que a empresa quer fazer com essa bolada
Mercado Livre (MELI34) vai aniquilar a concorrência com investimento de R$ 34 bilhões no Brasil? O que será de Casas Bahia (BHIA3) e Magalu (MGLU3)?
Aposta bilionária deve ser usada para dobrar a logística no país e consolidar vantagem sobre concorrentes locais e globais. Como fica o setor de e-commerce como um todo?
Minha Casa, Minha Vida: conselho do FGTS aprova nova faixa para quem tem renda de até R$ 12 mil com juros de 10%
A projeção apresentada ao Conselho é de que até 120 mil famílias sejam alcançadas pela nova faixa do programa Minha Casa, Minha Vida
Riza Arctium (RZAT11) anuncia inadimplência de inquilino, mas cotas sobem na bolsa nesta terça
Os investidores do FII não parecem estar assustados com a inadimplência — mas existe um motivo para a animação dos cotistas
Dividendos da Petrobras (PETR4) podem cair junto com o preço do petróleo; é hora de trocar as ações pelos títulos de dívida da estatal?
Dívida da empresa emitida no exterior oferece juros na faixa dos 6%, em dólar, com opções que podem ser adquiridas em contas internacionais locais
Iguatemi (IGTI11) sobe na bolsa após venda de shoppings por R$ 500 milhões — e bancão diz que é hora de colocar as ações na carteira
Com o anúncio da venda, o BTG Pactual reiterou a recomendação de compra dos papéis da Iguatemi, mas não é o único a ver a transação como positiva
Allos (ALOS3) entra na reta final da fusão e aposta em dividendos com data marcada (e no começo do mês) para atrair pequeno investidor
Em conversa com Seu Dinheiro, a CFO Daniella Guanabara fala sobre os planos da Allos para 2025 e a busca por diversificar receitas — por exemplo, com a empresa de mídia out of home Helloo
Volvo EX90, a inovação sobre rodas que redefine o conceito de luxo
Novo top de linha da marca sueca eleva a eletrificação, a segurança e o conforto a bordo a outro patamar
COP30: O que não te contaram sobre a maior conferência global do clima e por que ela importa para você, investidor
A Conferência do Clima será um evento crucial para definir os rumos da transição energética e das finanças sustentáveis no mundo. Entenda o que está em jogo e como isso pode impactar seus investimentos.
Ibovespa é um dos poucos índices sobreviventes de uma das semanas mais caóticas da história dos mercados; veja quem mais caiu
Nasdaq é o grande vencedor da semana, enquanto índices da China e Taiwan foram os que mais perderam
Trump virou tudo do avesso (várias vezes): o resumo de uma das semanas mais caóticas da história — como ficaram dólar, Ibovespa e Wall Street
Donald Trump virou os mercados do avesso várias vezes, veja como ficaram as bolsas no mundo todo, as sete magníficas, Ibovespa e dólar
Imóvel na planta: construtora pode levar 6 meses para baixar hipoteca após quitação? Se ela não pagar dívida ao banco, posso perder meu imóvel?
É comum que contratos de compra de imóvel na planta prevejam um prazo para a liberação da hipoteca após a quitação do bem, mas ele pode ser bem dilatado; qual o risco para o comprador?
Acabou a magia? Ir pra Disney está mais caro, mas o ‘vilão’ dessa história não é Donald Trump
Estudos mostram que preços dos ingressos para os parques temáticos subiram mais do que a inflação americana; somado a isso, empresa passou a cobrar por serviços que antes eram gratuitos
Ambev (ABEV3) vai do sonho grande de Lemann à “grande ressaca”: por que o mercado largou as ações da cervejaria — e o que esperar
Com queda de 30% nas ações nos últimos dez anos, cervejaria domina mercado totalmente maduro e não vê perspectiva de crescimento clara, diante de um momento de mudança nos hábitos de consumo