Além do ChatGPT: Conheça 5 empresas com BDRs na B3 para aproveitar a onda de Inteligência Artificial (IA) — e outras 2 para ficar de olho
Praticamente todas as empresas do setor de tecnologia estão desenvolvendo algo em inteligência artificial, mas o mercado já aposta nos vencedores dessa corrida
Não é de hoje que o mercado financeiro acompanha os modismos da tecnologia. Vide as febres do passado: blockchain, NFT e Metaverso foram só algumas mais recentes. A bola da vez e queridinha dos analistas é a Inteligência Artificial (IA).
Praticamente todas as empresas relacionadas ao setor de tecnologia divulgaram em seus balanços do primeiro trimestre que estão desenvolvendo algo nesse segmento — ainda que fosse apenas para manter os investidores empolgados.
Entretanto, existem sim companhias que realmente têm alguma chance de despontar no desenvolvimento de inteligência artificial — com direito a uma ou outra “gema” que está fora do radar.
Mas se você está esperando grandes surpresas, sinto lhe informar: não existe muita coisa relevante no momento sendo feita fora das gigantes de tecnologia (big techs) dos Estados Unidos.
Tanto a parte de hardware — isto é, máquinas e equipamentos — quanto de softwares — aplicativos — se concentram em nomes já bem estabelecidos no setor.
São elas: Alphabet (dona do Google), Microsoft, Meta (dona do Facebook) e Amazon. Ao grupo das big techs se juntou recentemente a fabricante de processadores Nvidia — que tocou nos US$ 1 trilhão em valor de mercado.
Leia Também
Um passo para trás: o que é inteligência artificial?
O nome “Inteligência Artificial” pode lembrar algo parecido com a Skynet da série de filmes O Exterminador do Futuro ou HAL 9000, de 2001 - Uma Odisseia no Espaço, mas é um pouco mais simples — e potencialmente bem menos destrutiva — do que isso.
A IA nada mais é do que um programa que executa tarefas com base em dados e aprende a direcionar as respostas com base em comandos prévios. Os algoritmos das redes sociais “aprendem” a te entregar conteúdos baseados nos seus likes e tempo de tela, por exemplo.
E, assim como existem diversos campos de inteligência humana, existem várias Inteligências Artificiais — que vão desde robôs de resposta (chatbots) até aplicações que atuam sem a necessidade de um humano para operar.
Com a palavra, a IA
Tudo isso é muito bonito, mas essa explicação veio diretamente de uma inteligência humana do repórter que escreve agora. Portanto, nada melhor do que chamar a IA mais conhecida do mundo, o ChatGPT, para definir o que é a tal da inteligência artificial. Nas palavras dele:
“A inteligência artificial é uma área da ciência da computação que cria programas de computador capazes de imitar habilidades humanas, como aprender e resolver problemas.
Um exemplo comum é o assistente de voz do seu smartphone, que entende comandos de voz e executa tarefas.
A IA traz ganhos de eficiência ao automatizar tarefas repetitivas, permitindo que máquinas as realizem mais rapidamente e com maior precisão. Além disso, a IA analisa grandes quantidades de dados, encontrando padrões e insights úteis, o que ajuda na tomada de decisões informadas em diversas áreas, como medicina e finanças.
É uma tecnologia que está transformando setores e trazendo benefícios para o nosso dia a dia.”
As big techs — e o que elas desenvolvem no ramo de IA
Na visão do analista de tecnologia da Empiricus, Richard Camargo, mesmo as grandes empresas de tecnologia não têm algo maduro devido a uma falta de infraestrutura prévia, que só surgiu recentemente.
“IA é um negócio muito novo, o que você tem sendo desenvolvido hoje no setor vem de startups que estão fora do radar e só vão despontar daqui uns anos”, afirma.
O banco suíço UBS fez um extenso relatório avaliando o impacto da IA em vários setores da economia. A conclusão dos analistas é a de que todos os segmentos devem sofrer algum impacto com a popularização da inteligência artificial.
Seja como for, a capacidade de se treinar um modelo como o ChatGPT surgiu há pouco mais de dois anos, então não foi possível criar muita coisa ainda — apesar da avalanche de especulações, notícias e supostas novidades em cima disso.
- R$ 4 mil em mais de R$ 1 milhão em apenas 10 meses: foi o que este grupo de investidores conseguiu em 2021. Agora, novas vagas estão abertas para pessoas interessadas em buscar mais de 100 mil dólares nos próximos meses com criptoativos. [SAIBA COMO ENTRAR AQUI]
Por que olhar elas agora, se não há nada de concreto?
O especialista da Empiricus afirma que as grandes empresas de tecnologia têm algo que as diferencia das demais na corrida da inteligência artificial: a base de usuários.
O número de pessoas que usam alguma funcionalidade dessas big techs é muito alto — e qualquer novo produto lançado por elas já terá uma grande fatia de mercado por causa disso.
Veja o que as empresas estão desenvolvendo nesse setor:
1) Alphabet / Google (BDR: GOGL34)
O Google criou a Google IA, divisão focada na criação e desenvolvimento de Inteligência Artificial. Também lançou o Bard, chatbot de IA nos moldes do ChatGPT, para consultas e pesquisas online.
A funcionalidade ainda não está disponível no Brasil nem na União Europeia. Especialistas acreditam que isso se deve principalmente às legislações em vigor ou sendo debatidas nessas regiões, que visam à maior segurança online, mas são especulações sobre o tema.
2) Microsoft (BDR: MSFT34)
A empresa do bilionário Bill Gates já possuía um espaço de computação em nuvem chamado Azure, que passou a ser usado para o desenvolvimento de softwares para IA.
Essa funcionalidade possui mais de 15 milhões de clientes corporativos e outros 500 milhões de usuários ativos, segundo dados da própria Microsoft em 2023.
Além de um investimento de US$ 10 bilhões (R$ 50 bilhões) na OpenAI, grupo que desenvolveu o ChatGPT, a Microsoft também aposta na IA do Bing, o buscador da empresa, e no pacote Office, para automatização de tarefas no Word, Excel etc. — mas esta última ainda está em estágio inicial.
3) Meta (BDR: M1TA34)
A dona do Facebook também tem uma divisão chamada Meta AI. O foco da unidade são serviços de transcrição — de áudio para texto e vice-versa —, mas também é focado na escalabilidade de sistemas de automação.
A rede social criada por Mark Zuckerberg recentemente atingiu os 2 bilhões de usuários ativos — isso sem contar outras plataformas dominadas pela Meta, que incluem o Instagram (1 bilhão de usuários) e WhatsApp (2 bilhões), segundo dados de 2021.
A empresa lançou recentemente o I-JEPA, uma IA capaz de preencher e criar imagens a partir de informações prévias.
4) Amazon (BDR: AMZO34)
A Amazon já tinha uma divisão chamada Amazon Web Services (AWS), um espaço em nuvem mais abrangente e amplamente adotado do mundo, que inclui ofertas de infraestrutura como serviço (IaaS) e plataforma como serviço (PaaS) e passou a usar IA.
A Amazon tem um estoque de mais de 12 milhões de produtos, sendo responsável por 45% do e-commerce dos Estados Unidos em 2022.
Recentemente, a empresa de Jeff Bezos passou a usar IA para melhorar a experiência dos usuários no oferecimento de produtos. Por meio da inteligência artificial, a Amazon consegue compactar as avaliações e dar uma resposta mais rápida ao cliente.
5) Nvidia (BDR: NVDC34)
Queridinha de todos, a empresa que entrou no radar dos investidores recentemente já era considerada promissora no setor tech e ganhou ainda mais destaque após o boom da Inteligência Artificial.
Se na corrida do ouro quem fica rico é quem vende a picareta, a fabricante de chips tem grandes chances de se tornar uma das grandes beneficiadas pela tecnologia.
VEJA TAMBÉM — O MINHA CASA, MINHA VIDA VOLTOU E VOCÊ PODE LUCRAR: DIRECIONAL (DIRR3) E OUTRA AÇÃO PARA COMPRAR
Fora do radar: empresas alternativas no ramo de IA
O termo “tecnologia” é bastante abrangente, principalmente quando falamos de um setor amplo como o de inteligência artificial.
Como dito anteriormente, existem empresas que focam em hardware e software, mas que estão em momentos mais preliminares do desenvolvimento de projetos em IA.
Confira a seguir alguns nomes para ficar de olho nos próximos anos, segundo o especialista da Empiricus:
Segurança digital — com inteligência artificial: CrowdStrike (BDR: C2RW34)
Começando pela principal “gema” das companhias focadas em IA, essa é uma empresa de segurança digital.
Isso porque o setor de antivírus geralmente atua como um “jogo de gato e rato": primeiro o malware (programa malicioso) aparece e só depois é lançada uma solução para combatê-lo.
Já com a IA da CrowdStrike esse processo é mais dinâmico. O programa analisa possíveis falhas e previne que os primeiros ataques aconteçam, evitando problemas maiores.
Essa lógica pode parecer simples mas é extremamente sofisticada para o setor — e, na visão de Richard Camargo, é uma das empresas que pode despontar no futuro.
Ramo dos semicondutores: TSMC (BDR: TSMC34)
A Taiwan Semiconductor Manufacturing (TSMC) é a principal fabricante de semicondutores do planeta. As ações da empresa dispararam na bolsa de Taiwan, impulsionadas pelo forte desempenho da Nvidia.
Não apenas por isso, mas também porque os tais semicondutores estão presentes em praticamente todos os aparelhos eletrônicos — e a TSMC detém praticamente o monopólio da produção dessas peças.
O processo de produção dos semicondutores é extremamente difícil — com maquinário e mão de obra concentrados em Taiwan — e consome uma quantidade bastante alta de energia.
Estima-se que cerca de 10% de toda energia elétrica produzida em Taiwan seja consumida pela TSMC. Em 2021, o mercado global de semicondutores era avaliado em US$ 590 bilhões, um número que pode dobrar até 2030, segundo uma pesquisa do Greenpeace.
Aliás, o alto consumo de energia elétrica é um dos pontos limitantes para o crescimento do setor. Estima-se que para chegar à próxima geração de semicondutores seria preciso aumentar em 5 pontos percentuais o consumo de energia elétrica — tornando o processo ainda mais custoso e impactante para o meio ambiente.
Menção honrosa: OpenAI (sem fins lucrativos, mas recebeu investimentos)
Como não poderia deixar de ser, a fundação por trás do ChatGPT não é exatamente uma empresa. A companhia está mais ligada à pesquisa (research) do que a produto e, atualmente, não trabalha com a possibilidade de abertura de capital.
A OpenAI recentemente captou US$ 175,3 milhões (cerca de R$ 875 milhões) por meio de um fundo para investir em startups do setor de tecnologia. Em janeiro deste ano, a fundação ainda recebeu um aporte de US$ 10 bilhões (R$ 50 bilhões) da Microsoft.
Problemas da Inteligência Artificial (IA) hoje
Apesar de estarmos apenas no estágio inicial do desenvolvimento de aplicações para a inteligência artificial — e existir uma infinidade de possibilidades — o banco suíço UBS dá alguns alertas para ficar de olho antes de colocar algum dinheiro em empresas de IA.
A instituição financeira ressalta cinco principais fatores que podem limitar ou mesmo atrasar a adoção em massa da IA no dia a dia. O primeiro deles é a regulação — assim como no mercado de criptomoedas, leis mais duras contra o uso das novas tecnologias podem retirar os investidores do setor.
Os demais pontos dizem respeito ao conteúdo: preocupações envolvendo o roubo de propriedade intelectual e problemas éticos com o viés das respostas e questões relacionadas à privacidade de informações pessoais.
Também existe o problema dos resultados imprecisos — ou, nas palavras do UBS, as “alucinações” da IA, que vão desde fatos impossíveis de acontecer (como nove mulheres dando a luz a um bebê em um mês, uma das respostas do ChatGPT para um problema teórico) até citações de pessoas que não existem.
Angústia da espera: Ibovespa reage a plano estratégico e dividendos da Petrobras (PETR4) enquanto aguarda pacote de Haddad
Pacote fiscal é adiado para o início da semana que vem; ministro da Fazenda antecipa contingenciamento de mais de R$ 5 bilhões
Vale (VALE3) é a nova queridinha dos dividendos: mineradora supera Petrobras (PETR4) e se torna a maior vaca leiteira do Brasil no 3T24 — mas está longe do pódio mundial
A mineradora brasileira depositou mais de R$ 10 bilhões para os acionistas entre julho e setembro deste ano, de acordo com o relatório da gestora Janus Henderson
Regulação do mercado de carbono avança no Brasil, mas deixa de lado um dos setores que mais emite gases estufa no país
Projeto de Lei agora só precisa da sanção presidencial para começar a valer; entenda como vai funcionar
‘O rali ainda não acabou’: as ações desta construtora já saltam 35% no ano e podem subir ainda mais antes que 2024 termine, diz Itaú BBA
A performance bate de longe a do Ibovespa, que recua cerca de 4% no acumulado anual, e também supera o desempenho de outras construtoras que atuam no mesmo segmento
“Minha promessa foi de transformar o banco, mas não disse quando”, diz CEO do Bradesco (BBDC4) — e revela o desafio que tem nas mãos daqui para frente
Na agenda de Marcelo Noronha está um objetivo principal: fazer o ROE do bancão voltar a ultrapassar o custo de capital
A arma mais poderosa de Putin (até agora): Rússia cruza linha vermelha contra a Ucrânia e lança míssil com capacidade nuclear
No início da semana, Kiev recebeu autorização dos EUA para o uso de mísseis supersônicos; agora foi a vez de Moscou dar uma resposta
O Google vai ser obrigado a vender o Chrome? Itaú BBA explica por que medida seria difícil — mas ações caem 5% na bolsa mesmo assim
Essa seria a segunda investida contra monopólios ilegais nos EUA, desde a tentativa fracassada de desmembrar a Microsoft, há 20 anos
Nvidia (NVDC34) vê lucro mais que dobrar no ano — então, por que as ações caem 5% hoje? Entenda o que investidores viram de ruim no balanço
Ainda que as receitas tenham chegado perto dos 100% de crescimento, este foi o primeiro trimestre com ganhos percentuais abaixo de três dígitos na comparação anual
Do pouso forçado às piruetas: Ibovespa volta do feriado com bolsas internacionais em modo de aversão ao risco e expectativa com pacote
Investidores locais aguardam mais detalhes do pacote fiscal agora que a contribuição do Ministério da Defesa para o ajuste é dada como certa
Como a Embraer (EMBR3) passou de ameaçada pela Boeing a rival de peso — e o que esperar das ações daqui para frente
Mesmo com a disparada dos papéis em 2024, a perspectiva majoritária do mercado ainda é positiva para a Embraer, diante das avenidas potenciais de crescimento de margens e rentabilidade
É hora de colocar na carteira um novo papel: Irani (RANI3) pode saltar 45% na B3 — e aqui estão os 3 motivos para comprar a ação, segundo o Itaú BBA
O banco iniciou a cobertura das ações RANI3 com recomendação “outperform”, equivalente a compra, e com preço-alvo de R$ 10,00 para o fim de 2025
Ações da Embraer (EMBR3) chegam a cair mais de 4% e lideram perdas do Ibovespa. UBS BB diz que é hora de desembarcar e Santander segue no voo
O banco suíço rebaixou a recomendação para os papéis da Embraer de neutro para venda, enquanto o banco de origem espanhola seguiu com a indicação de compra; entenda por que cada um pegou uma rota diferente
Rali do Trump Trade acabou? Bitcoin (BTC) se estabiliza, mas analistas apontam eventos-chave para maior criptomoeda do mundo chegar aos US$ 200 mil
Mercado de criptomoedas se aproxima de uma encruzilhada: rumo ao topo ou a resultados medianos? Governo Trump pode ter a chave para o desfecho.
Localiza: após balanço mais forte que o esperado no 3T24, BTG Pactual eleva preço-alvo para RENT3 e agora vê potencial de alta de 52% para a ação
Além dos resultados trimestrais, o banco considerou as tendências recentes do mercado automotivo e novas projeções macroeconômicas; veja a nova estimativa
Ações da Oi (OIBR3) saltam mais de 100% e Americanas (AMER3) dispara 41% na bolsa; veja o que impulsiona os papéis das companhias em recuperação judicial
O desempenho robusto da Americanas vem na esteira de um balanço melhor que o esperado, enquanto a Oi recupera fortes perdas registradas na semana passada
O fim da temporada — ou quase: balanço da Nvidia ainda movimenta semana, que conta com novo feriado no Brasil
Enquanto isso, as bolsas internacionais operam sem um sinal único, sofrendo ajustes após o rali do Trump Trade dos últimos dias
No G20 Social, Lula defende que governos rompam “dissonância” entre as vozes do mercado e das ruas e pede a países ricos que financiem preservação ambiental
Comentários de Lula foram feitos no encerramento do G20 Social, derivação do evento criada pelo governo brasileiro e que antecede reunião de cúpula
Nova York naufragou: ações que navegavam na vitória de Trump afundam e bolsas terminam com fortes perdas — Tesla (TSLA34) se salva
Europa também fechou a sexta-feira (15) com perdas, enquanto as bolsas na Ásia terminaram a última sessão da semana sem uma direção comum, com dados da China e do Japão no radar dos investidores
Warren Buffett não quer o Nubank? Megainvestidor corta aposta no banco digital em quase 20% — ação cai 8% em Wall Street
O desempenho negativo do banco digital nesta sexta-feira pode ser explicado por três fatores principais — e um deles está diretamente ligado ao bilionário
Banco do Brasil (BBAS3) de volta ao ataque: banco prevê virada de chave com cartão de crédito em 2025
Após fase ‘pé no chão’ depois da pandemia da covid-19, a instituição financeira quer expandir a carteira de cartão de crédito, que tem crescido pouco nos últimos dois anos