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MERCADOS HOJE

Bolsa hoje: Dólar cai a R$ 4,76 e Ibovespa fecha no maior patamar em mais de um ano com expectativas do Copom e arcabouço fiscal

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21 de junho de 2023
7:20 - atualizado às 17:32

RESUMO DO DIA: Com a agenda macroeconômica mais cheia, os investidores operaram com mais cautela nesta quarta-feira (21). As bolsas internacionais reagiram à sinalização de que o Fed deve retomar o ciclo de altas nos juros americanos até o fim do ano, acompanhando as declarações de Jerome Powell na Câmara dos Representantes.

Por aqui, as perspectivas sobre o cenário fiscal driblaram o temor ao risco. A aprovação do texto-base do arcabouço fiscal na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal impulsionou o apetite dos investidores. Somado a isso, a bolsa brasileira acelerou os ganhos com expectativas de que o comunicado do Copom trará sinais de cortes na Selic.

O Ibovespa fechou o pregão em alta de 0,67%, aos 120.420 pontos; o maior nível desde 4 de abril de 2022.

O dólar encerrou o dia a R$ 4,7678, queda de 0,59%, no mercado à vista.

Confira o que movimentou os mercados nesta quarta-feira (21):

Leia Também

SOBE E DESCE DO IBOVESPA

Confira as maiores altas:

CÓDIGONOMEULTVAR
NTCO3Natura ONR$ 17,287,53%
PRIO3PRIO ONR$ 38,676,94%
IRBR3IRB Brasil ONR$ 40,615,78%
JHSF3JHSF ONR$ 5,185,07%
YDUQ3Yduqs ONR$ 20,354,57%

E as maiores quedas do dia:

CÓDIGONOMEULTVAR
EMBR3Embraer ONR$ 17,83-7,42%
CVCB3CVC ONR$ 3,97-5,25%
PCAR3GPA ONR$ 17,30-2,75%
JBSS3JBS ONR$ 18,89-2,33%
DXCO3Dexco ONR$ 9,25-2,32%
FECHAMENTO DO IBOVESPA

À espera do comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom), com sinais de que a Selic devem começar a cair a partir de agosto, o Ibovespa fechou o pregão em alta de 0,67%, aos 120.420 pontos.

O tom positivo foi impulsionado pela aprovação do texto-base do arcabouço fiscal na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) no Senado Federal e expectativas de apreciação da proposta no plenário.

Além disso, a elevação da recomendação das ações da Petrobras (PETR4) pelos bancos Goldman Sachs e Santander, aliado a alta de mais de 1% do petróleo no mercado internacional, influenciaram na retomada da alta do Ibovespa.

Por fim, os investidores devem reagir à decisão do Copom e tramitação do arcabouço fiscal no Senado no pregão desta quinta-feira (22).

FECHAMENTO DO DÓLAR

O dólar não sustentou o fôlego da sessão anterior e operou em tom negativo durante toda a sessão. A moeda americana encerrou o dia R$ 4,7678, em baixa de 0,59%, no mercado à vista.

O enfraquecimento do dólar ante o real deve-se a expectativa de manutenção da Selic, em 13,75% ao ano, com sinalizações de corte de juros a partir de agosto. O Banco Central deve divulgar a decisão após o fechamento do mercado.

Além disso, a aprovação do arcabouço fiscal na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal foi outro fator que influenciou na desvalorização da moeda americana ante o real, levando em consideração o ambiente doméstico.

Os movimentos no cenário macroeconômico também puxaram o dólar para o tom negativo, entre eles, o aumento da cautela internacional com o avanço da inflação no Reino Unido e as falas do presidente do Fed, Jerome Powell, na retomada do ciclo de altas nos juros americanos.

FECHAMENTO DE NOVA YORK

As bolsas em Nova York encerraram as negociações em queda, a terceira consecutiva, com investidores mais cautelosos sobre a trajetória dos juros americanos.

Mais cedo, o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, afirmou que "quase todos os dirigentes consideram apropriado elevar os juros até o fim do ano", em audiência na Câmara dos Representantes.

Vale ressaltar que essa é a primeira fala de Powell após a decisão de manter o juro americano na faixa de 5,00% a 5,25% ao ano, na semana passada.

Ele ainda destacou que a inflação "continua bem acima" da meta de longo prazo de 2% e, que as pressões sobre os preços seguem "elevadas". Sendo assim, o dólar perdeu força no mercado internacional.

Mas, na última hora do pregão, as declarações do presidente regional do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, reduziram as perdas. O dirigente defendeu a manutenção de juros ao longo de 2023 "para evitar dano mais forte à economia".

Em destaque, Nasdaq encerrou as negociações com queda de mais de 1%, puxada pelo desempenho da Amazon.

Confira o fechamento em NY:

  • S&P 500: -0,52%;
  • Dow Jones: -0,30%;
  • Nasdaq: -1,21%.
NATURA (NTCO3) AVANÇA 7%

Sem notícias recentes da companhia, mas com a correção das perdas recentes, as ações da Natura (NTCO3) avançam 7,22%, a R$ 17,22 no Ibovespa.

O papel se beneficia, entre outros fatores, da perspectiva do início de cortes na Selic, que deve impulsionar o setor de varejo, penalizados nos últimos meses. No radar, os investidores acompanham o processo de reestruturação da Natura após a venda da Aesop.

Durante a sessão, as ações renovaram a máxima do mês, a R$ 17,51.

ALÍVIO NOS DIS

Na última hora, os juros futuros (DIs) acentuaram o alívio em toda a curva, e opera nas mínimas do dia.

O movimento de queda é dado pela redução da aversão ao risco no exterior, repercutindo as declarações do presidente regional do Fed de Atlanta, Raphael Bostic. O dirigente defendeu a manutenção da pausa dos juros americanos para "estudar" os efeitos do aperto monetário.

O alívio nos DIs repercutem ainda o dólar, que opera em baixa ante o real, de olho na tramitação do arcabouço fiscal no Senado Federal.

Por fim, os juros precificam a sinalização do Copom de início do ciclo de cortes na Selic, em linha com as revisões de projeção da taxa básica de juros pelos bancos e casas de análise brasileiros.

Confira o desempenho dos DIs:

CÓDIGONOME ULT  FEC 
DI1F24DI Jan/2413,01%13,00%
DI1F25DI Jan/2511,11%11,10%
DI1F26DI Jan/2610,52%10,53%
DI1F27DI Jan/2710,51%10,56%
DI1F28DI Jan/2810,65%10,74%
DE OLHO NO COPOM, BANCOS SOBEM

Os bancos sobem em bloco no Ibovespa, com os investidores precificando a manutenção da Selic em 13,75% ao ano, com expectativa de sinalização do Copom para início do ciclo de cortes na taxa básica de juros.

Em linhas gerais, em um cenário de juros mais baixos, os bancos devem observar uma contenção no avanço da inadimplência, além de reduzir o custo de captação.

CÓDIGONOMEULTVAR
BBAS3Banco do Brasil ONR$ 51,722,62%
SANB11 Santander Brasil unitsR$ 31,371,39%
ITUB4Itaú Unibanco PN R$ 29,05 1,01%
BPAC11BTG Pactual units R$ 30,95 0,95%
BBDC3Bradesco ON R$ 14,97 0,74%

O Ibovespa segue renovando máximas ao longo do pregão, com a expectativa de manutenção da Selic e aprovação do arcabouço fiscal no Senado Federal.

O índice avança 0,75%, aos 120.518 pontos.

FECHAMENTO DO PETRÓLEO

Os contratos futuros do petróleo tipo para agosto Brent fechou em alta de 1,61%, a US$ 77,12 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

Já os contratos para agosto do petróleo WTI encerrou as negociações com avanço de 1,88%, a US% 72,53 o barril, na New York Mercatile Exchange (Nymex).

O petróleo, que iniciou o dia em queda, inverteu o sinal e recuperou as perdas. O movimento de câmbio colaborou, com o enfraquecimento do dólar após as declarações do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell.

COMMODITIES METÁLICAS CAEM EM BLOCO

As companhias de commodities metálicas recuam no Ibovespa, na esteira do minério de ferro.

Com a falta de estímulos econômicos por parte do governo chinês e expectativa de reabertura mais lenta da segunda maior economia do mundo, a commodity fechou em queda de 1% em Dalian.

Confira a cotação das empresas do setor no Ibovespa:

CÓDIGONOMEULTVAR
CMIN3CSN Mineração ONR$ 4,38-1,57%
USIM5 Usiminas PNA R$ 7,31-1,08%
GOAU4 Metalúrgica Gerdau PN R$ 12,07-1,15%
VALE3Vale ON R$ 66,86 -1,11%
GGBR4 Gerdau PN R$ 25,62 -0,93%
CSNA3 CSN ON R$ 13,13+0,08%
IBOVESPA SEGUE NOS 120 MIL PONTOS

Com a alta de mais de 4% das ações da Petrobras (PETR4), na esteira do petróleo e notícias corporativas, o Ibovespa sustenta os 120 mil pontos em dia de cautela no exterior.

Há pouco, o índice da bolsa brasileira operava em alta de 0,59%, aos 120.332 pontos.

BTG VÊ OPORTUNIDADE DE CURTO PRAZO NAS AÇÕES DA XP E ELEVA PREÇO-ALVO DE NOVO

A combinação de projeções melhores, custo do patrimônio líquido (CoE) mais baixo e um câmbio mais forte fizeram o BTG ver uma oportunidade para quem quer ter exposição aos papéis da XP no curto prazo. 

O banco elevou mais uma vez o preço-alvo para a corretora de US$ 20 para US$ 28,50 para meados de 2024 — o que representa um potencial de valorização de 21% com relação ao fechamento dos papéis na Nasdaq na terça-feira (21). 

Quando se trata da indicação, no entanto, o BTG ainda é cauteloso: a XP segue com uma recomendação neutra. 

“Apesar do rali recente e de nossas preocupações de médio e longo prazo — que nos deixam neutros em relação ao papel —, ainda acreditamos que a ação parece uma oportunidade de compra no curto prazo”, explica o banco em relatório. 

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EMPRESAS DE CELULOSE CAEM COM DÓLAR

As empresas de celulose Suzano (SUZB3) e Klabin (KLBN11) operam em tom negativo na esteira da desvalorização do dólar ante o real. Essas companhias são pressionadas, principalmente, por serem mais expostas ao mercado externo.

Confira a cotação no Ibovespa:

CÓDIGONOMEULTVAR
SUZB3Suzano ONR$ 46,37-2,26%
KLBN11Klabin unitsR$ 22,57-2,25%
IBOVESPA ATINGE OS 120 MIL PONTOS

Com o aval do Cade para a venda da refinaria Lubnor, prevista no plano de desinvestimento da pela Petrobras (PETR4), as ações preferenciais da estatal sobem 4% e, em consequência, acelera os ganhos do Ibovespa.

Há pouco, o índice da bolsa brasileira registrava alta de 0,58%, aos 120.315 pontos, e opera na contramão de NY.

PROGRAMA DE DESINVESTIMENTO DA PETROBRAS (PETR4)

O Conselho Administrativo da Defesa Econômica (Cade) confirmou, há pouco, que a Petrobras (PETR4) deve apresentar o novo cronograma para a venda de refinarias, prevista no plano de desinvestimento da estatal, até 28 de junho.

O prazo já havia sido prorrogado em março.

O Cade também aprovou, nesta quarta-feira (21), a venda da refinaria da Petrobras no Ceará, a Lubnor, para a Grepar Participações. Em repercussão, as ações preferenciais da companhia (PETR4) aceleraram os ganhos com avanço acima de 4%.

PETROLEIRAS SOBEM

Apesar do aumento da cautela internacional após as falas de Powell com sinalizações retomada do ciclo de alta nos juros americanos, o petróleo recupera as perdas recentes e avança na Intercontinental Exchange (ICE).

O petróleo tipo Brent registra alta 1,59%, a US$ 77,13 o barril.

Em consequência, as companhias ligadas a commodity sobem no Ibovespa.

A Petrobras (PETR4;PETR3) aumenta os ganhos repercutindo a elevação da recomendação para compra dos papéis pelo Goldman Sachs e Santander.

Mas, 3R Petroleum (RRRP3) recua em movimento de realização.

Confira as cotações:

CÓDIGO NOMEULTVAR
PETR3Petrobras ONR$ 35,67+3,96%
PETR4Petrobras PNR$ 31,72+3,76%
PRIO3 PRIO ON R$ 37,10 +2,60%
RRRP3 3R Petroleum ONR$ 32,34-1,22%
IBOVESPA RENOVA MÁXIMA

O Ibovespa há pouco renovou a máxima do dia com alta de 0,59%, aos 120.331 pontos.

VAI PASSAR DE ANO?

Em um cenário mais positivo para o setor de educação, o “quadro branco” da Yduqs (YDUQ3) na bolsa brasileira parece estar sendo desenhado por canetões em tons de verde, na visão do Bank of America (BofA).

Mesmo após um rali dos papéis YDUQ3 na bolsa desde o início deste ano, com uma valorização acumulada de aproximadamente 106%, o BofA acredita que a empresa “pode passar de ano” e enxerga novos ganhos no futuro da companhia.

A instituição financeira atualizou a recomendação para as ações de “neutro” para “compra”. Além disso, os analistas elevaram o preço-alvo para os papéis de R$ 11 para R$ 24, implicando em um potencial de alta de 23% em relação ao último fechamento, de R$ 19,46.

Vale destacar que as ações da Yduqs lideram as altas do Ibovespa no pregão desta quarta-feira (21). Por volta das 13h, os papéis subiam 7,04%, negociados a R$ 20,83.

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SOBE E DESCE DO IBOVESPA

O Ibovespa sobe 0,20%, aos 119.860 pontos, com a expectativa de votação do arcabouço fiscal no plenário do Senado Federal e retomada da alta do petróleo antes da decisão do Copom.

Confira as maiores altas:

CÓDIGONOMEULTVAR
YDUQ3Yduqs ONR$ 20,837,04%
NTCO3Natura ONR$ 16,925,29%
IRBR3IRB Brasil ONR$ 40,074,38%
PETR4Petrobras PNR$ 31,703,70%
PETR3Petrobras ONR$ 35,543,58%

E as maiores quedas do dia:

CÓDIGONOMEULTVAR
EMBR3Embraer ONR$ 17,87-7,22%
LWSA3Locaweb ONR$ 9,00-4,46%
CASH3Meliuz ONR$ 8,38-4,23%
TOTS3Totvs ONR$ 28,99-3,14%
CVCB3CVC ONR$ 4,06-3,10%
Saiu do tom: Powell atravessa o samba ao falar de juros, gringos perdem o ritmo e Wall Street cai

Atravessar o samba — expressão popular que indica que uma banda ou bateria errou a batida. E foi isso que fez o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, nesta quarta-feira (21): saiu do tom de Wall Street sobre o futuro da taxa de juros nos EUA

Ao falar da dança com a inflação, o chefão do BC norte-americano acabou pisando no pé de muito investidor gringo. Por lá, o Dow Jones, o S&P 500 e o Nasdaq operam em queda enquanto os investidores avaliam os comentários de Powell ao Comitê de Serviços Financeiros da Câmara. 

Uma semana após decidir pela primeira vez em mais de um ano não aumentar o juro, o presidente do Fed indicou que o samba de breque não vai ter bis: o movimento foi apenas uma breve pausa e não uma indicação de que a taxa referencial parou de subir. 

“Quase todos os membros do Fomc [comitê de política monetária] esperam que seja apropriado aumentar os juros um pouco mais até o final do ano”, disse Powell. 

Leia mais.

DÓLAR CAI

O dólar à vista acentuou a queda há pouco, a R$ 4,7657, repercutindo o cenário macroeconômico:

  • No Reino Unido: a inflação veio acima do esperado e elevou as expectativas de aperto monetário na região; o Banco Central da Inglaterra (BoE) se reúne nesta quinta-feira (22) para decidir sobre os juros e as apostas são de alta entre 25 e 50 pontos-base;
  • Nos EUA: as falas do presidente do Fed, Jerome Powell, na Câmara dos Representantes, elevaram as expectativas de retomada do ciclo de altas no juro americano a partir da reunião de julho. Segundo o monitoramento do CME Group, a chance do Fed elevar os juros em 25 pontos-base na próxima reunião avançou a 79,4%.

O cenário local também influencia na desvalorização do dólar:

  • A manutenção da Selic em 13,75% ao ano é dada, pelo mercado, como certeza na decisão de hoje do Copom; a expectativa é de sinais de início do ciclo de cortes na taxa básica de juros;
  • Aprovação do texto-base do arcabouço fiscal na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) animou os investidores com a perspectiva de que a proposta seja apreciada ainda hoje no plenário do Senado Federal.
FECHAMENTO DA EUROPA

Com o avanço da inflação no Reino Unido, expectativas de continuidade do aperto monetário na Europa e retomada do ciclo de alta no juro americano, as bolsas europeias encerraram o pregão em tom negativo.

O Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) se reúne amanhã (22) para nova decisão dos juros no Reino Unido; as projeções são de alta de 25 pontos-base, mas a elevação de 50 pontos-base também está no radar.

Confira o fechamento dos índices europeus:

  • FTSE 100 (Londres): -0,04%;
  • CAC 40 (Paris): -0,46%;
  • DAX (Frankfurt): -0,54%.
FUNDO IMOBILIÁRIO BRCO11 DEVE PAGAR DIVIDENDOS 40% MAIORES APÓS VENDA DE IMÓVEL E ACORDO COM INQUILINO; SAIBA COMO RECEBER

Os últimos movimentos no portfólio do fundo imobiliário Bresco Logística (BRCO11) devem render uma alta de 40% nos dividendos já a partir deste mês. O FII divulgou uma atualização no guidance de rendimentos que mostra um salto no patamar previsto para as distribuições aos cotistas.

O fundo — que vendeu um imóvel com lucro milionário em maio e fechou um acordo com um locatário neste mês — comunicou ontem (21) que, considerando os dois eventos já citados e a performance operacional, a nova expectativa é pagar R$ 0,87 por cota a partir da apuração dos rendimentos de junho, que ocorre no mês seguinte.

O valor é 40% superior aos R$ 0,62 por cota distribuídos em abril, e também supera o último guidance, que havia sido divulgado em maio após a venda do centro de distribuição Bresco São Paulo. Veja abaixo:

Fonte: Bresco Logística

A Oliveira Trust e a Bresco, administradora e gestora do FII, respectivamente, destacam que as informações divulgadas "são estimativas e não devem ser consideradas qualquer forma de promessa ou garantia de rentabilidade". Mas, de acordo com os cálculos, os dividendos devem ser pagos a quem detiver as cotas do BRCO11 neste mês, em data-base a ser divulgada.

Leia mais.

COMO ANDAM OS MERCADOS

A cautela segue forte no exterior ainda de olho na falta de estímulos econômicos na China e a expectativa de retomada do ciclo de altas no juros na Europa e nos EUA.

A inflação (CPI, na sigla em inglês) avançou 0,7% em maio ante abril no Reino Unido, acima das projeções de alta de 0,4%. A aceleração dos preços impulsionou as apostas de nova alta de 25 pontos-base no juro britânico na próxima reunião do Banco Central da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) na reunião de amanhã (22).

Além disso, os investidores internacionais reagem às declarações do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, na Câmara dos Representantes. Entre os destaques, Powell afirmou que "quase todos os dirigentes consideram apropriado elevar os juros até o fim do ano".

E, repercutindo esses fatos, as bolsas internacionais operam em tom negativo.

O Ibovespa, por sua vez, mira os 120 mil pontos e destoa do exterior, com melhora do otimismo com o cenário doméstico. O movimento de alta é impulsionado com a aprovação do texto-base do arcabouço fiscal em Comissão do Senado e a expectativa de apreciação da proposta ainda hoje no plenário da Casa.

Além disso, os investidores locais aguardam a decisão do Copom, que deve ser divulgada após o fechamento do mercado. A expectativa é de manutenção da Selic em 13,75% ao ano, com sinais de início do ciclo de corte nos juros.

O Ibovespa sobe 0,03%, aos 119.653 pontos.

Entre os destaques do índice estão:

PONTA POSITIVA

  • Yduqs (YDUQ3) lidera os ganhos desde a abertura dos negócios, repercutindo a elevação da recomendação dos papéis para compra e do preço-alvo pelo Bank of America (BofA);
  • IRB (IRBR3) salta mais de 3% com a elevação do preço-alvo das ações pelo Santander; o banco manteve a recomendação neutra para os ativos da resseguradora;
  • Oi (OIBR3) chegou a subir mais de 14% por volta das 11h (horário de Brasília) com investidores repercutindo a decisão da Anatel de pedido de acordo no Tribunal de Contas da União (TCU) com a operadora de telefonia;
  • Santander e Goldman Sachs elevaram as recomendações para compra dos ativos da Petrobras (PETR4; PETR3), de olho na política de preços e de dividendos da estatal.

PONTA NEGATIVA

  • Suzano (SUZB3) e Klabin (KLBN11) acompanham o enfraquecimento do dólar ante o real e recuam quase 3% no Ibovespa;
  • Embraer (EMBR3) lidera as perdas do dia com realização de lucros recentes e investidores monitorando a feira do setor aéreo em Paris.

O dólar, que iniciou o dia em alta, voltou a desvalorizar ante o real, após a aprovação do texto-base do arcabouço fiscal na Comissão do Senado Federal. A moeda americana opera a R$ 4,7668, com baixa de 0,51%.

Os juros futuros (DIs) operam sem direção única, com avanço nas curvas mais curtas e de médio prazo na esteira dos rendimentos dos Treasuries, e alívio na cauda mais longa com o dólar e a expectativa de início de cortes na Selic.

GOLDMAN SACHS ELEVA PAPÉIS DA PETROBRAS DE NEUTRO PARA COMPRA, MAS AINDA PREFERE OUTRA PETROLEIRA

Depois de JP Morgan e Morgan Stanley, agora é a vez de o Goldman Sachs subir na plataforma de exploração de petróleo da Petrobras (PETR3; PETR4) e melhorar a recomendação para os ativos da petroleira.

O banco americano elevou a indicação de neutro para compra para os ADRs (American Depositary Receipts, recibos das ações da estatal na Bolsa de Valores de Nova York) e as ações preferenciais (PETR4) e ordinárias (PETR3), negociadas na B3.

Apesar da alta recente de cerca de 50%, ajustada por dividendos, os analistas ainda esperam valorizações da ordem de 30% para os ativos da estatal em 12 meses.

Veja os preços-alvos atuais e os potenciais de valorização dos papéis em relação ao fechamento de ontem:

Leia mais.

GIRO DO MERCADO

O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) da B3 atingiu os 3.100 pontos voltando aos níveis pré-pandemia e caminha para a 10ª semana seguida de alta. Vale a pena apostar nos FIIS agora?

Hoje também é dia de Copom, e pode ser a última vez da Selic em 13,75%, com expectativa de corte na taxa de juros na próxima reunião. Qual é o cenário a partir disso? Caio Araújo, analista da Empiricus Research, comenta onde estão as oportunidades no setor.

O mercado cripto amanheceu de bom humor com Bitcoin (BTC) marcando os 29 mil pontos hoje (21). O que impulsionou a decolagem da criptomoeda? A criptoanalista Narriman França estreia no Giro do Mercado de hoje (21) explicando o que justifica essa alta e ainda, trás recomendações de ETFs para investir agora.

Acompanhe o Giro:

YDUQS (YDUQ3) LIDERA GANHOS

A companhia de educação Yduqs (YDUQ3) sobe 5,04%, a R$ 20,44, repercutindo a elevação da recomendação dos papéis de neutra para compra pelo Bank of America (BofA).

O banco também elevou o preço-alvo das ações de R$ 11 para R$ 24, o que representa uma valorização superior a 23% em relação ao fechamento de ontem (20).

No relatório, o BofA destaca a melhoria da dinâmica do capital de giro, com a tendência positiva dada a qualidade da base de alunos.

SANTANDER ELEVA PREÇO-ALVO E IRB (IRBR3) SOBE

As ações da resseguradora IRB (IRBR3) avançam 1,77%, a R$ 39,07 na B3.

O movimento de alta é impulsionado pela elevação do preço-alvo das ações de R$ 39 para R$ 43 pelo Santander, um potencial de valorização de 12% em relação ao fechamento de ontem (20). O banco manteve a recomendação neutra para os ativos da companhia.

VAMOS (VAMO3) LANÇA OFERTA DE AÇÕES DE R$ 1,5 BILHÃO

Menos de um ano depois da última oferta de ações, a Vamos (VAMO3) vai pedir mais dinheiro aos investidores na bolsa. Agora, a empresa de locação de caminhões e máquinas pretende captar R$ 1,5 bilhão no mercado, com base nas cotações de ontem na B3 (R$ 12,67).

Mas desta vez nem todo o dinheiro vai para o caixa da companhia. O grupo Simpar, controlador da Vamos, pretende embolsar R$ 500 milhões com a venda de 39.463.299 ações na oferta.

Colocar algum dinheiro no bolso agora até faz sentido. Afinal, a Vamos é uma das poucas empresas da safra recente que abriu o capital na B3 a apresentar um bom desempenho. Desde o IPO, janeiro de 2021, os papéis da companhia dobraram de valor.

Resta saber o que vão pensar os investidores. A primeira reação ao anúncio da nova oferta não é lá das melhores. Por volta das 11h30 desta quarta-feira, as ações da Vamos (VAMO3) registravam queda de 4,50% na B3, cotadas a R$ 12,10.

Leia mais.

PETROBRAS (PETR4) SOBE COM RECOMENDAÇÃO DE BANCOS

As ações da Petrobras (PETR4;PETR3) sobem mais de 2% no Ibovespa, repercutindo a elevação da recomendação dos ativos de neutra para compra pelos bancos Goldman Sachs e Santander.

CÓDIGONOMEULTVAR
PETR3Petrobras ONR$ 35,182,54%
PETR4Petrobras PNR$ 31,332,49%

Para o Goldman, a companhia possui um valuation atrativo de aproximadamente 15% de rendimento do fluxo de caixa (FCF) para 2024 e 2025, somados a contenção dos riscos com os esclarecimentos da estatal sobre a política de dividendos.

Já o Santander, a perspectiva positiva é observada também nos recibos de ações (ADRs) da empresa, negociados em Nova York, de olho na política de preços da estatal.

"Acreditamos que as mudanças na política de preços de combustível e maiores investimentos em energias renováveis provavelmente terão um impacto limitado nos resultados financeiros da Petrobras e na capacidade da empresa de continuar criando valor para o acionista e para o pagamento de dividendos", diz o relatório do Santander.

DÓLAR PERDE FORÇA

Após a aprovação do texto-base do arcabouço fiscal em comissão no Senado, o dólar à vista perdeu força ante o real e voltou ao tom negativo.

A moeda americana cai 0,14%, a R$ 4,7847.

OI (OIBR3) SALTA 14%

As ações da Oi (OIBR3), negociadas fora do Ibovespa, no retorno das operações alta de 14,02%, a R$ 1,23.

Os investidores repercutem a decisão da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) de negociar a concessão bilionária da operadora de telefonia no Tribunal de Contas da União (TCU).

Ou seja, os papéis reagem positivamente à possibilidade de acordo entre a agência e a Oi, que voltou ao processo de recuperação judicial em março, com dívidas de R$ 44,3 bilhões.

Ontem (20), o presidente da Anatel, Carlos Baigorri, disse ao Broadcast que a atual situação da Oi "é ainda mais preocupante" do que a do primeiro processo de RJ, já que a operadora tem menos ativos para vender.

ONCOCLÍNICAS (ONCO3) CAI APÓS FOLLOW-ON

As ações da Oncoclínicas (ONCO3), negociadas fora do Ibovespa, operam em queda de 3,76%, a R$ 10,26.

Os ativos sofrem ajustes dos investidores após a empresa informar que a oferta primária e secundária de ações movimentou quase R$ 900 milhões.

O preço da oferta subsequente alcançou R$ 10,25 por ação, sendo um desconto de 2,3% em relação aos R$ 10,49 registrados quando a oferta foi anunciada.

Leia mais.

ARCABOUÇO FISCAL

O texto-base do arcabouço fiscal foi aprovado, há pouco, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal, por 19 votos a favor e 6 contra.

Duas emendas foram rejeitadas e a matéria segue para a apreciação no plenário da Casa; a expectativa é que a votação dos senadores aconteça ainda hoje.

LIGHT ATENDE: ASSEMBLEIA DECIDIRÁ SOBRE CONSELHO INDICADO POR TANURE

O processo de recuperação judicial da Light (LIGT3) anda bastante turbulento. A novidade no caso é que os acionistas atenderam ao pedido da gestora WNT Capital de convocar uma assembleia para indicar os novos membros do conselho de administração da companhia, de acordo com comunicado ao mercado.

A costura do acordo é atribuída a Nelson Tanure. Participantes do mercado relacionam a WNT com o empresário. Recentemente, a gestora elevou sua participação na Light de 15,2% para 21,8%.

Na noite de ontem, a Light divulgou carta na qual a gestora indica a chapa para o novo conselho. São eles: 

  • Hélio Calixto da Costa;
  • Firmino Ferreira Sampaio Neto;
  • Nelson Sequeiros Rodriguez Tanure;
  • Pedro de Moraes Borba;
  • Wendell Alexandre Paes de Andrade de Oliveira;
  • Abel Alves Rochinha;
  • Helio Paulo Ferraz;
  • Yuiti Matsuo Lopes;
  • Raphael Manhães Martins.

Hélio Costa, conhecido por seu trânsito em Brasília e historicamente ligado a Tanure, foi indicado como próximo presidente da companhia. O próprio Tanure deve ter um assento do conselho.

Leia mais.

ABERTURA DE NOVA YORK

As bolsas americanas emplacam o segundo dia se cautela seguido, repercutindo as falas do presidente do Fed, Jerome Powell, na Câmara dos Representantes.

O presidente do BC americano disse que quase todos os dirigentes, que compõem o FOMC, consideram "apropriado elevar juros até o fim do ano".

Confira a abertura em NY:

  • S&P 500: -0,38%;
  • Dow Jones: -0,42%;
  • Nasdaq: -0,33%
IBOVESPA DESTOA DO EXTERIOR E SOBE

Com alta de mais de 2% dos ativos da Petrobras (PETR4;PETR3), o Ibovespa recupera o fôlego e retorna ao tom positivo, na mira dos 120 mil pontos.

O índice registra alta de 0,20%, aos 119.862 pontos.

ABERTURA DO IBOVESPA

O Ibovespa abre em leve queda de 0,05%, aos 119.623 pontos e acompanha a cautela internacional.

Nos EUA, os investidores acompanham o discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, na Câmara dos Representantes.

Em suas falas iniciais, o dirigente afirmou que a pausa no ciclo de altas tem o objetivo de "avaliar mais dados econômicos" e que o Banco Central americano deve retomar o aperto monetário nas próximas reuniões. Isso levou deu fôlego ao dólar ante o real na última meia hora, que avança a R$ 4,80.

Por aqui, os investidores monitoram a votação do arcabouço fiscal na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal, com expectativa de apreciação do texto em plenário ainda hoje.

Os senadores também devem sabatinar Cristiano Zanin, indicado por Lula, para o Supremo Tribunal Federal (STF).

Por fim, o Copom deve divulgar a decisão sobre a Selic após o fechamento dos mercados. A expectativa é que o colegiado mantenha os juros em 13,75% ao ano com indicação do início do ciclo de cortes.

ADRS DE VALE E PETROBRAS

Enquanto os índices futuros de Nova York operam em tom negativo, em meio às falas de Powell na Câmara dos Representantes, os recibos de ações das companhias brasileiras (ADRs) são negociados sem direção única no pré-mercado.

  • Vale (VALE): -0,63%, a US$ 13,96;
  • Petrobras (PBR): +0,98%, a US$ 14,37.
FALA, POWELL

O presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, disse que a manutenção dos juros, na semana passada, no intervalo entre 5,00% e 5,25% ao ano, tem o objetivo de "avaliar mais dados econômicos". Ele iniciou há pouco o discurso na Câmara dos Representantes.

"Quase todos os dirigentes consideram apropriado elevar juros até o fim do ano. [...] Continuaremos tomando decisões a cada reunião", acrescentou o dirigente do Fed.

Em reação, o dólar à vista acelerou alta ante o real e avança a R$ 4,3144. Os índices futuros de Nova York, por outro lado, aprofundaram as perdas:

  • S&P 500 futuro: -0,30%;
  • Dow Jones futuro: -0,24%;
  • Nasdaq: -0,41%.

Os rendimentos dos Treasuries também aceleraram os ganhos, após as primeiras falas de Powell.

ONCOCLÍNICAS MOVIMENTA QUASE R$ 900 MILHÕES EM FOLLOW-ON

A Oncoclínicas (ONCO3) acaba de movimentar quase R$ 900 milhões em uma oferta primária e secundária de ações.

Uma das caçulas da B3, a empresa conseguiu demanda não apenas para o principal da oferta, mas também para um lote adicional de ações.

O preço da oferta subsequente alcançou R$ 10,25 por ação da rede de oncologia clínica para o tratamento contra o câncer.

Trata-se de um desconto de 2,3% em relação aos R$ 10,49 registrados quando a oferta foi anunciada.

Leia mais.

MATHEUS SPIESS: MERCADO EM 5 MINUTOS

O CIRCO DOS JUROS: SELIC NO TRAPÉZIO E POWELL COM A BOLA MALABARISTA

Lá fora, as ações caíram nesta quarta-feira (21) na Ásia, acompanhando os índices de referência de Wall Street, que recuaram após a alta do S&P 500 para seu nível mais alto desde a primavera do ano passado.

Nem as exportações sul-coreanas conseguiram sustentar o humor, mesmo tendo observado uma alta nos primeiros vinte dias de junho, o que poderia sugerir alguma normalização da demanda global por bens.

A verdade é que enquanto a segunda maior economia do mundo estiver tropeçando em sua recuperação com o fim das restrições da Covid, será difícil verificar novas altas.

Os mercados europeus operam predominantemente em queda nesta manhã, assim como podemos observar nos futuros americanos.

Nos EUA, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, testemunhará perante o Congresso na quarta e quinta-feira — na semana passada, o Fed manteve estável sua taxa básica de juros, a primeira vez em mais de um ano que não anunciou um aumento.

Como a autoridade alertou que poderia aumentar as taxas duas vezes mais este ano, qualquer novidade comentada por Powell poderá servir de suporte para as expectativas do mercado.

A ver…

00:54 — O tom de flexibilização

No Brasil, ainda sofremos com a frustração dos investidores perante os estímulos mais fracos do que o esperado na China, que prejudica os preços internacionais das commodities e, consequentemente, algumas ações brasileiras pesadas no Ibovespa.

Teremos hoje a conclusão do Comitê de Política Monetária (Copom) depois do fechamento de mercado, que deverá pela primeira vez sinalizar um tom mais flexível para a condução da política monetária, podendo indicar redução da Selic em breve. Nossa expectativa é que seja em agosto com 25 pontos-base de corte.

Ontem, para reforçar a chance de corte dos juros, tivemos uma deflação acelerando na prévia de junho do IGP-M. A queda no preço dos combustíveis e o dólar abaixo de R$ 4,80 podem desacelerar ainda mais a inflação.

O resultado seria uma eventual escalada mais rápida de cortes da Selic no segundo semestre — o que varia entre os investidores é a perspectiva para o ritmo de cortes dos juros. Caso a tendência mais flexível se confirme, as ações voltariam a ganhar força para além dos 120 mil pontos.

Na agenda, ainda contamos com a votação atrasada do arcabouço no CAE do Senado.

01:50 — O que Powell ainda tem a nos dizer?

Nos EUA, as ações caíram ontem com os investidores abrindo a semana encurtada pelo feriado com temores renovados sobre o próximo movimento do Federal Reserve.

O medo de uma recessão não desapareceu, mas as ações estão dizendo claramente que um pouso suave (soft landing) agora é o caso base.

Na agenda, temos o testemunho semestral do presidente do Fed, Jerome Powell, perante o Comitê de Serviços Financeiros da Câmara, que está marcado para hoje — há suspeita de que a pausa de junho foi parte de um acordo para apaziguar os ânimos no interior do Fed.

Os comentários de Powell serão analisados em busca de novas pistas sobre possíveis movimentos nas taxas.

Com o sentimento ainda otimista e os mercados bem comprados, Powell poderia fornecer um mínimo de apoio ao avanço do mercado, mas se ele sugerir que está no campo dos falcões (favoráveis a mais aumentos dos juros), os mercados podem precisar continuar a diminuir os ganhos até que surja um catalisador viável.

Note que o nervosismo do mercado pode durar mais, uma vez que Powell também testemunhará na quinta-feira perante o Comitê Bancário do Senado.

02:46 — A condição europeia

O Banco Central Europeu concluiu a maior parte de seus aumentos nas taxas de juros e possíveis novos aumentos seriam menos importantes no combate à inflação do que a duração da política monetária restritiva. De fato, os europeus parecem já ter caminhado a maior parte da jornada.

Qualquer aumento adicional dependerá dos dados de inflação observados (cada decisão de uma vez). Os comentários dos membros do BCE adicionam cautela a um debate acalorado sobre as perspectivas para as taxas de juros.

Enquanto isso, o Reino Unido teve mais uma surpresa com a inflação hoje, ao ver o índice de preços ser entregue acima do esperado e acelerando para 7,1% na comparação anual dos núcleos, que excluem os itens mais voláteis.

O Banco da Inglaterra se reunirá para tratar da política de taxas de juros na quinta-feira em um momento no qual os bancos centrais de todo o mundo começam a seguir direções divergentes.

O caso britânico é especialmente delicado e chama a atenção.

03:35 — Mais ajuda aos ucranianos

A União Europeia está pronta para propor um pacote de ajuda financeira de cerca de US$ 55 bilhões para apoiar a Ucrânia, enquanto o país embarca em uma contraofensiva crítica para retomar o território perdido desde a invasão da Rússia há mais de um ano. Sim, apesar de menos comentada, a guerra continua lá fora.

A proposta da Comissão Europeia, o braço executivo da UE, ajudará a financiar os gastos atuais do governo ucraniano e a pagar por prioridades de reconstrução, de acordo com pessoas familiarizadas com o plano.

O pacote completo, ainda sujeito a mudanças antes de se tornar público, será anunciado em breve.

04:07 — Uma visita encantadora

O secretário de Estado Antony Blinken teve uma recepção silenciosa quando chegou a Pequim. Um único funcionário do Ministério das Relações Exteriores para recebê-lo no aeroporto e nenhum tapete vermelho.

48 horas depois, no entanto, a viagem parecia ter alcançado seu objetivo, uma vez que os dois lados haviam restaurado algumas comunicações de nível sênior.

Por incrível que pareça, o próprio líder chinês Xi Jinping teve uma reunião com Blinken — se encontrar formalmente com outro alguém que não seja um chefe-de-estado indica boa vontade dos chineses.

Para melhorar ainda mais o contexto, Xi Jinping fez elogios raros à visita dos americanos.

Consequentemente, o presidente Joe Biden saudou o que disse ser um progresso na restauração dos laços entre EUA e China (apesar de ter cometido mais uma de suas infinitas gafes ao chamar o presidente chinês de ditador — sabemos que é, mas não pode ser dito assim).

A expectativa de todos é que teremos melhores comunicações e melhor envolvimento daqui para frente. Com isso, a visita de Blinken foi bem-sucedida em restaurar algumas comunicações de alto nível com a China.

ABERTURA DOS JUROS FUTUROS

Os juros futuros (DIs) abriram estáveis, com viés de alta em toda a curva, em movimento de realização e acompanhando o rendimentos dos Treasuries antes do discurso do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, na Câmara dos Representantes.

O dólar, que tenta engatar alta no segundo dia seguido, também contribui para o avanço dos DIs.

Os investidores, por ora, monitoram a votação do arcabouço fiscal no Senado.

CÓDIGONOME ULT  FEC 
DI1F24DI Jan/2413,01%13,00%
DI1F25DI Jan/2511,12%11,10%
DI1F26DI Jan/2610,54%10,53%
DI1F27DI Jan/2710,58%10,56%
DI1F28DI Jan/2810,75%10,74%

FIM DA AGONIA? BITCOIN SOBE A US$ 29 MIL HOJE

A maior criptomoeda do planeta viveu uma noite daquelas. O bitcoin (BTC) disparou mais de 11% durante a manhã e tocou os US$ 30 mil na tarde desta quarta-feira (21). 

Nos últimos sete dias, o BTC conseguiu avançar mais de 11%, tendo uma valorização anual da ordem de 74%. Alguns analistas acreditam que o rompimento da barreira de US$ 27 mil pode ajudar o bitcoin a superar os US$ 30 mil como próximo nível de preços. 

As demais criptomoedas do mercado também sobem, porém com menos intensidade. Diferentemente do que ocorria antes, as altcoins — moedas alternativas ao bitcoin — estão na mira da SEC, a CVM dos Estados Unidos, o que injeta um pouco mais de cautela nos investidores.

Confira o desempenho das dez maiores criptomoedas do mundo hoje:

Leia mais.

ABERTURA DO DÓLAR

O dólar à vista abre a R$ 4,7943, em baixa de 0,04% em relação ao fechamento anterior.

ABERTURA DO IBOVESPA FUTURO

O Ibovespa futuro abre próximo da estabilidade, com leve queda de 0,01%, aos 121.975 pontos. O movimento acompanha a cautela do exterior, após a inflação no Reino Unido vir acima da expectativa.

Por aqui, as atenções se voltam à Brasília, com a votação do arcabouço fiscal na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) no Senado Federal e, em seguida, apreciação da matéria no plenário da Casa.

Hoje, o Banco Central deve divulgar a decisão sobre a taxa Selic. A expectativa é de manutenção dos juros em 13,75% ao ano, com sinalizações de início do ciclo de cortes.

COMMODITIES EM QUEDA

Com a ausência de estímulos econômicos na China e o avanço da inflação no Reino Unido, os investidores seguem cautelosos nesta quarta-feira (21).

O minério de ferro registra queda de 0,99%, com a tonelada cotada a US$ 110,88 em Dalian, na China. O petróleo tipo Brent cai 0,03%, a US$ 75,87 o barril, em ICE.

AGENDA DO DIA

A quarta-feira (21) terá a agenda cheia no exterior e no Brasil.

Lá fora, os investidores reagem à inflação de maio no Reino Unido e eleva as expectativas de nova alta de 25 pontos-base dos juros na próxima reunião do Banco Central Europeu (BCE).

Nos EUA, as atenções se concentram no discurso do presidente do Federal Reserve (Fed), na Câmara dos Representantes. Além disso, os mercados acompanham as declarações de dirigentes do Fed.

Por aqui, o Copom deve divulgar a decisão sobre a taxa básica de juros, a Selic. A expectativa é que o colegiado do Banco Central (BC) mantenha a taxa em 13,75% ao ano, com a sinalização de início de cortes a partir de agosto.

No Senado Federal, os senadores devem votar o texto do arcabouço fiscal na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e, logo em seguida, a matéria será apreciada no plenário da Casa.

Confira os principais destaques do dia:

HorárioPaís / RegiãoEvento
3hReino UnidoÍndice de preços ao consumidor (CPI, em inglês) de maio
3hReino UnidoÍndice de preços ao produtor (PPI, em inglês) de maio
11hEstados UnidosDepoimento de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve
11hEstados UnidosDiscurso de Philip Jefferson, governador do Fed
17hEstados UnidosDiscurso de Loretta J. Mester, membro do FOMC
Após 18hBrasilDecisão da taxa de juros Selic
Fonte: Investing.com
CAÇADOR DE TENDÊNCIAS

Após o fechamento do último pregão, identifiquei uma oportunidade de swing trade baseada na análise quant - compra dos papéis da Helbor Empreendimentos (HBOR3).

HBOR3: [Entrada] R$ 3.51; [Alvo parcial] R$ 3.65; [Alvo] R$ 3.87; [Stop] R$ 3.27

Recomendo a entrada na operação em R$ 3.51, um alvo parcial em R$ 3.65 e o alvo principal em R$ 3.87, objetivando ganhos de 10.3%.

O stop deve ser colocado em R$ 3.27, evitando perdas maiores caso o modelo não se confirme.

Leia mais.

LULA É APROVADO POR 56% DOS BRASILEIROS

A aprovação popular do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou para 56% na terceira rodada da pesquisa Genial/Quaest, após cair para 51% na medição feita em abril.

A recuperação, que devolve a aprovação de Lula ao nível de fevereiro, quando foi feita a primeira pesquisa, é atribuída à melhora da percepção sobre a economia, já que para 32% dos eleitores a situação econômica melhorou nos últimos 12 meses.

Na rodada anterior, essa sensação era manifestada por 23% dos entrevistados.

A sondagem foi realizada entre os dias 15 e 18 de junho. Foram entrevistados, face a face, 2.029 eleitores com idade superior a 16 anos. A margem de erro é de 2,2 pontos porcentuais. A pesquisa mostra que, desde abril, a reprovação do governo oscilou dentro dessa margem: de 42% para 40%.

Entre os eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno da eleição de outubro, a aprovação do trabalho de Lula subiu de 14% para 22%.

O ponto de alerta trazido pela pesquisa ao presidente é que a parcela dos eleitores que consideram o governo atual melhor do que os dois anteriores de Lula caiu de 53%, na primeira medição, feita em fevereiro, para 35%. Já o porcentual dos que apontam piora subiu de 25% para 33%.

Também houve redução substancial, de 60% para 49%, no porcentual de eleitores que consideram o governo Lula superior ao de Bolsonaro.

A relação com o Congresso é apontada pelos eleitores como um obstáculo importante para Lula. Para pouco mais da metade dos eleitores (51%), o presidente tem mais dificuldade do que seu antecessor para conseguir apoio a projetos encaminhados ao Legislativo.

A pesquisa mostra ainda apoio de 76% dos eleitores aos descontos patrocinados pelo governo no preço dos carros. Também há aprovação expressiva, de 61%, à mudança na política de preços da Petrobras. A volta das relações diplomáticas com a Venezuela, por outro lado, é rechaçada por 64% dos eleitores.

*Com informações do Estadão Conteúdo

O QUE ROLOU NOS MERCADOS ONTEM?

Com a ausência de estímulos do governo chinês ao setor imobiliário, somado ao ajuste de posições, o dólar voltou a ganhar força. A moeda americana fechou a R$ 4,7961, em alta de 0,43%, no mercado à vista.

Por aqui, a perda do apetite ao risco impulsionou o movimento de realização dos ganhos recentes da bolsa brasileira, no primeiro dia de reunião do Copom. O Ibovespa encerrou as negociações em leve queda de 0,20%, aos 119.622 pontos.

Confira o que mais mexeu com os mercados no nosso ao vivo de ontem clicando aqui.

FUTUROS DE NOVA YORK AMANHECEM NO VERMELHO

Os índices futuros de Nova York amanheceram no vermelho nesta quarta-feira.

Os investidores mantêm o tom negativo da véspera em Wall Street enquanto aguardam os testemunhos do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, perante o Congresso dos Estados Unidos.

Powell deve comparecer hoje à Câmara e amanhã ao Senado para a prestação de contas semestral pela atuação do Fed.

Na semana passada, o Fed manteve os juros inalterados depois de dez altas consecutivas. No entanto, as taxas devem voltar a subir nos EUA nos próximos meses.

Confira:

  • S&P 500 futuro: +0,02%
  • Dow Jones futuro: +0,01%
  • Nasdaq futuro: -0,02%
BOLSAS DA EUROPA TENTAM SUSTENTAR ALTA

As principais bolsas de valores da Europa abriram em queda, mas buscam inverter o sinal nesta terça-feira.

Os investidores da região reagem à alta maior que esperada do índice de preços ao consumidor do Reino Unido. A leitura é de que o dado levará a uma alta mais intensa dos juros pelo BoE, como é conhecido o Banco da Inglaterra.

O que anima os investidores por lá é a perspectiva de que Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (o BC dos EUA), dê sinais do fim do aperto monetário por lá.

Confira:

  • DAX: +0,19%
  • FTSE 100: +0,13%
  • CAC 40: +0,04%
  • Euro Stoxx 50: +0,14%
BOLSAS DA ÁSIA FECHAM SEM DIREÇÃO ÚNICA

As principais bolsas de valores da Ásia fecharam sem direção única nesta quarta-feira.

No lado positivo, o índice Nikkei subiu 0,56% em Tóquio e o Taiex registrou leve avanço de 0,10% em Taiwan.

No lado negativo, a China liderou as perdas. O índice Xangai Composto recuou 1,31% e o Hang Seng caiu 1,98% em Hong Kong.

Os investidores ainda reagem negativamente às medidas de estímulo adotadas pela China, consideradas insuficientes pelos agentes do mercado.

Tanto a bolsa de Xangai quanto as de Hong Kong e Taiwan passarão os próximos dias fechadas por causa de feriados locais.

Na Coreia do Sul, a bolsa de Seul caiu 0,86% hoje.

INFLAÇÃO NO REINO UNIDO VEM ACIMA DO ESPERADO

A inflação no Reino Unido subiu mais do que o esperado em maio. O índice de preços ao consumidor avançou 8,7% em maio no acumulado em 12 meses.

Trata-se do mesmo nível registrado em abril pela ONS, como é conhecido o órgão de estatísticas do país. Participantes do mercado esperavam desaceleração para 8,4%.

Na avaliação de Paul Dales, economista-chefe da Capital Economics, o indicador aumenta a chance de o BoE, como é conhecido o banco central da Inglaterra, elevar ainda mais a taxa de juro na reunião de amanhã.

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