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MERCADOS HOJE

Bolsa agora: Ibovespa acompanha Wall Street e fecha o dia em queda; dólar alivia com Campos Neto e Petrobras (PETR4) dá a volta por cima

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5 de abril de 2023
7:22 - atualizado às 17:26

RESUMO DO DIA: Apesar dos conflitos internos terem se desfeito ao longo do dia — com o dólar à vista e os juros futuros encerrando o dia em queda, o Ibovespa não conseguiu escapar de um dia de perdas. 

Isso porque, em Wall Street, a cautela com a possibilidade de uma recessão econômica fez com que os investidores optassem por uma postura de aversão ao risco, contaminando os demais ativos globais. 

Logo pela manhã, dados do mercado de trabalho se somaram aos outros números divulgados nos últimos dias, mostrando mais uma vez uma fraqueza da economia. 

No Brasil, o dia foi de intensa volatilidade, com rumores sobre mudanças na política de preços da Petrobras (PETR4) pesando sobre o Ibovespa. 

Confira os principais destaques do dia:

Leia Também

SOBE E DESCE DO IBOVESPA

Confira as maiores altas do dia:

CÓDIGONOMEULTVAR
VIIA3Via ONR$ 1,846,36%
ECOR3Ecorodovias ONR$ 5,365,51%
BRKM5Braskem PNAR$ 19,543,55%
QUAL3Qualicorp ONR$ 3,712,77%
MRVE3MRV ONR$ 6,422,39%

Confira também as maiores quedas da sessão:

CÓDIGONOMEULTVAR
ALPA4Alpargatas PNR$ 7,14-9,73%
NTCO3Natura ONR$ 11,85-9,61%
PETZ3Petz ONR$ 5,64-5,69%
EMBR3Embraer ONR$ 19,72-5,24%
HAPV3Hapvida ONR$ 2,36-4,84%
FECHAMENTO

O Ibovespa encerrou o dia em queda de 0,88%, aos 100.977 pontos.

FECHAMENTO EM NOVA YORK

As bolsas em Nova York encerraram o dia em queda, mais uma vez repercutindo dados mistos da economia americana. O temor é de que a proximidade de uma recessão coincida com um novo pico de inflação, puxada pela alta do petróleo.

Confira o fechamento dos principais índices:

  • Nasdaq: -1,07%
  • S&P 500: -0,26%
  • Dow Jones: +0,24%
FECHAMENTO

O dólar à vista encerrou o dia em queda de 0,64%, a R$ 5,0499

HECTARE TEM FUNDO FECHADO PARA RESGATES

Depois de sofrer o calote no pagamento de títulos de crédito que fazem parte da carteira de seu principal fundo imobiliário, a gestora Hectare teve mais um baque nesta quarta-feira.

O fundo Hectare Real Estate precisou ser fechado depois que os pedidos de resgate ficaram incompatíveis com a liquidez existente na carteira.

O Hectare Real Estate é um fundo multimercado tradicional, que não possui cotas negociadas em bolsa como a maioria dos fundos imobiliários (FIIs).

Isso significa que os investidores precisam fazer uma aplicação ou pedir o resgate para fazer qualquer movimentação no fundo.

Leia mais.

MAIS UM DIA DE ALTA

O Brent encerrou a sessão em leve alta de 0,06%, a US$ 84,99 por barril. Os investidores ainda repercutem o corte surpresa feito pela Opep+ no fim de semana.

O QUE ACONTECERIA SE O UBS NÃO COMPRASSE O CREDIT SUISSE?

Menos de um mês depois que o Credit Suisse foi salvo pelo principal concorrente, o UBS, uma investigação sobre a aquisição foi lançada pela Procuradoria Geral da Suíça. Agora, o órgão fiscalizador do país deu uma dura declaração ao mercado: a quebra de fato do banco alpino teria gerado uma crise muito pior.

A autoridade responsável pela vigilância do mercado financeiro chama-se FINMA e a compra do Credit Suisse por US$ 3,3 bilhões evitou o efeito dominó nas empresas abaixo do guarda-chuvas do banco.

“Não é difícil de imaginar o impacto desastroso que a falência de um banco e gestora grande como o Credit Suisse AG [um dos segmentos do Credit Suisse] teria no sistema financeiro da Suíça. Muitas outras instituições teriam quebrado junto com a corrida bancária, assim como aconteceu com o próprio CS no último trimestre de 2022”, escreveu Urban Angehrn, CEO da FINMA, em relatório.

Antes do Credit Suisse, o cenário já era ruim

Os abalos no sistema suíço não começaram com o Credit Suisse, mas vieram de terras mais distantes — mais precisamente, nos Estados Unidos.

Leia mais.

ALÍVIO NOS JUROS

As falas de Campos Neto, aliadas ao bom recebimento do arcabouço fiscal pelo mercado e a eprcepção de que o Federal Reserve será obrigado a interromper a alta dos juros, faz com que a curva brasileira opere em queda.

O movimento mais expressivo pode ser visto na ponta mais longa da curva. Confira:

CÓDIGONOME ULT  FEC 
DI1F24DI Jan/2413,23%13,25%
DI1F25DI Jan/2511,96%12,01%
DI1F26DI Jan/2611,81%11,89%
DI1F27DI Jan/2711,90%12,01%
DI1F28DI Jan/2812,06%12,19%
DI1F29DI Jan/2912,28%12,42%
PETROBRAS (PETR4) REDUZ PERDAS

A Petrobras (PETR4) reduziu o ritmo de queda nos últimos minutos. A companhia emitiu um comunicado informando que não foi informada pelo Ministério de Minas e Energia sobre eventuais mudanças em sua política de preços.

De acordo com o documento, os ajustos nos preços dos combustíveis seguirão o ritmo normal que vem sendo empregado pela companhia.

AÇÕES DA PETROBRAS REVERBERAM FALA DE MINISTRO SOBRE MUDANÇA NA POLÍTICA DE PREÇOS E PETR3 E PETR4 CAEM

As ações da Petrobras reverberam a fala do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, sobre a mudança na política de preços da estatal — em uma reação inicial, PETR3 e PETR4 chegaram a cair mais de 4% nesta quarta-feira (5). 

Em entrevista para a GloboNews, Silveira confirma que haverá mudança na política de preços dos combustíveis praticada pela Petrobras, com a adoção de diretrizes baseadas no mercado interno, e não no exterior. 

O ministro classificou a atual política, que se baseia nas movimentações internacionais, de  absurda e afirmou que a mudança deve resultar em uma redução entre R$ 0,22 e R$ 0,25 no preço do litro do diesel.

"O tal PPI [Preço por Paridade de Importação] é um verdadeiro absurdo. Nós temos que ter o que eu tenho chamado de PCI, Preço de Competitividade Interno", disse.

Leia mais.

O DIA ATÉ AGORA

A primeira metade do pregão na B3 acompanha o mesmo sinal das bolsas americanas - o de cautela.

Enquanto no exterior a maior preocupação segue sendo os dados econômicos abaixo do esperado, no Brasil é o setor de commodities que pesa sobre o Ibovespa.

Além do recuo do petróleo, após um início de semana com um salto de quase 10% no preço do barril, existe uma grande preocupação com relação ao futuro da Petrobras (PETR4). Mais cedo, o ministro de Minas e Energia confirmou que a empresa passará por mudanças em sua política de preços.

FECHAMENTO NA EUROPA
  • Frankfurt: -0,53%
  • Londres: +0,34%
  • Paris: -0,43%
  • Stoxx-600: -0,04%
SOBE E DESCE DO IBOVESPA

Confira as maiores altas do dia:

CÓDIGONOMEVALORVAR
ECOR3Ecorodovias ONR$ 5,192,17%
HYPE3Hypera ONR$ 38,471,56%
BRKM5Braskem PNAR$ 19,131,38%
QUAL3Qualicorp ONR$ 3,630,55%
BPAC11BTG Pactual unitsR$ 20,240,10%

Confira os piores desempenhos do dia:

CÓDIGONOMEVALORVAR
ASAI3Assaí ONR$ 13,51-7,91%
NTCO3Natura ONR$ 12,19-7,02%
HAPV3Hapvida ONR$ 2,33-6,05%
ALPA4Alpargatas PNR$ 7,47-5,56%
RRRP33R Petroleum ONR$ 27,27-5,54%
GIRO DO MERCADO EMPIRICUS

No Giro do Mercado de hoje (5), vamos conversar com o analista Enzo Pacheco sobre quais são as perspectivas para os investimentos no exterior daqui para a frente. O risco de recessão pode ser uma ameaça para o investidor?

Quem também participa do bate-papo é o analista Matheus Spiess para explicar quais são as avaliações sobre o arcabouço fiscal até agora e como as novas regras fiscais podem interferir nos seus investimentos.

Aperte o play e acompanhe:

PRESSÃO PARA A PETROBRAS (PETR4)

O dia negativo das commodities é um fator de pressão para a Petrobras (PETR4), mas ainda assim há espaço para que fatores políticos também pressionem a companhia.

Há pouco, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, confirmou ao programa Conexão GloboNews que a estatal terá mudanças na política de preços, adotando diretrizes baseados no mercado interno e não no exterior.

Os papéis da companhia operam em queda expressiva nesta manhã. Há pouco, o recuo era de 2,76%, a R$ 23,60.

MAIS NOTÍCIAS DESAGRADÁVEIS

As bolsas em Nova York aprofundaram as perdas na última hora. Isso porque, pelo segundo dia consecutivo, dados da economia americana mostram que a atividade está mais desacelerada do que o esperado.

Mais cedo, o índice de gerente de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor de serviços caiu a 51,2, mais do que o esperado.

Assim, o dólar mostra sinais de enfraquecimento e os investidores temem por uma recessão.

Apesar da cautela que impera no Ibovespa, o alívio na curva de juros e no dólar à vista seguem, impulsionados por novas declarações do presidente do BC e a entrada de fluxo estrangeiro no país.

Há pouco, a moeda americana renovou mínimas.

SOBE E DESCE DA BOLSA

O Ibovespa opera em queda de 0,60%, próximo a mínima do dia, aos 101.263 pontos. Com a agenda doméstica esvaziada, o índice da bolsa acompanha o exterior, mais cauteloso.

Pesa também o recuo das commodities, em movimento de realização dos ganhos recentes.

Confira as maiores altas:

CÓDIGONOMEULTVAR
TIMS3Tim ONR$ 12,991,80%
QUAL3Qualicorp ONR$ 3,661,39%
HYPE3Hypera ONR$ 38,341,21%
BRKM5Braskem PNAR$ 19,081,11%
ABEV3Ambev ONR$ 14,520,62%

E as maiores quedas do dia:

CÓDIGONOMEULTVAR
NTCO3Natura ONR$ 12,14-7,40%
RRRP33R Petroleum ONR$ 27,83-3,60%
SBSP3Sabesp ONR$ 49,57-2,40%
AZUL4Azul PNR$ 10,95-2,32%
GOAU4Metalúrgica Gerdau PNR$ 11,41-2,23%
ABERTURA DE NOVA YORK

As bolsas americanas abriram em queda, com cautela sobre uma recessão econômica. As perdas, porém, são limitadas com a divulgação do relatório ADP mais fraco, o que indica um efeito positivo do aperto monetário promovido pelo Fed.

  • Dow Jones: -0,01%;
  • S&P 500: -0,17%;
  • Nasdaq: -0,41%.
NATURA (NTCO3) CAI 7%

As ações da Natura (NTCO3) entrou em segundo leilão há pouco após queda de 7,40%, a R$ 12,14.

Os investidores operam com maior cautela sobre o papel, com incertezas sobre o futuro da Natura depois da compra da Aesop pela L'Oréal por US$ 2,52 bilhões.

O Ibovespa opera em queda de 0,37%, aos 101.548 pontos, acompanhando a cautela do exterior em dia de agenda doméstica esvaziada.

ABERTURA DO IBOVESPA

O Ibovespa abriu em leve alta de 0,01%, aos 101.882 pontos. O índice da bolsa brasileira repercute o discurso de Campos Neto em evento bancário sobre a nova regra fiscal. Para ele, o "arcabouço elimina o risco da cauda [de juros]", o que aliviou os DIs há pouco.

Soma-se a isso, a breve melhora da cautela no exterior após dados de emprego no setor privado mais fracos.

JUROS FUTUROS ALIVIAM

Os DIs aliviaram nas cauda mais longa com falas do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sobre a nova regra fiscal. Essa foi a primeira vez que o dirigente falou sobre a proposta apresentada pela equipe econômica do governo, na semana passada.

Para Campos Neto, o "arcabouço elimina o risco da cauda".

Confira o desempenho dos DIs:

CÓDIGONOME ULT  FEC 
DI1F24DI Jan/2413,26%13,25%
DI1F25DI Jan/2512,02%12,01%
DI1F26DI Jan/2611,86%11,89%
DI1F27DI Jan/2711,97%12,01%
DI1F28DI Jan/2812,14%12,19%

TESOURO EMITE TÍTULO EXTERNO

O Tesouro Nacional anunciou, há pouco, a emissão externa, com título de 10 anos com vencimento em 2033. Segundo o órgão, a emissão visa promover liquidez da curva de juros soberana em dólar no mercado externo e será liderada por Bank of America, BNP Baripas e Morgan Stanley.

Ainda de acordo com o Tesouro, a operação antecipa o financiamento de vencimentos em moeda estrangeira.

Por fim, o resultado de emissão externa será divulgado ainda hoje, no final do dia.

MATHEUS SPIESS: MERCADO EM 5 MINUTOS

O MEDO DE UMA RECESSÃO ESTÁ DE VOLTA

Lá fora, os mercados asiáticos fecharam mistos nesta quarta-feira (5), acompanhando os sinais predominantemente negativos de Wall Street durante o pregão de ontem (4), com os investidores aproveitando a alta recente dos mercados para realizar lucros por conta das preocupações sobre as perspectivas econômicas globais.

O receio com qualquer aperto agressivo do Fed dos EUA desapareceu depois que os dados mostraram uma queda nas vagas de emprego e uma queda na atividade manufatureira. Agora, os investidores aguardam pelo relatório mensal de empregos na sexta-feira, que pode impactar as perspectivas para as taxas de juros e a economia.

Os mercados europeus estão apresentando fragilidade nesta manhã, sem uma única direção, enquanto os futuros americanos caem. Há alguma expectativa pelos dados de atividade da Zona do Euro e de outros países (China), sem falar nos EUA. Os números medem a chance de uma recessão global, que poderá afetar o humor no Brasil.

A ver…

00:36 — O espaço para otimismo

Por falar no Brasil, em mais um dia de agenda esvaziada, os investidores acompanham a fala da manhã de Roberto Campos Neto, presidente do BC, em evento do Bradesco BBI. É primeira vez que Campos Neto poderá explorar um pouco mais as próprias percepções sobre o arcabouço fiscal apresentado, uma peça importante para a queda da Selic nos próximos meses.

Ontem, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, falou no mesmo evento e deu algumas percepções mais positivas.

Segundo ele, há espaço para crescimento no Brasil caso o reequilíbrio das contas públicas com o novo arcabouço fiscal seja combinado por uma boa política de crédito e queda dos juros. Precisa combinar com as expectativas e com o Congresso, uma vez que tudo depende de mais arrecadação.

De onde virá o dinheiro? Ainda não sabemos, mas Haddad precisa de uns R$ 150 bilhões para zerar o déficit público. A Reforma Tributária ainda neste ano será fundamental para o processo.

O grande ponto é que o texto não tem tempo a perder. Se deixarmos para o ano que vem, eleitoral, podemos perder a melhor janela em 30 anos para aprovar uma Reforma Tributária que consiga combater distorções no imposto de renda, na matriz de subsídios e nas perversões sobre consumo — para o último ponto, a criação de um IVA será o mais importante, mas sabemos que o ponto é polêmico.

De fato, há um encadeamento positivo, mas será difícil o mercado comprar a ideia cegamente.

01:34 — A preocupação com a atividade

Nos EUA, as preocupações com a desaceleração da economia americana interromperam ontem a sequência de alta de quatro dias para o S&P 500. Os culpados foram os últimos dados de manufatura e abertura de empregos.

Começando pelo primeiro, o PMI industrial caiu para 46,3 - o menor desde maio de 2020 e a quarta leitura consecutiva abaixo de 50, indicando contração no setor manufatureiro.

Para piorar, a Pesquisa de Vagas de Emprego e Rotatividade de Mão de Obra de fevereiro (ou Jolts), mostrou um declínio acentuado nas vagas de emprego.

O mercado antecipava 10,45 milhões de vagas de emprego no último dia útil de fevereiro, o que seria quase 400 mil a menos do que em janeiro. Em vez disso, os dados mostraram uma queda muito maior para 9,9 milhões, com quedas em todos os setores.

Isso se compara a cerca de 12 milhões de vagas de emprego no pico de março de 2022, tendo sido a leitura mais baixa desde maio de 2021 — para contextualizar, o recorde pré-pandêmico de vagas de emprego foi de cerca de 7,5 milhões.

O Federal Reserve espera um mercado de trabalho mais fraco, que exerça menos pressão sobre a inflação e permita flexibilização da política monetária, ou ao menos do discurso.

O modelo GDPNow do Fed de Atlanta agora prevê que o produto interno bruto real dos EUA expandiu a uma taxa anual de 1,7% no primeiro trimestre.

Não é um crescimento ruim, mas está abaixo da estimativa de cerca de 3,5% de algumas semanas atrás. Para complementar a percepção, temos que acompanhar os relatórios de empregos desta semana, culminando nos dados de payroll de sexta-feira.

02:30 — O futuro de Trump

A terça-feira foi um dia histórico para os EUA. Pela primeira vez na história, um ex-presidente compareceu como réu criminal em um tribunal. Donald Trump foi acusado de 34 crimes de falsificação de registros comerciais em sua acusação no Tribunal Criminal de Manhattan, das quais ele se declarou inocente de cada um deles.

Já sabíamos que Trump havia sido indiciado, mas não as acusações específicas contra ele, que foram mantidas sob sigilo até ontem. O caso é extremamente complexo, mas o ex-presidente é essencialmente acusado de classificar falsamente registros comerciais para contornar as leis de financiamento de campanha.

Para que as acusações passem de contravenção para crime, os promotores devem mostrar que o réu falsificou registros comerciais com a intenção de cometer ou ocultar um crime separado — um pagamento de US$ 130 mil que o ex-advogado de Trump, Michael Cohen, enviou à uma atriz de filmes adultos em troca de silêncio sobre seu suposto caso com Trump. Não tão bom para um representante "conservador".

É importante porque Trump é pré-candidato à presidência dos EUA nas eleições do ano que vem. O ex-presidente se diz vítima de uma “caça às bruxas” dos democratas, que gostaria de o ver fora da corrida eleitoral.

A equipe jurídica de Trump usará várias táticas para tentar descartar este caso antes mesmo de ir a julgamento. Se for à julgamento, serão necessários meses. Nada trivial para os republicanos.

03:35 — Os dados europeus

O velho continente está oferecendo hoje ao mercado algumas informações sobre o setor manufatureiro. Entre outros indicadores, destaque para as encomendas de fábricas alemãs e produção industrial francesa — o primeiro veio acima do esperado, enquanto o segundo veio mais fraco do que as projeções.

Não sabemos se a manufatura seria representativa da economia como um todo (hoje, a demanda por bens está moderada), mas uma sinalização econômica definitivamente ela é.

Uma razão para desacelerar a demanda de bens manufaturados é a retomada da demanda por serviços. Vale lembrar que, com a reabertura, as pessoas passaram a se valer novamente de viagens de férias, bares e restaurantes.

Por isso é importante ouvir também as autoridades monetárias sobre os dados, como o economista-chefe do BCE, Philip Lane, que fala hoje. Se acompanhar o economista-chefe do Banco da Inglaterra, Huw Pill, haverá espaço para que a expectativa por mais juros seja mantida viva.

04:11 — Dentro da OTAN

Como conversamos ontem, a Finlândia se juntou oficialmente à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), tornando-se a 31ª nação a se juntar à maior aliança militar do mundo, dobrando a fronteira da OTAN com a Rússia, exatamente o contrário do que Putin queria com sua invasão ao território Ucraniano. 

Fundada em 1949, a OTAN foi formada para servir de contrapeso contra a influência da União Soviética. Agora, a chegada da Finlândia, que se manteve neutra em relação aos russos desde a Segunda Guerra Mundial, destaca o quanto o Kremlin se isolou da Europa.

Quem é o próximo? A Suécia. O problema é que a candidatura do outro país nórdico vem sendo barrada pela Turquia, membro da OTAN, que diz que Estocolmo ainda não fez o suficiente para reprimir os grupos terroristas curdos que estão em guerra com o governo turco.

A Turquia abandonou objeções semelhantes sobre a Finlândia recentemente, mas ainda pressiona a Suécia. Entende que o presidente turno, Recep Erdoğan, esteja usando a questão para conquistar popularidade para as eleições neste ano (a situação econômica e a resposta aos terremotos o deixaram em maus lençóis).

Questões geopolíticas fazem cada vez mais parte do dia a dia dos investidores, algo que deverá se aprofundar nos próximos anos, inclusive.

REAÇÃO AO ADP

Os índices futuros de Nova York aliviaram as perdas após o relatório APD apontar a criação de empregos no setor privado menor que o esperado.

  • Dow Jones futuro: -0,02%;
  • S&P 500 futuro: -0,08%;
  • Nasdaq futuro: +0,06%
EUA: RELATÓRIO ADP

Os EUA criaram 145 mil empregos no setor privado em março, de acordo com o relatório ADP divulgado há pouco. O dado veio abaixo da expectativa do mercado, que projetavam abertura de 210 mil postos de trabalho no mês.

O ADP é considerado uma prévia do payroll, relatório de empregos nos setores público e privado, que será divulgado na próxima sexta-feira (7).

ABERTURA DOS JUROS FUTUROS

Os juros futuros (DIs) abriram em leve alta, acompanhando a ampliação da curva dos títulos do Tesouro americano, os Treasuries.

Os investidores acompanham, agora, a participação do presidente do BC, Roberto Campos Neto, em evento do Bradesco BBI.

Confira a abertura dos DIs:

CÓDIGONOME ULT  FEC 
DI1F24DI Jan/2413,27%13,25%
DI1F25DI Jan/2512,04%12,01%
DI1F26DI Jan/2611,92%11,89%
DI1F27DI Jan/2712,04%12,01%
DI1F28DI Jan/2812,21%12,19%
ABERTURA DO DÓLAR

O dólar à vista abre a R$ 5,0723, em baixa de 0,20%

ABERTURA DO IBOVESPA FUTURO

O Ibovespa futuro abre em leve queda de 0,10%, aos 102.205 pontos.

PETRÓLEO EM QUEDA

A cotação do barril de petróleo opera em leve baixa de 0,07%, com o barril cotado a US$ 84,89. Os investidores realizam os ganhos recentes da commodity.

PMI NA ZONA DO EURO

O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto da zona do euro, que engloba os setores industrial e de serviços, subiu de 52 em fevereiro para 53,7 em março, atingindo o maior nível em dez meses, segundo pesquisa final divulgada hoje pela S&P Global. O número definitivo de março, porém, ficou abaixo da leitura preliminar, de 54,1.

O PMI de serviços da zona do euro, por sua vez, avançou de 52,7 para 55 no mesmo período, tocando igualmente o maior patamar em dez meses mas também abaixo da estimativa inicial, de 55,6.

Os PMIs acima da barreira de 50 indicam que a atividade econômica no bloco continuou se expandindo no mês passado.

[Estadão Conteúdo]

AGENDA DO DIA

Enquanto a agenda segue cheia do exterior, no Brasil não tem grandes destaques no cenário econômico. Por aqui, as atenções concentram-se na participação do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em dois eventos do setor bancário.

O mercado espera que Campos Neto comente sobre o arcabouço fiscal, apresentado pelo governo na semana passada, já que, até o momento, o presidente do BC não se manifestou sobre a proposta.

Apesar disso, a bolsa de valores brasileira deve operar hoje ancorada no exterior.

Confira a agenda do dia:

HorárioPaís / RegiãoEvento
05hZona do EuroPMI Composto S&P Global (Mar)
05hZona do EuroPMI do Setor de Serviços (Mar)
05h30Reino UnidoPMI Composto (Mar)
05h30Reino UnidoPMI do Setor de Serviços (Mar)
09h15Estados UnidosRelatório ADP do mercado de trabalho (Mar)
09h30Estados UnidosBalança Comercial (Fev)
10h45Estados UnidosPMI do Setor de Serviços (Mar)
11hEstados UnidosÍndice ISM do setor de serviços (Mar)
11h30Estados UnidosEstoques de petróleo bruto na semana
22h45ChinaPMI industrial Caixin (Mar)
Dia todoChinaFeriado (mercados fechados)
Fonte: Investing.com
CAÇADOR DE TENDÊNCIAS

Após o fechamento do último pregão, identifiquei uma oportunidade de swing trade baseada na análise quant - compra dos papéis da M.Dias Branco (MDIA3).

MDIA3: [Entrada] R$ 26.02; [Alvo parcial] R$ 26.76; [Alvo] R$ 27.88; [Stop] R$ 24.78

Recomendo a entrada na operação em R$ 26.02, um alvo parcial em R$ 26.76 e o alvo principal em R$ 27.88, objetivando ganhos de 7.1%.

O stop deve ser colocado em R$ 24.78 evitando perdas maiores caso o modelo não se confirme.

Leia mais.

O QUE ROLOU NOS MERCADOS ONTEM?

O Ibovespa encerrou a sessão em alta de 0,36%, aos 101.869 pontos. O dólar à vista fechou o dia em alta de 0,22%, a R$ 5,0823.

Veja o que movimentou os mercados ontem.

FUTUROS DE NOVA YORK AMANHECEM NO VERMELHO

Os índices futuros das bolsas de Nova York amanheceram em leve queda nesta quarta-feira.

O movimento sugere a continuidade das perdas registrada na véspera em Wall Street.

Ainda pela manhã, investidores aguardam uma série de dados econômicos dos EUA, incluindo o relatório da ADP sobre criação de empregos pelo setor privados e PMIs de serviços.

Confira:

  • Dow Jones futuro: -0,15%
  • S&P-500 futuro: -0,20%
  • Nasdaq futuro: -0,21%
BOLSAS DA EUROPA ABREM SEM DIREÇÃO ÚNICA

As principais bolsas de valores da Europa abriram sem direção única nesta quarta-feira.

Os números de encomendas à indústria da Alemanha surpreenderam positivamente.

Entretanto, dados de atividade (PMIs) da zona do euro vieram aquém da expectativa em um momento no qual investidores avaliam os efeitos do aperto monetário no bloco.

Confira:

Veja:

  • Londres: +0,41%
  • Frankfurt: -0,36%
  • Paris: -0,22%
BOLSAS DA ÁSIA FECHAM MISTAS

As principais bolsas de valores da Ásia fecharam sem uma direção única nesta quarta-feira.

Os investidores da região reagiram a dados econômicos fracos dos EUA em meio a feriados em diferentes partes da Ásia.

O índice acionário japonês Nikkei caiu 1,68% em Tóquio, pressionado por ações de entrepostos comerciais e de fabricantes de máquinas.

Já o sul-coreano Kospi avançou 0,59% em Seul, com a ajuda de papéis ligados a baterias e eletrônicos.

Na China continental, assim como em Hong Kong e em Taiwan, os mercados não operaram hoje devidos a feriados.

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A boa notícia que apoiou a alta dos mercados tanto aqui como lá fora veio da Casa Branca e também ajudou as big techs nesta quarta-feira (23)

DE MALAS PRONTAS

JBS (JBSS3) aprova assembleia para votar dupla listagem na bolsa de Nova York e prevê negociações em junho; confira os próximos passos

23 de abril de 2025 - 9:45

A listagem na bolsa de valores de Nova York daria à JBS acesso a uma base mais ampla de investidores. O processo ocorre há alguns anos, mas ainda restam algumas etapas pela frente

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Agora 2025 começou: Ibovespa se prepara para seguir nos embalos da festa do estica e puxa de Trump — enquanto ele não muda de ideia

23 de abril de 2025 - 8:06

Bolsas internacionais amanheceram em alta nesta quarta-feira diante dos recuos de Trump em relação à guerra comercial e ao destino de Powell

MERCADOS

Ibovespa pega carona nos fortes ganhos da bolsa de Nova York e sobe 0,63%; dólar cai a R$ 5,7284

22 de abril de 2025 - 17:20

Sinalização do governo Trump de que a guerra tarifária entre EUA e China pode estar perto de uma trégua ajudou na retomada do apetite por ativos mais arriscados

SELIC VS DÓLAR

Banco Central acionou juros para defender o real — Galípolo detalha estratégia monetária brasileira em meio à guerra comercial global

22 de abril de 2025 - 15:50

Em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Gabriel Galípolo detalhou a estratégia monetária do Banco Central e sua visão sobre os rumos da guerra comercial

DE VOLTA AO JOGO

Bitcoin engata alta e volta a superar os US$ 90 mil — enfraquecimento do dólar reforça tese de reserva de valor

22 de abril de 2025 - 14:31

Analistas veem sinais de desacoplamento entre bitcoin e o mercado de ações, com possível aproximação do comportamento do ouro

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Orgulho e preconceito na bolsa: Ibovespa volta do feriado após sangria em Wall Street com pressão de Trump sobre Powell

22 de abril de 2025 - 8:11

Investidores temem que ações de Trump resultem e interferência no trabalho do Fed, o banco central norte-americano

DIA 92

Trump x Powell: uma briga muito além do corte de juros

21 de abril de 2025 - 17:12

O presidente norte-americano seguiu na campanha de pressão sobre Jerome Powell e o Federal Reserve e voltou a derrubar os mercados norte-americanos nesta segunda-feira (21)

METAL MAIS QUE PRECIOSO

É recorde: preço do ouro ultrapassa US$ 3.400 e já acumula alta de 30% no ano

21 de abril de 2025 - 15:01

Os contratos futuros do ouro chegaram a atingir US$ 3.433,10 a onça na manhã desta segunda-feira (21), um novo recorde, enquanto o dólar ia às mínimas em três anos

MERCADO EXTERNO

A última ameaça: dólar vai ao menor nível desde 2022 e a culpa é de Donald Trump

21 de abril de 2025 - 10:26

Na contramão, várias das moedas fortes sobem. O euro, por exemplo, se valoriza 1,3% em relação ao dólar na manhã desta segunda-feira (21)

CRISE À VISTA?

A coisa está feia: poucas vezes nas últimas décadas os gestores estiveram com tanto medo pelo futuro da economia, segundo o BofA

20 de abril de 2025 - 17:25

Segundo um relatório do Bank of America (BofA), 42% dos gestores globais enxergam a possibilidade de uma recessão global

INDEPENDÊNCIA EM RISCO

Powell na mira de Trump: ameaça de demissão preocupa analistas, mas saída do presidente do Fed pode ser mais difícil do que o republicano imagina

19 de abril de 2025 - 10:55

As ameaças de Donald Trump contra Jerome Powell adicionam pressão ao mercado, mas a demissão do presidente do Fed pode levar a uma longa batalha judicial

RESUMO DA SEMANA

Com ou sem feriado, Trump continua sendo o ‘maestro’ dos mercados: veja como ficaram o Ibovespa, o dólar e as bolsas de NY durante a semana 

18 de abril de 2025 - 11:34

Possível negociação com a China pode trazer alívio para o mercado; recuperação das commodities, especialmente do petróleo, ajudaram a bolsa brasileira, mas VALE3 decepcionou

CONFIANTE COM O FUTURO

‘Indústria de entretenimento sempre foi resiliente’: Netflix não está preocupada com o impacto das tarifas de Trump; empresa reporta 1T25 forte

18 de abril de 2025 - 9:04

Plataforma de streaming quer apostar cada vez mais na publicidade para mitigar os efeitos do crescimento mais lento de assinantes

SEXTOU COM O RUY

Lições da Páscoa: a ação que se valorizou mais de 100% e tem bons motivos para seguir subindo

18 de abril de 2025 - 7:59

O caso que diferencia a compra de uma ação baseada apenas em uma euforia de curto prazo das teses realmente fundamentadas em valuation e qualidade das empresas

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