O Ibovespa encaminha para a primeira alta de agosto, com o apoio do desempenho do exterior. O índice sobe 0,41%, aos 188.889 pontos.
As bolsas de Nova York impulsionam os ativos por aqui, após a inflação de julho vir em linha com o esperado pelo mercado.
O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) avançou 0,2% em julho ante junho. Na leitura anual, a inflação acumula alta de 3,2% em julho.
O núcleo do CPI, que exclui itens mais voláteis como alimentos e combustíveis, subiu também 0,2% no período, conforme as projeções do mercado. Na comparação anual, o indicador registra avanço de 4,7% no mês.
Com isso, os investidores aumentaram as apostas de manutenção dos juros americanos, no intervalo entre 5,25% a 5,50% ao ano, na próxima reunião do Federal Reserve (Fed), que acontece em setembro.
As commodities, porém, limitam os ganhos. O minério de ferro encerrou em baixa de 0,49%, com a tonelada a US$ 99,09, em Dalian. O petróleo opera em queda 0,80%, a US$ 86,88 o barril.
No Ibovespa, os destaques são:
PONTA POSITIVA
- As ações da Azul (AZUL4) sobem mais de 6%, com os investidores repercutindo os números do segundo trimestre reportados pela companhia aérea. A Azul registrou lucro líquido de R$ 497,9 milhões entre abril e junho deste ano, e reverteu o prejuízo líquido de R$ 4,6 bilhões apurado no mesmo período do ano passado;
- Hapvida (HAPV3) figura entre as maiores altas do dia, após a empresa reportar balanço do segundo trimestre. Apesar do prejuízo líquido, o Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, amortização e depreciação) ajustado totalizou R$ 606,2 milhões, um crescimento de 4,1% na comparação anual.
- Yduqs (YDUQ3) se beneficia da troca de posições no intrasetorial após a Cogna (COGN3) reportar números mais fracos entre abril e junho.
PONTA NEGATIVA
- Soma (SOMA3), Rede D'Or (RDOR3) e Ultrapar (UGPA3) figuram entre as maiores quedas do pregão também em reação ao balanços trimestrais das companhia.
- 3R Petroleum (RRRP3) recua mais de 2% em movimento de realização de ganhos recentes e acompanha a desvalorização do petróleo no mercado internacional.
Com a inflação americana em julho em linha com o previsto, o dólar perde força e cai mais de 1%, cotado a R$ 4,8464.
Os juros futuros recuam em toda a curva acompanhando os rendimentos dos Treasuries e o dólar.