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MERCADOS HOJE

Bolsa hoje: Com PIB maior que o esperado, Ibovespa inicia setembro com alta de 1,8%; dólar cai

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1 de setembro de 2023
7:17 - atualizado às 17:39

RESUMO DO DIA: As bolsas internacionais encerraram o último pregão da semana em tom misto, com novos estímulos na China e dados econômicos da maior economia do mundo.

Os investidores repercutiram os resultados do relatório de empregos nos EUA, o payroll, de agosto. O indicador trouxe dados mistos com o aumento da taxa de desemprego e abertura de vagas maior que as previsões.

O relatório reforçou as apostas de manutenção dos juros americanos, na faixa de 5,25% a 5,50% ao ano, na próxima reunião do Federal Reserve (Fed), em setembro.

O Ibovespa acompanhou a valorização das commodities, mas o forte impulso foi dado pelo PIB do segundo trimestre. A economia brasileira cresceu 0,9% entre abril e junho, acima das expectativas de expansão de 0,3% na comparação com o primeiro trimestre.

Também com 'ajuda' da Vale (VALE3), o Ibovespa encerrou o pregão em alta de 1,86%, aos 117.892 pontos. Na semana, o índice acumulou ganhos de 1,77%.

O dólar fechou a R$ 4,9405, com queda de 0,21%, no mercado à vista. Na semana, a moeda americana avançou 1,33%.

Leia Também

Confira o que movimentou os mercados nesta sexta-feira (01):

MAIORES ALTAS E QUEDAS NA SEMANA

Na semana, o Ibovespa acumulou alta de 1,7%.

Na ponta positiva, CVC (CVCB3) estendeu os ganhos beneficiada pela entrada da 123 Milhas em recuperação judicial.

Marfrig (MRFG3) foi impulsionada pela venda de 16 ativos para a Minerva (BEEF3) e Vale (VALE3) avançou com a retomada da alta do minério de ferro e elevação da recomendação para as ações por bancos.

Confira as maiores altas da semana:

CÓDIGONOMEULTVARSEM
CVCB3CVC ONR$ 2,5914,10%
MRFG3Marfrig ONR$ 7,3613,23%
VALE3Vale ONR$ 68,8910,99%
BRAP4Bradespar PNR$ 23,639,86%
EMBR3Embraer ONR$ 19,807,08%

Na ponta negativa da semana, os papéis da Minerva (BEEF3) lideraram as perdas com a aquisição de ativos da Marfrig na América Latina, com os investidores precificando o aumento da alavancagem da companhia.

Via (VIIA3) recuou com o anúncio da intenção de follow-on de até R$ 1 bilhão, após registrar prejuízo milionário no segundo trimestre.

Confira as maiores quedas da semana:

CÓDIGONOMEULTVARSEM
BEEF3Minerva ONR$ 8,56-18,16%
VIIA3Via ONR$ 1,29-16,77%
PCAR3GPA ONR$ 4,92-16,61%
CASH3Meliuz ONR$ 6,35-12,29%
ALPA4Alpargatas PNR$ 8,83-10,54%
SOBE E DESCE DO IBOVESPA

O Ibovespa retomou os 117 mil pontos e encerrou o primeiro pregão de setembro com alta de 1,86%.

Na ponta positiva, Vale (VALE3) liderou os ganhos com elevação da recomendação das ações peo JP Morgan e forte valorização do minério de ferro em Dalian, na China.

Confira as maiores altas:

CÓDIGONOMEULTVAR
VALE3Vale ONR$ 68,895,85%
BRAP4Bradespar PNR$ 23,635,02%
ALPA4Alpargatas PNR$ 8,834,99%
PETZ3Petz ONR$ 5,754,93%
LREN3Lojas Renner ONR$ 16,774,62%

Com o último pregão na carteira do Ibovespa no ano, as ações de Méliuz (CASH3) encerraram como a maior queda do dia. O ativo foi excluído da nova carteira do índice da bolsa de valores, que entra em vigor na próxima segunda-feira (4).

Confira as maiores quedas do pregão:

CÓDIGONOMEULTVAR
CASH3Meliuz ONR$ 6,35-5,51%
IRBR3IRB Brasil ONR$ 41,91-2,44%
MRFG3Marfrig ONR$ 7,36-0,67%
BPAC11BTG Pactual unitsR$ 32,30-0,52%
PCAR3GPA ONR$ 4,92-0,40%
FECHAMENTO DO IBOVESPA

O Ibovespa iniciou o mês de setembro recuperando as perdas recentes. O índice fechou em alta de 1,86%, aos 117.892 pontos.

Por aqui, o tom positivo foi dado pelo avanço de 0,9% no PIB do segundo trimestre, acima das expectativas de 0,3%.

Além disso, a retomada da valorização das commodities no mercado internacional, com novos estímulos da China, e o payroll em linha com o esperado nos EUA impulsionam o Ibovespa.

Na semana, o Ibovespa acumula alta de 1,77%.

FECHAMENTO DE NOVA YORK

As bolsas de Nova York fecharam em tom misto, com os investidores repercutindo novos dados de emprego nos EUA e o recuo das ações das montadoras, pressionadas pela concorrência chinesa na produção de veículos elétricos.

Confira o fechamento de Nova York:

  • S&P 500: +0,18%;
  • Dow Jones: +0,33%;
  • Nasdaq: -0,02%.

O relatório de empregos, o payroll, apontou a criação de 187 mil postos de trabalho em agosto nos EUA. O dado veio acima do esperado pelos analistas, que previam a abertura de 175 mil vagas no mês.

A taxa de desemprego nos EUA, por sua vez, avançou para 3,8%, ante a previsão de 3,5%.

O salário médio por hora registrou alta de 0,2% em agosto na comparação mensal, menor do que a previsão de crescimento de 0,3%.

FECHAMENTO DO DÓLAR

O dólar fechou a R$ 4,9405, em queda de 0,21%, no mercado à vista.

A moeda americana foi pressionada pelo avanço do PIB do segundo trimestre acima do esperado. Somado a isso, a expectativa de manutenção dos juros americanos pelo Federal Reserve (Fed) e alta acima de 1% do petróleo.

MARKET MAKERS #60

Ainda que as “pequenas notáveis” da bolsa brasileira atraiam investidores pelo potencial de valorização, os sócios fundadores de duas das principais gestoras do mercado correm na direção contrária das small caps — e de estatais como a Petrobras (PETR4).

Os economistas Guilherme Aché, sócio fundador da Squadra Investimentos, e Florian Bartunek, fundador da Constellation Asset Management, foram os convidados do episódio #60 do Market Makers.

A Squadra firmou-se como uma das mais vencedoras gestoras de ações do Brasil e atualmente administra mais de R$ 10 bilhões em ativos. Mas foi alçada à fama no mercado quando revelou as fraudes contábeis no IRB (IRBR3) — e lucrou muito operando vendido (short) nas ações. 

Quando o assunto é buscar uma ação para comprar no mar da B3, a tarefa de encontrar uma pérola no mar de small caps não é fácil, segundo Aché.

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JUROS FUTUROS CEDEM

Após avançarem durante a maior parte do pregão, os juros futuros mais longos cedem e operam em queda, em meio a ajustes.

Os DIs repercutem a queda do dólar ante o real, após o PIB do segundo trimestre registrar alta de 0,9%, acima dos 0,3% esperados para o período.

Confira:

CÓDIGONOME ULT ABE
DI1F24DI Jan/2412,38%12,40%
DI1F25DI Jan/2510,57%10,53%
DI1F26DI Jan/2610,19%10,17%
DI1F27DI Jan/2710,35%10,37%
DI1F28DI Jan/2810,62%10,66%
DI1F29DI Jan/2910,79%10,82%
CARREFOUR (CRFB3) SOBE 5%

As ações do Carrefour (CRFB3) operam em alta de 5,07%, a R$ 10,79.

Os papéis são beneficiadas, assim como todo o setor de supermercados, com estimativa da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) de que o preço de alimentos devem subir 8% em setembro.

Além disso, o setor de varejo sobe em bloco com o avanço expressivo do PIB de serviços no segundo trimestre.

FECHAMENTO DO PETRÓLEO

Os contratos do petróleo tipo Brent para novembro fecharam com alta de 1,98%, a US$ 85,55 o barril na Intercontinental Exchange (ICE).

Já os futuros para outubro do petróleo WTI encerram com avanço de 2,29%, a US$ 85,55 o barril na New York Mercantile Exchange (Nymex).

A commodity foi beneficiada ainda por rumores de anúncio de corte na oferta da commodity pela Rússia e Opep+ na próxima semana.

Além disso, a expectativa de que o Federal Reserve (Fed) mantenha os juros americanos na atual faixa de 5,25% a 5,50% ao ano e os novos estímulos na China dão impulso ao petróleo.

CVC (CVCB3) DISPARA DE NOVO

Ainda com a recuperação judicial da 123 Milhas, as ações da CVC (CVCB3) operam como a maior alta do Ibovespa com ganhos de 5,65%, a R$ 2,61.

A companhia também é beneficiada pela queda do dólar que, em linhas gerais, impulsiona a venda de passagens aéreas, sobretudo, para o exterior.

ITAÚ (ITUB4) SOBE

Recuperando as perdas da sessão anterior, quando o papel foi pressionado pela notícia de fim do juros sobre capital próprio (JCP), o Itaú Unibanco (ITUB4) opera entre as ações mais negociadas do Ibovespa.

Os papéis ITUB4 sobem 1,94%, a R$ 32,57.

CRIPTOMOEDAS HOJE

Detentor da coroa de pior investimento de agosto após acumular queda de mais de 6% no mês, o bitcoin (BTC) estreou setembro com mau humor renovado para novas desvalorizações. 

A maior criptomoeda do mercado segue devolvendo os ganhos conquistados após a vitória da Grayscale contra a SEC, e perdeu ainda o patamar de US$ 26 mil. 

Por volta das 15h33, o BTC marcava recuo de 3,15% nas últimas 24 horas, negociado a US$ 25.485,06. No acumulado de sete dias, a baixa era de 1,89%.

No mesmo horário, o ethereum (ETH) recuava 3,18% em um dia, a US$ 1.606,90. Em uma semana, o ETH caía 2,06%.

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IBOVESPA MIRA OS 118 MIL PONTOS

O Ibovespa acelerou os ganhos nos últimos instantes com avanço de Petrobras (PETR4), na esteira do petróleo.

O índice sobe 1,80%, aos 117.820 pontos.

O dólar à vista recua a R$ 4,9348, pressionado pelo crescimento do PIB acima do esperado no segundo trimestre.

As bolsas de Nova York operam sem direção única:

  • S&P 500: +0,04%;
  • Dow Jones: +0,20%;
  • Nasdaq: -0,16%
ONCOCLÍNICAS (ONCO3) AVANÇA

As ações da Oncoclínicas (ONCO3) sobem 4,30%, a R$ 12,62, em repercussão indireta da aquisição de 20% do Grupo Santa, rede hospital do Centro-Oeste, pelo banco Bradesco. Isso porque o Grupo Santa possui uma joint-venture com a Oncoclínicas.

Na avaliação do Bank of America (BofA), o operação entre o grupo hospital e o banco deve abrir espaço para a Oncoclínicas desenvolver "um relacionamento mais próximo com o Bradesco, o que poderá eventualmente levar a um maior volume para a Oncoclínicas".

"Com a aquisição, o Bradesco entrará no segmento hospitalar com um ativo de alta qualidade na região Centro-Oeste, e o Grupo Santa deverá ganhar o fluxo do Bradesco Saúde – segunda maior operadora do Distrito Federal. [...] Dado o tamanho da Bradesco Saúde, especialmente no Distrito Federal, esperamos que haja oportunidade para a Oncoclínicas aumentar seu volume", escrevem os analistas Fred Mendes e Gustavo Tiseo, que assinam o relatório.

O BofA mantém a recomendação de compra de ONCO3, com preço-alvo de R$ 16 — uma potencial valorização de 32% em relação ao fechamento da quinta-feira (31).

PETROBRAS (PETR4) SOBE

As ações da Petrobras (PETR4) renovam máximas na esteira da forte valorização do petróleo no mercado internacional.

CÓDIGONOMEULTVAR
PETR3Petrobras ONR$ 35,502,78%
PETR4Petrobras PNR$ 32,471,66%

O petróleo tipo Brent registra alta de 1,89%, a US$ 88,50 o barril, com rumores de anúncio de corte na oferta da commodity pela Rússia e Opep+ na próxima semana.

Além disso, a expectativa de que o Federal Reserve (Fed) mantenha os juros americanos na atual faixa de 5,25% a 5,50% ao ano e os novos estímulos na China dão impulso ao petróleo.

Há pouco, o petróleo WTI atingiu o nível de US$ 85 por barril, a primeira vez desde novembro do ano passado.

FUNDO IMOBILIÁRIO DA HEDGE RECEBE DUAS PROPOSTAS MILIONÁRIAS PARA VENDER GALPÕES EM SP

Com o hábito das compras online definitivamente adotado pelos brasileiros, o segmento da logística é uma das bolas da vez no mercado. E, para um fundo imobiliário, esse holofote sobre o setor rendeu duas propostas para a venda de um conjunto de galpões.

A primeira delas foi recebida pelo Hedge Logística (HLOG11) na semana passada e oferece R$ 52 milhões pelo Condomínio Logístico e Industrial Salto, localizado no interior de São Paulo. Na última quinta-feira (31), porém, outro FII procurou o HLOG11 para oferecer ainda mais pelo ativo: R$ 55 milhões.

A cifra oferecida na semana passada está em linha com o valor contábil atual do imóvel, enquanto a oferta de ontem é 5,8% superior a esse indicador. As condições de pagamento também são diferentes:

  • Primeira proposta: R$ 26 milhões em cotas do FII proponente e R$ 26 milhões em dinheiro
  • Segunda proposta: R$ 19,5 milhões em cotas do FII proponente e R$ 35,5 milhões em dinheiro

Gestora do fundo imobiliário analisa propostas

Apesar de não revelar o nome dos proponentes, a Hedge, gestora do fundo, confirmou, em comunicado enviado ao mercado ontem, que as duas ofertas não estão relacionadas. A administradora explicou que está analisando o teor das transações "para adoção das providências cabíveis quanto a sua apreciação".

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PETRÓLEO SOBE FORTE

Em uma sexta-feira (1) favorável para os ativos de risco, o petróleo do tipo WTI retomou um patamar que não era visto há dez meses.

Operando em alta desde cedo, a commodity superou os US$ 85 por barril pela primeira vez desde novembro do ano passado.

Com a forte alta dos contratos no mercado internacional, a Petrobras também exibe uma performance positiva por aqui. Por volta das 14h15, as ações ordinárias (PETR4) da estatal subiam 2,61%, enquanto os papéis preferenciais (PETR4) anotavam ganhos de 1,63%.

DE OLHO NO NOVO FIES, JP MORGAN INDICA AÇÃO DO SETOR DE EDUCAÇÃO

O novo Fies (Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior) ainda não tem data para ser lançado, mas já tem gente grande de olho nele. Projetando o potencial do fundo estudantil reformulado, o JP Morgan passou a recomendar a compra de uma ação do setor de educação — e o papel dispara mais de 10% nesta sexta-feira (01). 

A ação nota 10 é a Ser Educacional (SEER3), que além de sair de uma indicação neutra para compra, teve o preço-alvo estabelecido em R$ 9 para 2024 — o que representa um potencial de valorização de 46% em relação ao último fechamento. 

Por volta de 13h30, os papéis SEER3 subiam 10,19%, cotados a R$ 6,81. Mais cedo, as ações chegaram a subir mais de 12%. No ano, os ativos acumulam ganho de 52%. Confira nossa cobertura ao vivo de mercados.

“Nos tornamos mais positivos à medida que a empresa cumpre com sucesso o programa de redução de custos e também oferece opções atrativas para o Fies apoiada nas operações dos grandes campi”, diz o JP Morgan em relatório. 

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JUROS FUTUROS ESTENDEM GANHOS

Os juros futuros (DIs) mais longos estendem os ganhos acompanhando os rendimentos dos Treasuries.

Os títulos de curto prazo acompanham a redução da queda do dólar.

Confira:

CÓDIGONOME ULT ABE
DI1F24DI Jan/2412,40%12,40%
DI1F25DI Jan/2510,60%10,53%
DI1F26DI Jan/2610,25%10,17%
DI1F27DI Jan/2710,44%10,37%
DI1F28DI Jan/2810,71%10,66%
DI1F29DI Jan/2910,88%10,82%
NASDAQ PERDE O FÔLEGO

O Nasdaq perdeu o fôlego da abertura e opera em queda de 0,14%.

O índice é pressionado pelas ações da Tesla e Nvidia.

SOBE E DESCE DO IBOVESPA

O Ibovespa opera em alta de 1,5% e mira os 118 mil pontos. O tom positivo deve-se ao crescimento do PIB no segundo trimestre acima do esperado, além de fatores externos como o anúncio de novos estímulos na China e o payroll nos EUA em linha com o esperado.

Confira as maiores altas:

CÓDIGONOMEULTVAR
CVCB3CVC ONR$ 2,688,06%
CRFB3Carrefour Brasil ONR$ 10,785,07%
VALE3Vale ONR$ 68,164,73%
BRAP4Bradespar PNR$ 23,444,18%
PETZ3Petz ONR$ 5,693,83%

E as maiores quedas do pregão:

CÓDIGONOMEULTVAR
CASH3Meliuz ONR$ 6,37-5,21%
PCAR3GPA ONR$ 4,88-1,21%
IRBR3IRB Brasil ONR$ 42,69-0,63%
FLRY3Fleury ONR$ 14,68-0,54%
PRIO3PRIO ONR$ 46,27-0,32%
FECHAMENTO NA EUROPA

As bolsas europeias fecharam em tom misto, repercutindo o anúncio de novos estímulos na China e cautela com o setor automotivo.

O UBS BB rebaixou a recomendação de neutro para a venda das ações de Renault e Volkswagen, o que pressionou os índices de Paris e Frankfurt, respectivamente.

Na avaliação do banco, as montadoras devem ser impactadas negativamente pela companhias chinesas em meio à competição de veículos elétricos.

Confira o fechamento na Europa:

  • FTSE 100 (Londres): +0,34%;
  • CAC 40 (Paris): -0,27%;
  • DAX (Frankfurt): -0,67%.
COMO ANDAM OS MERCADOS

O Ibovespa inicia o mês de setembro recuperando as perdas recentes. O índice avançou mais de 2 mil pontos desde a abertura dos negócios e opera em alta de 1,51%, aos 117.495 pontos.

Por aqui, o tom positivo é dado pelo avanço de 0,9% no PIB do segundo trimestre, acima das expectativas de 0,3%.

Além disso, a retomada da valorização das commodities no mercado internacional, com novos estímulos da China, e o payroll em linha com o esperado nos EUA impulsionam o Ibovespa.

Entre os destaque no índice estão:

PONTA POSITIVA

  • CVC (CVCB3) estende os ganhos da semana e corrige a forte queda na sessão anterior. Os papéis da companhia de turismo sobem 6,85%, a R$ 2,66, ainda repercutindo a recuperação judicial, aceita pelo Tribunal de Minas Gerais (TJ-MG) ontem (31), da 123 Milhas;
  • Lojas Renner (LREN3) sobe na esteira do avanço do PIB de serviços, que cresceu 2,30% no segundo trimestre na comparação anual.
  • Os ativos cíclicos, mais sensíveis aos juros, também recuperam as perdas recentes com o crescimento do PIB trimestral.

PONTA NEGATIVA

Apenas três ações caem no Ibovespa:

  • Méliuz (CASH3) recua com os investidores realizando os ganhos recentes na véspera da saída do ativo da companhia da carteira do Ibovespa;
  • Marfrig (MRFG3) opera em queda pressionada pela reavaliação do mercado sobre a venda de ativos para a Minerva (BEEF3), anunciada no início desta semana. Os investidores reagem a possibilidade de mais exposição ao mercado norte-americano em meio a ciclo bovino em baixa nos EUA;
  • Fleury (FLRY3) destoa do setor de saúde com queda de 0,61%.

Com o otimismo local e externo. o dólar opera em queda a R$ 4,9441 no mercado à vista.

Os juros futuros (DIs) seguem estáveis, mas com viés de alta acompanhando o avanço dos rendimentos dos Treasuries mais longos.

APOSTAS PELA MANUTENÇÃO DOS JUROS FUTUROS SÃO MAJORITÁRIAS

Os dados do mercado de trabalho reforçaram, mais uma vez, as apostas pela manutenção dos juros americanos na reunião de setembro do Federal Reserve (Fed).

Os traders agora veem 93,0% de chance de o banco central norte-americano manter os juros na faixa de 5,25% a 5,50% ao ano, de acordo com a ferramenta de monitoramento do CME Group. Ontem (31), essa probabilidade era de 88,0%.

Em consequência, as apostas pela alta de 25 pontos-base, que colocaria os juros nos EUA no intervalo de 5,50% a 5,75% ao ano, recuaram de 12,0% (ontem) para 7,0% hoje.

O relatório de empregos, o payroll, apontou a criação de 187 mil postos de trabalho em agosto nos EUA. O dado veio acima do esperado pelos analistas, que previam a abertura de 175 mil vagas no mês.

A taxa de desemprego nos EUA, por sua vez, avançou para 3,8%, ante a previsão de 3,5%.

O salário médio por hora registrou alta de 0,2% em agosto na comparação mensal, menor do que a previsão de crescimento de 0,3%.

APENAS 3 AÇÕES EM QUEDA

O Ibovespa segue em alta e já avançou mais de 2 mil pontos desde a abertura. Há pouco, o índice registrava alta de 1,54%, aos 177.524 pontos.

Em dia de alta generalizada, com reação ao crescimento de quase 1% do PIB trimestral, apenas três ações caem no Ibovespa:

CÓDIGONOMEULTVAR
CASH3Meliuz ONR$ 6,53-2,83%
FLRY3Fleury ONR$ 14,67-0,61%
MRFG3Marfrig ONR$ 7,37-0,54%
VALE: JP MORGAN ELEVA VALE3 E PAPÉIS SOBEM

Voltou a valer a pena ter ações da Vale na carteira, segundo o JP Morgan. O banco norte-americano elevou a recomendação dos papéis da mineradora para compra e aumentou o preço-alvo de US$ 15 para US$ 16 — o que representa um potencial de valorização de 21% em relação ao último fechamento. 

De acordo com o JP Morgan, o papel da Vale está barato, já que acumula uma queda de 27,2% no ano, com múltiplo de 4,2 vezes o valor da firma sobre o Ebitda (EV/Ebitda) para 2024 — abaixo do pico de 5,9x do início de fevereiro. 

Por volta de 12h05, as ações VALE3 subiam 4,03%, cotadas a R$ 67,81 na B3 e chegaram a figurar entre as maiores altas do Ibovespa durante a manhã. Confira nossa cobertura ao vivo de mercados.

Já os American Depositary Receipts (ADRs) da mineradora negociados em Nova York tinham alta de 4,10%, cotados a US$ 13,71. 

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SEM SOLUÇÃO PARA DISPUTA JUDICIAL COM O BANCO DO BRASIL (BBAS3), FUNDO IMOBILIÁRIO CONFIRMA MAIS UM MÊS DE QUEDA BRUSCA NOS DIVIDENDOS

Mais um mês se passou sem que o impasse judicial entre o Banco do Brasil (BBAS3) e o fundo imobiliário BB Progressivo (BBFI11) chegasse ao fim. Com isso, o FII — que trava uma batalha judicial com o banco, que é seu único locatário — confirmou que seus dividendos serão mais uma vez prejudicados.

Em comunicado enviado ao mercado na última quinta-feira (31), o BTG Pactual, administrador do BBFI11, afirmou não ter recebido o pagamento do aluguel de agosto do imóvel CARJ, um centro administrativo no Rio de Janeiro que está no portfólio do fundo e era ocupado pelo banco.

Em meio ao imbróglio, a distribuição de rendimentos relativa à competência do mês passado foi impactada negativamente em cerca de R$ 28,24 por cota. O FII pagará dividendos de R$ 7,425907769 por cota neste mês.

Vale destacar que o FII ajuizou um processo para receber os valores atrasados que, segundo o último relatório gerencial, somavam pouco mais de R$ 15 milhões, nos cálculos da administração.

Leia mais.

GIRO DO MERCADO

O Produto Interno Bruto (PIB) divulgado hoje mostrou que a economia brasileira cresceu 0,9% no segundo trimestre de 2023 frente ao primeiro do ano. O resultado ficou acima do esperado e surpreendeu o mercado.

Por outro lado, as preocupações com o risco fiscal aumentaram. O analista da Empiricus, Matheus Spiess, comenta o cenário e como os indicadores vão impactar no Ibovespa (IBOV) e nos ativos de risco.

Apesar da surpresa positiva do PIB, uma medida provisória também assustou as empresas do segmento de atacado e indústria de consumo. Se aprovada, a iniciativa altera regras de tributação dos incentivos fiscais de ICMS, e vai aumentar a tributação sobre grandes companhias.

Larissa Quaresma participa da edição de hoje para explicar o impacto da medida no lucro e nas ações das empresas mais afetadas.

Acompanhe:

SER EDUCACIONAL (SEER3) DISPARAM

As ações da Ser Educacional (SEER3) disparam fora do Ibovespa com alta de 12,30%, a R$ 6,94.

O movimento de alta deve-se a elevação da recomendação neutra para compra dos papéis pelo JP Morgan, com preço-alvo de R$ 9,00 — uma potencial valorização de 45,6% em relação ao fechamento da quinta-feira (31).

A elevação da recomendação mira o novo "Fies". "Tornamo-nos mais construtivos à medida que a empresa cumpre com sucesso seu programa de redução de custos e também oferece alta opcionalidade de FIES por meio de suas operações em grandes campus", escrevem os analistas Marcelo Santos, Jéssica Mehler e Froylan Mendez.

MARFRIG (MRFG3) DESTOA DO SETOR E CAI

As ações da Marfrig (MRFG3) recuam 1,08%, a R$ 7,33, e destoam do setor de frigoríficos — que avançam com o otimismo local.

Os papéis MRFG3 são pressionados pela reavaliação do mercado sobre a venda dos ativos da Marfrig para a Minerva (BEEF3) anunciada no início da semana, segundo informações da Broadcast. Isso porque com a operação, o frigorífico tende a ficar mais dependente dos EUA, com um ciclo bovino em baixa.

JBS (JBSS3), também mais exposta ao mercado norte-americano, sobe 0,87%, a R$ 18,56.

JUROS FUTUROS ESTÁVEIS

Os juros futuros (DIs) seguem em linha de estabilidade, mas com viés de alta na cauda mais longa acompanhando o avanço dos retornos dos Treasuries longos.

Em linhas gerais, os títulos repercutem o recuo do dólar ante o real e o crescimento do PIB do segundo trimestre acima do esperado.

Contudo, as preocupações com o cenário fiscal continuam no radar dos investidores, o que impede o alívio nos DIs.

Acompanhe:

CÓDIGONOME ULT ABE
DI1F24DI Jan/2412,39%12,40%
DI1F25DI Jan/2510,57%10,53%
DI1F26DI Jan/2610,19%10,17%
DI1F27DI Jan/2710,37%10,37%
DI1F28DI Jan/2810,65%10,66%
DI1F29DI Jan/2910,83%10,82%
APENAS 6 AÇÕES CAEM

Em dia de alta generalizada, com apetite ao risco no exterior e otimismo local após o crescimento de quase 1% do PIB no segundo trimestre, o Ibovespa opera em alta de 1,70%, aos 117.718 pontos.

Entre os 83 ativos que compõem a carteira do índice, apenas sete caem:

CÓDIGONOMEULTVAR
CASH3Meliuz ONR$ 6,54-2,68%
MRFG3Marfrig ONR$ 7,32-1,21%
PCAR3GPA ONR$ 4,89-1,01%
FLRY3Fleury ONR$ 14,63-0,88%
ALPA4Alpargatas PNR$ 8,40-0,12%
DXCO3Dexco ONR$ 7,95-0,13%
VALE (VALE3) SOBE 3%

As ações da Vale (VALE3) sobem 3,78%, a R$ 67,54, e impulsionam o tom positivo do Ibovespa.

Os papéis são beneficiados por pelo menos três fatores: o anúncio de novos estímulos na China, a alta do minério de ferro e a recomendação do JP Morgan.

O banco norte-americano elevou a recomendação neutra para compra de VALE3 e aumentou o preço-alvo de R$ 75 para R$ 79 — uma potencial valorização de 21% em relação ao fechamento da quinta-feira (31).

Além disso, os ativos da mineradora avançam com o otimismo e maior apetite ao risco local com o PIB trimestral maior do que o esperado.

ATIVIDADE ECONÔMICA NOS EUA

O índice de atividade econômica (PMI, na sigla em inglês) industrial cai de 49,0 em julho para 47,9 em agosto, segundo o ISM. O dado veio acima das projeções de 46,6.

O indicador abaixo de 50 indica contração da economia.

ABERTURA DE NOVA YORK

As bolsas de Nova York iniciaram setembro em tom positivo. Os investidores repercutem o relatório de empregos, o payroll, divulgado mais cedo.

  • S&P 500: +0,55%;
  • Dow Jones: +0,54%;
  • Nasdaq: +0,33%.

O relatório de empregos, o payroll, apontou a criação de 187 mil postos de trabalho em agosto nos EUA. O dado veio acima do esperado pelos analistas, que previam a abertura de 175 mil vagas no mês.

A taxa de desemprego nos EUA, por sua vez, avançou para 3,8%, ante a previsão de 3,5%.

O salário médio por hora registrou alta de 0,2% em agosto na comparação mensal, menor do que a previsão de crescimento de 0,3%.

SOBE E DESCE DA ABERTURA

Em alta quase generalizada, com avanço de mais de 1% do Ibovespa, as companhias ligadas a commodities metálicas sobem.

As empresas mais sensíveis aos juros, como construção e varejo, também recuperam as perdas recentes com o alívio nos DIs — que ampliam queda em toda a curva acompanhando o recuo dos rendimentos dos Treasuries, desvalorização do dólar e avanço do PIB trimestral.

Confira as maiores altas:

CÓDIGONOMEULTVAR
VIIA3Via ONR$ 1,36+7,09%
VALE3Vale ONR$ 67,11+3,21%
YDUQ3Yduqs ONR$ 21,02+3,34%
LREN3Lojas Renner ONR$ 16,45+2,74%
CVCB3CVC Brasil ONR$ 2,54+2,42%
ABERTURA DO IBOVESPA

O Ibovespa abre com alta de 0,91%, aos 116.799 pontos.

O tom positivo acompanha a melhora do humor dos investidores com novos estímulos na China, avanço das commodities e crescimento do PIB no segundo trimestre acima do esperado.

Além disso, há também o impulso do exterior reagindo ao payroll.

ADRS DE VALE E PETROBRAS

Os recibos de ações (ADRs) de Vale e Petrobras operam em forte alta, acompanhando a retomada do apetite ao risco e reação aos indicadores econômicos dos EUA no pré-mercado em Nova York.

Os ADRs também avançam na esteira das commodities: o minério de ferro sobe 0,48% em Dalian e o petróleo tipo Brent registra alta de 1,36%.

  • Vale (VALE): +2,20%, a US$ 13,45
  • Petrobras (PBR): +1,07%, a US$ 14,21
DÓLAR RENOVA MÍNIMAS

Se a incerteza sobre o cenário fiscal refletiu em ganhos no dólar, hoje a moeda americana vem renovando mínimas ao longo da manhã.

O dólar recua 0,92% na comparação com o real, a R$ 4,9045 no mercado à vista.

Ante divisas globais, como o euro e a libra, a moeda americana cai 0,29%.

O dólar é pressionado pelos resultados mistos do payroll de agosto, que apontou aumento na taxa de desemprego, mas também abertura de vagas acima do esperado para o mês.

Além disso, o crescimento do PIB brasileiro em quase 1% no segundo trimestre repercute sobre a moeda americana.

PAYROLL DE AGOSTO

O relatório de empregos, o payroll, apontou a criação de 187 mil postos de trabalho em agosto nos EUA. O dado veio acima do esperado pelos analistas, que previam a abertura de 175 mil vagas no mês.

A taxa de desemprego nos EUA, por sua vez, avançou para 3,8%, ante a previsão de 3,5%.

O salário médio por hora registrou alta de 0,2% em agosto na comparação mensal, menor do que a previsão de crescimento de 0,3%.

MATHEUS SPIESS: MERCADO EM 5 MINUTOS

NOVOS RUMOS: COM O ORÇAMENTO FEDERAL EM MÃOS, OS INVESTIDORES FOCAM NO PIB

Nos mercados asiáticos, o encerramento desta sexta-feira foi caracterizado predominantemente por ganhos, em contraste com os sinais negativos provenientes de Wall Street durante a sessão anterior.

Isso se deve à contínua percepção de que o Federal Reserve dos Estados Unidos manterá as taxas de juros inalteradas, apesar dos dados que indicam um aumento nos preços ao consumidor nos EUA em julho, em linha com as expectativas dos economistas.

Além disso, os investidores parecem relutantes em tomar grandes posições antes do relatório mensal de emprego dos EUA, que será divulgado hoje.

Os mercados europeus também estão em alta nesta manhã, acompanhando o impacto positivo das medidas de apoio à economia implementadas pelo governo chinês.

Entre essas medidas estão a redução das taxas hipotecárias para mutuários existentes e cortes nos depósitos para compradores de imóveis.

Além do relatório de folhas de pagamento dos EUA, os investidores estão atentos às pesquisas de opinião das empresas europeias. Historicamente, setembro é um mês desafiador para o mercado de ações dos Estados Unidos.

De 1928 a 2022, o S&P 500 teve uma média de queda de 1,1% durante este mês. É um aspecto que merece nossa atenção.

A ver…

00:55 — Digerindo o PIB do segundo trimestre depois da peça de ficção

O mês de agosto chegou ao fim no Brasil, deixando uma marca negativa no mercado.

O Ibovespa, com apenas cinco ganhos ao longo do mês e uma queda acumulada de 5%, foi duramente afetado por uma deterioração na percepção fiscal e pelas tendências globais negativas para ativos de risco.

O mercado não enfrentou esses desafios sozinho. Ontem, além disso, surgiram preocupações adicionais com os dados de arrecadação e a apresentação do Projeto de Lei Orçamentária de 2024.

Esse projeto segue a meta do arcabouço de atingir um déficit primário zero, apresentando até mesmo um pequeno superávit de R$ 2,8 bilhões. Quase um filme de ficção.

O governo está altamente dependente da receita, o que parece um desafio significativo nas atuais circunstâncias.

A arrecadação não está próxima do esperado e o novo projeto de Lei do Carf, que poderia trazer mais de R$ 50 bilhões, é algo que poucos acreditam. Para manter os gastos públicos implementados pelo governo, a Fazenda precisa de R$ 124 bilhões, uma tarefa nada fácil.

Além disso, o PIB do segundo trimestre cresceu de 0,90% em relação ao trimestre anterior, após um crescimento de 1,9% no primeiro trimestre. Na base anual, prevê-se um aumento de 3,4%, acumulando 3,7% no primeiro semestre.

A agropecuária, que impulsionou o crescimento no início do ano, provavelmente perderá força na segunda metade, o que deve moderar o ritmo de crescimento econômico.

Por outro lado, os setores de serviços devem surpreender, com o apoio do Bolsa Família e do aumento do salário mínimo, enquanto a indústria permanece estagnada.

Esses dados de crescimento estão intrinsecamente ligados às preocupações fiscais, uma vez que uma atividade econômica menor torna mais difícil a obtenção de receitas, especialmente provenientes de novas medidas.

01:46 — O dado mais importante da semana

Nos Estados Unidos, o mês de agosto não se revelou favorável para os mercados financeiros. O Dow Jones Industrial Average, o S&P 500 e o Nasdaq Composite registraram quedas de 2,4%, 1,8% e 2,2%, respectivamente, ao longo do mês, apesar do seu desempenho positivo na semana passada.

Embora essas quedas acumuladas sejam significativas, é importante notar que representam uma melhoria em relação aos seus pontos mais baixos no início do mês.

Naquela época, o Dow e o S&P haviam caído 4,1% e 4,8%, o que teria marcado o pior agosto desde 2015, enquanto o Nasdaq havia registrado uma queda de 7,4%, sugerindo o pior agosto desde 2001.

No que diz respeito aos dados econômicos divulgados ontem, destaca-se a medida de inflação preferida pela Reserva Federal para o mês de julho. Esse comunicado confirmou as tendências observadas no Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que é divulgado no início de cada mês.

O núcleo do Índice de Preços de Despesas de Consumo Pessoal (PCE, na sigla em inglês) aumentou 4,2% em relação ao mesmo período do ano anterior, em conformidade com as expectativas.

É importante notar que esse aumento foi em grande parte influenciado pelo efeito de base, uma tendência que também tem sido observada no índice de preços no consumidor no Brasil (IPCA).

Quanto à agenda futura, aguarda-se com expectativa o conhecido relatório de folhas de pagamento não-agrícolas (payroll).

As previsões apontam para um ganho de 170 mil empregos em agosto, representando uma ligeira desaceleração em comparação com o mês anterior.

A taxa de desemprego deverá permanecer estável em 3,5%, enquanto o rendimento médio por hora deverá aumentar 0,3% em relação ao mês anterior, em comparação com um aumento de 0,4% observado em julho.

02:33 — Algum estímulo no horizonte

Na China, durante o último mês, observamos a emergência de deflação, o que implica em uma redução generalizada dos preços.

Essa deflação se manifesta nos preços ao consumidor, nos preços ao produtor e nas exportações. Para a economia global, a queda nos preços de exportação chineses é particularmente relevante, considerando que a China é a maior fabricante do mundo.

Vale ressaltar que a relação entre os preços de exportação da China e a inflação global é um tanto complexa.

Na realidade, a influência da China sobre a inflação global é mais provavelmente resultado de seu papel como um grande consumidor de matérias-primas, o que afeta os preços globais dessas commodities.

Portanto, qualquer desaceleração na economia chinesa é motivo de preocupação, pois pode ter um impacto significativo nos preços globais das matérias-primas.

O governo chinês anunciou medidas para permitir que suas principais cidades reduzam os pagamentos exigidos dos compradores de casas e incentivou os credores a diminuírem as taxas hipotecárias para os mutuários existentes.

Essas ações são parte dos esforços para conter a queda no mercado imobiliário residencial do país. Foi estabelecido que o pagamento inicial mínimo em todo o país será uniformemente definido em 20% para compradores de primeira viagem e 30% para compradores que já adquiriram propriedades.

Os cortes nas taxas hipotecárias serão negociados diretamente entre bancos e clientes. Pequim espera que taxas hipotecárias mais baixas e requisitos de pagamento inicial reduzidos estimulem a demanda por habitação.

No entanto, nem todos estão convencidos de que essas medidas sejam suficientes para revitalizar uma economia em desaceleração.

03:17 — Inteligência artificial e custos trabalhistas

A ascensão da inteligência artificial (IA) está impulsionando uma transformação significativa, com cerca de 300 milhões de empregos em tempo integral em todo o mundo em risco de serem perdidos ou reduzidos devido a esse avanço tecnológico.

Isso se reflete nos notáveis desempenhos das ações de empresas como a fabricante norte-americana de chips Nvidia, que registrou um aumento de mais de 240% este ano.

A Alphabet viu suas ações subirem mais de 50%, enquanto a Microsoft teve um aumento de mais de 30%. Esses números não são coincidência: eles refletem o aumento do interesse e dos investimentos em empresas relacionadas à IA.

No entanto, a questão fundamental é o que realmente significa investir em uma empresa de IA. Alguns argumentam que é um investimento em inovação e produtividade, enquanto outros veem isso como uma substituição de empregos por tecnologia avançada.

Atualmente, aproximadamente dois terços dos americanos estão preocupados com a possibilidade de a IA tomar seus empregos, especialmente porque cerca de um quinto de todos os trabalhadores dos EUA têm empregos em que as principais atividades podem ser substituídas ou auxiliadas pela IA.

Uma realidade incontestável é que a mão de obra humana é cara e está se tornando ainda mais cara. Os custos trabalhistas aumentaram cerca de 9% na comparação mensal e agora representam cerca de 13% das receitas, em média.

Dado que esses custos provavelmente não diminuirão em breve, a IA surge como uma solução para reduzir despesas. Menos dependência de trabalhadores humanos implica, essencialmente, em margens de lucro mais elevadas.

04:09 — Geopolítica engasgada

Há um ano, Pequim e Moscou estavam buscando uma nova ordem mundial, mas atualmente suas economias parecem estar enfrentando uma rápida desaceleração.

A China está testemunhando quedas nas exportações, na atividade industrial e nos preços dos imóveis. Além disso, decidiu deixar de divulgar a crescente taxa de desemprego juvenil do país.

Enquanto isso, a Rússia, sob sanções, enfrenta uma crise de dívida e uma espiral deflacionista, além do impacto das receitas de exportação baseadas em matérias-primas em colapso e gastos militares substanciais.

Embora ambas as nações estejam lidando com desafios econômicos significativos, suas respostas são distintas.

Recentemente, a China optou por reduzir uma série de taxas de juros diretoras para estimular sua economia e reavivar o crescimento e o investimento.

Essa decisão foi uma resposta aos problemas do setor imobiliário, exemplificados pela falta de pagamentos da Country Garden Holdings, uma das maiores incorporadoras imobiliárias da China, em um setor que representa um quarto da atividade econômica global.

Por outro lado, o banco central da Rússia tomou medidas drásticas ao aumentar as taxas em 3,5 pontos percentuais em uma reunião de emergência, elevando sua taxa básica para 12%. Isso foi motivado pelo receio de pressões inflacionárias que poderiam afetar a economia russa.

As perspectivas sombrias indicam que a China pode não atingir sua meta de crescimento anual do PIB de 5% este ano, enquanto lida com seus desafios econômicos.

A principal preocupação é o contágio financeiro crescente e os problemas de dívida que abrangem desde as autoridades locais até o governo central.

A redução da demanda interna está afetando as receitas fiscais, e a fraqueza nas finanças pode limitar a capacidade de Pequim de utilizar ferramentas fiscais para apoiar a economia.

ABERTURA DOS JUROS FUTUROS

Os juros futuros (DIs) abriram em linha de estabilidade, com viés de queda na cauda mais longa, com os investidores repercutindo a expansão do PIB no segundo trimestre.

O índice de crescimento econômico avançou 0,9% entre abril e junho, acima das expectativas de alta de 0,3%. Em reação, o dólar opera em queda — o que dá o tom de alívio aos DIs na abertura.

Confira:

CÓDIGONOME ABE FEC
DI1F24DI Jan/2412,40%12,40%
DI1F25DI Jan/2510,53%10,55%
DI1F26DI Jan/2610,17%10,17%
DI1F27DI Jan/2710,37%10,38%
DI1F28DI Jan/2810,66%10,67%
DI1F29DI Jan/2910,82%10,84%
PIB CRESCE MAIS QUE O ESPERADO NO 2T23

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu mais do que o esperado durante o segundo trimestre de 2023.

A economia nacional expandiu-se 0,9% entre abril e junho quando comparada com o primeiro trimestre deste ano.

Já na comparação com o mesmo período de 2022, a alta foi de 3,4%, desacelerando-se em relação ao crescimento de 4,0% registrado entre janeiro e março na mesma base de comparação.

Analistas esperavam crescimentos de 0,3% na passagem do primeiro para o segundo trimestre e de 2,7% na comparação anual, segundo a mediana das expectativas dos analistas consultados pelo serviço de notícias em tempo real Broadcast.

ABERTURA DO DÓLAR

O dólar à vista abre a R$ 4,9465, com queda de 0,36%.

ABERTURA DO IBOVESPA FUTURO

O Ibovespa futuro abre em alta de 0,48%, aos 118.270 pontos. O índice acompanha o exterior antes da divulgação do payroll de julho.

No Brasil, os investidores reagem ao Produto Interno Bruto (PIB), que cresceu 0,9% no segundo trimestre, acima da alta de 0,3% esperada.

COLUNA CAÇADOR DE TENDÊNCIAS

Após o fechamento do último pregão, identifiquei uma oportunidade de swing trade baseada na análise quant - compra dos papéis da Helbor (HBOR3).

HBOR3: [Entrada] 3.10; [Alvo parcial] R$ 3.26; [Alvo] R$ 3.58; [Stop] R$ 2.94

Recomendo a entrada na operação em R$ 3.10, um alvo parcial em R$ 3.26 e o alvo principal em R$ 3.58, objetivando ganhos de 15.5%.

O stop deve ser colocado em R$ 2.94, evitando perdas maiores caso o modelo não se confirme.

Leia mais.

FUTUROS DE NOVA YORK AMANHECEM NO AZUL

Os índices futuros de Nova York amanheceram no azul nesta sexta-feira. Ainda assim, o movimento é tímido.

Os investidores estão na expectativa do payroll, como é conhecido o relatório mensal sobre o mercado de trabalho norte-americano.

A expectativa dos analistas é de uma leve desaceleração no número de postos de trabalho abertos em agosto.

Veja como estavam os índices futuros de Nova York por volta das 7h18:

  • Dow Jones: +0,33%
  • S&P-500: +0,30%
  • Nasdaq: +0,14%
BOLSAS DA EUROPA ABREM EM ALTA

As principais bolsas de valores da Europa abriram em leve alta nesta sexta-feira.

Os índices de ações recuperam terreno depois das perdas da véspera.

Hoje, os investidores repercutem indicadores de atividade ao mesmo tempo em que aguardam os números do payroll de agosto nos Estados Unidos.

Veja como estavam as principais bolsas da Europa por volta das 7h27:

  • Londres: +0,59%
  • Frankfurt: -0,05%
  • Paris: +0,23%
BOLSAS DA ÁSIA FECHAM EM ALTA

As principais bolsas de valores da Ásia fecharam majoritariamente em alta hoje.

Os investidores repercutiram as medidas de estímulo anunciadas pela China ao setor imobiliário.

Enquanto isso, a bolsa de Hong Kong permaneceu fechada nesta sexta-feira por causa da passagem do tufão Saola pela região.

Veja como fecharam as principais bolsas asiáticas hoje:

  • Xangai: +0,43%
  • Tóquio: +0,28%
  • Seul: +0,29%
  • Taiwan: +0,06%
PIB DA ITÁLIA CRESCE MENOS QUE O PREVISTO NO 2T23

O Produto Interno Bruto (PIB) da Itália cresceu menos do que se esperava no segundo trimestre de 2023.

A economia italiana expandiu-se 0,4% na comparação com segundo trimestre de 2022, segundo a leitura final do PIB.

Analistas esperavam crescimento de 0,6% na comparação anual.

PMI INDUSTRIAL DA ZONA DO EURO SEGUE EM CONTRAÇÃO

O PMI industrial da zona do euro continua em território contracionista.

O índice de gerentes de compras da indústria medido pela S&P euro avançou de 42,7 em julho para 43,5 na leitura final de agosto.

Embora tenha sido o melhor resultado em três meses, a expectativa era de que o número final fosse 43,7.

Além disso, o indicador segue bem abaixo de 50, marca que separa contração da expansão da atividade nessa pesquisa.

PMI INDUSTRIAL DA CHINA RETORNA A ZONA DE EXPANSÃO

O PMI industrial da China retornou à zona de expansão em agosto.

O índice de gerentes de compras da indústria medido em parceria entre a S&P e a Caixin mostrou alta de de 49,2 para 51,0 na passagem de julho para agosto.

O resultado acima de 50 indica que a atividade voltou ao território de expansão.

CHINA ADOTA MEDIDAS DE ESTÍMULO AO SETOR IMOBILIÁRIO

O governo chinês anunciou nesta sexta-feira uma série de medidas de suporte ao setor imobiliário.

O Banco do Povo da China e a Administração Nacional de Regulação Financeira reduziram a entrada mínima exigida para quem compra sua primeira ou segunda residência no país.

Também foram reduzidas as taxas de juros sobre as hipotecas existentes.

FECHAMENTO DA BOLSA E DO DÓLAR

Mesmo com o desempenho positivo das commodities, o Ibovespa fechou o pregão da última quinta-feira (31) com mais uma queda.

O principal índice da bolsa brasileira terminou o último pregão do mês com baixa de 1,53%, aos 115.741 pontos.

Em agosto, o Ibovespa acumulou recuo de 5,09% , com apenas quatro pregões no azul.

O dólar encerrou o dia a R$ 4,9511, com alta de 1,68%, no mercado à vista. No mês, a moeda americana avançou 4,69%.

Confira o que movimentou os mercados ontem.

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