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MERCADOS HOJE

Bolsa agora: Ibovespa ignora melhora em Wall Street e cai com tensão local; dólar sobe

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7 de fevereiro de 2023
7:08 - atualizado às 19:31

RESUMO DO DIA: Não era Super Quarta, mas parecia. Os investidores no Brasil e nos Estados Unidos ficaram atentos no futuro da política monetária dos países e a pauta dominou as negociações nesta terça-feira (07).

Jerome Powell, dos EUA, não endureceu o tom do seu discurso, confirmando que o BC americano deve seguir reagindo aos dados ao invés de traçar um plano concreto. Foi o suficiente para as bolsas em Wall Street fecharem o dia em alta.

Mas, por aqui, o atrito entre o Banco Central e o governo de Luiz Inácio Lula da Silva seguiu pesando sobre as negociações. Isso porque, pela manhã, a ata do Copom trouxe um recado mais duro sobre o cenário fiscal e, pela tarde, novos comentários de Lula condenando a atuação atual do BC brasileiro contaminaram os negócios.

Ao fim do dia, o dólar à vista fechou em alta de 0,50%, a R$ 5,1998. O Ibovespa encerrou o dia em baixa de 0,82%, aos 107.829 pontos.

Confira os principais destaques do dia:

Leia Também

SOBE E DESCE DO IBOVESPA

O câmbio apreciado foi um dos fatores que beneficiou as empresas exportadoras da bolsa nesta terça-feira (07). Confira as maiores altas do dia:

CÓDIGONOMEULTVAR
EMBR3Embraer ONR$ 16,973,10%
BEEF3Minerva ONR$ 13,681,48%
GGBR4Gerdau PNR$ 31,241,43%
GOAU4Metalúrgica Gerdau PNR$ 13,761,33%
SMTO3São MartinhoR$ 26,311,11%

Confira também as maiores quedas da sessão:

CÓDIGONOMEULTVAR
LWSA3Locaweb ONR$ 5,40-6,90%
BRFS3BRF ONR$ 6,68-6,83%
MRFG3Marfrig ONR$ 6,81-5,15%
BPAN4Banco Pan PNR$ 5,24-4,73%
VIIA3Via ONR$ 2,10-4,55%
FECHAMENTO

O Ibovespa encerrou o dia em baixa de 0,82%, aos 107.829 pontos.

FECHAMENTO EM NOVA YORK

Em sua primeira aparição pública desde a decisão de política monetária do Federal Reserve, na última quarta-feira (01), Jerome Powell, presidente da instituição, animou o mercado.

Powell não chegou a fazer grandes promessas, na verdade, o discurso do chefe do BC americano foi em linha com o comunicado divulgado pela instituição na semana passada, mas, para os investidores, não dar sinais de que a tendência é de um aperto monetário mais forte do que o esperado já foi uma mensagem reconfortante.

Por isso, ainda que Powell tenha voltado a declarar que o Fed irá reagir de acordo com os dados futuros, as bolsas americanas encerraram o dia em alta.

  • S&P 500: 1,29%
  • Nasdaq: 1,90%
  • Dow Jones: 0,78%
FECHAMENTO

O dólar à vista encerrou o dia em alta de 0,50%, a R$ 5,1998.

SEM PAPAS NA LÍNGUA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não teve papas na língua em um evento realizado com membros da "mídia independente".

O presidente aproveitou o momento para voltar a pedir que o Senado olhe para o Banco Central, criticou os juros na casa dos 13,75% ao ano e disse que a Advocacia-Geral da União (AGU) vai entrar na Justiça para revisar cláusulas da privatização da Eletrobras (ELET3)

FECHAMENTO

Apesar da forte alta do petróleo tipo Brent, de 3,33%, a US$ 83,69, as ações da Petrobras (PETR4) seguem operando em leve queda. Os investidores repercutem novo corte no preço do diesel e a análise futura de mudanças na política de preços da companhia.

POWELL ANIMA WALL STREET

Um dos eventos mais aguardados do dia, a fala de Jerome Powell sobre o futuro dos juros americanos animou os investidores.

Powell falou que espera que 2023 seja um ano de declínio significativo da inflação e, durante a maior parte de sua fala, não se mostrou disposto a elevar os juros além do que já é esperado pelo mercado. O chefe do Fed, no entanto, lembrou que isso pode acontecer caso os números de inflação e mercado de trabalho sigam acima do esperado pela instituição.

As bolsas em Wall Street chegaram a cruzar para o campo positivo, mas logo voltaram a cair, apesar do ritmo ser mais modesto do que o observado na parte da manhã.

GOL (GOLL4) TROCA TÍTULOS E ALONGA PERFIL DE ENDIVIDAMENTO

Como pode um avião Boeing 737 — como uma das 145 aeronaves da frota da Gol (GOLL4) — ser mais leve que o ar e alçar voo, mesmo com suas dezenas de toneladas? Bem, é uma questão de física: o formato das asas, o fluxo de vento das turbinas, tudo junto põe o pássaro de metal no céu. Mas, é claro que evitar peso extra sempre ajuda.

E é exatamente isso que a companhia aérea está fazendo, ao anunciar um prolongamento de seu perfil de dívida; em outras palavras, está jogando para frente alguns de seus compromissos financeiros. E, sem algumas toneladas de endividamento no curto prazo, diminuem as dúvidas quanto à capacidade de a empresa manter seus aviões voando.

É uma operação complexa e que envolve o recém anunciado Grupo Abra, holding que vai concentrar as operações da Gol e da colombiana Avianca. Mas, para o mercado, pouco importa a estrutura — o que realmente interessa é o resultado. E, dado que dívida e liquidez são temas sensíveis para as aéreas, a notícia foi bem recebida.

Por volta de 12h30, as ações da Gol (GOLL4) operavam em alta de 2,10%, a R$ 7,78, aparecendo entre as maiores altas do Ibovespa nesta terça-feira (7); o índice, por outro lado, recua perto de 1% hoje — acompanhe aqui a cobertura completa de mercados.

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ASSAÍ (ASAI3) OU CARREFOUR (CRFB3): BRADESCO BBI E JP MORGAN ELEGEM AS FAVORITAS DO ATACAREJO

A inflação e os juros altos são as atuais barreiras na corrida do atacarejo. Ainda assim, duas ações conseguem cruzar a linha de chegada: Assaí (ASAI3) e Carrefour (CRFB3). Mas para quem quer ter exposição ao setor, qual das duas leva a medalha de ouro?

Se o juiz dessa disputa for o Bradesco BBI, tanto ASAI3 como CRFB3 recebem a recomendação de compra. A primeira tem preço-alvo de R$ 25, o que representa uma potencial de valorização de 30%. Já a segunda tem preço-alvo de R$ 26 e potencial de alta de 70%. 

Na prova curta, o Assaí leva vantagem devido ao aumento das lojas Extra. Mas, para um percurso mais longo, quem leva a melhor é o Carrefour graças às margens, ao potencial de retorno e à ampla gama de formato de lojas. 

No tira-teima, quem fica com a medalha de ouro do Bradesco BBI é o Carrefour. Segundo o banco, as ações CRFB3 têm um potencial maior de ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) — de 32% contra 28%. Além disso, tem um preço sobre lucro (P/L) em 18,6x na comparação com 16,8x do Assaí. 

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FECHAMENTO NA EUROPA
  • Frankfurt: -0,14%
  • Londres: +0,35%
  • Paris: -0,07%
  • Madri: +0,11%
  • Stoxx 600 -0,05%
MRV (MRVE3) CORTA OPERAÇÕES E REDUZ METAS DE CRESCIMENTO PARA RECUPERAR RENTABILIDADE; ENTENDA

Nos últimos anos, a MRV (MRVE3) expandiu suas operações e apostou em diversas avenidas de crescimento. Daqui para frente, porém, a companhia mudará a rota e pegará a estrada com destino a uma rentabilidade maior e alavancagem menor

A mudança de foco da companhia foi anunciada pelo copresidente Rafael Menin durante um encontro com investidores e analistas promovido nesta terça-feira (7).

O executivo reconheceu que, desde o início da pandemia de covid-19, algumas das decisões da empresa não foram acertadas e — em conjunto com o ambiente macroeconômico desafiador — resultaram em margens e ganhos abaixo da média histórica.

“O que mais nos incomoda hoje é o nível de alavancagem e de caixa. Faremos o possível para colocar a companhia em um padrão diferente de rentabilidade”, afirmou.

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SAIBA O QUE ESTÁ FAZENDO OS OLHOS DOS ANALISTAS DO CREDIT SUISSE BRILHAREM QUANDO FALAM SOBRE NUBANK

O crescimento do Nubank no Brasil chamou a atenção dos analistas do Credit Suisse, que recomendam a compra do ativo e reiteram o preço-alvo de US$ 6,50 em relatório recente.

Para eles, o alto nível de fidelização dessa clientela, uma experiência de alto nível aos usuários e a boa execução feita pelo banco digital ajudam a explicar o momento do banco.

Em relatório, a equipe elogiou também a operação do Nubank nos demais países da América Latina, no México e na Colômbia. Na avaliação dos analistas, as lições aprendidas no mercado brasileiro foram essenciais para que o Nubank operasse em outras localizações e tivesse a satisfação de seus clientes.

"Isso deve abrir caminho para histórias de crescimento mais atraentes na região", dizem.

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O FANTASMA DA RJ

O fantasma da recuperação judicial (RJ) ronda a B3 neste início de 2023. 

Primeiro foi a surpresa do caso Americanas (AMER3), com a gigante do e-commerce virando o mercado financeiro local de cabeça para baixo em poucos dias e entrando oficialmente em RJ. 

Depois, foi a notícia de que a Oi (OIBR3) pediu uma medida cautelar contra os seus credores para evitar entrar no seu segundo processo de recuperação em menos de dois meses que chacoalhou as estruturas. 

Agora, o fantasma da recuperação judicial parece rondar a empresa de distribuição de energia Light (LIGT3) — e as ações são fortemente penalizadas. 

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FOI DE AMERICANAS?

A crise da Americanas (AMER3) atingiu em cheio o e-commerce — e quem mais sentiu o impacto foram os próprios sites da varejista. Desde o anúncio da saída de Sérgio Rial do cargo de CEO, que precedeu a recuperação judicial da empresa, o tráfego nas páginas da companhia despencou. 

Segundo relatório do Itaú BBA, a companhia perdeu cerca de 57% do fluxo de 11 de janeiro até o fim do mês. Na comparação com o mesmo intervalo do ano passado, a Americanas teve queda de 56% no tráfego na web. Além da Americanas.com, a empresa é dona dos sites Submarino e Shoptime.

Vale destacar que, mesmo antes da saída de Rial, a empresa já vinha mostrando desaceleração no fluxo digital, que recuou 36% entre 1 e 11 de janeiro, na base anual. No mês passado como um todo, a queda chegou a 49% no comparativo ano a ano.

O banco utilizou os dados da SimilarWeb para analisar o tráfego do e-commerce ao longo do último mês, que não compilam os números do aplicativo das varejistas, apenas dos websites.

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SOBE E DESCE DA BOLSA

O Ibovespa cai 0,60%, aos 108.071 pontos.

Confira as maiores altas:

CÓDIGONOMEULTVAR
GOLL4Gol PNR$ 8,025,25%
MRVE3MRV ONR$ 6,734,18%
HAPV3Hapvida ONR$ 4,732,83%
YDUQ3Yduqs ONR$ 9,132,24%
GGBR4Gerdau PNR$ 31,361,82%

E as maiores quedas do dia:

CÓDIGONOMEULTVAR
B3SA3B3 ONR$ 11,56-4,54%
BRFS3BRF ONR$ 6,97-2,79%
LWSA3Locaweb ONR$ 5,64-2,76%
ENGI11Engie unitsR$ 41,14-2,23%
JBSS3JBS ONR$ 18,70-2,20%

COMO ANDAM OS MERCADOS

O Ibovespa opera em queda de 0,26%, aos 108.437 pontos, com as atenções voltadas à Brasília e a possível reação do governo sobre a ata do Copom, que prevê a manutenção da Selic em 13,75% ao ano por mais tempo.

Isso porque o presidente Lula tem feito uma série de críticas à política do Banco Central e às metas de inflação. Por outro lado, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tentou amenizar as tensões em discurso antes de reunião com os governadores.

Além disso, o balanço do quarto trimestre e anual do banco Itaú Unibanco segue no radar, com expectativas sobre o impacto do "rombo contábil" da Americanas sobre os resultados do banco. O relatório deve ser divulgado hoje depois do fechamento dos mercados.

No Ibovespa, os destaques do dia são as companhias áreas, com a Gol (GOLL4) liderando a ponta positiva com prévia operacional de janeiro e anúncio de financiamento/investimento da controladora Abra Group. O setor de commodities também sobe em bloco, acompanhando a alta do petróleo. Na ponta negativa, frigoríficos e varejo operam em correção.

O dólar, cotado a R$ 5,1855, e os juros futuros (DIs) recuam.

No exterior, as bolsas seguem em tom negativo à espera do discurso de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed). Essa será a primeira vez que o dirigente se pronuncia após o payroll mais forte que o esperado, divulgado na semana passada.

Confira o desempenho de Nova York:

  • Dow Jones: -0,26%;
  • S&P 500: -0,16%;
  • Nasdaq: -0,04%.
OI (OIBR3) DISPARA

As ações da Oi (OIBR3) sobem 7,20%, a R$ 1,34 após leilões por oscilação máxima.

Os investidores reagem à reunião da companhia com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) sobre a atual situação da Oi, com o risco de intervenção e afastamento da diretoria.

ABERTURA DE NOVA YORK

À espera do discurso de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed), as bolsas americanas abriram predominantemente em queda. Os investidores aguardam sinalizações sobre a continuidade do aperto monetário, sendo a primeira após o payroll mais forte que o esperado.

  • Dow Jones: -0,46%;
  • S&P 500: -0,22%;
  • Nasdaq: +0,02%.
GOL (GOLL4) LIDERA OS GANHOS DO IBOVESPA

Após o leilão, os papéis de Gol (GOLL4) sobem 7,09%, a R$ 8,14 com anúncio de investimentos da Abra Group, controladora da companhia, e aumento da demanda em janeiro, segundo prévia divulgada ontem (6).

Além disso, as ações beneficiam-se do alívio nos DIs e recuo do dólar. A Azul (AZUL4) também sobe com impulso da Gol (GOLL4).

SOBE E DESCE DA BOLSA

O Ibovespa opera em queda de 0,14%, aos 108.561 pontos com incertezas sobre a reação de Brasília à ata do Copom, de olho nas últimas críticas do presidente Lula à meta de inflação adotada pelo Banco Central.

No radar, a indicação de novos diretores ao BC pelo chefe do Executivo. Segundo a Broadcast, Lula determinou ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que ele apresente nomes para ocupar essas funções e que possam se contrapor ao atual presidente da autarquia, Roberto Campos Neto.

Os mandatos do diretor de Política Monetária, Bruno Serra, e do diretor de Fiscalização, Paulo Souza, encerram-se em 28 de fevereiro.

Confira as maiores altas:

CÓDIGONOMEULTVAR
GOLL4Gol PNR$ 8,248,14%
AZUL4Azul PNR$ 12,005,08%
MRVE3MRV ONR$ 6,744,33%
SMTO3São MartinhoR$ 27,033,88%
YDUQ3Yduqs ONR$ 9,162,58%

E as maiores quedas do dia:

CÓDIGONOMEULTVAR
LWSA3Locaweb ONR$ 5,66-2,41%
B3SA3B3 ONR$ 11,87-1,98%
ENGI11Engie unitsR$ 41,44-1,52%
ASAI3Assaí ONR$ 18,93-1,51%
TOTS3Totvs ONR$ 29,65-1,43%
CRIPTOMOEDAS HOJE

O bitcoin (BTC) e as principais criptomoedas do mundo operam em compasso de espera  do discurso de Jerome Powell, presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos), marcado para esta tarde.

O desempenho das criptomoedas, vale lembrar, vem apresentando uma correlação cada vez maior com os movimentos das taxas de juros nos EUA. Parte da forte alta do bitcoin neste ano inclusive vem da redução do ritmo de aperto monetário na maior economia do mundo.

Mas após dados robustos sinalizarem um mercado de trabalho aquecido nos EUA, as expectativas (e temores) envolvendo as decisões de política monetária norte-americana só cresceram — e o anúncio do chefão do Fed deve dar pistas do que está por vir nos próximos meses.

O BTC apagou as quedas de ontem e registra leve aumento de 0,40% nas últimas 24 horas, cotado a US$ 22.961,53. No acumulado de sete dias, porém, a baixa é de 0,08%. Já o ethereum (ETH) avança 0,32% hoje, com alta de 3,68% em uma semana.

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SÃO MARTINHO (SMTO3) SOBE APÓS RECOMENDAÇÃO

Os papéis de São Martinho (SMTO3) registram alta de 3,50%, a R$ 26,53 no Ibovespa após o banco UBS BB elevar a recomendação das ações de neutro para compra, com preço-alvo de R$ 34,00.

Em relatório, o banco destaca que a São Martinho está entre os melhores produtores de açúcar e etanol."Agora, com a ação caindo 28% nos últimos 12 meses, vemos um valuation com desconto e bom ponto de entrada para a ação", escreveram os analistas.

"Também reiteramos nossa visão otimista de que os preços do açúcar subiram estruturalmente devido ao maior equilíbrio global e uma mudança na produção para etanol em produtores-chave, incluindo a Índia e preços previstos na safra 2024/25."

*Com informações de Broadcast

GOL (GOLL4) SOBE 5% E ENTRA EM LEILÃO

A companhia área Gol (GOLL4) teve as negociações paralisadas há pouco após avançar 5,51%, a R$ 8,04 no Ibovespa.

Os investidores reagem aos resultados prévios de tráfego de janeiro, divulgados ontem (6) depois do fechamento dos mercados.

Segundo a Gol, a demanda total (RPK) aumentou em 8,9% em janeiro, em comparação a igual período do ano passado. A oferta total (ASK) cresceu 6,2% e a taxa de ocupação foi a 84,7%, um recuo de 2,1 pontos porcentuais sobre o mesmo intervalo. Já o número de decolagens evoluiu 7,9% e o número de assentos subiu 7,3%.

Soma-se a isso, o anúncio de que a Abra Group, controladora da Gol, deve investir na companhia aérea, na ordem de US$ 400 milhões, além do cancelmento de US$ 680 milhões em bonds.

O alívio do dólar e dos juros futuros (DIs) também contribuem para a alta das ações da companhia aérea.

NOVO ARCABOUÇO FISCAL EM ABRIL

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou há pouco que um novo arcabouço fiscal devem ser apresentado em abril.

Haddad disse também que a coordenação entre políticas fiscal e monetária têm que trabalhar juntas, ao comentar sobre a ata do Copom, divulgada mais cedo.

"Considero que a ata deu um passo e é o melhor do que o comunicado. [...] A ata foi mais extensa, analística e coloca pontos importantes sobre o trabalho [do Ministério] da Fazenda."

O ministro também afirmou que as metas de inflação, alvo de críticas do presidente Lula ao Banco Central, será discutido pelo governo "para adotar próximos passos".

ABERTURA DO IBOVESPA

O Ibovespa abriu em queda de 0,12%, aos 108.591 pontos.

O tom negativo da bolsa brasileira se dá pela cautela dos investidores sobre a reação de Brasília à ata do Copom.

O documento reiterou o discurso conservador na manutenção da taxa básica de juros por mais tempo e fez um aceno ao governo, reconhecendo que o pacote fiscal anunciado no mês passado pode ajudar no combate à inflação. Contudo, a política de manter a Selic em 13,75% ao ano tem sido alvo de críticas do presidente Lula, que deve escolher novos diretores para compor o Banco Central.

A alta de mais de 1% do petróleo no mercado internacional, que tende a impulsionar as empresas do setor de commodities, deve limitar as perdas do pregão.

Mais cedo, a FGV divulgou a desaceleração do Índice Geral de Preços - Disponibilidade (IGP-DI), que avançou 0,06% em janeiro ante um alta de 0,31% em dezembro. E, juntamente com a queda do dólar, resulta no alívio na curva dos juros futuros (DIs).

Os investidores aguardam os resultados do quarto trimestre e anual do Itaú Unibanco, a ser divulgado após o fechamento dos mercados. A expectativa é sobre o impacto do caso Americanas nas receitas do banco.

No exterior, as atenções se voltam ao discurso do presidente do Federal Reserve (Fed), banco central americano, Jerome Powell no período da tarde. Enquanto isso, os índices futuros operam sem direção única em Nova York.

EM MEIO A CRÍTICAS DE LULA, COPOM PUBLICA ATA MAIS LONGA

A publicação da ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) costuma ser assunto apenas para os economistas e gestores no mercado financeiro. No documento, os diretores do BC dão detalhes sobre como chegaram à decisão sobre a taxa básica de juros (Selic). Além disso, fornecem mais pistas sobre o que esperar daqui para frente.

Mas desde que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva começou a disparar contra o chefe do BC, Roberto Campos Neto, todos os passos da autoridade monetária passaram a ser acompanhados ainda mais de perto.

Ainda mais após as críticas do governo à decisão do Copom da última quarta-feira de sinalizar a manutenção da Selic em 13,75% por mais tempo. Pois então os diretores do Banco Central decidiram caprichar: escreveram nove parágrafos a mais na ata da reunião divulgada na manhã desta terça-feira (7).

Foram 32 parágrafos, contra os 23 da última ata do Copom. O documento se estendeu mais tanto na parte de cenários e análise de riscos como da discussão sobre a condução da política monetária.

Leia mais.

ADRS DE VALE E PETROBRAS EM NY

Com a volatilidade dos mercados, os recibos de ações (ADRs) das companhias brasileiras Vale e Petrobras negociados em Nova York operam em queda no pré-mercado. Vale lembrar que o minério de ferro encerrou as negociações em queda na China, mas o petróleo opera em alta.

Confira o desempenhos dos ADRs:

  • Vale (VALE): -0,41%, a US$ 16,89;
  • Petrobras (PBR): -0,27%, a US$ 11,16.

Os índices futuros de Nova York seguem sem direção única, à espera do discurso do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell.

  • Dow Jones futuro: -0,13%;
  • S&P 500 futuro: +0,06%;
  • Nasdaq futuro: +0,28%.

O Ibovespa futuro opera em alta de 0,35%, aos 109.368 pontos.

O dólar à vista ensaia alta de 0,02%, a R$ 5,1476.

MATHEUS SPIESS: MERCADO EM 5 MINUTOS

"ESPELHO, ESPELHO MEU, EXISTE ALGUÉM MAIS CORRETO DO QUE EU?" — LULA

Lá fora, os mercados asiáticos fecharam mistos nesta terça-feira (7), acompanhando as movimentações negativas de Wall Street durante o pregão de ontem, já que os investidores continuam cautelosos, se abstendo de criar posições compradas.

Consequentemente, em nível internacional, é provável que o mercado fique de olho nos comentários do presidente do Federal Reserve dos EUA, Jerome Powell, na parte da tarde, para obter pistas adicionais sobre as perspectivas de novas altas nas taxas.

Os mercados europeus e os futuros americanos sobem nesta manhã, também aguardando a participação de autoridades monetárias em diferentes eventos ao longo do dia.

A dinâmica brasileira é própria, com o ambiente doméstico muito pautado pela temporada de resultados (temos digestão de Itaú para realizarmos hoje), as eventuais novidades da ata do Copom e a briga entre Lula e Roberto Campos Neto — houve um marginal aprimoramento do sentimento no final do pregão ontem.

A ver…

00:47 — Rinha de autoridades

No Brasil, o mercado continua repercutindo os ataques de Lula à postura do BC, tendo aproveitado a posse de Mercadante, ontem pela manhã, para tecer mais críticas, se afastando da própria responsabilidade por termos juros mais elevados (incerteza fiscal e comunicação equivocada vêm estressando o mercado).

Não sabemos ainda qual será a resposta formal do presidente da autoridade monetária, mas ele não deve estar nada feliz com a situação (especula-se que possa ceder às pressões). Quem também está incomodado é Fernando Haddad, que entende o confronto em Brasília como contraproducente. Ele está correto.

O governo deveria estar se esforçando no desenho e na negociação do novo arcabouço, movimento que ajudaria no movimento de queda dos juros. Mas se esqueceram disso. Há algumas notícias de que algumas alas do governo procuram construir uma reaproximação entre o Palácio do Planalto e o Banco Central, contexto fundamental para uma reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) pacífico.

Como se não bastasse o problema do déficit público e da falta de perspectiva sobre o substituto do teto de gastos, agora temos que nos preocupar com a comunicação. Tudo isso prejudica a previsibilidade e deteriora ainda mais as expectativas de inflação.

01:42 — No aguardo da fala de Powell

Nos EUA, os investidores estão esperando um recado mais duro do presidente do Fed, Jerome Powell, que deve destacar a vigilância com a inflação diante da resiliência do mercado de trabalho.

Seria interessante ouvir uma avaliação do que o Fed realmente acha que está acontecendo, dadas as mudanças econômicas estruturais, impulsos cíclicos e dados de qualidade inferior. Mas considerando a volatilidade do mercado e os erros de comunicação recentes, talvez Powell opte por uma fala mais conservadora.

O surpreendente relatório de empregos de janeiro continua a reverberar nos mercados. Por um lado, fala-se sobre a possibilidade de um "soft landing" (pouso suave) e a chance reduzida de recessão. Por outro lado, um mercado de trabalho mais apertado abre espaço para mais aumentos de juros.

Ambas as circunstâncias parecem plausíveis, o que dificulta a compra de ações agora — o presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, afirmou que o Fed tem mais trabalho a fazer.

Além da fala de Powell, também contamos com os dados de crédito ao consumidor para dezembro do Federal Reserve. Em novembro, a dívida total do consumidor aumentou a uma taxa anual ajustada sazonalmente de 7,1%, para um recorde de US$ 4,76 trilhões. O crédito rotativo (dívida de cartão de crédito) saltou 16,9%, já que as economias da pandemia foram reduzidas para menos de US$ 1 trilhão.

Um americano mais endividado gera uma realidade assustadora no meio de juros mais elevados.

02:53 — O balão

Até pouco tempo atrás, havia alguma esperança de que as tensões entre os EUA e a China poderiam estar esfriando. Tudo mudou por conta de um balão: surgiram relatos de que a China enviou balões de vigilância de alta altitude sobre os EUA que não foram detectados os EUA derrubaram o balão espião chinês recentemente identificado (pasmem, precisaram usar um caça F-22 para abater o balão).

Consequentemente, o secretário de Estado Antony Blinken cancelou uma reunião com o presidente Xi Jinping, citando violações à soberania dos EUA.

Em resposta, Pequim chamou o uso da força (o caça F-22) de violação das convenções internacionais, insistindo que seu dirigível civil não tripulado estava apenas coletando dados meteorológicos e se desviou do curso devido aos ventos fortes.

As coisas estavam melhorando e agora voltamos a caminhar para uma nova crise de longo prazo.

03:40 — E o acordo pós-Brexit?

Depois que informes afirmaram que a União Europeia (UE) e o Reino Unido (RU) estavam perto de fechar um acordo sobre as regras comerciais para a Irlanda do Norte, Bruxelas anunciou que, apesar de algum progresso, várias questões permanecem intratáveis.

O Protocolo da Irlanda do Norte é o acordo que Boris Johnson fez com a UE para evitar a criação de uma fronteira rígida entre a República da Irlanda, um membro da UE, e a Irlanda do Norte, uma parte do RU. O problema é grave.

Um grande ponto de discordância é que os britânicos querem limitar o papel do Tribunal Europeu de Justiça na supervisão de disputas relacionadas ao comércio. Outro é o fracasso em chegar a um acordo sobre um sistema de fronteira prático que evite verificações rigorosas pela alfândega. Com isso, o novo primeiro-ministro Rishi Sunak, que acaba de completar 100 dias de governo, deverá continuar a enfrentar pressões crescentes para não ceder um centímetro a Bruxelas, gerando mais tensão.

04:10 — Retomando os níveis pré-pandêmicos

Segundo dados recentemente divulgados pela Associação Internacional de Transportes Aéreos, a demanda global por carga aérea fechou o ano de 2022 com queda de 1,6% em comparação com o desempenho de 2019. A notícia é boa, apesar de ser acompanhada por algumas informações menos animadoras, como o fato de que a capacidade diminuiu 8,2% na mesma janela de comparação.

Houve uma desaceleração relevante nos últimos dois meses do ano, o que prejudicou bastante o dado consolidado (não fosse isso, talvez já pudéssemos estar em patamares superiores aos pré-pandêmicos).

De qualquer forma, em 2023, devemos ter queda marginal da demanda, com declínio adicional nos volumes de carga, uma vez que as principais economias do mundo devem desacelerar. A retomada completa fica para 2024, quando já soubermos melhor quando as taxas de juros vão cair.

MINÉRIO DE FERRO FECHA EM BAIXA

O minério de ferro encerrou as negociações em Dalian, na China, em queda de 0,65%, com a tonelada cotada a US$ 123,89.

A queda reflete a cautela das bolsas europeias e americanas, além das expectativas sobre a reabertura econômica da China e um movimento de correção sobre a commodity.

ABERTURA DOS JUROS FUTUROS

Com os mercados mais voláteis, à espera dos discursos de Jerome Powell, presidente do Fed, e de Roberto Campos Neto, presidente do BC, somado à desaceleração do Índice Geral de Preços - Disponibilidade (IGP-DI) no Brasil, a curva de juros futuros segue com viés de queda nesta terça-feira.

O IGP-DI desacelerou a 0,06% em janeiro ante alta de 0,31% em dezembro, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Confira a abertura:

NOME ULT  FEC 
DI Jan/2413,72%13,80%
DI Jan/2513,08%13,20%
DI Jan/2612,94%13,07%
DI Jan/2712,93%13,07%
ABERTURA DO DÓLAR

O dólar à vista abriu em queda de 0,57%, a R$ 5,1441.

ABERTURA DO IBOVESPA FUTURO

O Ibovespa futuro abriu em alta de 0,29%, aos 109.320 pontos, enquanto os futuros de Nova York operam sem direção única.

COMMODITIES SEM DIREÇÃO ÚNICA

Assim como o humor dos índices futuros em Nova York, com investidores à espera do discurso de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, as commodities operam sem direção única.

O minério de ferro, negociado em Dalian, na China, opera em realização e registra baixa de 0,65%, com a tonelada a US$ 123,89.

O petróleo tipo Brent avança 1,54%, a US$ 82,28 o barril.

FUTUROS DE NOVA YORK AMANHECEM DE LADO

Os índices futuros de Nova York amanheceram de lado hoje.

Pesa sobre o mercado o temor de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) terá de manter juros elevados por mais tempo do que se imaginava diante da solidez do mercado de trabalho dos EUA.

À tarde, a atenção dos investidores vai se voltar para comentários do presidente do Fed, Jerome Powell.

Veja como estavam os índices futuros de Nova York por volta das 7h20

  • Dow Jones: -0,02%
  • S&P-500: +0,10%
  • Nasdaq: +0,26%
BOLSAS EUROPEIAS ENSAIAM ALTA

As bolsas de valores europeias abriram em alta nesta terça-feira.

Logo depois, os índices da região passaram a operar sem uma direção clara antes de voltarem a ensaiar avanços.

Os investidores reagem a balanços de grandes empresas da região, como a petrolífera britânica BP, que teve lucro recorde em 2022, e dados fracos da indústria alemã.

Veja como estavam as principais bolsas da Europa por volta das 7h15:

  • Londres: +0,44%
  • Frankfurt: +0,02%
  • Paris: +0,09%
BOLSAS DA ÁSIA FECHAM MAJORITARIAMENTE EM ALTA

As principais bolsas de valores da Ásia fecharam em alta nesta terça-feira.

Os investidores reagiram positivamente ao anúncio de novas medidas para estimular o setor imobiliário chinês e ao noticiário do setor de tecnologia.

A exceção foi a bolsa de Tóquio, que recuou 0,03%.

Veja como fecharam as outras principais bolsas asiáticas hoje:

  • Seul: +0,55%
  • Xangai: +0,29%
  • Hong Kong: +0,36%
  • Taiwan: +0,55%
QUEM VAI FALAR MAIS GROSSO: LULA OU ROBERTO CAMPOS NETO?

O mercado brasileiro voltou a ser palco de rinha entre autoridades. Agora, o presidente Lula parece bastante insatisfeito com uma realidade difícil de se lidar: a taxa de juro real da economia brasileira está bem elevada.

Infelizmente, falar grosso em entrevistas e em eventos, como o chefe de governo tem feito, pouco ajuda a reduzir essa taxa. Pelo contrário, pode acabar ajudando a mantê-la elevada.

Mas vamos por partes.

Qual o contexto da briga entre Lula e o presidente do Branco Central do Brasil?

De dezembro de 2022 para cá, muitas coisas aconteceram. As promessas de mais gastos públicos foram ganhando contornos cada vez mais materiais, a começar com a PEC da Transição, que se trata da maior expansão fiscal depois de 2020, ano da pandemia, apontando para um déficit neste ano. Para piorar, várias declarações polêmicas do presidente e de ministros soaram negativamente ao longo de janeiro.

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SAIBA O QUE ESPERAR DO BALANÇO DO ITAÚ UNIBANCO

Um dos queridinhos dos analistas, o Itaú Unibanco (ITUB4) publica suas demonstrações financeiras referentes ao quarto trimestre de 2022 e ao ano passado como um todo nesta terça-feira (7) após o fechamento da bolsa.

Caso o valor estimado pelo consenso da Bloomberg esteja correto, o maior banco privado do Brasil renovará seu próprio recorde histórico de lucro líquido anual, com R$ 30,997 bilhões. O resultado seria 15% maior que o recorde anterior, de 2021.

Para o quarto trimestre, a Bloomberg também projeta crescimento de 15% no lucro em relação ao mesmo período de 2021, para R$ 8,256 bilhões.

Leia mais:

Itaú em 2022

Enquanto seus coirmãos Santander e Bradesco tiveram um ano que foi se transformando em frustração a cada divulgação de resultados, o Itaú e o Banco do Brasil andaram de mãos dadas rumo à lista das principais escolhas dos analistas dentro do setor financeiro.

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