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MERCADOS HOJE

Bolsa agora: Petróleo desaba e Ibovespa acompanha em queda de mais de 1%; dólar avança

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30 de maio de 2023
7:19 - atualizado às 17:35

RESUMO DO DIA: Na volta das negociações em Nova York, após uma pausa para o feriado, Wall Street teve um dia de resultados mistos.

No Brasil, o mau humor no exterior foi um fator importante, mas as atenções se voltaram mesmo é para a forte queda do petróleo.

Dois gigantes produtores da commodity - Rússia e Arábia Saudita -, parecem estar dispostos a entrar em mais uma queda de braço para controlar a oferta do óleo, o que levou o barril a cair mais de 4% hoje.

Em Nova York, o rali no setor de tecnologia sustentou os ganhos em parte do dia, com as empresas fabricantes de chips puxando os ganhos ainda de olho na evolução de inteligência artificial, mas não foi o suficente. As preocupações com o teto da dívida americana e a forte queda do petróleo também pesaram sobre os negócios.

Confira os principais destaques do dia:

Leia Também

SOBE E DESCE DO IBOVESPA

Confira as maiores altas do dia:

CÓDIGONOMEULTVAR
IRBR3IRB Brasil ONR$ 38,824,61%
HAPV3Hapvida ONR$ 4,064,10%
CCRO3CCR ONR$ 13,771,40%
DXCO3Dexco ONR$ 8,641,29%
BEEF3Minerva ONR$ 9,841,23%

Confira também as maiores quedas da sessão:

CÓDIGONOMEULTVAR
CVCB3CVC ONR$ 2,98-3,87%
PETZ3Petz ONR$ 7,23-3,86%
CSNA3CSN ONR$ 12,01-3,69%
GOAU4Metalúrgica Gerdau PNR$ 11,27-3,01%
USIM5Usiminas PNAR$ 7,07-2,88%
FECHAMENTO

O Ibovespa encerrou o dia em queda de 1,24%, aos 108.967 pontos.

FECHAMENTO EM NOVA YORK

O entusiasmo com a perspectiva positiva para desenvolvedores de tecnologia de inteligência artificial segue empolgando o Nasdaq, mas não foi o suficiente para contaminar os demais índices da bolsa. Existe ainda grande expectativa para a aprovação do acordo para suspensão do teto da dívida. Além disso, a forte queda do petróleo pressionou os negócios

  • Nasdaq: +0,32%
  • S&P 500: estável
  • Dow Jones: -0,15%
FECHAMENTO

O dólar à vista encerrou o dia em alta de 0,60%, a R$ 5,0423

PETRÓLEO DESPENCA COM DIVERGÊNCIA ENTRE RÚSSIA E ARÁBIA SAUDITA

O cabo de guerra entre Arábia Saudita e Rússia sobre qual seria a melhor estratégia para controlar a oferta de petróleo - e, portanto, os preços - provocou queda acentuada da commodity nesta terça-feira (30).

Os preços de referência dos principais tipos de petróleo, o Brent, negociado em Londres, e o WTI, negociado em Nova York, recuaram mais de 4% cada. O Brent encerrou o dia cotado a US$ 73,71, enquanto o WTI ficou em US$ 69,69.

Comentários de representantes russos, inclusive do vice-primeiro-ministro da Rússia, Alexander Novak, indicaram que o país não pretende reduzir sua produção.

Esse posicionamento colide com a postura da Arábia Saudita, que, na semana passada, recomendou cuidado a quem estiver apostando numa queda dos preços da commodity. O recado foi interpretado como um sinal de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) pode cortar a produção, reduzindo a oferta e impulsionando os preços.

Leia mais.

WALL STREET REDUZ GANHOS

Mesmo com a forte queda do petróleo e a preocupação com o andamento das trativas para a aprovação definitiva da suspensão do teto da dívida americana, as bolsas em Nova York vinham tentando sustentar um movimento de alta --- mas o ritmo reduziu na última hora.

O sinal positivo estava sendo sustetado pelo bom desempenho das ações de tecnologia, de olho nas fabricantes de chips, mas a tendência de alta reduziu nos últimos minutos. Assim, Wall Street volta a operar próximo do zero a zero.

FECHAMENTO

O Brent encerrou o dia em queda de 4,40%, a US$ 73,71

SOBE E DESCE DO IBOVESPA

Confira os melhores desempenhos desta tarde:

CÓDIGONOMEULTVAR
HAPV3Hapvida ONR$ 3,971,79%
CCRO3CCR ONR$ 13,811,69%
COGN3Cogna ONR$ 2,891,40%
SOMA3Grupo SomaR$ 10,341,08%
IRBR3IRB Brasil ONR$ 37,390,75%

Confira também as piores quedas:

CÓDIGONOMEULTVAR
PETZ3Petz ONR$ 7,23-3,86%
ASAI3Assaí ONR$ 11,13-3,39%
RRRP33R Petroleum ONR$ 29,52-3,40%
CSNA3CSN ONR$ 12,06-3,29%
PRIO3PRIO ONR$ 34,00-3,19%
LULA VOLTA A DEFENDER FIM DA HEGEMONIA DO DÓLAR NA AMÉRICA DO SUL

O presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva sempre foi uma voz ativa contra a hegemonia do dólar na América do Sul — defendendo, inclusive, a substituição da moeda norte-americana. A tentativa mais recente foi o “sur”, com a Argentina, que não avançou. 

O chefe de Estado brasileiro voltou a fazer campanha por uma moeda comum para transações comerciais na América do Sul nesta terça-feira (30). Lula defendeu que a identidade regional precisa ser aprofundada também na área monetária.

O discurso foi feito na cúpula promovida por ele em Brasília com chefes de Estado da América do Sul. Na abertura do evento, Lula saiu em defesa ainda do uso da poupança para o desenvolvimento, inclusive com uso de bancos públicos, como o BNDES.

"Sem prejuízo de outras propostas que discutiremos ao longo do dia de hoje, sugiro à consideração de vocês as seguintes iniciativas: colocar a poupança regional a serviço do desenvolvimento econômico e social, mobilizando os bancos de desenvolvimento como a CAF, o Fonplata, o Banco do Sul e o BNDES", declarou o presidente do Brasil, elencando itens.

Leia mais.

OS VILÕES DO DIA

Apesar da alta das ações da Nvidia sustentarem alguns índices americanos no azul, as commodities são as grandes vilãs desta terça-feira. O petróleo cai mais de 4%.

Existe uma grande tensão entre a Arábia Saudita e Rússia, com os grandes produtores do óleo divergindo sobre qual deverá ser a melhor estratégia para a oferta da commodity.

Enquanto Moscou libera grandes reservas, os sauditas tentam fazer com que o preço do barril volte a subir, trazendo incerteza sobre o futuro da oferta de petróleo.

Assim, o principal barril utilizado como referência na condução de políticas de preços de combustíveis no mundo, o Brent, recua mais de 4%, pressionando as empresas brasileiras e fortalecendo o dólar.

SOBE E DESCE DO IBOVESPA

O Ibovespa cai 1,40%, aos 108.790 pontos e acompanha a piora das bolsas em NY e o recuo das commodities.

Confira as maiores altas:

CÓDIGONOMEULTVAR
CCRO3CCR ONR$ 13,751,25%
SOMA3Grupo SomaR$ 10,300,68%
BEEF3Minerva ONR$ 9,770,51%
YDUQ3Yduqs ONR$ 14,390,42%
RADL3Raia Drogasil ONR$ 28,820,42%

E as maiores quedas do dia:

CÓDIGONOMEULTVAR
PETZ3Petz ONR$ 7,25-3,59%
CSNA3CSN ONR$ 12,08-3,13%
VBBR3VIBRA energia ONR$ 15,95-3,04%
BRAP4Bradespar PNR$ 21,37-2,95%
BPAC11BTG Pactual unitsR$ 26,52-2,86%
FECHAMENTO NA EUROPA

As bolsas na Europa encerraram as negociações em queda.

  • Frankfurt: -0,08%;
  • Londres: -1,45%;
  • Paris: -1,44%.

COMO ANDAM OS MERCADOS

A instabilidade das bolsas americanas e a queda das commodities pesam e o Ibovespa recua 1,17%, aos 109.042 pontos. Há também um movimento de realização, com troca de posições, típico de fim do mês.

Com a agenda local mais esvaziada, os investidores repercutem o IGP-M, que registrou deflação de 1,84% em maio, acima das expectativas do mercado. O dado aumentou as apostas de corte na Selic a partir de agosto e reflete no alívio dos juros futuros (DIs) em toda a curva.

No Ibovespa, os destaques do dia são as companhias de consumo, como varejo, educação e saúde, que avançam com o alívio nos DIs. Na ponta negativa, as companhias ligadas commodities metálicas e petróleo lideram as perdas do dia.

Isso porque o minério de ferro encerrou as negociações em queda de 0,28% em Dalian, na China. O petróleo tipo Brent recua 3,70%, com o barril a US$ 74,27, pressionada pela incerteza de redução de oferta pela Opep+.

Por fim, à espera de novidades a tramitação do arcabouço fiscal no Senado Federal, o dólar à vista avança 0,77%, cotado a R$ 5,0582.

GIRO DO MERCADO EMPIRICUS

O prazo de declaração do Imposto de Renda está acabando e, amanhã (31), será pago o primeiro lote de restituição.

Uma coisa que poucas pessoas sabem é que existe um investimento que pode fazer a Receita Federal te pagar uma boa grana.

No Giro do Mercado de hoje (30), o analista Alexandre Costa explica como funciona esse investimento e como aproveitar esses benefícios tributários no IR.

Na última segunda (29), a Copel deu mais um passo rumo à privatização com a contratação de bancos para estruturar a oferta de ações.

O analista Ruy Hungria diz o que está em jogo e se vale a pena investir na ação CPLE6 agora.

Aperte o play e acompanhe:

TEBET: CORTE NA SELIC DEVE COMEÇAR EM AGOSTO

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, voltou a defender o corte na taxa básica de juros, a Selic. Para a ministra, o Banco Central já tem condições de reduzir a Selic em agosto em, pelo menos, 0,25 ponto percentual.

"Todos os fatores macroeconômicos internos, arcabouço, estimativa para PIB, desaceleração da inflação, tudo são fatores distintos dos que levaram de forma correta o Banco Central a elevar juros [no passado]. Tínhamos crise institucional no Brasil, isso impactava na economia", disse Tebet em entrevista, mais cedo.

Vale lembrar que as projeções do mercado financeira, vide Boletim Focus, são de que a taxa fique em 12,50% ao ano no final de 2023. E, com a nova deflação do IGP-M em maio, as apostas para redução a partir de agosto retomaram fôlego.

APLICATIVO DO BRADESCO (BBDC4) TEM INTERMITÊNCIA "MOMENTÂNEA"E FICA FORA DO AR

O Bradesco (BBDC4) informou ter identificado uma intermitência "momentânea" no aplicativo do banco na manhã desta terça-feira (30). Ainda de acordo com o banco, as áreas responsáveis estão atuando para resolvê-la.

"Foi observada intermitência momentânea no canal. Equipes estão trabalhando para normalização o mais breve possível", disse o Bradesco, em nota enviada ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Mais cedo, usuários relataram que o aplicativo do Bradesco apresentava problemas de funcionamento durante a manhã.

Os relatos davam conta de que não era possível autenticar no banco, cujo nome entrou para os assuntos mais comentados no Twitter diante do problema.

Leia mais.

FRIGORÍFICOS

As companhias frigoríficas operam instáveis nesta terça-feira (30). As ações da Minerva (BEEF3), por exemplo, iniciaram as negociações em alta, mas há pouco inverteu o sinal.

De modo geral, o setor repercute a confirmação de um novo caso de gripe aviária, em ave silvestre. Dessa vez, a doença foi detectada no Rio Grande do Sul.

Ao todo, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) contabiliza 13 casos de influenza em aves em todo o território brasileira, que está em estado de emergência zoossanitária desde o último dia 22.

Confira a cotação dos frigoríficos no Ibovespa:

CÓDIGONOMEULTVAR
JBSS3JBS ONR$ 16,24-1,04%
MRFG3 Marfrig ON R$ 6,35 -0,63%
BRFS3 BRF ON R$ 7,36 -0,27%
BEEF3 Minerva ONR$ 9,720,00%

COMPANHIAS LIGADAS AO CONSUMO AVANÇAM

Com o alívio na curva de juros futuros (DIs) após uma nova deflação do IGP-M em maio, as companhias ligadas ao consumo e, portanto, mais sensíveis aos juros — como varejo, educação e saúde — operam em tom positivo nesta terça-feira (30).

Confira as maiores altas do dia:

CÓDIGONOMEULTVAR
COGN3Cogna ONR$ 2,901,75%
CVCB3CVC ONR$ 3,151,61%
SOMA3Grupo SomaR$ 10,361,27%
TIMS3Tim ONR$ 14,551,25%
NTCO3Natura ONR$ 13,871,24%
COMPANHIAS DE COMMODITIES RECUAM

As companhias de commodities metálicas operam em queda com o recuo do minério de ferro, em Dalian (China), e também por movimento de troca de posições.

CÓDIGONOMEULTVAR
CSNA3CSN ONR$ 12,25-1,76%
RRRP33R Petroleum ONR$ 30,06-1,64%
GGBR4Gerdau PNR$ 24,57-1,52%
GOAU4Metalúrgica Gerdau PNR$ 11,46-1,38%
USIM5Usiminas PNAR$ 7,18-1,37%
VALE3Vale ONR$ 65,00-1,26%

Os recuos de Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) pesam e o Ibovespa inverteu o sinal há pouco. O índice opera em linha da estabilidade, aos 110.366 pontos.

NVIDIA ANUNCIA NOVO SUPERCOMPUTADOR E VOLTA A ENCOSTAR NOS US$ 1 TRILHÃO

Repleto de ironia, o livro Guia do Mochileiro das Galáxias já nos deu pistas do que seria uma inteligência artificial (IA) super avançada. E a Nvidia parece querer trazer a ficção para a realidade ao anunciar o projeto de uma espécie de Pensador Profundo —  supercomputador da franquia com respostas para a vida, o universo e tudo mais. 

A empresa fabricante de chips que tocou os US$ 1 trilhão de valor de mercado entrou no radar dos investidores após ser apontada como uma das principais no ramo de desenvolvimento de tecnologias focadas em IAs.

Em um evento na última segunda-feira (29) em Taipei, capital de Taiwan, o CEO da Nvidia, Jensen Huang, revelou o projeto de um novo supercomputador projetado para ajudar no desenvolvimento de novas tecnologias focadas em IA para os clientes da empresa — entre eles, Google, Meta (dona do Facebook) e Microsoft. 

Essa nova máquina poderia agregar até 256 chips do tipo Grace Hopper da Nvidia — também chamados de “superchips” e que combinam processamentos de CPU e GPU — para trabalhos de computação em larga escala. 

Leia mais.

O Ibovespa aliviou a alta a 0,19%, aos 110.540 pontos, com recuo de Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4).

ABERTURA DE NOVA YORK

As bolsas americanas abriram sem direção única, com investidores monitorando as negociações no Congresso americano sobre o acordo da elevação do teto da dívida.

  • S&P 500: +0,49%;
  • Dow Jones: -0,08%;
  • Nasdaq: +0,99%.
PETROLEIRAS JUNIORES CAEM

Com o recuo da cotação do petróleo no mercado internacional, de olho nas negociações sobre o teto da dívida dos EUA e a expectativa de cortes na oferta pela Opep+, as companhias ligadas à commodity operam em queda no Ibovespa, em dia de alta quase generalizada dos ativos da carteira.

As ações da Petrobras, por sua vez, tentam sustentar o fôlego em tom positivo.

Confira a cotação do setor petroleiro:

CÓDIGONOMEULTVAR
RRRP33R Petroleum ONR$ 30,33-0,75%
PRIO3PRIO ONR$ 34,98-0,40%
PETR3 Petrobras ON R$ 29,90 0,17%
PETR4 Petrobras PNR$ 26,77 0,30%
ABERTURA DO IBOVESPA

Ibovespa abre em alta de 0,42%, aos 110.333 pontos. O tom positivo é impulsionado pelo desempenho dos índices de Nova York, que repercutem o acordo preliminar sobre o teto da dívida nos EUA — afastando o temor de calote.

Por aqui, o IGP-M registrou uma deflação maior que a esperada. A inflação do aluguel recuou 1,84% em maio, após queda de 0,95% em abril; as expectativas eram de queda de 1,61%.

O dólar à vista vem renovando máximas nesta manhã. Há pouco, a moeda americana avançava 0,75%, a R$ 5,0501.

O dólar ganha força ante o real em meio a ajustes e após o IGP-M de maio registrar deflação maior que a esperada.

O dólar à vista inverteu o sinal há pouco e opera em alta de 0,53%, a R$ 5,0450

ADRS DE VALE E PETROBRAS

Os índices futuros operam em tom positivo nos EUA, repercutindo o acordo preliminar sobre o teto da dívida. Mas, os recibos de ações (ADRs) das companhias brasileiras negociadas em Nova York recuam no pré-mercado, acompanhando o desempenho das commodities.

  • Petrobras (PBR): -0,58%. a US$ 11,90;
  • Vale (VALE): -0,60%, a US$ 13,18.
MATHEUS SPIESS: MERCADO EM 5 MINUTOS

PÓS-FERIADO NOS EUA: ATENÇÃO SE VOLTA ÀS DISCUSSÕES DO TETO DA DÍVIDA

Lá fora, as ações asiáticas estiveram predominantemente em alta nesta terça-feira, com os investidores comemorando a perspectiva de que a maior economia do mundo evitará um grande calote da dívida, melhorando o sentimento na maioria das classes de ativos.

Contudo, há incerteza sobre se o Congresso aprovará o acordo depois que um punhado de legisladores (republicanos e democratas) disse na segunda-feira que se oporia ao projeto de lei, embora se espere que seja aprovado.

Adicionalmente, os investidores também temem agora que o acordo seja um compromisso que possa ter consequências negativas.

Por isso, após o feriado nos EUA e no Reino Unido, que resultou em uma redução da liquidez nos mercados globais nesta segunda-feira, os investidores aguardam ansiosos pela reação de Nova York ao acordo da dívida americana.

Por enquanto, há um tom predominantemente positivo entre os mercados europeus e os futuros americanos.

A ver…

00:38 — As expectativas inflacionárias

No Brasil, os investidores se debruçam sobre alguns dados importantes na agenda do dia, a começar com as contas do Governo Central em abril, que devem mostrar superávit de R$ 15,9 bilhões após déficit de de R$ 7,0 bilhões em março — o resultado pode não ser lá grande coisa, mas já é uma melhora.

Contudo, nem só de dados fiscais vive o mercado brasileiro nesta terça-feira.

Contamos também com o IGP-M de maio, que registrou deflação de 1,84% no mês, um aprofundamento versus o dado de abril, que já tinha indicado deflação.

O movimento de desaceleração inflacionária já foi verificado no Boletim Focus de ontem, com mais uma semana de queda nas expectativas para a inflação de 2023, já apontando para 5,71% no acumulado do ano.

A melhora da inflação e das expectativas impulsionam a perspectiva de redução da Selic no terceiro trimestre, em agosto ou setembro, com respaldo na estabilidade fiscal e no avanço do arcabouço, que está sendo discutido no Senado e poderá ganhar mais reforço derivado de sugestões dos senadores. Isso pode ajudar a termos novas devoluções nos prêmios sobre a curva de juros.

01:27 — Holofotes apontados para o Brasil

Hoje, o presidente Lula recebe os líderes da América do Sul, todos em situação política bem delicada. Além do evento deste ano, o Brasil sediará o G20 em 2024, no Rio de Janeiro, com as 20 maiores economias do mundo (cerca de 80% do PIB).

Por fim, Lula confirmou recentemente Belém como sede da COP30, a conferência da ONU sobre meio ambiente, em novembro de 2025. A oficialização vem em um momento de atrito entre o Ministério do Meio Ambiente e Mudança Climática e o Congresso Nacional. Resta saber se o país saberá aproveitar os holofotes.

02:04 — Voltamos a discutir o teto da dívida americana

Nos EUA, a discussão sobre o teto da dívida finalmente parece caminhar para uma conclusão. Os mercados estão otimistas de que os extremistas políticos serão mantidos sob controle e o acordo será aprovado (a votação está prevista para amanhã).

Para isso, a Casa Branca e os líderes republicanos do Congresso prepararam campanhas de lobby para obter a aprovação de um acordo para evitar um calote dos EUA, tentando conter os republicanos e democratas mais radicais.

Parece que o presidente Joe Biden está ligando pessoalmente para os legisladores para apoiar este projeto de lei, enquanto membros do gabinete e altos funcionários da Casa Branca já haviam telefonado para pelo menos 60 democratas da Câmara no início da manhã de segunda-feira.

Tanto Biden quanto o presidente republicano da Câmara, Kevin McCarthy, expressaram confiança de que será possível reunir os votos necessários. Fora o debate, contamos hoje com dados de sentimento do consumidor.

03:10 — Instabilidade na Alemanha e na Espanha

A Alemanha tem sido o motor econômico da Europa há décadas e agora entrou em recessão. A resiliência está desmoronando e significa perigo para todo o continente.

Décadas de política energética falha, o fim dos carros com motor de combustão e uma transição lenta para novas tecnologias estão convergindo para representar a ameaça mais fundamental à prosperidade da nação desde a reunificação.

Para piorar, ao contrário de 1990, a classe política carece de liderança para enfrentar as questões que atormentam a competitividade do país. Em outras palavras, o país corre o risco de um longo e lento declínio, com consequências para toda a União Europeias,

Enquanto isso, na Espanha, o presidente do governo (funciona de maneira parecida a um primeiro-ministro), Pedro Sanchez, está apostando que pode reverter o cenário político fraturado do país depois que seu partido sofreu uma derrota esmagadora nas eleições regionais de domingo.

Sánchez surpreendeu seus adversários na segunda-feira ao dissolver o parlamento e convocar uma eleição geral antecipada poucas horas depois de saber toda a extensão de suas derrotas nas urnas do dia anterior.

Os partidos espanhóis terão menos de dois meses para se preparar e fazer campanha para a eleição de 23 de julho, prevista anteriormente para dezembro.

04:05 — E as relações entre os russos e os chineses?

O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, expressou o compromisso de fortalecer a cooperação com a Rússia, ampliando as trocas comerciais e econômicas.

Em uma carta ao fórum de negócios China-Rússia, Li enfatizou que essa determinação se estende a outros países, visando promover uma cooperação global de alta qualidade e impulsionar uma economia mundial aberta.

A relação é problemática para o Ocidente, que trava uma batalha contra os russos por meio dos ucranianos.

Segundo fontes russas, o país tem como objetivo alcançar a meta de aumentar o comércio bilateral com a China, atingindo a marca de US$ 200 bilhões até o final de 2023 — as áreas de energia renovável e fornecimento de petróleo devem ser centrais.

O governo russo critica as sanções impostas pelos Estados Unidos e seus aliados, tentando criar a narrativa de que a Rússia não apenas sobreviveu às punições, mas também continuou a se desenvolver e fortalecer sua cooperação com a China.

OFERTA DE AÇÕES DA SMART FIT (SMFT3) MOVIMENTA R$ 591,73 MILHÕES E GARANTE REDUÇÃO DE PARTICIPAÇÃO DO MAIOR ACIONISTA

Enquanto a Smart Fit (SMFT3) ainda tenta buscar sua melhor forma na B3 — as ações sobem no ano, mas longe do preço visto no IPO de 2021 —, seu maior acionista, o fundo Pátria, acaba de se desfazer de R$ 591,73 milhões em papéis da companhia numa oferta de ações exclusivamente secundária e sem aumento de capital.

O preço por cada ação da Smart Fit foi de R$ 18,15, um desconto de 1,30% se considerado o fechamento de segunda-feira (29) e, no total, a movimentação ficou acima do valor previsto inicialmente, que era de R$ 550 milhões. Foram vendidos um total de 32.602.252 papéis.

Pátria segue firme na Smart Fit (SMFT3)

Apesar de ter reduzido sua participação na Smart Fit (SMFT3) de 38,3% para 32,7% , o Pátria — que é um fundo de private equity — ainda segue como o maior acionista da companhia.

A família de Edgard Corona, fundador e CEO da Smart Fit, não vendeu ações na oferta e, portanto, permanece com aproximadamente 15% da rede. O acordo de acionistas entre a família e o Pátria também segue em vigor.

Leia mais.

ABERTURA DOS JUROS FUTUROS

A curva de juros futuros (DIs) abriram com alívio, principalmente entre as caudas mais curtas e médias, repercutindo a desaceleração do IGP-M em maio acima do esperado. A inflação do aluguel registrou deflação de 1,84% em maio, ante a projeção de recuo de 1,61%.

Soma-se a isso, o recuo dos juros dos Treasuries, com o acordo preliminar sobre o aumento do teto da dívida, e a desvalorização do dólar ante o real.

CÓDIGONOMEULT FEC 
DI1F24DI Jan/2413,19%13,22%
DI1F25DI Jan/2511,43%11,51%
DI1F26DI Jan/2610,86%10,95%
DI1F27DI Jan/2710,89%10,97%
DI1F28DI Jan/2811,03%11,11%
ÍNDICE DE PREÇOS AO PRODUTOR

O Índice de Preços ao Produtor (IPP) cai 0,35% em abril ante queda de 0,65% em maio, informou há pouco o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No ano, o IPP acumula queda de 0,99%, e em 12 meses, o índice registra queda de 4,63%.

ABERTURA DO DÓLAR

O dólar à vista abre a R4 5,0006, com queda de 0,13%.

ABERTURA DO IBOVESPA FUTURO

O Ibovespa futuro abre em alta de 0,42%, aos 111.360 pontos e acompanha o tom positivo do exterior.

No exterior, os investidores seguem mais otimistas com o afastamento do calote da dívida nos EUA, após acordo preliminar entre o presidente do país, Joe Biden, e o presidente da Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy, firmado no último domingo (28).

A notícia repercute hoje, nos mercados americanos, já que ontem (29) os mercados permaneceram fechados por feriado nacional.

Por aqui, os investidores repercutem a deflação, acima do esperado, do IGP-M em maio, o que deve trazer alívio na curva de juros futuros (DIs) e aumentar as apostas de cortes na taxa Selic a partir de agosto.

Além disso, há expectativas para início da tramitação do arcabouço fiscal no Senado Federal; o texto foi aprovado pela Câmara dos Deputados na semana passada.

COMMODITIES EM QUEDA

De olho nas negociações sobre o aumento do teto da dívida no Congresso americano e incertezas sobre os cortes de oferta pela Organização dos Países Produtores de Petróleo e Aliados (Opep+), o petróleo tipo Brent opera em queda de 1,27%, a US$ 76,12 o barril.

O minério de ferro também recua em Dalian, na China. A commodity cai 0,28%, com a tonelada cotada a US$ 99,83.

IGP-M DE MAIO

O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), considerado a inflação do aluguel, registrou deflação de 1,84% em maio, após queda de 0,95% em abril.

O dado, divulgado há pouco pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), veio melhor que as expectativas de recuo de 1,61%.

Em 12 meses, o IGP-M acumula queda de 4,47% e no ano, queda de 2,58%.

AGENDA DO DIA

Com a retomada dos negócios em Nova York, após o feriado nacional, a agenda do dia tem indicadores importantes.

Os investidores internacionais seguem acompanhando o acordo preliminar de elevação do teto da dívida dos EUA, que ainda depende de aprovação no Congresso.

No Brasil, as atenções se concentram na divulgação do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) de maio, considerado a inflação do aluguel.

Confira a agenda do dia:

HorárioPaís / RegiãoEvento
6hZona do EuroConfiança do consumidor em maio
8hBrasilIGP-M de maio
9hBrasilInflação ao produtor em maio
11hEstados UnidosConference Board divulga confiança do consumidor
22h30ChinaPMI composto e da manufatura chinesa em maio
Fonte: Investing.com
FUTUROS DE NY EM ALTA

Na volta do feriado nos EUA, os índices futuros de Nova York operam em alta pela manhã, repercutindo o acordo sobre o teto da dívida norte-americana, fechado no fim de semana.

A expectativa é que projeto de lei seja votado nos próximos dias, com início da apuração já nesta quarta-feira (31).

No campo dos indicadores, a agenda reserva o índice de confiança do consumidor e a participação de um dirigente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) em evento.

Veja o desempenho dos futuros em Wall Street:

  • Dow Jones: +0,13%
  • S&P 500: +0,57%
  • Nasdaq: +1,15%.
BOLSAS EUROPEIAS SEM DIREÇÃO ÚNICA

As bolsas europeias operam mistas nesta manhã, enquanto investidores acompanham as incertezas sobre a aprovação do acordo sobre o teto da dívida dos EUA no Congresso norte-americano.

A situação política da Espanha também segue no radar. O governo espanhol decidiu antecipar a eleição geral para 23 de julho após o Partido Socialista Operário Espanhol do primeiro-ministro Pedro Sánchez ser derrotado nas eleições regionais do último domingo (28).

Na agenda de indicadores, o destaque desta terça-feira fica com o índice de sentimento econômico da Zona do Euro, que veio pior do que o esperado em maio, a 96,5 pontos.

Confira:

  • DAX: +0,63%
  • FTSE 100: -0,42%
  • CAC 40: -0,25%
  • Euro Stoxx 50: +0,41%
INSIGHTS ASSIMÉTRICOS: INFLAÇÃO EM QUEDA ABRE ESPAÇO PARA COPOM CORTAR JUROS — MAS NÃO AINDA

As últimas semanas foram frutíferas para as projeções sobre a economia brasileira. Mais recentemente, foi a prévia da inflação oficial de maio, o IPCA-15 do IBGE, que surpreendeu positivamente os investidores.

O índice apresentou uma alta de 0,51% no mês, abaixo da mediana das expectativas, que apontava para uma alta de 0,65% no período, e 0,06 ponto percentual abaixo da taxa de abril (0,57%).

Não foi só na comparação mensal que tivemos uma desaceleração. No ano, o IPCA-15 acumula alta de 3,12% e, em 12 meses, de 4,07%, abaixo dos 4,16% registrados nos 12 meses finalizados em abril. Se há menos inflação, temos como consequência menos juros também.

A perspectiva de inflação e juros mais baixos impulsiona setores como consumo, construção civil e bancos no Ibovespa.

Leia mais.

NOVO ATAQUE RUSSO

A Rússia lançou um novo ataque na capital da Ucrânia, Kiev, no amanhecer desta terça-feira (30).

Só nas últimas 24h, trata-se do terceiro ataque aéreo russo à capital ucraniana utilizando drones, em uma onda de bombardeios diurnos e noturnos contra a cidade.

De acordo com dados preliminares da Administração Militar da capital, mais de 20 drones Shahed foram destruídos pelas forças de defesa de Kiev no espaço aéreo da cidade.

Uma pessoa morreu e três ficaram feridas após um prédio alto em Holosiiv pegar fogo, com mais de 20 pessoas evacuadas. Segundo a Administração Militar ucraniana, os dois andares superiores da construção foram destruídos e pode haver pessoas sob os escombros.

Em outras partes de Kiev, os destroços causaram um incêndio em uma casa particular no distrito de Darnytskyi e três carros foram incendiados em Pechersky.

BOLSAS ASIÁTICAS

Os mercados asiáticos encerraram a sessão desta terça-feira majoritariamente em alta, de olho no desenrolar das votações do acordo sobre o teto da dívida dos EUA.

Os legisladores republicanos têm ameaçado rejeitar o acordo, que é necessário para que os EUA evitem um calote inédito em sua dívida.

O índice japonês Nikkei avançou 0,30% e renovou a máxima em 33 anos, enquanto o Hang Seng interrompeu uma sequência de quatro pregões negativos.

Confira:

  • Xangai: +0,09%
  • Hang Seng: +0,24%
  • Nikkei: +0,30%
  • Kospi: +1,04%
FECHAMENTO

O Ibovespa encerrou o pregão da última segunda-feira (29) em queda de 0,52%, aos 110.333 pontos.

Por sua vez, dólar à vista fechou o dia em alta de 0,48%, a R$ 5,0124

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