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MERCADOS HOJE

Bolsa agora: Ibovespa ignora cautela em Wall Street e avança; Natura (NTCO3), Via (VIIA3) e Magalu (MGLU3) lideram ganhos

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9 de maio de 2023
7:55 - atualizado às 17:35

RESUMO DO DIA: O mercado acionário brasileiro decidiu driblar a cautela vinda do exterior e terminou o dia em alta de mais de 1%. É que apesar de a indicação de Gabriel Galípolo ainda gerar incerteza e pressionar a curva de juros, os investidores decidiram focar no avanço das empresas do setor de commodities e também do setor de consumo.

O varejo, que normalmente tem um movimento correlacionado com a curva de juros, brilhou, de olho em um noticiário que aponta para dados melhores do que o esperado para a inflação.

Confira os principais destaques do dia:

SOBE E DESCE DO IBOVESPA

Confira as maiores altas do dia:

CÓDIGONOMEULTVAR
NTCO3Natura ONR$ 12,9715,08%
MGLU3Magazine Luiza ONR$ 4,146,98%
IRBR3IRB Brasil ONR$ 34,745,50%
VIIA3Via ONR$ 2,085,05%
LREN3Lojas Renner ONR$ 17,504,17%

Confira também as maiores quedas da sessão:

CÓDIGONOMEULTVAR
YDUQ3Yduqs ONR$ 9,20-2,95%
TIMS3Tim ONR$ 13,61-2,86%
HAPV3Hapvida ONR$ 2,88-1,37%
SMTO3São MartinhoR$ 33,33-1,19%
BBDC4Bradesco PNR$ 15,17-0,98%
FECHAMENTO DO DIA

O Ibovespa encerrou o dia em alta de 1,01%, aos 107.113 pontos

FECHAMENTO EM NOVA YORK

A cautela com a inflação americana segue persistente. Lá fora, ainda há o impasse sobre a tentativa Democrata de elevar o teto da dívida pública, impedindo um calote do Estado americano.

Nasdaq: -0,63%
S&P 500: -0,46%
Dow Jones: -0,17%

FECHAMENTO

O dólar à vista encerrou em queda de 0,48%, a R$ 4,9875

Galípolo estressa a curva de juros, mas não tira o brilho das ações de Via (VIIA3), Magazine Luiza (MGLU3) e Natura (NTCO3)

Movimentos como o vistos hoje no mercado colocam a pulga atrás da orelha de boa parte dos investidores — afinal, por que um setor tão sensível à curva de juros, como o de varejo e consumo, brilham enquanto os principais contratos de DI aceleram o ritmo de alta ao longo de toda parte?

Apesar de contraintuitiva, a disparada das ações de Via (VIIA3), Magazine Luiza (MGLU3) e Natura&Co (NTCO3) não é tão complexa quanto pode parecer. 

Em primeiro lugar, não houve grandes gatilhos para que a alta vista hoje acontecesse, tirando o caso da empresa de cosméticos. A Natura divulgou balanço e, apesar do prejuízo, mostrou os sinais de melhora operacional que o mercado já vem buscando há diversos trimestres. 

Mas o restante dos casos é mais emblemático. Para um analista consultado pela reportagem do Seu Dinheiro, os bons dados inflacionários recentes seguem sendo razão de celebração em um dia de apetite por risco — ignorando a pressão da curva de juros. 

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Morre Rita Lee — e nem sentimos nossos pés no chão

"Um belo dia resolvi mudar
E fazer tudo o que eu queria fazer
Me libertei daquela vida vulgar
Que eu levava estando junto a você
"

Rita Lee levava uma vida sossegada quando deixou o Brasil mais careta na noite de segunda-feira (8), partindo após 75 anos de luta por um país mais livre.

Irreverente, sarcástica, forte e apaixonante são alguns dos adjetivos que a rainha do rock brasileiro merece, mas estão longe de definir sua importância para a música e as gerações que a ouviram cantar. Rita conquistou a façanha de ser vanguardista e eterna ao mesmo tempo; até hoje, é a artista de rock que mais vendeu discos no Brasil.

Nascida em 31 de dezembro de 1947, Rita Lee rompeu com padrões desde cedo em sua intensa vida, marcada por sexo, drogas e 'roquenrou'. Transgressora, ela atribuía essa faceta a um episódio trágico de estupro ocorrido aos seis anos de idade que fez com que as mulheres da família, na sua visão, relevassem seus "desajustes comportamentais".

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JUROS NAS MÁXIMAS

Ao contrário da bolsa de valores, o mercado de juros não vive um dia de alívio. Ainda há muita incerteza com relação à atuação de Gabriel Galípolo como diretor de política monetária do BC. Assim, a curva de juros precifica um risco de que o governo pressione para alterar a meta de inflação futura.

O temor parece ter aumentado após Galípolo afirmar que está alinhado ao pensamento do ministro da Fazenda, personagem que tem sido vocal em suas críticas ao BC.

Acompanhe:

CÓDIGONOME ULT  FEC 
DI1F24DI Jan/2413,26%13,22%
DI1F25DI Jan/2511,77%11,69%
DI1F26DI Jan/2611,46%11,43%
DI1F27DI Jan/2711,62%11,58%
DI1F28DI Jan/2811,82%11,77%
DI1F29DI Jan/2912,04%11,99%
FECHAMENTO

O brent para julho encerrou o dia em alta de 0,56%, a US$ 77,44

DE VOLTA AO TOPO?

A lista global de bilionários é, para se dizer o mínimo, exclusiva. Considerando a população mundial atual, que ultrapassa os 8 bilhões de pessoas, apenas uma parcela de 0,00003% de indivíduos integra o tão seleto grupo — e Luiza Trajano, presidente do conselho de administração do Magazine Luiza (MGLU3), reivindica seu lugar no ranking.

O retorno de Trajano em muito está relacionado às ações do Magazine Luiza, que operam em alta no pregão desta terça-feira. Por volta das 14h15, os papéis MGLU3 subiam 8,53%, a R$ 4,20, na B3. No acumulado de 2023, a valorização ultrapassa os 50%.

Com o avanço das ações da varejista na bolsa, a fortuna de Luiza Trajano retomou a casa dos bilhões, atualmente estimada em US$ 1,1 bilhão — equivalente a R$ 5,49 bilhões, na cotação atual.

A fortuna coloca a executiva quase que na lanterna do ranking de bilionários da Forbes, como a 2.445º pessoa mais rica da lista composta por 2.628 ricaços.

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DEVA11 DISPARA NA B3 APÓS ANUNCIAR ALTA DE MAIS DE 21% NOS DIVIDENDOS

Nos últimos meses, o fundo imobilário Devant Recebíveis Imobiliários (DEVA11) tem sido alvo da desconfiança do mercado e de quedas bruscas na bolsa após tornar-se vítima de calotes de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) presentes em seu portfólio.

Mas, nesta terça-feira (9), o FII chama a atenção por um motivo diferente: por volta das 13h10, suas cotas saltavam 10,28% na B3, a R$ 53,31, mas encerraram a sessão com ganho um pouco menor, de 8,90%. Por trás da disparada está a notícia de que os dividendos pagos pelo fundo serão maiores neste mês.

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A gestora do DEVA11 divulgou um informe sobre proventos que mostra que o fundo distribuirá R$ 0,85 por cota na próxima semana.

A cifra é cerca de 21,4% superior aos R$ 0,70 pagos em abril, quando o rendimento do fundo foi duramente afetado pelas inadimplências do período. Porém, o valor ainda é inferior aos R$ 0,90 por cota distribuídos em fevereiro, antes da onda de calotes.

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FECHAMENTO NA EUROPA
  • Londres — FTSE100: -0,33%
  • Frankfurt — DAX: -0,08%
  • Paris — CAC 40: -0,72%
  • Madrid — Ibex 35: -0,25%
  • Europa — Stoxx 600: -0,62%
RELATOR DO NOVO ARCABOUÇO QUER TEXTO PRONTO ATÉ QUINTA-FEIRA

O relator do projeto do arcabouço fiscal, deputado federal Cláudio Cajado (PP-BA), afirmou estar trabalhando para que o texto da proposta seja disponibilizado entre quarta-feira (10) e quinta-feira (11). Com isso, a expectativa é de que a matéria seja votada na próxima terça-feira (16).

Ele confirmou as intenções de entrar em contato com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para confirmar a agenda. Em fala a jornalistas, ele evitou comentar sobre eventuais mudanças no texto, como as excepcionalidades colocadas fora do limite de gastos.

"Estamos estudando cada uma das excepcionalidades, ouvindo o governo quais foram as justificativas apresentadas para cada uma delas e espero que hoje a gente consiga concluir esses estudos com os argumentos que foram oferecidos para cada uma delas", disse.

A declaração ocorreu após reunião com o presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin, e com o deputado de Portugal Duarte Pacheco, na manhã desta terça-feira.

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SEM CONTÁGIO

A cautela que toma conta das bolsas em Wall Street não encontra lugar para se instalar no Brasil. Por aqui, o principal índice da bolsa segue em alta firme, por mais que o mercado de juros aponte uma pressão na curva.

Para analistas, o movimento de alta visto nos DIs se trata de uma pressão pontual, marcada pela indicação de Gabriel Galípolo para o cargo de diretor de política monetária do Banco Central brasileiro e a pressão dos Treasuries na curva brasileira.

Enquanto isso, o varejo segue em alta, digerindo a leitura de que a inflação brasileira segue apresentando significativa melhora.

Confira as maiores altas do dia:

CÓDIGONOMEULTVAR
NTCO3Natura ONR$ 12,5111,00%
MGLU3Magazine Luiza ONR$ 4,198,27%
VIIA3Via ONR$ 2,148,08%
COGN3Cogna ONR$ 2,194,78%
ASAI3Assaí ONR$ 11,724,74%

Confira também as maiores quedas:

CÓDIGONOMEULTVAR
TIMS3Tim ONR$ 13,34-4,78%
SMTO3São MartinhoR$ 32,94-2,34%
VIVT3Telefônica Brasil ONR$ 40,74-1,12%
HAPV3Hapvida ONR$ 2,89-1,03%
BBAS3Banco do Brasil ONR$ 42,86-0,51%
PETROBRAS (PETR4) SOBE NA CONTRAMÃO DO PETRÓLEO

As ações preferenciais da Petrobras (PETR4) avançam 0,82%, a R$ 24,71, e ignora a queda de mais de 1% do petróleo no mercado internacional.

O movimento de alta acontece após a estatal negar a parceria com o fundo Mubadala para trocar ações da refinaria de Mataripe, na Bahia, por ações da Braskem.

Segundo a Petrobras, "todas as ações relacionadas à sua participação na Braskem exigem análise cuidadosa sob a perspectiva de gestão de portfólio e devem ser conduzidas com observância das práticas de governança e os procedimentos internos aplicáveis".

Além disso, a companhia também informou que recebeu, no último dia 5, a sentença arbitral que rejeitou integralmente os pedidos sobre acordo de acionistas da Braskem.

No final de 2020, a estatal entrou com requerimento de arbitragem, com demanda indenizatória estimada em aproximadamente R$ 800 milhões, contra a Novonor, fundamentada por violação aos termos do acordo de acionistas da Braskem.

*Com informações de Broadcast

ANÁLISE: O QUE FALTA PARA O COPOM COMEÇAR A BAIXAR OS JUROS

Quem se debruçar sobre a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) encontrará uma palavra repetida 20 vezes no documento: expectativas. Ou mais especificamente em alguns trechos, as expectativas de inflação.

E não é por acaso, já que a resposta para o início do tão esperado processo de queda da taxa básica de juros (Selic) passa por essa palavra. Mas que raios isso quer dizer e por que as expectativas influenciam tanto as decisões do Banco Central?

Bem, primeiro vale destacar que o início do processo de redução dos juros parece cada vez mais próximo. Isso porque dois dos três fatores que mais preocupavam o Banco Central estão aparentemente sob controle.

O primeiro deles é o risco de uma explosão da dívida pública, que diminuiu depois da apresentação do novo arcabouço fiscal. A proposta do governo ainda precisa passar pelo Congresso, mas traz alguma previsibilidade sobre a trajetória dos gastos do governo.

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REAÇÃO AO BALANÇO: TIM (TIMS3)

Em movimento de realização, os papéis de Tim (TIMS3) operam em queda de 3,57%, a R$ 13,51, após a divulgação do resultado do primeiro trimestre. No mês, a companhia acumula alta de mais de 7% e, no ano, avanço de 9,44% no Ibovespa.

A TIM apresentou um crescimento de 4,3% no seu lucro líquido normalizado na comparação entre o primeiro trimestre de 2023 e o mesmo período de 2022, chegando a R$ 437 milhões.

O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) normalizado avançou 23%, para R$ 2,612 bilhões. Já a margem Ebitda encolheu 3,9 pontos porcentuais, para 46,0%.

A receita líquida cresceu 20,2%, totalizando R$ 5,681 bilhões, com maior faturamento dos negócios móveis e fixos.

*Com informações de Broadcast

REAÇÃO AO BALANÇO: BRASKEM (BRKM5)

As ações da Braskem (BRKM5) recuam um pouco mais de 1%, a R$ 24,98, repercutindo o balanço trimestral da companhia divulgado ontem depois do fechamento dos mercados.

A Braskem encerrou o primeiro trimestre de 2023 com lucro líquido de R$ 242,4 milhões, o que representa uma queda de 94% ante o lucro de R$ 3,9 bilhões de igual período do ano passado.

O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) recorrente totalizou R$ 1,063 bilhão nos primeiros três meses do ano, uma queda de 78% ante o apurado um ano antes.

A receita líquida da companhia fechou o período em R$ 19,446 bilhões. O resultado representa queda de 27,25% ante a cifra de R$ 26,7 bilhões na mesma base de comparação.

Nesta semana, as atenções dos investidores estiveram concentradas nas movimentações da empresa, com a eventual venda de fatia da Novonor.

*Com informações de Broadcast

REAÇÃO AO BALANÇO: NATURA (NTCO3)

As ações da Natura &Co (NTCO3) figuram como a maior alta do Ibovespa desde a abertura dos negócios. Os papéis da varejista avançam 11,18%, a R$ 12,53, com investidores repercutindo o balanço do primeiro trimestre e em meio à teleconferência da companhia sobre os resultados.

Segundo a Natura, apesar do prejuízo praticamente igual ao que foi visto no ano passado, o Ebitda mais saudável foi mais do que compensando por mais despesas financeiras. A empresa ainda aponta que isso será resolvido em breve com a venda da Aesop para a L'oreal.

A Natura &Co apresentou prejuízo líquido de R$ 652,4 milhões no primeiro trimestre de 2023, com leve alta de 1,4% em relação ao prejuízo de 12 meses atrás.

O Ebitda ajustado ficou em R$ 841,7 milhões, alta de 41,3% em relação ao mesmo período de 2022. Já a Receita líquida teve queda de 2,8% e ficou em R$ R$ 8,021 bilhões.

Com a recuperação dos ativos da Petrobras (PETR4), o Ibovespa opera em alta de 0,45%, aos 106.515 pontos e destoa das bolsas de Nova York.

Ibovespa ensaia alta com avanço de 0,11%, aos 106.156 pontos.

ABERTURA DE NY

As bolsas americanas abriram sem direção única, de olho nos bancos regionais e à espera de novos dados de inflação nos EUA, entre eles o CPI.

  • Dow Jones: -0,20%;
  • S&P 500: -0,37%;
  • Nasdaq: +0,18%.
NATURA (NTCO3) AVANÇA 7%

Após disparar mais de 9% na abertura dos negócios e entrar em leilão, as ações da Natura (NTCO3) retomam as operações em alta de 7,90%, a R$ 12,15, com investidores repercutindo o balanço trimestral da companhia.

Confira os números AQUI

ABERTURA DO IBOVESPA

O Ibovespa abriu em queda de 0,35%, aos 106.027 pontos na esteira da cautela do exterior. A desaceleração das exportações da China também impactam os mercados, com reflexo no desempenho das commodities, que reduzem os ganhos no mercado internacional.

Com a agenda mais esvaziada, os investidores repercutem os balanços corporativos, entre eles de Natura &Co (NTCO3) e Braskem (BRKM5). As atenções também se concentram em Brasília, com as movimentações para a apreciação do arcabouço fiscal e a indicação de nomes, pelo Ministério da Fazenda, ao Banco Central.

BITCOIN (BTC) CONTINUA COM PROBLEMAS NA REDE E PREÇOS SEGUEM EM QUEDA

Os investidores ainda encaram os reflexos do mais recente congestionamento da rede do bitcoin (BTC). Os preços já caíram mais de 1% nos últimos sete dias e o mercado global de criptomoedas segue em baixa nesta terça-feira (09).

Segundo dados do Mempool, site que acompanha a saúde da blockchain do BTC, a fila de transações não confirmadas continua grande e perto das máximas históricas — girando em torno de 400 mil.

Entretanto, a taxa cobrada pela rede para essas transações caiu para patamares mais próximos da estabilidade, por volta de US$ 6,02. 

O congestionamento começou no último domingo (07), quando o lançamento do protocolo Ordinals, que facilita a criação de certificados digitais (tokens não fungíveis ou NFTs, na sigla em inglês) na blockchain do bitcoin, desestabilizou a rede, fazendo as taxas de transação aumentarem vertiginosamente. 

Leia mais.

ADRS DE VALE E PETROBRAS

Com a cautela dos mercados de olho na desaceleração das exportações da China, e a crise dos bancos regionais dos EUA em segundo plano, os índices futuros de Nova York operam em queda nesta terça-feira (9).

E, os recibos de ações das companhias brasileiras Vale e Petrobras acompanham o tom negativo do pré-mercado:

  • Petrobras (PBR): -0,18%, a US$ 10,84;
  • Vale (VALE): -0,29%, a US$ 13,86.
MATHEUS SPIESS: MERCADO EM 5 MINUTOS

INTERFERÊNCIA E INSEGURANÇA JURÍDICA: A POESIA DA PERPLEXIDADE

Lá fora, a maioria das ações asiáticas caíram nesta terça-feira, ainda que alguns players tenham se beneficiado da diminuição das preocupações com a crise bancária nos Estados Unidos. Infelizmente, os dados comerciais mistos da China mostraram que a demanda na maior economia da região permanece fraca.

Ao mesmo tempo, o Japão teve o melhor desempenho do dia, subindo 0,8% no pregão, depois que o governador do Banco do Japão, Kazuo Ueda, minimizou as expectativas de que a política monetária será mais rígida no curto prazo.

Os mercados europeus e os futuros americanos caem nesta manhã. O sentimento de cautela internacional precede a divulgação dos principais dados da inflação dos EUA na quarta e quinta-feira, vetores que podem alterar a posição do Federal Reserve sobre os aumentos nas taxas de juros.

Em paralelo, ainda nos EUA, o impasse do teto da dívida amplia as preocupações e começa a prejudicar o mercado – os investidores ignoravam o assunto até então. No Brasil, o governo flerta com a interferência no BC e as revisões de privatizações já consolidadas, que soam muito mal para os investidores.

A ver…

00:54 — Intervir ou não intervir, eis a questão

Por aqui, sem muitos indicadores econômicos para acompanharmos, os investidores se debruçam sobre a ata do Comitê de Política Monetária (Copom), que poderá dar mais detalhes sobre o que aconteceu no último encontro da autoridade monetária, delineando um pouco melhor a expectativa de flexibilização do discurso do BC.

Ao mesmo tempo, temos que lidar com a indicação do até então secretário-executivo da Fazenda, Gabriel Galípolo, para a diretoria de política monetária do BC. 

Braço direito de Haddad na atualidade, o nome de Galípolo já havia sido cotado, mas sua oficialização não soou muito bem, principalmente porque deixam a impressão desejo de interferência do governo sobre a condução da política monetária, mesmo com a possível aceitação do nome por Roberto Campos Neto, que entenderia a indicação como mais uma forma de diálogo entre a autoridade monetária e o Poder Executivo.

Pelo menos a tradição institucional do BC deve blindar qualquer iniciativa.

Para piorar o clima, o governo parece tentar reverter as regras de privatização da Eletrobras, algo que muito provavelmente não conseguirá.

Sim, o movimento foi em direção a mais poder de voto da União, não uma revisão da privatização em si, mas sabemos como funciona. Vai comendo pelas beiradas e pronto. O pior é a sensação de insegurança jurídica que isso passa diante de um Congresso que nitidamente não é favorável à revisão da privatização. Mais desgaste para o governo.

01:59 — E o otimismo, para onde ele foi?

Nos EUA, os investidores tiveram ontem o segundo dia de negociação mais tranquilo do ano, em termos de total de ações negociadas. Os principais índices terminaram o dia praticamente estáveis.

Ainda assim, o clima não é dos melhores, não apenas pelas discussões envolvendo o teto da dívida, mas também por conta da elevada expectativa pelo índice de preços ao consumidor de abril, a ser divulgado na quarta-feira, que deve desacelerar para 5% na comparação anual (0,32% na comparação mensal).

Os números da inflação serão observados de perto pelos formuladores de políticas do Fed enquanto eles decidem se devem pausar os aumentos das taxas no próximo mês. Um número quente pode colocar em risco a alta recente do mercado.

Adicionalmente, contamos hoje com a pesquisa de pequenas empresas de abril e alguns resultados corporativos. De pano de fundo, os investidores digerem o relatório de crédito do Fed, que indicou mais aperto dos padrões de empréstimo dos bancos americanos.

02:51 — A questão da dívida

O tempo está passando para que o Congresso dos EUA, hoje bem dividido, aumente o teto da dívida do governo federal, atualmente em US$ 31,4 trilhões. Sem uma discussão mais aprofundada, o governo corre o risco de ficar sem dinheiro já em 1º de junho.

Um punhado de rejeições pode inviabilizar qualquer acordo e a obtenção de concessões é mais difícil, especialmente com alas extremistas envolvidas na discussão.

Embora o presidente Biden tenha convidado o presidente da Câmara, Kevin McCarthy, para uma reunião nesta terça-feira, as coisas podem entrar em espiral rapidamente na zona de perigo e é uma das três crises que agora afetam os EUA.

Mesmo que estejamos muito próximos desta data, se o Congresso não agir, é provável que vejamos as consequências do mercado financeiro.

Não há como proteger nosso sistema financeiro e nossa economia a não ser que o Congresso faça seu trabalho e eleve o teto da dívida e nos permita pagar as contas — mesmo que como contrapartida precise realizar corte de gastos (reduzir o déficit).

À medida que os EUA se aproximam da iminência de um calote, circulam conversas sobre possíveis opções de emergência para contornar um desastre. Algumas ideias que surgiram incluem invocar a 14ª Emenda, bem como emitir dívida com cupons acima dos rendimentos atuais. 

03:56 — Dados chineses

A China relatou fortes valores de exportação e queda nos valores de importação em abril. As exportações cresceram 8,5% na comparação anual em abril, marcando o segundo mês consecutivo de crescimento depois que a economia registrou um salto surpreendente de 14,8% em março.

Enquanto isso, as importações caíram 7,9% no mês, bem pior do que o esperado. Como resultado, o superávit comercial da China subiu para US$ 90,21 bilhões, acima do superávit de US$ 88,2 bilhões em março e melhor do que o projetado pelos agentes de mercado.

Pequim certamente se concentrou em obter exportações mais fortes relatadas no final do primeiro trimestre (e o crescimento do PIB no primeiro trimestre foi impulsionado pelos números de exportação relatados).

Embora seja difícil casar os dados de exportação de um país com os dados de importação de outro país, é muito difícil ver para onde estão indo as exportações.

A desaceleração da demanda por bens sugere que os volumes do comércio global provavelmente diminuirão como uma parcela da economia mundial — dados de importação fracos indicam uma demanda fraca.

04:49 — Geopolítica do Ártico

Afinal, quem é o dono do Polo Norte? O Ártico é uma zona internacionalmente neutra que há muito foi mantida longe da geopolítica.

Mas a mudança climática precipitou um nível incomum de atividade na região polar remota e rica em recursos, já que interesses estratégicos em colisão e gelo derretido podem remodelá-la profundamente (novas rotas comerciais e domínio por recursos estratégicos). 

Hoje, a administração do Ártico é repentinamente questionada como resultado do isolamento da Rússia, o maior estado do Ártico, por causa de sua guerra contra a Ucrânia.

Dessa forma, começamos a ver uma corrida entre a Rússia e o Ocidente para reivindicar os potencialmente vastos recursos naturais abaixo das águas do território.  A disputa em andamento pode ter grandes repercussões no mundo.

ABERTURA DOS JUROS FUTUROS

Os juros futuros abriram estáveis, mas com viés de alta nos mais curtos, repercutindo a ata do Copom. No documento da última reunião, o colegiado do BC afirmou que os cenários que poderiam requerer a retoma do ciclo de aperto monetário se tornaram menos prováveis.

A apresentação do novo arcabouço fiscal foi um dos fatores que contribuiu para a redução de incerteza associada "a cenários extremos" de crescimento da dívida pública.

Confira a abertura dos DIs:

CÓDIGONOME ULT  FEC 
DI1F24DI Jan/2413,24%13,22%
DI1F25DI Jan/2511,75%11,69%
DI1F26DI Jan/2611,46%11,43%
DI1F27DI Jan/2711,59%11,58%
DI1F28DI Jan/2811,77%11,77%
PREJUÍZO DA NATURA (NTCO3) CHEGA A R$ 652 MILHÕES NO 1T23

A Natura (NTCO3) apresentou seu balanço referente ao primeiro trimestre deste ano com um prejuízo líquido que soma R$ 652,4 milhões, apenas 1,4% a mais do que o visto no mesmo período de 2022.

A receita líquida da fabricante de cosméticos totalizou R$ 8,021 bilhões, uma baixa de 2,8%. Em moeda constante houve alta de 3,4%.

Já o Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da companhia chegou a R$ 841,7 milhões, 41,3% acima do registrado entre janeiro e março do ano passado.

Segundo a Natura, apesar do prejuízo praticamente igual ao que foi visto em 2022, o Ebitda mais saudável foi mais do que compensando por mais despesas financeiras. A empresa ainda aponta que isso será resolvido em breve com a venda da Aesop para a L'Oréal.

Leia mais.

ABERTURA DO DÓLAR

O dólar à vista iniciou as negociações a R$ 5,0085, queda de 0,06% em relação ao fechamento anterior.

ABERTURA DO IBOVESPA FUTURO

O Ibovespa futuro abriu em queda de 0,15%, aos 106.845 pontos e acompanha o tom negativo dos futuros de Nova York.

Em dia de agenda esvaziada, os investidores concentram as atenções aos balanços corporativos e as movimentações do governo. Em destaque estão a indicação de Gabriel Galípolo para a diretora de Política Monetária do Banco Central (BC), pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad; e a divulgação da ata do Copom.

As movimentações em Brasília para a apreciação do texto do arcabouço fiscal na Câmara dos Deputados também segue no radar dos investidores nesta terça-feira (9).

ATA DO COPOM

A ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) trouxe algumas sinalizações para a trajetória de juros, o que era esperado pelo mercado.

O documento trouxe a perspectiva de que os cenários que poderiam requerer a retoma do ciclo de aperto monetário se tornaram menos prováveis, na visão dos diretores do Banco Central (BC).

A apresentação do novo arcabouço fiscal foi um dos fatores que contribuiu para a redução de incerteza associada "a cenários extremos" de crescimento da dívida pública.

Por outro lado, as expectativas de inflação seguem desancoradas das metas. "O Comitê acompanha este movimento de preocupação e segue avaliando que expectativas desancoradas elevam o custo de trazer a inflação de volta à meta", afirma o colegiado do BC na ata do Copom.

*Com informações de Broadcast

COMMODITIES EM QUEDA

O mercado de commodities opera em queda com dados mais fracos.

As exportações no gigante asiático avançaram 8,5% em abril na comparação anual, acima das expectativas; por outro lado, os últimos números da balança comercial da China apontaram a desaceleração nas exportações e uma queda nas importações, aquém do esperado.

Com isso, o minério de ferro perdeu força em Dalian. A commodity registra alta de 1,28%, a US$ 103,07 a tonelada.

O petróleo tipo Brent cai 1,06%, com o barril cotado a US$ 76,19.

CAÇADOR DE TENDÊNCIAS

Após o fechamento do último pregão, identifiquei uma oportunidade de swing trade baseada na análise quant - compra dos papéis da Cosan (CSAN3).

CSAN3: [Entrada] R$ 15.36; [Alvo parcial] R$ 15.71; [Alvo] R$ 16.23; [Stop] R$ 14.78

Recomendo a entrada na operação em R$ 15.36, um alvo parcial em R$ 15.71 e o alvo principal em R$ 16.23, objetivando ganhos de 5.7%.

O stop deve ser colocado em R$ 14.78, evitando perdas maiores caso o modelo não se confirme.

Leia mais.

BALANÇOS

A temporada de balanços segue agitada no Brasil. Confira as principais empresas que devem divulgar resultados do primeiro trimestre nesta terça-feira (8):

ANTES DA ABERTURA

  • Banco ABC Brasil;
  • Natura &Co.

DEPOIS DO FECHAMENTO

  • Armac;
  • BrasilAgro (3T22);
  • Camil (4T22);
  • CSU Digital (ex-CSU Cardsystem);
  • Cury;
  • CVC Brasil;
  • EcoRodovias;
  • Enjoei;
  • Eternit;
  • Fras-Le;
  • Infracommerce;
  • Méliuz;
  • Minerva;
  • Telefônica Brasil/Vivo;
  • Valid;
  • VTEX;
  • YDUQS.

AGENDA DO DIA

Com a agenda esvaziada no exterior, as atenções dos investidores se concentram no ambiente doméstico.

Por aqui, os destaques são a ata do Copom e os balanços corporativos, entre eles Natura (NTCO3). Além disso, Brasília volta a ser o foco de expectativa dos mercados de olho nas movimentações do governo e apreciação do texto do arcabouço fiscal na Câmara dos Deputados.

Confira a agenda desta terça-feira:

HorárioPaís / RegiãoEvento
00hChinaBalança comercial de abril
8hBrasilAta do Copom
13h05Estados UnidosDiscurso de John Williams (Fed NY)
Fonte: Investing.com
O QUE ACONTECEU EM MERCADOS ONTEM?

No aguardo da divulgação dos números oficiais de inflação, as bolsas nos Estados Unidos tiveram um dia de movimentos mistos e contidos. O Ibovespa, no entanto, foi na direção contrária.

Por aqui, o principal índice da B3 foi fortemente influenciado pelo bom desempenho das commodities, repercutindo a melhora de perspectiva para a demanda global. Ainda assim, o mercado de juros e de câmbio foram fortemente influenciados pelo noticiário político e a confirmação de Gabriel Galípolo como indicação para ocupar uma cadeira na diretoria do Banco Central.

O Ibovespa encerrou o dia em alta de 0,85%, aos 106.042 pontos. O dólar à vista encerrou o dia em alta de 1,37%, a R$ 5,0115.

Confira o que rolou ontem AQUI

FUTUROS DE NOVA YORK CAEM COM DEBATE SOBRE O TETO DA DÍVIDA DOS EUA E INFLAÇÃO NO RADAR

Os futuros de Nova York caem nesta terça-feira.

O principal destaque do dia é a divulgação do CPI, o índice de inflação ao consumidor, dos EUA. O índice deve subir a 5,0% na comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com projeções da Bloomberg.

Hoje também o presidente americano, Joe Biden, participa de reunião com lideranças do Congresso sobre o teto da dívida na Casa Branca.

Vale lembrar que uma expansão nos gastos públicos também pode pressionar a inflação e obrigar o Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA) a elevar os juros além do esperado.

Confira:

  • Dow Jones futuro: -0,35%
  • S&P 500 futuro: -0,36%
  • Nasdaq futuro: -0,41%
BOLSAS DA EUROPA CAEM ANTES DA INFLAÇÃO DOS EUA

Os principais índices da Europa caem nesta terça-feira.

A ausência de indicadores locais faz as atenções se voltarem para os números de inflação dos Estados Unidos. O CPI, sigla para índice de preços ao consumidor em inglês, será divulgado na manhã de hoje.

Na quinta-feira, os investidores tomarão conhecimento da decisão de política monetária do Banco da Inglaterra (BoE), o que também pode ser um fator de pressão nas praças da região.

Confira:

  • DAX: -0,30%
  • FTSE 100: -0,42%
  • CAC 40: -0,87%
BOLSAS NA ÁSIA FECHAM SEM DIREÇÃO ÚNICA COM DADOS DA CHINA

Os principais índices asiáticos fecharam sem um único sinal no pregão de hoje.

Os dados da balança comercial da China desempenharam papel importante na sessão. As importações caíram 7,9%, enquanto as exportações avançaram 8,5% em abril.

Os investidores ainda permanecem de olho nos dados de inflação dos Estados Unidos de hoje.

Confira:

  • Xangai: -1,10%
  • Hang Seng: -2,12%
  • Nikkei: +1,01%

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