Empolgou: XP projeta Ibovespa em 130 mil pontos no final do ano; veja recomendações
Expectativa reflete a melhora nas perspectivas das taxas de juros futuras
A XP Investimentos revisou suas estimativas para o desempenho do Ibovespa no final de 2023, projetando um cenário mais otimista para o principal índice da Bolsa brasileira. De acordo com a instituição financeira, o Ibovespa deve atingir a marca dos 130 mil pontos até o final deste ano, acima da projeção anterior de 128 mil pontos.
A revisão reflete a melhora nas perspectivas das taxas de juros futuras e reforça a confiança no potencial de valorização dos ativos brasileiros.
A XP destacou que setores sensíveis às taxas de juros, como Educação, Construção e Varejo, tiveram bom desempenho em maio. Mas a confiança de que haverá um rali na bolsa veio das Small Caps, ou seja, as empresas de baixa capitalização de mercado.
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As ações dessas empresas começaram a apresentar uma performance melhor, superando até mesmo as de maior porte. De acordo com a XP, o índice Small Caps registrou um aumento de 20% desde as mínimas, em comparação com os 9% do índice Mid-Large Caps das empresas maiores.
"O desempenho sólido das Small Caps, assim como do Ibovespa, é explicado pelas taxas de juros futuras menores", afirmou a XP em relatório.
A empresa destaca, ainda, que embora o valuation das Small Caps tenha apresentado alta, ele ainda se mantém abaixo das médias históricas. Com um P/L (preço/lucro) em 10,8x, as Small Caps são negociadas com um desconto em relação à média histórica.
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Em comparação, o índice Mid-Large Caps atualmente possui um P/L de 7,0x. Embora essa diferença indique que as Small Caps estão relativamente "mais caras" que as empresas de maior porte, ela está em linha com a média histórica.
Diante desse cenário, a XP defende que as ações brasileiras continuam atrativas para os investidores. A relação de P/L das ações brasileiras está em 7,4x, abaixo da média histórica de 11,0x, o que sugere que ainda existe um potencial de valorização.
Carteiras da XP com mais risco
Considerando esses dados, a XP Investimentos decidiu adicionar mais risco em suas carteiras para o mês de junho, reduzindo posições em ações defensivas.
Mas a cautela continua, pois, na avaliação da XP, as taxas de juros ficarão em dois dígitos por um tempo, o que significa que empresas altamente alavancadas podem continuar sofrendo.
"Além disso, o ruído político continua no radar, com a reforma tributária potencialmente sendo discutida no segundo semestre de 2023", ressaltou a XP.
Na Carteira Top 10 XP, a empresa fez três trocas e rebalanceou os pesos para junho. Confira:
COMPANHIA | PESO |
Banco do Brasil (BBAS3) | 10% |
Copel (CPLE6) | 10% |
Grupo Mateus (GMAT3) | 10% |
Iguatemi (IGTI11) | 10% |
Itaú Unibanco (ITUB4) | 15% |
Localiza (RENT3) | 10% |
Petrobras (PETR4) | 10% |
PetroRio (PRIO3) | 5% |
Rumo (RAIL3) | 10% |
Vale (VALE3) | 10% |
Na Carteira Top Small Caps XP, também foram realizadas três mudanças:
COMPANHIA | PESO |
Alupar (ALUP11) | 10% |
Cury (CURY3) | 10% |
Oncoclínicas (ONCO3) | 10% |
Orizon (ORVR3) | 10% |
PetroReconcavo (RECV3) | 10% |
Randoncorp (RAPT4) | 10% |
Santos Brasil (STBP3) | 10% |
Vivara (VIVA3) | 10% |
Vulcabras (VULC3) | 10% |
Yduqs (YDUQ3) | 10% |
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As ações brasileiras estão negociando por múltiplos que não víamos há anos. Isso significa que elas estão baratas, e qualquer anúncio de corte de gastos minimamente satisfatório, que reduza um pouco os riscos, os juros e o dólar, deveria fazer a bolsa engatar um forte rali de fim de ano.
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