Dólar acumula valorização de 0,72% frente ao real na semana — veja o que mexe com esse mercado
A semana mais curta de negociações foi marcada pela divulgação de dados de inflação aqui e nos EUA, que acabaram mexendo com a moeda norte-americana
Já faz um tempo que a covid-19 não é mais um empecilho para quem quer cruzar as fronteiras, mas a abordagem do Federal Reserve (Fed) para conter a inflação nos EUA ainda faz quem quer viajar para o exterior pensar duas vezes, principalmente por conta do dólar.
O aperto monetário por lá tem ajudado no fortalecimento da moeda norte-americana, que voltou a fechar em alta na sexta-feira (02).
Após terminar a quinta-feira (23) no menor nível desde 2 de fevereiro, o dólar subiu 1,23% na sexta-feira (24), a R$ 5,1987. Na semana mais curta por conta do Carnaval, a divisa acumulou ganhos de 0,72%.
Como foi a semana para o dólar
As negociações começaram na quarta-feira de cinzas (22), em uma sessão que começou às 13h e foi marcada pela liquidez foi reduzida — o que deixou a formação da taxa de câmbio mais sujeita a operações pontuais.
O dólar começou a semana rompendo o teto de R$ 5,20, mas perdeu força no transcorrer do pregão e encerrou a quarta-feira cotado a R$ 5,1689, em alta de 0,14%.
A escalada da moeda norte-americana no início do pregão foi atribuída à piora do apetite ao risco em razão da perspectiva de mais aumentos da taxa de juros nos EUA — divulgada na quarta-feira, a ata do mais recente encontro de política monetária do Federal Reserve (Fed, o BC norte-americano) ratificou a visão de continuidade do aperto monetário e taxa terminal acima de 5%.
Leia Também
- [RENDA EXTRA] Treinamento exclusivo do Seu Dinheiro ensina como você pode gerar renda mensal recorrente. Clique aqui para acessar gratuitamente.
Na quinta-feira (23), o dólar encerrou a sessão em queda de 0,64%, a R$ 5,1356 — o menor valor de fechamento desde 2 de fevereiro. O desempenho da moeda brasileira , de acordo com operadores, seguiu fluxos pontuais, ajustes técnicos e desmonte de posições defensivas no mercado futuro de câmbio.
Depois de fechar no menor nível desde 2 de fevereiro, o dólar terminou a sessão de sexta-feira (24) em alta de 1,23%, a R$ 5,1987, encerrando a semana, encurtada pelo feriado de Carnaval, com ganhos de 0,72%.
O dia foi marcado por uma rodada de fortalecimento da moeda norte-americana no exterior, após leitura acima do esperado do índice de preços para gastos pessoais (PCE, na sigla em inglês) nos EUA.
O dado é o preferido pelo Fed para medir a inflação no país e reforçou a perspectiva de mais elevações de juros por lá.
Por aqui, a aceleração do IPCA-15 de 0,55% em janeiro para 0,76% em fevereiro desencorajou as apostas no corte da Selic no primeiro semestre, apesar das críticas pesadas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à gestão da política monetária.
Um quarto sem janela: Ibovespa busca recuperação de banho de sangue de olho no PIB dos EUA e no RTI
Roberto Campos Neto e Gabriel Galípolo concedem entrevista coletiva conjunta depois da apresentação do Relatório Trimestral de Inflação
“Não somos só uma bolsa de renda variável”, diz Gilson Finkelsztain; CEO da B3 (B3SA3) diz o que vai ser da dona da bolsa em 2025 diante do nervosismo do mercado
CEO da B3 (B3SA3) diz não se preocupar, já que 80% do negócio está baseado em áreas que devem seguir crescendo
O banho de sangue do Fed nas bolsas: dólar a R$ 6,27, Ibovespa abaixo dos 121 mil pontos e Dow Jones na pior sequência em 50 anos
O banco central norte-americano cortou os juros como o mercado esperava, mas foram as projeções e o que Jerome Powell disse depois que azedaram o humor dos investidores aqui e lá fora
Ainda estou aqui: o recado do maior banco central do mundo sobre os juros antes da chegada de Trump e que derrubou as bolsas e fez o dólar disparar
O Federal Reserve cortou os juros em 25 pontos-base como indicavam as apostas do mercado e dá um spoiler do que pode acontecer a partir de 2025, quando o governo norte-americano será comandado pelo republicano
O céu é o limite para o dólar: Banco Central despeja US$ 12,7 bilhões no mercado em 4 dias. Por que a moeda americana não baixa?
A sazonalidade de dezembro, somada com uma tentativa de escapar de uma possível taxação, ajudaram a sustentar o câmbio elevado — mas essa não é a única explicação
Tesouro IPCA+ agora oferece retorno anual de 7% acima da inflação em todos os vencimentos com temor fiscal e alta do dólar
Nesta quarta-feira (18), as taxas operam em alta com a expectativa de conclusão pela Câmara e pelo Congresso das votações do pacote fiscal e leis orçamentárias
Dólar a R$ 6,26: o choque de credibilidade que faz a moeda americana disparar por aqui, segundo o Itaú
A política monetária norte-americana e o retorno de Donald Trump à Casa Branca explicam parte da valorização do dólar no mundo, mas há muito mais por trás desse movimento
Nem tudo está perdido na bolsa: Ibovespa monitora andamento da pauta econômica em Brasília enquanto o resto do mercado aguarda o Fed
Depois de aprovar a reforma tributária, Congresso dá andamento ao trâmite do pacote fiscal apresentado pelo governo
Onde investir na bolsa com a Selic a caminho dos 14%? As ações que se salvam e as que perdem com os juros altos em 2025
Para participantes do mercado, uma “espiral negativa” pode prevalecer sobre a B3 no curto prazo — mas existem potenciais vencedoras diante de um cenário mais avesso ao risco no Brasil
O que aconteceu em Nova York hoje? Dow Jones tem a pior sequência de perdas em quase 50 anos
Por aqui, o Ibovespa sobreviveu à montanha-russa do câmbio e à pressão dos juros e terminou o dia em alta
Uma ata dura como a decisão: Copom continua desconfortável com inflação desancorada e revisa juro neutro para cima diante de riscos materializados
Economistas de mercado consideram que a ata da última reunião foi tão dura quanto o comunicado que acompanhou a alta dos juros a 12,25% ao ano
Dólar bate novo recorde pela 2ª sessão seguida após superar R$ 6,20 pela primeira vez com tensão fiscal e externa; BC tenta controlar câmbio
Banco Central injetou US$ 10,745 bilhões em novos recursos no mercado de câmbio apenas entre a última quinta-feira (12) e a manhã desta terça-feira
Hora de rever as prioridades: Ibovespa reage à ata do Copom e ao andamento da reforma tributária e do ajuste fiscal no Congresso
Congresso corre contra o tempo para aprovar ajuste fiscal proposto pelo governo antes do recesso parlamentar
O porrete monetário, sozinho, não será suficiente: é necessário um esforço fiscal urgente
Crescente desconfiança sobre a sustentabilidade fiscal agrava desequilíbrios macroeconômicos e alimentam ainda mais o pessimismo
Felipe Miranda: Proteja-se da inflação
Temos de escolher entre a cloroquina para covid ou para a inflação, cada uma com seu próprio desrespeito à ciência
A escalada do dólar continua: BC intervém pesado no câmbio, mas moeda americana renova recorde histórico e fecha a R$ 6,09
No mercado de ações, o Ibovespa continuou a ceder à pressão do risco fiscal e caiu 0,84%, aos 123.560,06 pontos
BTG Pactual foca em títulos americanos para aproveitar alta do dólar; veja novos produtos de renda fixa digital internacional do banco
A novidade será disponibilizada de forma gradual ao longo do mês de dezembro para a base de clientes do banco
Ouviu, Galípolo? Após sair do hospital, Lula volta a criticar política de juros semanas antes de novo presidente do Banco Central assumir
Lula foi enfático ao afirmar que a taxa de juros é “a única coisa errada” na economia brasileira atualmente
Querido Papai Noel: semana cheia conta com indicadores no exterior e local de olho em transição no BC, com Galípolo em foco
Além disso, na quinta-feira será divulgado o relatório trimestral de inflação do Banco Central após autarquia elevar a Selic para 12,25%
Agenda econômica: Semana pré-Natal tem dado crucial de inflação nos EUA e decisão de juros do Fed; ata do Copom e Boletim Focus são destaque por aqui
Na quarta-feira, o banco central norte-americano anuncia a última decisão do ano, que virá acompanhada da tradicional coletiva de imprensa de Jerome Powell