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MERCADOS HOJE

Bolsa hoje: Ibovespa não segura os inéditos 133 mil pontos, mas quebra novo recorde no fechamento; dólar cai

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22 de dezembro de 2023
7:52 - atualizado às 18:39

RESUMO DO DIA: No último pregão antes do feriado de Natal, o Ibovespa operou em alta com a ajuda do exterior e das commodities. O índice também renovou mais de uma vez o recorde intraday, alcançando os inéditos 133 mil pontos na máxima do dia, mas arrefeceu ao longo do pregão.

Ainda assim, o Ibovespa registrou uma nova marca histórica de fechamento aos 132.732 pontos, com ganhos de 0,43%.

Por aqui, os investidores monitoram a votação do Orçamento de 2024 no Congresso. O texto foi aprovado hoje, último dia antes do recesso do recesso legislativo, e prevê cifras recordes para emendas parlamentares e para o "fundão" eleitoral.

Mas foi no exterior que as coisas aconteceram. As bolsas de valores da Europa encerrar a sessão em leve alta, com os investidores atentos a indicadores econômicos locais antes do feriado. Já o mercado norte-americano repercutiu a publicação do índice de gastos com consumo pessoal (PCE) de novembro, divulgado nesta manhã.

O PCE é considerado o indicador de inflação favorito do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) para observar o comportamento dos preços no país e ajudar a definir os próximos passos da política monetária.

Na base anual, o índice geral avançou 2,6% em novembro, ante expectativas de 2,8%. Já o núcleo do PCE, que exclui do cálculo itens mais voláteis como alimentos e combustíveis, subiu 3,2% no período, contra previsões de alta de 3,4%.

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O resultado impulsionou os negócios em parte das bolsas de Nova York — o S&P 500 registrou a maior sequência semanal de altas desde 2017 —, mas levou o dólar a perder forças antes os pares internacionais, incluindo o real. A moeda norte-americana caiu 0,53%, cotada em R$ 4,8616.

Confira o que movimentou os mercados nesta sexta-feira (22):

SOBE E DESCE DO IBOVESPA

Apesar do fechamento misto dos juros futuros (DIs) hoje, as ações do setor de varejo foram destaque de alta hoje.

O primeiro lugar no pódio dos maiores ganhos do Ibovespa ficou com os papéis da Casas Bahia (BHIA3), que recuperaram parte das perdas registradas nos últimos dias.

Confira o ranking:

CÓDIGONOMEULTVAR
BHIA3Casas Bahia ONR$ 10,925,20%
RAIZ4Raízen ONR$ 4,204,22%
ALPA4Alpargatas PNR$ 9,504,05%
PCAR3GPA ONR$ 4,022,81%
LREN3Lojas Renner ONR$ 17,712,25%

Já o título de maior queda foi das ações do IRB (IRBR3), com os investidores repercutindo os números financeiros de outubro de 2023. O recuo ocorrer a despeito da resseguradora apresentar aumento superior a 50% no lucro líquido do mês em relação ao mesmo período do ano anterior, para R$ 9,8 milhões.

CÓDIGONOMEULTVAR
IRBR3IRB Brasil ONR$ 45,55-6,18%
YDUQ3Yduqs ONR$ 22,28-2,79%
TOTS3Totvs ONR$ 32,85-1,50%
CRFB3Carrefour Brasil ONR$ 12,31-1,44%
BRFS3BRF ONR$ 13,80-1,29%
FECHAMENTO DO IBOVESPA

Em dia de novo recorde intraday e marca inédita dos 133 mil pontos, o Ibovespa perdeu força ao longo do pregão, mas fechou a sessão em alta e em um novo patamar histórico de fechamento.

O principal índice acionário da B3 subiu 0,43%, aos 132.752 pontos.

FECHAMENTO EM WALL STREET

Apesar do dado sobre a inflação dos Estados Unidos ter vindo abaixo do esperado, as bolsas de Wall Street fecharam mistas hoje. O destaque ficou com o S&P 500, que registrou a maior sequência semanal de pregões encerrados no azul desde 2017.

Confira abaixo como foi o desempenho das principais praças de Nova York:

  • Dow Jones: -0,05%
  • S&P 500: +0,17%
  • Nasdaq: +0,19%
FECHAMENTO DO DÓLAR

O dólar encerrou o último pregão antes do Natal em queda. A moeda norte-americana recuou 0,53%, a R$ 4,8616.

ENAUTA (ENAT3) EM DISPARADA

Os papéis da Enauta (ENAT3), que já era destaque da bolsa brasileiro desde cedo após a companhia anunciar um acordo com a Petrobras (PETR4), ampliaram os ganhos na tarde de hoje e sobem mais de 10%

O novo ímpeto para a alta vem do Santander, que elevou a recomendação das ações ENAT3 de neutra para compra.

O upgrade ocorre após companhia comunicar que comprou 100% dos campos de petróleo e gás de Uruguá e Tambaú da Petrobras, além da infraestrutura de escoamento de gás que conectam os ativos até o campo de Mexilhão.

A transação é estimada em US$ 10 milhões, mas ser acrescida em até US$ 25 milhões a depender de eventos relacionados ao desenvolvimento dos ativos e à cotação futura do preço do petróleo.

Além dos campos, a companhia também desembolsará outros US $48,5 milhões em outro negócio ligado ao primeiro: a aquisição da plataforma FPSO Cidade de Santos, que é operada pela MODEC nos campos de Uruguá e Tambaú.

A plataforma tem capacidade para produzir 25 mil barris de óleo e 10 milhões de metros cúbicos de gás
por dia e de estocar 700 mil barris.

ORÇAMENTO 2024

O Congresso brasileiro acaba de aprovar a Lei Orçamentaria de 2024.

De acordo com informações do Broadcast, o orçamento prevê R$ 53 bilhões em emendas parlamentares, uma cifra recorde.

Outra cifra histórica é do "fundão eleitoral", o fundo público destinado ao financiamento de campanhas eleitorais de candidatos políticos, que sera de R$ 4,9 bilhões no próximo ano.

Já o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), relançado em 2023 pelo presidente Lula (PT), deve sofrer um corte de cerca de R$ 7 bilhões.

FII TRXF11 FECHA ACORDO MILIONÁRIO COM O GRUPO MATEUS (GMAT3)

O ano de 2023 está cada vez mais próximo do fim, mas o fundo imobiliário TRX Real Estate (TRXF11) encontrou tempo para fechar uma transação milionária com o Grupo Mateus (GMAT3).

O FII, que já fez negócios com o varejista no primeiro semestre, acertou a compra de cinco imóveis da companhia localizados no Nordeste brasileiro, nos estados de Pernambuco, Sergipe e Paraíba.

Três das aquisições foram feitas na modalide "Built to Suit" (BTS): o TRXF11 construirá as lojas de acordo com as necessidades do grupo, que posteriormente irá alugá-las.

Já os outros dois ativos foram transacionados no modelo "sale and leaseback". Ou seja, já pertenciam ao Mateus e eram utilizados pela rede de atacarejo; após a venda, serão locados de volta à ex-proprietária.

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IBOVESPA ROMPE OS 133 MIL PONTOS

O Ibovespa rompeu a marca de 133 mil pontos pela primeira vez na história.

A bolsa vem renovando suas máximas intraday na sessão de hoje e agora testa um novo patamar, oscilando em torno da marca, com alta de 0,6%.

IBOVESPA RENOVA MÁXIMA MAIS UMA VEZ

O Ibovespa renovou mais uma vez sua máxima intraday histórica.

O principal índice da bolsa atingiu 132.891,85 pontos às 14h06.

Isso representa uma alta de 0,54% hoje.

BOLSAS DA EUROPA FECHAM EM LEVE ALTA

As principais bolsas de valores da Europa fecharam em leve alta nesta sexta-feira.

Os investidores estão de olho nas perspectivas para a política monetária em 2024.

O índice pan-europeu Stoxx 600 subiu 0,14%.

As bolsas de Londres e Frankfurt avançaram 0,04% e 0,05%, respectivamente.

A exceção foi a bolsa de Paris, que recuou 0,03%.

DÓLAR EM QUEDA

O dólar mantém trajetória de queda nesta tarde. Por volta das 13h27, a moeda norte-americana recuava 0,62%, negociada a R$ 4,8543 no mercado à vista.

O RALI DO IBOVESPA

O Ibovespa renovou a máxima na sessão desta sexta-feira. O principal índice de ações da B3 teve alta de 0,43%, aos 132.754 pontos.

DESTAQUES DO IBOVESPA

Em um pregão de liquidez reduzida, as ações do setor de varejo são destaque de alta nesta sexta-feira (22), em reação à queda da curva de juros futuros (DIs) hoje.

Isso porque o setor tende a acompanhar os movimentos dos DIs, uma vez que o segmento é mais sensível ao crédito.

Veja as maiores altas do Ibovespa:

CÓDIGONOMEULTVARMIN MAX ABE 
BHIA3Casas Bahia ONR$ 10,743,47%          10,36          10,75          10,36
PCAR3GPA ONR$ 3,992,05%            3,92            4,04            3,92
ASAI3Assaí ONR$ 13,471,74%          13,22          13,48          13,24
ITUB4Itaú Unibanco PNR$ 33,291,52%          32,80          33,30          32,82
SOMA3Grupo Soma ONR$ 7,511,49%            7,20            7,52            7,40

Já o IRB puxa as quedas da sessão após a divulgação dos números financeiros de outubro de 2023. Vale destacar que a resseguradora registrou aumento superior a 50% no lucro líquido do mês em relação ao mesmo período do ano anterior, para R$ 9,8 milhões.

Confira as maiores quedas do pregão:

CÓDIGONOMEULTVARMIN MAX ABE 
IRBR3IRB Brasil ONR$ 46,18-4,88%          46,15          49,13          48,90
COGN3Cogna ONR$ 3,33-2,63%            3,32            3,45            3,43
NTCO3Natura ONR$ 16,20-2,35%          16,16          16,69          16,69
YDUQ3Yduqs ONR$ 22,44-2,09%          22,35          22,94          22,91
BRFS3BRF ONR$ 13,72-1,86%          13,49          14,06          14,02
COMO FOI O CHURRASCO DE LULA COM A PRESENÇA DE CAMPOS NETO

Se no início de 2023 alguém dissesse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o chefe do Banco Central, Roberto Campos Neto, terminariam o ano confraternizando como grandes amigos em um generoso e descontraído churrasco, pouca gente acreditaria nessa reviravolta. Mas foi exatamente o que aconteceu.

O presidente Lula promoveu na noite da quinta-feira (21) um jantar de confraternização para membros do alto escalão do governo e da administração pública com clima amistoso entre os convidados.

Alvo de duras críticas de Lula ao longo do ano, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, mostrou-se "enturmado" com o restante da equipe da gestão e próximo do presidente, relataram participantes do evento ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Campos Neto ficou mais tempo que diversos ministros no churrasco de Lula

Campos Neto chegou ao local por volta das 20 horas e permaneceu até cerca de 23 horas.

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A BOLSA AGORA

O Ibovespa, que abriu o dia em alta, testou o campo negativo há pouco e chegou perto de perder os 132 mil pontos. Mas, apoiado pelo desempenho positivo de Nova York e de ações ligadas a commodities, o índice se aproximou da estabilidade e retornou ao campo positivo.

Por volta das 12h20, o Ibovespa operava com leves ganhos de 0,06%, aos 132.261 pontos. Já o dólar à vista recuava 0,63% no mesmo horário, cotado em R$ 4,8568.

TEM DÍVIDAS NO CARTÃO DE CRÉDITO?

Se o governo e os bancos não chegam a um acordo, o Conselho Monetário Nacional (CMN) intervém e toma a decisão final. O CMN bateu o martelo e limitou os juros da dívida do rotativo do cartão de crédito e da fatura parcelada a 100% da dívida a partir de 3 de janeiro.

"O CMN decidiu que, a partir de janeiro, o juro acumulado não pode exceder o valor da dívida", disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. "Se a pessoa judicializar ou protestar o título, seguirá os trâmites de qualquer outra dívida."

Isso porque o rotativo do cartão de crédito é a linha de crédito mais cara em vigor atualmente, com juros superiores a 430% ao ano, de acordo com dados do Banco Central.

O novo teto aprovado pelo CMN estava especificado na lei que instituiu o Programa Desenrola, sancionada em outubro deste ano.

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ABERTURA EM NOVA YORK

Contrário ao que indicavam os índices futuros, as bolsas de Nova York abriram em queda hoje, com os investidores repercutindo dados de inflação menores que o esperado nos Estados Unidos.

Confira o desempenho das principais praças de Wall Street por volta das 11h40:

  • Dow Jones: +0,22%
  • S&P 500: +0,39%
  • Nasdaq: +0,36%
AÇÃO DA SABESP (SBSP3) SOBE NA B3 APÓS EMPRESA CONTRATAR BANCOS PARA POTENCIAL FOLLOW-ON

Já em ritmo de Natal, os investidores se preparam para um pregão morno em termos de liquidez, mas animado no noticiário financeiro. Apesar do volume de negócios abaixo da média, uma ação se destaca em alta no Ibovespa nesta sexta-feira (22): a Sabesp (SBSP3).

No início do pregão, a ação operava entre as maiores altas na bolsa, com avanço de aproximadamente 2% perto das 11h, mas arrefeceu os ganhos. Por volta das 11h15, os papéis subiam 0,07% na bolsa brasileira, negociados a R$ 74,29. No ano, a ação acumula valorização de 35,5%.

O movimento positivo da empresa de saneamento na bolsa acompanha as expectativas com a privatização da companhia.

Isso porque a companhia selecionou os bancos para uma possível oferta subsequente de ações (follow-on) que a tiraria do controle do Estado de São Paulo.

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ENAUTA (ENAT3) DISPARA APÓS NEGÓCIOS COM A PETROBRAS (PETR4)

As ações do Ibovespa apresentam desempenhos moderados hoje. Mas, fora do índice, há um destaque: os papéis da Enauta (ENAT3) sobem quase 8% após a companhia anunciar um acordo com a Petrobras (PETR4).

A Enauta comprou da estatal 100% dos campos de petróleo e gás de Uruguá e Tambaú e da infraestrutura de escoamento de gás que os conectam até o campo de Mexilhão.

A transação é estimada em US$ 10 milhões, mas ser acrescida em até US$ 25 milhões a depender de eventos relacionados ao desenvolvimento dos ativos e à cotação futura do preço do petróleo.

Além dos campos, a companhia também desembolsará outros US $48,5 milhões em outro negócio ligado ao primeiro: a aquisição da plataforma FPSO Cidade de Santos, que é operada pela MODEC nos campos de Uruguá e Tambaú.

A plataforma tem capacidade para produzir 25 mil barris de óleo e 10 milhões de metros cúbicos de gás
por dia e de estocar 700 mil barris.

AS REAÇÕES AO PCE

Apesar de apresentar um avanço abaixo das projeções do mercado, o Índice de Preços de Gastos com Consumo Pessoal (PCE) dos Estados Unidos não foi suficiente para garantir um virada positiva em Nova York.

Os futuros das bolsas de Wall Street, que operavam mistos antes da divulgação do índice, passaram a apontar para baixo. Veja:

  • Dow Futures: -0,33%
  • S&P Futures: -0,02%
  • Nasdaq Futures: -0,007%

O comportamento de NY afetou o Ibovespa, que devolveu parte dos ganhos registrados na abertura e, por volta das 10h55, subia 0,17%, aos 132.412 pontos.

Já o dólar aprofundou as perdas antes os pares internacionais, incluindo o real. Por aqui, a moeda-norte americana opera em queda de 0,41%, cotada em R$ 4,8678.

INFLAÇÃO DOS EUA

O Índice de Preços de Gastos com Consumo Pessoal (PCE) dos Estados Unidos, referência do Federal Reserve, banco central norte-americano, para medir a inflação no país, veio abaixo das expectativas em novembro.

Na base anual, o índice geral avançou 2,6% no mês, ante expectativas de 2,8%. Já o núcleo do PCE, que exclui do cálculo itens mais voláteis como alimentos e combustíveis, subiu 3,2% no período, contra previsões de alta de 3,4%.

ABERTURA DO IBOVESPA

O Ibovespa abriu o dia em leve alta de 0,23%, aos 132.182 mil pontos.

O dólar à vista, por outro lado, recua 0,52% após a abertura do índice, cotado em R$ 4,8623.

MATHEUS SPIESS: MERCADO EM 5 MINUTOS

A última sexta-feira antes do Natal é marcada pela divulgação do Índice de Despesas de Consumo Pessoal (PCE) dos EUA referente a novembro, sendo este o indicador de eleição pelo Fed para avaliar o ritmo de crescimento dos preços na economia norte-americana, proporcionando maior clareza ao mercado sobre o momento do ajuste das taxas de juros.

Seguindo os sinais amplamente positivos de Wall Street durante o pregão de ontem, os mercados de ações asiáticos encerraram em alta nesta sexta-feira, após dados dos EUA indicarem desaceleração do crescimento econômico e um aumento nos pedidos de seguro-desemprego.

Os mercados europeus e os futuros americanos iniciam o dia em queda, aguardando com expectativa os dados programados para hoje.

O sentimento poderá ser alterado logo após a divulgação do PCE, dependendo do resultado (um número abaixo do esperado deverá ser absorvido de maneira positiva, por exemplo, e vice-versa).

As commodities registram alta nesta manhã, o que pode impulsionar o índice brasileiro, que, além de refletir a dinâmica global e ser sensível à curva de juros nos EUA, também acompanha de perto a agenda de Brasília neste último dia de atividade do Congresso — o avanço observado nos últimos dias foi notável.

A ver…

00:57 — Os trabalhos em Brasília não param

O cenário atual, no qual se antecipa a continuidade do ciclo de flexibilização da política monetária no Brasil e o início dos cortes de juros nos EUA, é benéfico para o mundo como um todo, incluindo o Brasil.

O país tem se beneficiado desse otimismo em relação à redução das taxas de juros, aliado à aprovação consecutiva da agenda econômica no Congresso.

Isso se refletiu no fechamento em máxima histórica, atingindo os 132 mil pontos ontem.

Hoje, a expectativa é influenciada pela divulgação do PCE americano e pelo desempenho das commodities, sendo que a alta nos preços do minério de ferro na China ontem impulsionou significativamente nossa performance.

A trajetória continua condicionada ao desfecho do balanço da equipe econômica no Congresso em 2023.

O último dia de atividade do Congresso chama a atenção, marcado por avanços significativos nos últimos dias.

Ontem, foi aprovado o projeto de lei que visa estabelecer o mercado regulado de carbono no país, parte da "agenda verde" apoiada por Arthur Lira.

O texto, agora encaminhado para o Senado, tem como objetivo reduzir as emissões de gases poluentes para que o Brasil cumpra compromissos multilaterais relacionados ao meio ambiente.

Além disso, foi aprovada ontem a taxação das apostas esportivas, contribuindo para o aumento da arrecadação no próximo ano (R$ 10 bilhões em 2024).

Para encerrar o ano, o plenário do Congresso deve votar hoje o orçamento da União para 2024.

01:42 — O dado mais importante da semana

Nos Estados Unidos, as ações se recuperaram ontem da queda registrada na quarta-feira, evidenciando outra recuperação abrangente, com 459 ações do S&P 500 encerrando em alta.

Dessa forma, é possível afirmar que o Rali de Natal mantém seu curso.

Os dados divulgados ontem incluíram a terceira e última estimativa do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA para o terceiro trimestre.

A economia expandiu-se a uma taxa anual de 4,9% no trimestre, um pouco abaixo da taxa de crescimento anualizada de 5,2% na segunda estimativa.

Mesmo assim, representa um crescimento notável para a economia dos EUA. Vale lembrar do cenário há um ano, quando havia preocupações generalizadas sobre uma possível recessão em 2023, que hoje parece distante.

No entanto, já se observa uma normalização.

O quarto trimestre, por exemplo, indica uma desaceleração em relação ao terceiro.

O modelo GDPNow do Federal Reserve Bank de Atlanta, que utiliza dados econômicos recentes para prever o PIB do trimestre em curso, sugere uma taxa de crescimento de 2,7% para o quarto trimestre.

Embora não alcance os 4,9%, ainda é uma performance sólida.

Essa normalização é bem-vinda para permitir que o Fed ajuste as taxas de juros de forma saudável.

Para o dia de hoje, aguardamos o índice de preços de despesas de consumo pessoal (PCE) de novembro.

O núcleo do indicador, excluindo alimentos e energia, deve registrar um aumento de 3,3%, em comparação com 3,5% em outubro. Números abaixo das expectativas seriam bem recebidos.

02:36 — O ritmo de queda dos juros na terra do Tio Sam

Muitos investidores internacionais começam a ponderar sobre a possível limitação temporal e impacto menos expressivo dos prováveis cortes nas taxas de juros pelo Fed, em comparação com episódios anteriores.

Essa consideração é crucial para avaliar as perspectivas de ganhos nas ações no próximo ano.

Ao analisarmos o intervalo entre o primeiro e o último corte historicamente, nos três pivôs anteriores, o período de 2000 a 2003 foi o mais extenso, levando os custos dos empréstimos a mínimas históricas, mas resultando em ganhos relativamente modestos para o índice de referência dos EUA.

Contudo, o pivô de 2007 a 2008 apresentou quase a mesma quantidade de cortes nas taxas em metade do tempo, resultando em uma recuperação ainda mais substancial.

Esse episódio, evidentemente, foi marcado pelo início da era histórica de taxas de juros próximas de zero, que perdurou boa parte da década seguinte.

Posteriormente, houve o pivô de 2019 a 2020, que proporcionou menos da metade dos cortes nas taxas em comparação com 2007-2008, mas resultou em ganhos dobrados para o S&P 500.

Isso se deveu, em grande parte, ao estímulo fiscal governamental para mitigar os impactos da pandemia de Covid na economia.

Desta vez, o pivô do Fed se destaca pela sua insignificância em diversas dimensões.

Os 75 pontos-base de reduções projetados pelos responsáveis do Fed para 2024 representam apenas uma fração da flexibilização observada nos pivôs anteriores.

Mesmo que o banco central confirme as expectativas do mercado para cortes superiores a 175 pontos-base, ainda estará longe da magnitude dos pivôs passados.

Colocando tudo isso no contexto dos valuations atualmente elevados do S&P 500, há uma percepção de que um pivô do Fed desta vez pode não ser a solução milagrosa que se imaginava…

03:29 — O protecionismo está de volta

O movimento em direção a políticas comerciais protecionistas persiste nos EUA, embora sob diferentes rótulos.

As expressões "America First" e "Make America Great Again" de Donald Trump foram substituídas pelos termos "redução de riscos", "diversificação" e "nivelamento do campo de jogo" de Joe Biden.

Apesar das mudanças na retórica, os resultados muitas vezes se assemelham, baseando-se em estratégias que visam abordar preocupações de segurança nacional, perda de empregos na indústria e riscos associados à cadeia de abastecimento.

Essa nova dinâmica traz consigo riscos adicionais, como o potencial aumento das pressões inflacionárias decorrentes de medidas protecionistas.

Nos últimos anos, os Estados Unidos promulgaram leis de grande vulto, como a Lei de Redução da Inflação, que direcionou bilhões de dólares para fortalecer a produção doméstica de energia em resposta ao fechamento de torneiras por Vladimir Putin na União Europeia.

A Lei CHIPS também concedeu generosos incentivos fiscais e subsídios para sustentar a indústria nacional de semicondutores, enquanto controles de exportação foram implementados para conter o avanço chinês.

Assim, o mundo adentra uma nova era de práticas comerciais, afastando-se das políticas liberalizadas e de mercado livre que anteriormente promoviam a globalização e a democracia.

04:18 — Sai Angola e entra Brasil

A Angola acaba de se retirar da OPEP após uma disputa sobre as quotas de produção de petróleo, encerrando uma filiação que durou 16 anos.

Esse movimento segue outras saídas recentes, como as do Qatar, Indonésia e Equador.

As notícias fizeram com que os futuros do petróleo Brent caíssem até 2,4%, mas recuperaram terreno ao longo do dia, encerrando com uma queda de apenas 0,4%.

Importante notar que essa saída não indica uma ruptura iminente na OPEP+ nem ameaça os cortes na oferta.

A redução do cartel para 12 países ocorre em um momento em que a Angola enfrenta desafios para sustentar os preços do petróleo, que diminuíram nos últimos meses.

No entanto, essa retirada não necessariamente aponta para um grande problema imediato para a organização ou para o grupo mais amplo da OPEP+, que inclui a Rússia e, em breve, deverá contar com o Brasil como membro associado.

Isso destaca, de forma simbólica, que o Brasil está se unindo a um grupo cada vez mais fragmentado, apesar de sua importância contínua no cenário atual.

ABERTURA DOS JUROS FUTUROS

Os juros futuros (DIs) abriram em queda nesta sexta-feira (22), em linha com a desvalorização do dólar e dos rendimentos dos Treasurys, os títulos de dívida do governo norte-americano.

Confira o desempenho dos DIs:

CÓDIGONOMEULT MIN MAX ABE FEC 
DI1F24DI Jan/2411,64%11,64%11,65%11,65%11,65%
DI1F25DI Jan/2510,04%10,04%10,06%10,05%10,06%
DI1F26DI Jan/269,59%9,58%9,61%9,61%9,61%
DI1F27DI Jan/279,70%9,69%9,72%9,72%9,72%
DI1F28DI Jan/289,93%9,92%9,95%9,95%9,96%
DI1F29DI Jan/2910,08%10,07%10,10%10,09%10,11%
DI1F30DI Jan/3010,20%10,20%10,21%10,21%10,23%
DI1F31DI Jan/3110,29%10,29%10,31%10,31%10,33%
DI1F32DI Jan/3210,50%10,32%10,34%10,34%10,35%
DI1F33DI Jan/3310,40%10,40%10,42%10,41%10,43%
ABERTURA DO DÓLAR

O dólar abriu em baixa de 0,23%, negociado a R$ 4,8743 no mercado à vista.

ABERTURA DO IBOVESPA FUTURO

O Ibovespa futuro abriu em queda de 0,06%, aos 134.080 pontos.

O indicador acompanha a expectativa com o PCE, índice de inflação favorito do Fed, nos Estados Unidos.

BOLSAS DA ÁSIA FECHAM EM BAIXA

As principais bolsas de valores da Ásia fecharam em baixa nesta sexta-feira.

Os investidores equilibram-se entre a expectativa de estímulos e o endurecimento das regras para jogos online na China.

Com isso, a bolsa de Hong Kong liderou as perdas, com recuo de 1,69%.

Em Xangai, grandes bancos chineses cortaram suas taxas de depósito, notícia que ajudou a limitar as perdas a 0,13%.

Por sua vez, a bolsa de Seul recuou 0,02%.

As exceções foram as bolsas de Tóquio (+0,09%) e Taiwan (+0,30%), que marcaram leves altas.

BOLSAS DA EUROPA ABREM EM QUEDA

As principais bolsas de valores da Europa abriram em queda nesta sexta-feira.

Os investidores remoem incertezas econômicas e a trajetória das taxas de juros na região.

No entanto, o sinal vermelho é limitado pela expectativa em relação ao índice de gastos com consumo pessoal nos Estados Unidos.

Confira como andam os mercados europeus por volta das 7h55:

  • FTSE 100 (Londres): +0,25%
  • CAC 40 (Paris): +0,09%
  • DAX (Frankfurt): +0,02%
FUTUROS DE NOVA YORK AMANHECEM NO VERMELHO

Os índices futuros das bolsas de valores de Nova York amanheceram no vermelho nesta sexta-feira.

Os investidores fazem ajustes aos ganhos da véspera enquanto aguardam os dados do PCE.

A sigla identifica a inflação dos gastos com consumo pessoal nos EUA, índice preferido do Fed para pautar sua política monetária.

Veja como andam os índices em Wall Street por volta das 7h45:

  • S&P 500: -0,13%
  • Dow Jones: -0,34%
  • Nasdaq: -0,21%
PIB DA ESPANHA CRESCE CONFORME O ESPERADO

O PIB da Espanha cresceu conforme o esperado no terceiro trimestre de 2023.

De acordo com dados oficiais divulgados hoje, a economia espanhola cresceu 1,8% na comparação com o mesmo período de 2022.

Na comparação com o segundo trimestre, a expansão econômica espanhola foi de 0,3%.

PIB DO REINO UNIDO FRUSTRA EXPECTATIVAS

O Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido frustrou as expectativas dos analistas no terceiro trimestre de 2023.

A economia britânica registrou expansão de 0,3% na comparação com o mesmo período do ano anterior.

Já em relação ao segundo trimestre, houve retração econômica de 0,1%.

Os analistas esperavam estabilidade na comparação trimestral e expansão de 0,6% em base anual.

FECHAMENTO DO IBOVESPA E DO DÓLAR

O Ibovespa atingiu uma nova máxima histórica para um fechamento na última quinta-feira (22). O principal índice acionário da B3 subiu 1,05%, aos 132.182 pontos ontem.

Já o dólar à vista recuou 0,49% e terminou o dia cotado em R$ 4,8877.

Confira o que movimentou os mercados.

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