Você está pronto para o rali? Ações baratas e queda da Selic devem acelerar bolsa brasileira — mas exterior pode atuar como ‘âncora’ desse barco
Segundo analistas, historicamente falando, cada queda de 1% da taxa básica de juros corresponde, em média, a uma alta de 8% na bolsa brasileira
O ciclo de queda da taxa básica de juros, a Selic, mesmo gradual, combinado com ativos domésticos ainda bastante descontados devem ser os principais propulsores do Ibovespa no curto prazo. O que poderia minar essa perspectiva, contudo, seria uma influência negativa vinda do exterior — tomada por um baixo apetite por risco dos investidores em bolsa, como ocorreu em agosto —, e uma política fiscal menos corroborativa no âmbito do Brasil.
"Se bolsa barata e afrouxamento da política monetária são aceleradores para o Ibovespa, o freio pode vir lá de fora e do fiscal brasileiro", resume Filipe Villegas, estrategista de ações da Genial Investimentos.
Notícias sobre pressão nos gastos públicos e aumento de impostos, características do atual governo, segundo ele, podem desancorar as expectativas do mercado em torno da inflação.
Jerson Zanlorenzi, responsável pela mesa de ações do BTG Pactual, vê que há possibilidade de o Ibovespa ter uma "segunda pernada" de alta, caso o governo federal consiga fechar o gap do déficit zero, anunciando ideias para sustentá-lo.
Mas, neste momento, a preocupação prioritária parte mais do exterior (Estados Unidos, principalmente) do que do Brasil. O receio do estrategista da Genial é de um cenário de estagflação [inflação ainda persistente com uma economia cedendo] que, em sua opinião, seria bastante negativo para as ações globais, e o Brasil inclusive.
A DINHEIRISTA - Ajudei minha namorada a abrir um negócio e ela me deixou! Quero a grana de volta, o que fazer?
Leia Também
Bolsa em promoção e juros em queda: a receita perfeita
Além dos ativos ainda muito descontados, especialmente aqueles ligados à economia doméstica e de menor capitalização, a Selic também tem uma trajetória de efeito positivo sobre a bolsa.
Segundo Villegas, historicamente falando, cada queda de 1% da taxa básica de juros corresponde, em média, a uma alta de 8% na bolsa brasileira.
Esta temática está implícita na conduta do mercado. Em uma enquete promovida com investidores durante a 24ª Conferência Anual do Santander, 68% dos entrevistados apostaram que a queda dos juros será o principal catalisador para este segundo semestre.
É também por isso que o desempenho de agosto, apesar de encerrar no vermelho, não surpreendeu o estrategista de ações da Santander Corretora, Ricardo Peretti, para quem o mercado tende a voltar a se valorizar no médio e longo prazos.
"O mercado realizou muito em agosto. E muito mais por fatores externos (80% a 90%) do que domésticos", diz Peretti, lembrando que o movimento de baixa da bolsa no mês passado coincidiu historicamente com a realização de lucros do mercado.
Com os Treasuries, os títulos do Tesouro dos EUA, mais atrativos e temor da China, os estrangeiros retiraram R$ 13,205 bilhões da B3 em agosto.
Bolsa pode subir até 20%
Segundo Peretti, num horizonte de seis a 12 meses, sempre do mês seguinte em que o BC dá o pontapé inicial de um novo ciclo de baixa de juros, na média, a bolsa brasileira volta a se valorizar de 15% a 20%.
"A gente ainda realmente acha que isso vai acontecer, porque essa temática de queda de juros é muito forte no mercado", afirma, admitindo que não é nenhum absurdo imaginar um Ibovespa fechando o ano mais próximo dos 125 mil pontos.
É a mesma perspectiva traçada por Villegas. Hoje, seu alvo para o Ibovespa fica entre 122 mil e 125 mil. "Poderia ir até 131 mil pontos, mas precisaria ter uma convergência de fatores positivos, tanto externamente quanto internamente, cenário de menor probabilidade. Então, vejo um Ibovespa neutro daqui até o final do ano", afirma.
Bolsa a 125 mil é ‘fichinha’
Já Zanlorenzi, do BTG, parece um pouco mais otimista e estima uma média de 140 mil pontos para os próximos 12 meses, caso algumas premissas macroeconômicas sejam atingidas.
"Não achamos que a bolsa deixou de estar barata, nem que não reduzimos o risco Brasil com o arcabouço", afirma. Ele diz ainda que dois fatores importantes do exterior já parecem mais precificados: a China e a taxa de juros dos EUA.
Resultado vs Rentabilidade
Para a temporada de balanços do terceiro trimestre de 2023, Villegas, da Genial, aponta que as empresas, como reflexo do início de ciclo de cortes da Selic, devem mostrar melhores resultados financeiros, que estão mais relacionados ao custo das dívidas que elas têm, mas a rentabilidade do período ainda "não deve surpreender".
Peretti, da Santander Corretora, do ponto de vista dos juros, também não vê surpresas positivas nas performances que serão apresentadas no terceiro trimestre.
E até arrisca antecipar que a próxima safra de balanços, inclusive, será bem similar à última, encerrada em junho. No ano contra ano, ele acredita que os detratores ainda serão as commodities.
*Com informações do Estadão Conteúdo
A arma mais poderosa de Putin (até agora): Rússia cruza linha vermelha contra a Ucrânia e lança míssil com capacidade nuclear
No início da semana, Kiev recebeu autorização dos EUA para o uso de mísseis supersônicos; agora foi a vez de Moscou dar uma resposta
O Google vai ser obrigado a vender o Chrome? Itaú BBA explica por que medida seria difícil — mas ações caem 5% na bolsa mesmo assim
Essa seria a segunda investida contra monopólios ilegais nos EUA, desde a tentativa fracassada de desmembrar a Microsoft, há 20 anos
Nvidia (NVDC34) vê lucro mais que dobrar no ano — então, por que as ações caem 5% hoje? Entenda o que investidores viram de ruim no balanço
Ainda que as receitas tenham chegado perto dos 100% de crescimento, este foi o primeiro trimestre com ganhos percentuais abaixo de três dígitos na comparação anual
Do pouso forçado às piruetas: Ibovespa volta do feriado com bolsas internacionais em modo de aversão ao risco e expectativa com pacote
Investidores locais aguardam mais detalhes do pacote fiscal agora que a contribuição do Ministério da Defesa para o ajuste é dada como certa
Que crise? Weg (WEGE3) quer investir US$ 62 milhões na China para aumentar capacidade de fábrica
O investimento será realizado nos próximos anos e envolve um plano que inclui a construção de um prédio de 30 mil m², com capacidade para fabricação de motores de alta tensão
Como a Embraer (EMBR3) passou de ameaçada pela Boeing a rival de peso — e o que esperar das ações daqui para frente
Mesmo com a disparada dos papéis em 2024, a perspectiva majoritária do mercado ainda é positiva para a Embraer, diante das avenidas potenciais de crescimento de margens e rentabilidade
É hora de colocar na carteira um novo papel: Irani (RANI3) pode saltar 45% na B3 — e aqui estão os 3 motivos para comprar a ação, segundo o Itaú BBA
O banco iniciou a cobertura das ações RANI3 com recomendação “outperform”, equivalente a compra, e com preço-alvo de R$ 10,00 para o fim de 2025
Em busca de dividendos? Curadoria seleciona os melhores FIIs e ações da bolsa para os ‘amantes’ de proventos (PETR4, BBAS3 e MXRF11 estão fora)
Money Times, portal parceiro do Seu Dinheiro, liberou acesso gratuito à carteira Double Income, que reúne os melhores FIIs, ações e títulos de renda fixa para quem busca “viver de renda”
R$ 4,1 bilhões em concessões renovadas: Copel (CPLE6) garante energia para o Paraná até 2054 — e esse banco explica por que você deve comprar as ações
Companhia paranaense fechou o contrato de 30 anos referente a concessão de geração das usinas hidrelétricas Foz do Areia, Segredo e Salto Caxias
Ações da Embraer (EMBR3) chegam a cair mais de 4% e lideram perdas do Ibovespa. UBS BB diz que é hora de desembarcar e Santander segue no voo
O banco suíço rebaixou a recomendação para os papéis da Embraer de neutro para venda, enquanto o banco de origem espanhola seguiu com a indicação de compra; entenda por que cada um pegou uma rota diferente
Equatorial (EQTL3) tem retorno de inflação +20% ao ano desde 2010 – a gigante de energia pode gerar mais frutos após o 3T24?
Ações da Equatorial saltaram na bolsa após resultados fortes do 3º tri; analistas do BTG calculam se papel pode subir mais após disparada nos últimos anos
‘Mãe de todos os ralis’ vem aí para a bolsa brasileira? Veja 3 razões para acreditar na disparada das ações, segundo analista
Analista vê três fatores que podem “mudar o jogo” para o Ibovespa e a bolsa como um todo após um ano negativo até aqui; saiba mais
A B3 vai abrir no dia da Consciência Negra? Confira o funcionamento da bolsa, bancos e Correios na estreia do novo feriado nacional
É a primeira vez que o Dia da Consciência Negra consta no calendário dos feriados nacionais. Como de costume, as comemorações devem alterar o funcionamento dos principais serviços públicos
Felipe Miranda: O Brasil (ainda não) voltou — mas isso vai acontecer
Depois de anos alijados do interesse da comunidade internacional, voltamos a ser destaque na imprensa especializada. Para o lado negativo, claro
Grupo Mateus: Santander estabelece novo preço-alvo para GMAT3 e prevê valorização de 33% para as ações em 2025; saiba se é hora de comprar
O banco reduziu o preço-alvo para os papéis da varejista de alimentos em relação à 2024, mas mantém otimismo com crescimento e parceria estratégica
Localiza: após balanço mais forte que o esperado no 3T24, BTG Pactual eleva preço-alvo para RENT3 e agora vê potencial de alta de 52% para a ação
Além dos resultados trimestrais, o banco considerou as tendências recentes do mercado automotivo e novas projeções macroeconômicas; veja a nova estimativa
Ações da Oi (OIBR3) saltam mais de 100% e Americanas (AMER3) dispara 41% na bolsa; veja o que impulsiona os papéis das companhias em recuperação judicial
O desempenho robusto da Americanas vem na esteira de um balanço melhor que o esperado, enquanto a Oi recupera fortes perdas registradas na semana passada
Cemig (CMIG4) e Copasa (CSMG3) voltam a ficar no radar das privatizações e analistas dizem qual das duas tem mais chance de brilhar
Ambas as empresas já possuem capital aberto na bolsa, mas o governo mineiro é quem detém o controle das empresas como acionista majoritário
O fim da temporada — ou quase: balanço da Nvidia ainda movimenta semana, que conta com novo feriado no Brasil
Enquanto isso, as bolsas internacionais operam sem um sinal único, sofrendo ajustes após o rali do Trump Trade dos últimos dias
Agenda econômica: balanço da Nvidia (NVDC34) e reunião do CMN são destaques em semana com feriado no Brasil
A agenda econômica também conta com divulgação da balança comercial na Zona do Euro e no Japão; confira o que mexe com os mercados nos próximos dias