🔴 SAVE THE DATE – 25/11: MOEDA COM POTENCIAL DE 30.000% DE VALORIZAÇÃO SERÁ REVELADA – VEJA COMO ACESSAR

Black Friday dos FIIs: como não pagar a metade do dobro nas ofertas de cotas de fundos imobiliários

As ultimas semanas foram marcadas por um volume de captação agressivo, com fundos correndo para emitir cotas antes da tradicional época de reavaliação patrimonial

26 de novembro de 2023
7:33 - atualizado às 8:35
Notas de dinheiro caindo sobre prédios - fundos imobiliários fiis dividendos fundos imobiliários
Imagem: Adobe Stock/Montagem: Giovanna Figueredo

A última sexta-feira (24) foi marcada pela Black Friday. Algumas pessoas aguardaram meses para adquirir produtos nesta data. Eu mesmo segui essa estratégia.

Segundo relatório da consultoria Deloitte, os norte-americanos pretendem gastar em média US$ 567 entre a Black Friday e a Cyber Monday, um aumento de 13% na comparação anual.

Contudo, ao verificar os preços, notei que os descontos não eram tão significativos assim. Inclusive, em alguns segmentos, é possível verificar que os produtos ficaram mais caros entre outubro e novembro, fazendo com que o desconto real seja inexistente. É o famoso termo "metade do dobro" sendo praticado no Brasil.

No universo de investimentos não existe Black Friday, mas temos um bom volume de ofertas. Os títulos de renda fixa foram os destaques dos últimos anos.

A partir de meados de 2023, com a tendência de queda dos juros domésticos, ativos de renda variável começaram a ressurgir na distribuição das plataformas.

MAGAZINE LUIZA (MGLU3) E CASAS BAHIA (BHIA3): BLACK FRIDAY SERÁ SALVAÇÃO? I TOUROS E URSOS

Nos FIIs, as ofertas aumentaram desde a metade do ano

De acordo com a Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), foram captados mais de R$ 20 bilhões neste ano, considerando as emissões de fundos imobiliários e Fiagros-FIIs até setembro. Este montante já é muito próximo do total captado em 2022 (R$ 21,8 bilhões).

Leia Também

Na minha visão, este movimento tem dois motivos preponderantes: 

i) Com a taxa Selic em trajetória de queda, os investidores começam a olhar outros tipos de aplicações no mercado de capitais. Os FIIs, que historicamente são veículos capazes de capturar valor em momentos de queda dos juros, se tornam alternativas óbvias, tendo em vista a alta remuneração (dividend yield anual próximo dois dígitos) e a isenção de imposto de renda nos rendimentos. Com este cenário, aliado à melhora operacional dos portfólios de tijolo, o Índice de Fundos Imobiliários (Ifix) sobe 11% no ano e alguns fundos negociam acima das respectivas cotas patrimoniais;

ii) Consolidação da indústria: conforme esperado em uma indústria em crescimento, tenho notado um ritmo acelerado de incorporações de fundos imobiliários nas últimas emissões. Basicamente, estamos tratando de FIIs de grande porte adquirindo portfólios menores, com estruturas menos sofisticadas – fundos com gestão passiva são típicos alvos. Os casos de HGLG11 e PVBI11 são alguns exemplos. 

Esse movimento fica visível quando analisamos a participação de fundos de investimento nas captações do ano, de praticamente 34%. 

Existem oportunidades para os FIIs, mas…

Diante do momento de mercado (ainda desafiador para renda variável), enxergamos uma proposta de valor interessante nas ofertas, especialmente na metade do ano. A ausência de liquidez no mercado "real" e o nível danoso dos juros promoveram algumas oportunidades de compra no mercado imobiliário.

Estou falando de ativos de qualidade com cap rates (taxa de capitalização) atrativos. Pensando em ciclo, faz bastante sentido adquirir ativos neste momento.

Contudo, as últimas semanas evidenciaram um volume de captação mais agressivo por parte das gestoras, com fundos correndo para emitir novas cotas antes de dezembro (tradicional época de reavaliação patrimonial).

Conforme apontado aqui no Seu Dinheiro, novembro já acumula quase R$ 4 bilhões de emissões registradas, incluindo diversas estratégias (tijolo, papel, hedge funds, entre outros).

Nesta leva, entendo que é preciso tomar um pouco mais de cuidado na hora de analisar. Tenho notado pontos de atenção em algumas emissões, que podem não estar alinhados aos interesses dos investidores. Me lembrou um pouco o termo "metade do dobro", descrito acima.

Nas próximas linhas, descrevo alguns itens que são importantes para avaliação das ofertas, a fim de evitar "armadilhas" do mercado.

O que analisar em uma oferta de cotas de FIIs?

Perfil de risco

Em primeiro lugar, é sempre importante avaliar o perfil de risco dos FIIs e, se possível, as características da oferta. Isso envolve a política de investimentos da estratégia, seja no crédito ou no tijolo. 

Em geral, a proposta de valor da gestão é sinalizada no prospecto e no material publicitário das ofertas. Checar se a destinação dos recursos está alinhada ao perfil de investimento do fundo é fundamental.  

Devido à necessidade de sigilo das operações, muitas vezes os ativos do pipeline não estão disponíveis na oferta, mas algumas características são expostas, tal como tipo de imóvel, qualidade, localização e remuneração.

Uma imagem contendo Tabela

Descrição gerada automaticamente
Exemplo de destinação dos recursos. Fonte: Vinci Shopping Centers

Estudo de viabilidade

Para ilustrar o retorno esperado do fundo, as gestoras elaboram uma seção de viabilidade, com suas estimativas sobre a estratégia. Primeiro, vale analisar se as premissas utilizadas estão coerentes com a realidade.

Além disso, verificar se a remuneração dos imóveis é sustentável no longo prazo. Uma peculiaridade recente é a compra parcelada de imóveis, prática que geralmente favorece o comprador (fundo).

Nesta condição, o dividend yield projetado de curto prazo pode ser substancialmente maior do que em um horizonte mais amplo e, consequentemente,  "iludir" os potenciais investidores. 

Não vejo como uma prática de má-fé, visto que tem potencial de geração de valor, mas esse dividend yield de curto prazo pode ser traiçoeiro para novos investidores.

Por fim, checar se a rentabilidade proposta está adequada ao perfil de risco do fundo e  acima do custo de oportunidade – lembrando que ainda convivemos com um ambiente de juros elevados no Brasil e no mundo. Um dividend yield mais alto do que a média geralmente implica em uma exposição maior a risco.

Custos

Neste ponto, estamos tratando das despesas recorrentes dos FIIs (taxa de administração, gestão, performance e etc) e dos custos da própria emissão de cotas. No primeiro, caso seja um fundo novo, avaliar se há um alinhamento de interesses e se os valores são compatíveis com eventuais pares da indústria.

Já o segundo, que envolve as despesas de estruturação e distribuição da oferta, é um tema controverso. Para ofertas destinadas ao público geral (antiga CVM 400), que exigem grande participação dos coordenadores, os custos totais variam de 2,5% a 5% do montante total da oferta atualmente. 

Em momentos de estresse do mercado, os esforços de distribuição podem ser fundamentais para o sucesso da oferta. Nestes casos, os custos são inevitáveis. Contribuições por parte da gestora são sempre bem-vindas.

Além do bom senso na hora de avaliar, recomendo checar se os custos estão transparentes nas principais comunicações do fundo e se ele está integralmente presente no preço da oferta. Todo prospecto contém uma seção detalhada sobre despesas de estruturação e distribuição das cotas para melhor visualização.

Busque informações e análises

Uma das formas mais tradicionais para evitar armadilhas na Black Friday é a pesquisa de mercado. Nos FIIs, o processo é parecido. Avaliações externas e independentes também são pertinentes para tomada de decisão e podem ser diferenciais para "filtrar" as melhores oportunidades.

Nas últimas duas semanas, analisamos cinco emissões de cotas de fundos imobiliários na série Renda Imobiliária da Empiricus. São quase R$ 3 bilhões na mesa, distribuídos entre os maiores players do mercado.

Inclusive, estamos como uma promoção de verdade para a assinatura de FIIs: 30 dias de acesso por apenas R$ 1,00. Além das análises das ofertas, você tem acesso às carteiras recomendadas, relatórios semanais, plantões de dúvidas e outros conteúdos exclusivos.

Você pode acessar a oferta por meio deste link. Aproveite, só dura até hoje (26)!

  • Os 5 fundos imobiliários recomendados por Caio Araujo para comprar agora: confira GRATUITAMENTE a lista de FIIs que estão baratos e com potencial de distribuir dividendos ‘gordos’ nos próximos meses. Clique aqui para receber o relatório.

Abraço,

Caio

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

Pacote fiscal do governo vira novela mexicana e ameaça provocar um efeito colateral indesejado

12 de novembro de 2024 - 7:01

Uma alta ainda maior dos juros seria um efeito colateral da demora para a divulgação dos detalhes do pacote fiscal pelo governo

ANOTE NO CALENDÁRIO

Agenda econômica: Prévia do PIB é destaque em semana com feriado no Brasil e inflação nos EUA

11 de novembro de 2024 - 7:03

A agenda econômica da semana ainda conta com divulgação da ata da última reunião do Copom e do relatório da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP)

PROVISÕES NECESSÁRIAS

Fiagro RURA11 explica o que fez os dividendos caírem 40% e diz quando deve voltar a pagar proventos maiores a seus 89 mil cotistas

10 de novembro de 2024 - 16:53

De acordo com o relatório gerencial do fundo, o provento será reduzido durante três meses, contados a partir de outubro

POSSÍVEL DANÇA DAS CADEIRAS

Capitânia pede assembleia para discutir troca na gestão do XPPR11, fundo imobiliário gerido pela XP

9 de novembro de 2024 - 16:48

A Capitânia propõe que a XP seja substituída pela V2 Investimentos na função, casa que atualmente conta com quatro FIIs no portfólio

TOUROS E URSOS #197

Renda fixa apimentada: “Têm nomes que nem pagando CDI + 15% a gente quer”; gestora da Ibiuna comenta sobre risco de bolha em debêntures 

9 de novembro de 2024 - 8:00

No episódio da semana do podcast Touros e Ursos, Vivian Lee comenta sobre o mercado de crédito e onde estão os principais riscos e oportunidades

SD Select

Selic sobe para 11,25% ao ano e analista aponta 8 ações para buscar lucros de até 87,5% ‘sem bancar o herói’

8 de novembro de 2024 - 13:44

Analista aponta ações de qualidade, com resultados robustos e baixo nível de endividamento que ainda podem surpreender investidores com valorizações de até 87,5% mais dividendos

ALGUMA COISA ESTÁ FORA DA META

Carne com tomate no forno elétrico: o que levou o IPCA estourar a meta de inflação às vésperas da saída de Campos Neto

8 de novembro de 2024 - 11:27

Inflação acelera tanto na leitura mensal quanto no acumulado em 12 meses até outubro e mantém pressão sobre o BC por mais juros

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Você quer 0 a 0 ou 1 a 1? Ibovespa repercute balanço da Petrobras enquanto investidores aguardam anúncio sobre cortes

8 de novembro de 2024 - 8:17

Depois de cair 0,51% ontem, o Ibovespa voltou ao zero a zero em novembro; índice segue patinando em torno dos 130 mil pontos

ONDE INVESTIR

O que comprar no Tesouro Direto agora? Inter indica títulos públicos para investir e destaca ‘a grande oportunidade’ nesse mercado hoje

8 de novembro de 2024 - 8:02

Para o banco, taxas como as que estamos vendo atualmente só ocorrem em cenários de estresse, que não ocorrem a todo momento

FII DO MÊS

BTLG11 de volta ao topo: alta da Selic abre oportunidade para comprar o fundo imobiliário favorito para novembro com desconto

8 de novembro de 2024 - 7:07

Apesar de ter sentido o “efeito Selic” na bolsa, o BTG Pactual Logística não deve ser tão impactado nas frentes operacionais e de receita

SD ENTREVISTA

Moura Dubeux (MDNE3) anuncia os primeiros dividendos de sua história após trimestre recheado de recordes; CEO diz que meta é “não parar mais” de pagar proventos

7 de novembro de 2024 - 21:16

Cumprindo a promessa feita aos investidores de distribuir proventos ainda em 2024, a incorporadora depositará R$ 55 milhões na conta dos acionistas em 22 de novembro

DESTAQUES DA BOLSA

Ações da Tenda (TEND3) disparam 7% na bolsa após balanço com recordes históricos e guidance de resultados turbinado

7 de novembro de 2024 - 11:01

A atualização do guidance, com números revisados para cima, era amplamente aguardada pelo mercado e é bem-recebida pelos investidores hoje

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Jogando nas onze: Depois da vitória de Trump, Ibovespa reage a Copom, Fed e balanços, com destaque para a Petrobras

7 de novembro de 2024 - 8:17

Investidores estão de olho não apenas no resultado trimestral da Petrobras, mas também em informações sobre os dividendos da empresa

A RENDA FIXA VIVE

Com Selic em 11,25%, renda fixa conservadora brilha: veja quanto passa a render R$ 100 mil na sua reserva de emergência

6 de novembro de 2024 - 19:02

Copom aumentou a taxa básica em mais 0,50 ponto percentual nesta quarta (06), elevando ainda mais o retorno das aplicações pós-fixadas

POLÍTICA MONETÁRIA

Campos Neto acelerou: Copom aumenta o ritmo de alta da Selic e eleva os juros para 11,25% ao ano

6 de novembro de 2024 - 18:33

A decisão pelo novo patamar da taxa, que foi unânime, já era amplamente esperada pelo mercado

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Mais rápido do que se imaginava: Trump assegura vitória no Colégio Eleitoral e vai voltar à Casa Branca; Copom se prepara para subir os juros

6 de novembro de 2024 - 8:20

Das bolsas ao bitcoin, ativos de risco sobem com confirmação da vitória de Trump nos EUA, que coloca pressão sobre o dólar e os juros

SD ENTREVISTA

“O Banco Central tem poucas opções na mesa”: Luciano Sobral, da Neo, diz que Copom deve acelerar alta da Selic, mas mercado teme que BC perca o controle da inflação

6 de novembro de 2024 - 7:05

Na visão de Sobral, o Copom deve elevar a Selic em 0,5 ponto percentual hoje, para 11,25% ano

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Um rigoroso empate: Americanos vão às urnas para escolher entre Kamala Harris e Donald Trump antes de decisões de juros no Brasil e nos EUA

5 de novembro de 2024 - 8:08

Dixville Notch é uma comunidade de apenas dez habitantes situada no interior de New Hampshire, quase na fronteira dos Estados Unidos com o Canadá. A cada quatro anos, o povoado ganha holofotes por ser o primeiro a votar nas eleições presidenciais norte-americanas. Os moradores se reúnem à meia-noite, a urna é aberta, os eleitores votam […]

O QUE ESPERAR DO CENÁRIO MACRO

“Campos Neto está certo”: André Esteves, do BTG Pactual, diz que mercado está mais pessimista com o fiscal do que fundamentos sugerem

4 de novembro de 2024 - 17:55

Para o chairman do banco de investimentos, o mercado está “ressabiado” após a perda de credibilidade do governo quanto à questão fiscal

PRÉ-COPOM

Selic deve subir nas próximas reuniões e ficar acima de 12% por um bom tempo, mostra pesquisa do BTG Pactual

4 de novembro de 2024 - 13:39

Taxa básica de juros deve atingir os 12,25% ao ano no início de 2025, de acordo com o levantamento realizado com gestores, traders e economistas

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar