Qual o futuro das big techs após a crise no Facebook? E o Bitcoin, voltou para ficar? Os analistas do Seleção Empiricus respondem
O Seleção Empiricus desta semana também discutiu o início da temporada de balanços do quarto trimestre e trouxe três recomendações de investimento
A Meta/Facebook provocou um abalo sísmico nas bolsas americanas: ao reportar uma contração na base de usuários e divulgar projeções que decepcionaram o mercado, as ações da empresa de Mark Zuckerberg derreteram 25% em um único pregão — e puxaram as big techs para baixo. Em paralelo, o Bitcoin (BTC) e as criptomoedas tiveram uma boa recuperação nos últimos dias, finalmente mostrando sinais de força. E, em meio a esse cenário turbulento, o Seleção Empiricus desta terça (8) se propôs a debater o futuro desses ativos; para assistir ao programa, é só dar play:
O balanço do quarto trimestre da Meta — a holding que controla Facebook, Instagram e WhatsApp — mostrou um declínio do número de usuários ativos diários em relação ao trimestre anterior pela primeira vez na história. Além disso, os resultados financeiros ficaram aquém do esperado, e as estimativas para o futuro foram... mornas.
Um desempenho que chocou Wall Street, especialmente quando comparado aos números de outras big techs, como Apple e Google, que tiveram um quarto trimestre forte. E agora, o que esperar da empresa? Será que seus dias estão contados e o desenvolvimento do metaverso está em risco?
Para Richard Camargo, analista da Empiricus e um dos convidados do Seleção desta terça, é preciso ter calma. "A gente achou bastante exagerada a reação [do mercado]", disse ele, ponderando que a queda no número de usuários ativos foi apenas marginal e não mostra uma tendência de "êxodo" de usuários do Facebook.
Um ponto que gerou surpresa nos resultados da Meta foi a citação ao TikTok e à mudança na política de privacidade da Apple — uma medida que dificulta a entrega de publicidade —, como forças importantes de concorrência e de ameaça ao atual modelo de negócios da empresa. Até então, não se falava abertamente em rivalidade.
Dito isso, Richard Camargo acredita que a Meta precisará passar por mudanças e fazer investimentos para se posicionar melhor frente à nova realidade. Ainda assim, o choque com o balanço do quarto trimestre e as eventuais dificuldades concorrenciais do curto prazo não devem afetar os planos mais longos para o metaverso.
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O Facebook tem US$ 48 bilhões em caixa, a maior parte dele a ser direcionado para o desenvolvimento do metaverso. O Mark Zuckerberg já disse que, em 2022, vai investir cerca de US$ 10 bilhões [nessa causa]
Richard Camargo, analista da Empiricus
Bitcoin (BTC) e criptomoedas: inverno ou frente fria?
No mercado de criptomoedas, chama a atenção a retomada vista nos últimos dias: o Bitcoin (BTC), maior moeda digital do mundo, engatou uma sequência de altas e recuperou o patamar dos US$ 40 mil — ainda assim, segue distante das máximas históricas.
E agora, qual direção os criptoativos tomarão? O temido 'inverno cripto' só teve uma pausa e voltará com tudo, derrubando as cotações do Bitcoin e outros ativos, ou ele era apenas uma 'frente fria' passageira? Para Paulo Camargo, analista da Empiricus, é preciso ter calma antes de cravar uma tendência cristalina.
"O Bitcoin é um ativo extremamente alavancado, e essas movimentações, essa volatilidade, ela vai acontecer", diz o especialista, lembrando que até mesmo ativos mais 'tradicionais', como ações de grandes empresas, estão tendo oscilações grandes — vide o Facebook e sua queda de 25% pós-balanço.
Há, naturalmente, alguns pontos a serem observados de perto pelos investidores. A alta de juros nos EUA tem potencial para tirar liquidez do mercado de criptomoedas, uma vez que a rentabilidade dos títulos do Tesouro americano — ativos extremamente seguros — será cada vez maior.
As inúmeras propostas de regulação das criptomoedas que estão em debates em diversos países também podem mexer com o rumo do mercado, segundo Paulo Camargo — ele pondera, no entanto, que por mais que o noticiário referente a esse tema possa trazer volatilidade aos ativos, os esforços de regulação tendem a ter impactos positivos no médio e longo prazo.
Seleção Empiricus: recomendações e debates
Os analistas do Seleção Empiricus desta terça também comentaram os primeiros balanços da temporada do quarto trimestre de 2021 e falaram um pouco sobre as expectativas em relação aos números que ainda estão por vir. E, é claro: deram recomendações de ativos que apresentam boas perspectivas de retorno. É só dar play:
O Seleção Empiricus é apresentado por Victor Aguiar, repórter do Seu Dinheiro, e por João Piccioni, analista da Empiricus. O programa vai ao ar toda terça-feira, às 19h, ao vivo no YouTube da Empiricus e no LinkedIn do Seu Dinheiro.
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