Suzano (SUZB3) ou Klabin (KLBN11): veja qual empresa de papel é a ação mais recomendada para julho — e confira as principais indicações das corretoras
O candidato ideal para substituir o plástico e atrair um mercado que valoriza cada vez mais a agenda ESG é o principal produto da ação mais recomendada para julho

Se Michael Scott investisse na bolsa brasileira, a maior posição de sua carteira de ações certamente seria ocupada por uma empresa como a Suzano (SUZB3). Afinal, o protagonista de The Office é um dos poucos personagens da série que ainda acreditam no futuro do papel.
Mesmo que funções que antes cabiam ao produto agora sejam resolvidas digitalmente, o gerente regional da Dunder Mifflin — que, por acaso, é uma distribuidora de papel — ainda acredita que dirige um negócio promissor. E, segundo as corretoras consultadas pelo Seu Dinheiro, Michael Scott pode estar certo.
Vale destacar que o motivo não é porque, de repente, a nostalgia tomará conta das pessoas e a maioria da população voltará a usar a máquina de escrever para textos e anotar os contatos em agendas de papéis, impulsionando os negócios da Dunder Mifflin.
Mas sim porque as folhas e outros produtos produzidos a partir da celulose têm uma característica que os torna perfeitos em um mundo cada vez mais preocupado com as questões ambientais: a sustentabilidade.
Fabricado com madeira, um recurso natural e renovável, o papel é um produto 100% reciclável e biodegradável. O candidato ideal para substituir o plástico em muitos usos e atrair um mercado que valoriza cada vez mais a agenda ESG.
Além disso, a Suzano (SUZB3) não agrada apenas os apaixonados por papel, como Michael Scott e fãs do ESG. Ela também soluciona um problema para quem quer se expor ao dólar sem precisar recorrer à compra direta do câmbio.
Leia Também
Isso porque as ações da empresa fornecem uma proteção cambial à carteira, já que a companhia possui praticamente toda a receita em dólar. E o resguardo ainda vem com um desconto: enquanto a moeda norte-americana sobe 5% neste ano, os papéis SUZB3 recuam quase 13%.
Por isso, não é surpresa que, apesar de disputar os holofotes com outro nome forte do setor — a Klabin (KLBN11) —, é a Suzano que está no topo do pódio do Seu Dinheiro em julho.
Com quatro indicações, a maior produtora global de celulose de eucalipto divide a preferência das corretoras com a Vale (VALE3) — que, em alta ou em baixa, não larga o osso e é a queridinha absoluta dos analistas desde dezembro do ano passado.
Vale destacar também as ações do Banco do Brasil (BBAS3). Presentes entre os favoritos de três corretoras, os papéis aparecem novamente em segundo lugar na seleção mensal. Confira abaixo todas as ações apontadas pelas 12 corretoras consultadas pelo Seu Dinheiro:
Suzano (SUZB3) — tradição e inovação
No momento em que o setor de papel e celulose mostra que é capaz de usar a tecnologia para aposentar o plástico, ninguém está mais preparado do que a Suzano (SUZB3) — uma gigante da indústria papeleira global — para suprir a demanda crescente.
“A Suzano é uma das mais eficientes produtoras de papel e celulose do mundo”, afirma a Elite Investimentos, uma das corretoras que aposta na empresa em julho. Os papéis SUZB3 também aparecem entre os favoritos de Mirae Asset, Santander e Warren.
A companhia é conhecida por ser a maior fabricante de papéis de impressão da América Latina, mas também explora outras possibilidades com o material.
Ainda segundo a Elite, os planos são especialmente ambiciosos para o mercado de embalagens. Os novos produtos do segmento deverão corresponder a 10% das vendas domésticas de papel em até dois anos.
“A estratégia é ocupar, ao longo do tempo, a capacidade produtiva que se torna ociosa de papel de imprimir e escrever, cuja demanda encolhe no mundo na esteira da digitalização”, explica a corretora.
Enquanto trabalha na diversificação da produção, a Suzano segue entregando resultados financeiros que animam o mercado. No último trimestre a empresa reverteu em lucro líquido de R$ 10,3 bilhões o prejuízo de R$ 2,6 bilhões registrado no mesmo período do ano passado.
Com a valorização do real do período, houve também uma queda na relação entre a dívida líquida e o Ebitda, que chegou a 2,4 vezes.
Além dos números, a Suzano também agradou os investidores com o anúncio de um novo programa de recompra de ações. A empresa poderá recomprar até 20 milhões de papéis, montante que equivale a cerca de 2,8% do total em circulação.
Vale (VALE3) — com ações em alta ou em baixa, sempre a favorita
No pódio das corretoras há oito meses consecutivos, a Vale (VALE3) vinha surfando a onda do minério de ferro em 2022. Contudo, a mineradora tomou um caldo no último mês e, com a queda da commodity no exterior, recuou mais de 11% em junho.
Ainda assim, a companhia não perdeu o posto de queridinha dos analistas: segue entre as favoritas de Ativa Investimentos, Santander e Toro Investimentos, e entrou para o “top 3” da Elite Investimentos em julho.
Para o Santander, a correção das ações foi resultado de uma precificação rápida da deterioração nos fundamentos da empresa, cujo principal produto é a matéria-prima do aço.
Mas o banco não considera que essa é uma má notícia. Segundo o Santander, a queda fornece um ponto de entrada “atraente” para sua tese, que prevê que o minério de ferro volte a se fortalecer no segundo semestre.
Os analistas do banco apostam que a commodity permanecerá acima de US$ 100 por tonelada no restante de 2022, considerando a expectativa de aumento na demanda chinesa e crescimento fraco da oferta.
Banco do Brasil (BBAS3) — bom e barato
Em segundo lugar na preferência das corretoras há dois meses consecutivos, o Banco do Brasil (BBAS3) desponta como favorito em um setor extremamente competitivo. A instituição financeira estatal é recomendada por Planner, Santander e Warren em julho.
A sua posição privilegiada entre os analistas é resultado da combinação entre desempenho forte e ações descontadas.
No último trimestre, por exemplo, a instituição financeira obteve lucro líquido ajustado de R$ 6,6 bilhões; as estimativas apontavam para um lucro de R$ 5,3 bilhões. O resultado também representa uma alta de 34,6% em relação ao mesmo período do ano passado.
Ainda assim, as ações BBAS3 recuaram quase 10% em junho. “É o banco mais descontado em relação aos seus principais concorrentes diretos”, afirma a Planner.
A corretora calcula que o BB está sendo negociado a 0,6 vez o seu valor patrimonial, enquanto a média dos pares é de 1,4 vez. Já a relação entre preço e lucro (P/L) é de 4,0 vezes para 2022, contra média de 6,9 vezes.
Além dos múltiplos atraentes, o banco tem outra vantagem que o diferencia da concorrência: a forte presença no mercado de agronegócio, com uma carteira de R$ 225 bilhões e market share de 53,7% no segmento, segundo a Guide.
O BB busca ampliar ainda mais sua atuação no agro e anunciou recentemente que, junto com a Mapfre, criou uma plataforma digital voltada para esse mercado. Ainda não há detalhes de como a ferramenta, chamada de Broto, irá funcionar, mas já se sabe que ela tem foco na cadeia produtiva do setor.
Repercussão — ações em queda brusca
O Ibovespa teve um de seus piores meses desde o início da pandemia de covid-19. O recuo de 11,50% em junho só perdeu para a performance vista na chegada do coronavírus ao Brasil, em março de 2020.
A maioria das ações recomendadas no mês anterior não escapou do pessimismo e, assim como o índice, registrou perdas de dois dígitos. A Vale (VALE3), por exemplo, campeã de junho, recuou pouco mais de 11%.
Em meio à aversão ao risco global, apenas duas ações se salvaram da carnificina. A Eletrobras (ELET3) foi impulsionada pelo fim do processo de privatização e subiu 10,7%, enquanto a Weg (WEGE3) avançou 3,3%.
Veja a lista completa:
Petrobras (PETR4) está muito barata? Antes de sair, confira abaixo uma análise sobre os números e dividendos da petroleira e inscreva-se no canal do Seu Dinheiro no Youtube para mais conteúdos exclusivos:
Trump preocupa mais do que fiscal no Brasil: Rodolfo Amstalden, sócio da Empiricus, escolhe suas ações vitoriosas em meio aos riscos
No episódio do podcast Touros e Ursos desta semana, o sócio-fundador da Empiricus, Rodolfo Amstalden, fala sobre a alta surpreendente do Ibovespa no primeiro trimestre e quais são os riscos que podem frear a bolsa brasileira
Dólar dispara com novas ameaças comerciais de Trump: veja como buscar lucros de até dólar +10% ao ano nesse cenário
O tarifaço promovido por Donald Trump, presidente dos EUA, levou o dólar a R$ 5,76 na última semana – mas há como buscar lucros nesse cenário; veja como
Michael Klein de volta ao conselho da Casas Bahia (BHIA3): Empresário quer assumir o comando do colegiado da varejista; ações sobem forte na B3
Além de sua volta ao conselho, Klein também propõe a destituição de dois membros atuais do colegiado da varejista
Ex-CEO da Americanas (AMER3) na mira do MPF: Procuradoria denuncia 13 antigos executivos da varejista após fraude multibilionária
Miguel Gutierrez é descrito como o principal responsável pelo rombo na varejista, denunciado por crimes como insider trading, manipulação e organização criminosa
SP–Arte 2025: ingressos, programação e os destaques da maior feira de arte da América Latina
Pavilhão da Bienal será ocupado com mostras de artistas brasileiros e estrangeiros contemporâneos e históricos dos séculos 20 e 21
Em busca de proteção: Ibovespa tenta aproveitar melhora das bolsas internacionais na véspera do ‘Dia D’ de Donald Trump
Depois de terminar março entre os melhores investimentos do mês, Ibovespa se prepara para nova rodada da guerra comercial de Trump
Tarifaço de Trump aciona modo cautela e faz do ouro um dos melhores investimentos de março; IFIX e Ibovespa fecham o pódio
Mudanças nos Estados Unidos também impulsionam a renda variável brasileira, com estrangeiros voltando a olhar para os mercados emergentes em meio às incertezas na terra do Tio Sam
Itaú BBA revela as ações com baixa volatilidade que superam o retorno do Ibovespa — e indica seis papéis favoritos
O levantamento revelou que, durante 13 anos, as carteiras que incluíam ações com baixa volatilidade superaram a rentabilidade do principal índice da bolsa brasileira
Trump Media estreia na NYSE Texas, mas nova bolsa ainda deve enfrentar desafios para se consolidar no estado
Analistas da Bloomberg veem o movimento da empresa de mídia de Donald Trump mais como simbólico do que prático, já que ela vai seguir com sua listagem primária na Nasdaq
Últimos dias para se inscrever na Tenaris, Shopee, Ingredion, Dürr e Aon; confira essas e outras vagas para estágio e trainee com bolsa-auxílio de até R$ 7 mil
Os aprovados nos programas de estágio e trainee devem começar a atuar até o segundo semestre de 2025; as inscrições ocorrem durante todo o ano
Mais valor ao acionista: Oncoclínicas (ONCO3) dispara quase 20% na B3 em meio a recompra de ações
O programa de aquisição de papéis ONCO3 foi anunciado dias após um balanço aquém das expectativas no quarto trimestre de 2024
Ainda dá para ganhar com as ações do Banco do Brasil (BBAS3) e BTG Pactual (BPAC11)? Não o suficiente para animar o JP Morgan
O banco norte-americano rebaixou a recomendação para os papéis BBAS3 e BPAC11, de “outperform” (equivalente à compra) para a atual classificação neutra
Casas Bahia (BHIA3) quer pílula de veneno para bloquear ofertas hostis de tomada de controle; ação quadruplica de valor em março
A varejista propôs uma alteração do estatuto para incluir disposições sobre uma poison pill dias após Rafael Ferri atingir uma participação de cerca de 5%
Tanure vai virar o alto escalão do Pão de Açúcar de ponta cabeça? Trustee propõe mudanças no conselho; ações PCAR3 disparam na B3
A gestora quer propor mudanças na administração em busca de uma “maior eficiência e redução de custos” — a começar pela destituição dos atuais conselheiros
Vale tudo na bolsa? Ibovespa chega ao último pregão de março com forte valorização no mês, mas de olho na guerra comercial de Trump
O presidente dos Estados Unidos pretende anunciar na quarta-feira a imposição do que chama de tarifas “recíprocas”
Agenda econômica: Payroll, balança comercial e PMIs globais marcam a semana de despedida da temporada de balanços
Com o fim de março, a temporada de balanços se despede, e o início de abril chama atenção do mercado brasileiro para o relatório de emprego dos EUA, além do IGP-DI, do IPC-Fipe e de diversos outros indicadores
Conab abre concurso para 403 vagas, com salários de até R$ 8,1 mil; veja como participar
Novo edital abre oportunidades em todas as unidades da Conab; inscrições vão de 14 de abril a 15 de maio
O e-commerce das brasileiras começou a fraquejar? Mercado Livre ofusca rivais no 4T24, enquanto Americanas, Magazine Luiza e Casas Bahia apanham no digital
O setor de varejo doméstico divulgou resultados mistos no trimestre, com players brasileiros deixando a desejar quando o assunto são as vendas online
Nova York em queda livre: o dado que provoca estrago nas bolsas e faz o dólar valer mais antes das temidas tarifas de Trump
Por aqui, o Ibovespa operou com queda superior a 1% no início da tarde desta sexta-feira (28), enquanto o dólar teve valorização moderada em relação ao real
Não é a Vale (VALE3): BTG recomenda compra de ação de mineradora que pode subir quase 70% na B3 e está fora do radar do mercado
Para o BTG Pactual, essa mineradora conseguiu virar o jogo em suas finanças e agora oferece um retorno potencial atraente para os investidores; veja qual é o papel